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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Maravilhas do Mundo Prog: Happy the Man - New York Dream's Suite [1977]




Saindo do Japão, vamos aterrisar na América do Norte, mais precisamente nos Estados Unidos. Poucas bandas do rock progressivo norte-americano conseguiram algum destaque mundial. A maioria dos grupos que começaram como progressivo, acabaram, com o passar dos anos, adotando uma sonoridade mais amena, que viria a ser conhecida como adult oriented rock. Outros, apesar de manterem-se fortemente ligados ao progressivo da Inglaterra, não atingiram o sucesso esperado, sendo relegados à cobiça e caça de colecionadores que viram o nome do grupo em algum tablóide ou revista empoeirada de algum colecionador mais tarado.

Esse segundo caso tem como forte exemplo o Happy the Man. Talvez a melhor banda de rock progressivo já surgida nos Estados Unidos, o grupo lançou apenas três discos, mas possui uma vasta experiência nos palcos, construindo intrincadas peças que mostravam ao mundo que o Happy the Man estava muito além de um simples conjunto progressivo, unindo as linhas melódicas de Yes e Genesis, as intrincadas composições de Gentle Giant e Van der Graaf Generator e a simplicidade do Pink Floyd, em apenas um estilo, que viria a ser conhecido posteriormente como new prog, e tendo como ilustração a maravilhosa peça "New York Dream's Suite".

Happy the Man ao vivo em 1975

Formado em 1972 por Stanley Whitaker (guitarras, voz), David Bach (teclados), Cliff Fortney (voz, flautas), Mick Beck (bateria), Rick Kennel (baixo) e Frank Wyatt (teclados, saxofones, flautas, piano e voz), o grupo teve em suas origens a inspiração de diversos nomes, tais quais os citados acima, e principalmente o Genesis, sendo que no início da carreira, o sexteto costumava tocar canções do Genesis como "The Knife", "Watcher of the Skies" e a própria "Happy the Man". Inclusive, a própria configuração da banda no palco era muito idêntica à do Genesis no período em que Peter Gabriel liderava os vocais da banda. Apesar de todas as coincidências, o nome não veio da canção do Genesis, mas sim de uma frase dita pelo irmão mais velho de Whitaker, que havia lido algo similar no livro "Faust", de Goethe. 

Kit Watkins

Em 1974, David decidiu sair, sendo substituído pelo mágico tecladista Kit Watkins (moog, piano, harpsichord, clavinete  e marimbas). Cliff também pediu as contas, sendo substituído por Dan Owen, que ficou pouco tempo no posto, com o Happy the Man se consolidando por ser uma banda praticamente instrumental, com os vocais sendo pouco participativos, e, quando realizados, feitos por Whitaker.

Happy the Man em 1977

Isso afetava bastante a possibilidade de um contrato para a gravação de um LP, já que as gravadoras norte-americanas não estavam interessadas em uma banda com canções instrumentais. Mas, por outro lado, o grupo entrou na rota de shows do cenário ianque, tendo inclusive a oportunidade de tocar com Peter Gabriel quando esse esteve nos Estados Unidos durante o ano de 1976 (em uma relação similar à da The Band com Bob Dylan ou do Crazy Horse com Neil Young).

Mike Beck

O nome do Happy the Man acabou rapidamente sendo associado ao de Gabriel, levando os espertos produtores da gravadora Arista a enviar um contrato para o grupo, propondo a gravação de um álbum e mais uma forte campanha de divulgação.

Stanley Whitaker

Em 1977, chegou às lojas a estreia vinílica do grupo, auto-intitulada Happy the Man. É nela que se encontra nossa maravilha desta semana. Contendo canções belas e de extrema inspiração como "Starborne", "Stumpy Meets the Firecracker in Stencil Forest" e "Mr. Mirror's Reflection On Dreams", Happy the Man é um espetáculo progressivo para inglês nenhum botar defeito, e coube a "New York Dream's Suite" a difícil tarefar de encerrar um disco que pode ser considerado perfeito do início ao fim.

Nossa maravilha começa com piano e flauta trazendo os sintetizadores, acompanhados por marcações nos pratos e também de notas do baixo. O moog constrói o tema central sobre o tema dos sintetizadores, com a percussão realizando um pequeno crescendo. A entrada das camadas de teclados forma um bonito arranjo, sobrepondo o tema dos sintetizadores e do moog, para o delírio musical começar, com guitarra e moog fazendo o solo principal em um andamento complicado de bateria e baixo, onde os teclados marcam o tempo para a perfeita sequência de notas de guitarra e moog.

Frank Wyatt

Temas marcados entre bateria, baixo, guitarra e moog repetem a introdução, porém em um ritmo frenético, com Beck quebrando a bateria em viradas e batidas nos pratos, para a pequena suíte chegar ao momento mais belo, onde depois de algumas notas do piano, a guitarra faz um belíssimo tema com acordes suaves, acompanhados pelo piano elétrico e efeitos percussivos como vento e pássaros, para então Watkins executar um maravilhoso tema no clavinete e no moog, aumentando o ritmo das notas com as batidas nos pratos.

O tema do clavinete é repetido, com os pratos marcando presença e tendo ao fundo camadas de teclados, levando para uma intrincada sessão na bateria e piano elétrico que culmina com tímidos acordes de piano e guitarra, cercados por muitas camadas de teclados, onde Whitaker sola com o botão de volume acompanhado apenas pelos sintetizadores e a marcação do baixo, encerrando “New York Dream’s Suíte” com o clavinete soltando suas últimas notas, em um hipnotizante conjunto de acordes dos sintetizadores e do dedilhado abafado da guitarra, deixando uma sensação de que a canção terá uma continuação.

Rick Kennell

Depois desse álbum, Ron Riddle acabou substituindo Beck, e o grupo gravou Crafty Hands (1978), tão poderoso quanto o álbum de estreia, com destaque para as canções "Morning Sun", "Wind Up Day Doll Wind", "Open Book" e "The Moon I Sing (Mossori)", todas do mais alto padrão progressivo.

Stanley Whitaker, Kit Watkins, Coco Russel, Rick Kennell e Frank Wyatt (1979)

Riddle foi parar no Blue Öyster Cult, com Coco Roussel entrando para seu lugar. Quando já estavam compondo material para um terceiro LP, infelizmente a banda acabou se dissolvendo, principalmente pela falta do apoio prometido pela Arista, que os despediu devido às baixas vendas dos álbuns. Kit Watkins acabou ingressando em outro grande grupo dos anos setenta, o Camel.

Happy the Man em 2002
Em 1983 foi lançado o álbum 3rd - Better Late..., que traz diversas gravações feitas para o lançamento do terceiro disco, sendo algumas feitas já com Roussel na bateria, e mostrando que, apesar da falta de apoio, o Happy the Man ainda tinha muitas maravilhas a serem mostradas ao mundo. O grupo voltou à ativa em 2004, lançando The Muse Awakens, tendo na formação Rick Kennell (baixo), Joe Bergamini (bateria), Stanley Whitaker (guitarras, voz) e David Rosenthal (ex-Rainbow, ex-Whitesnake) nos teclados, conservando a sonoridade progressiva mas direcionando ao jazz, mantendo-se na ativa até os dias de hoje, ora com o nome Happy the Man, ora sob o pseudônimo Oblivion Sun, sendo este último álbum um belo apertitivo para o banquete feito nos anos 70, onde a cereja do bolo é "New York Dream's Suite".

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Happy The Man


Uma das principais bandas do rock progressivo norte-americano foi a Happy the Man. Mesmo com uma carreira tão curta (lançou apenas dois discos), o grupo se consagrou no cenário americano juntamente com o Kansas, deixando boquiabertos fãs em todo o mundo, principalmente por ter um som muito inovador em seu tempo, demonstrando que a música do Happy the Man estava muito além de um simples conjunto progressivo.

Contando com as linhas melódicas de Yes e Genesis, as intrincadas composições de Gentle Giant e Van der Graaf Generator e a simplicidade do Pink Floyd, o Happy the Man conseguiu unir todas essas características em apenas um estilo, que viria a ser conhecido posteriormente como new prog.

Formada em 1972 por Stanley Whitaker (guitarras, voz), Cliff Fortney (voz, flautas), David Bach (teclados), Rick Kennel (baixo), Mick Beck (bateria) e Frank Wyatt (teclados, saxofones, flautas, piano e voz), o grupo teve em suas origens a inspiração de diversos nomes, tais quais os citados acima, principalmente o Genesis, onde costumavam tocar canções como "The Knife" e a própria "Happy the Man". Apesar disso, o nome não veio da canção do Genesis, mas sim de uma frase dita pelo irmão mais velho de Whitaker, que havia lido algo similar no livro "Faust", de Goethe. 

Em 1974, David decidiu sair, sendo substituído pelo mágico tecladista Kit Watkins (moog, piano, harpsichord, clavinete  e marimbas). Cliff também pediu as contas, sendo substituído por Dan Owen, mas esse não durou muito, e o Happy the Man acabou se consolidando por ser uma banda praticamente instrumental, com os vocais sendo pouco participativos e, quando realizados, feitos por Whitaker.



O grupo começou a entrar na rota de shows do cenário ianque, tendo inclusive a oportunidade de tocar com Peter Gabriel quando este esteve nos Estados Unidos durante o ano de 1976 (em uma relação similar a da The Band com Bob Dylan ou do Crazy Horse com Neil Young), o que os levou a assinar rapidamente um contrato com a gravadora Arista. 



Em 1977, sai o primeiro LP, auto-intitulado. Happy the Man, o disco, mostrava ao mundo todas as maravilhas que os norte-americanos já ouviam há algum tempo, principalmente as viagens de moog a la Brian Eno de Watkins e a perfeita complexidade dos instrumentos de cada um dos integrantes da banda. O disco abre com a viajante "Starborne", onde sons de baixo imitam violoncelos com pequenas intervenções do clavinete. A banda entra então em uma marcação pesada, com um crescendo no baixo, voltando à introdução com uma pequena viagem do clavinete. A marcação retorna, apenas encerrando e mostrando ao mundo o que o Happy the Man se propunha a fazer: viajar, e muito, com os instrumentos. 

"Stumpy Meets the Firecracker in Stencil Forest" começa com uma pesada introdução de piano e sax, indo para uma sequência de duelos entre guitarra, saxofone, baixo e bateria, os quais sempre contém pequenas intervenções do moog. Essa canção lembra, e muito, os bons tempos do Gentle Giant, principalmente pela elaborada parte rítmica. A loucura pega com um furioso solo de sax, encerrando a faixa com um belo solo de moog e a intrincada marcação do ritmo. 

Surge então a primeira canção com letra do álbum. "Upon the Rainbow (Befrost)" novamente lembra Gentle Giant, com o piano dedilhando uma sequência complicadíssima. Porém, uma bela flauta aparece para acompanhar os vocais de Whitaker. Uma pequena sessão instrumental com um solo de sax retorna ao início da canção, porém com o grup acompanhando os vocais, não somente a flauta. A canção segue com um pequeno solo de moog, encerrando com o refrão e curtos solos de sax e moog. Essa era a principal característica do Happy the Man, a capacidade de se repetir na música, retomar diversos temas, sem ser chato ou preguiçoso. 

Segue a suíte "Mr. Mirror's Reflection On Dreams", com seus quase nove minutos de duração. Temos uma sequência de "Befrost", com uma introdução similar feita somente ao moog. Baixo e bateria aparecem marcando o tempo, enquanto o moog acompanha uma guitarra abafada, fazendo o tema principal da canção. De repente um piano surge, solando livre, retomando diversas vezes o tema principal, fazendo a canção ir num crescendo bem devagar. A partir de então temos uma sessão onde o moog ajuda o piano no tema principal, terminando com diversos solos de moog e guitarra. O ponto marcante é o solo rápido e vigoroso de guitarra de Whitaker, feito com o uso do volume. Novamente a música viaja para muito longe, somente ao som do clavinete, auxiliado também por uma fllauta que retoma o tema principal, tal qual as grandes canções do rock progressivo. Essa com certeza é uma das melhores canções já composta pela banda. O lado A encerra com "Carousel", que é um seguimento das duas obras anteriores, porém com um acompanhamento diferente, contando com um longo solo de moog.

O lado B traz ao ouvinte a canção "Knee Biten Nymphs in Limbo", onde camadas e camadas de teclados abrem espaço para uma sessão instrumental que alterna duelos de guitarra e baixo, sons de clavinete e solos de moog, com um destaque especial para a bateria de Beck. "On Time As a Helix of Precious Laugh" é a segunda canção com vocal do disco. É muito difícil não ouvir essa faixa e lembrar-se dos tempos de ouro do Genesis. Uma introdução lenta com barulhos de piano acompanham o vocal a la Peter Gabriel, tornando-se pesada, com guitarras e pianos marcando suas presenças. Tem-se então uma sessão melódica, onde a guitarra sola idem a Steve Hackett (é impossível não fazer essa comparação, ouçam e digam depois). A letra é retomada com o acompanhamento de uma percussão, camadas de teclados e o baixo, encerrando com uma complicada sessão rítmica. 

"Hidden Moods" traz a marimba e o teclado fazendo a base para o piano elétrico solar de forma bem simples. Temos um belo solo de violão acompanhado por baixo e teclados, dando origem a uma pequena viagem do clavinete, com a canção alternando diversos solos. O álbum encerra-se com a primordial "New York Dream's Suite". O piano de Wyatt executa assovios acompanhados de clavinete e marimbas, em mais uma canção similar às do Genesis. Um moog totalmente distorcido começa a solar, acompanhado pela ótima sessão rítimica da introdução e por camadas de teclados. A doideira toma conta, com o moog solando sobre outra intrincada peça instrumental feita por baixo, piano e bateria. A música torna-se lenta, com a guitarra executando alguns acordes, passando para os solos de moog e clavinete, encerrando a faixa lentamente, como se a canção não possuísse um final, deixando o ouvinte com o gosto de quero mais.

O Happy the Man participou de diversas excursões por toda a América. Porém, o punk rock e a disco music já estavam na moda, o que dificultou bastante as vendas do grupo, desagradando principalmente a Beck, que decidiu pular fora. Através de um velho amigo, conhecem o baterista Ron Riddle, o qual já havia feito diversas gravações em estúdio, inclusive tocando com o The Cars, e que assume de cara o posto.


Com a nova formação lançam o grandioso e quebra-cabeças Crafty Hands, um dos mais belos e intrincados álbuns progressivos pós-fase áurea (entenda por pós-fase áurea os anos entre 1968/1975, onde Floyd, ELP, Yes, Crimson, VDGG, Gentle Giant, PFM, Genesis e outros lançaram seus principais discos). 

A pequena canção "Service With a Smile" mostrava como a banda estava preocupada em manter suas características originais, sem se apegar a nova onda musical que assolava todo o planeta. Ali, temos um acompanhamento forte da cozinha formada por baixo e bateria para as viagens de harpsichord, moog e guitarra. "Morning Sun" é uma canção lenta, com os teclados executando o tema principal junto ao moog e ao violão. O baixo e a bateria continuam lentamente, sendo sempre acompanhados pelo crescendo do moog no tema principal. "Ibby It Is" remete às intrincadas peças do primeiro disco, alternando partes rápidas, com solos de moog, e outras mais lentas, com solos de teclado. Um pequeno solo de guitarra e temos uma virada na canção, criando um clima pesado, com a guitarra solando estridente e viajante. O tema intricado é retomado, encerrando a canção com dois curtos solos de moog e guitarra.

Finalmente, "Streaming Pipes" encerra o lado A mantendo a complexidade de "Ibby It Is", porém mais rápida e com muitos solos de moog e guitarra.


O lado B abre com "Wind Up Doll Day Wind", onde temos uma introdução de guitarra dedilhada acompanhada por flautas e teclados, trazendo os vocais de Whitaker. Essa é a única canção com vocais no disco, que segue em uma cadência mais rápida, com o teclado acompanhado a linha vocal, sendo os vocais no melhor estilo Genesis, porém da fase quarteto (com Phil Collins nos vocais). Uma sequência de solos de sax, guitarra e teclados encerra a canção junto ao refrão da música. 

"Open Book" traz os teclados dedilhados a la Gentle Giant, levando a uma batida cadenciada de baixo e bateria, que acompanham um moog viajante, junto aos acordes de guitarra. Beba umas vodkas e viaje nessa canção. Uma sessão instrumental com flauta, violão e percussão traz um solo de guitarra fenomenal, encerrando com o moog substituindo a flauta no tema executado anteriormente. Simplesmente viajante. 

"I Forgot to Push It" começa com um forte duelo de sax e guitarra, acompanhados pelo belo duo de bateria e baixo. A canção cresce com diversos duelos, sendo que os instrumentos passam a ser apresentados na música devagar, sempre acompanhando o tema principal, entre eles palmas, batidas de percussão, teclados e flautas. O disco encerra com a fenomenal "The Moon I Sing (Mossori)", onde o teclado executa o tema principal crescendo juntamente com cada instrumento, sendo adicionado o moog, violões, guitarras, baixo, marimba e bateria, encerrando apenas com o teclado viajando, dizendo que mais estaria por vir. 



Infelizmente a banda acabou se dissolvendo, principalmente pela falta de apoio da Arista, que os despediu devido às baixas vendas dos álbuns. Kit Watkins acabou ingressando em outro grande grupo dos anos setenta, o Camel, enquanto Ron Riddle foi parar no Blue Oyster Cult, sendo substituído por Coco Roussel.


Em 1983 foi lançado o álbum 3rd - Better Late ..., que traz diversas gravações feitas para o lançamento do terceiro disco, que acabou não saindo pela Arista, bem como algumas feitas já com Roussel na bateria. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de ouvir esse álbum, portanto, não farei mais comentários.


O Happy the Man acabou voltando à ativa em 2000, com a mesma formação do primeiro disco, à exceção do tecladista Dave Rosenthal no lugar de Watkins. Assim, lançam "Death's Crown", que contém muito material inedito do início da carreira, principalmente com Dan Owen nos vocais. Em 2004 lançam "The Muse Awakens", contando somente com músicas inéditas e com Joe Bergamini substituindo Mick Beck.


Atualmente, Whitaker e Wyatt participam do projeto Oblivious Sun, ao lado de Bill Plummer (teclados), Chris Mack (bateria) e Dave DeMarco (baixo), encantando os olhos de diversas pessoas com clássicos dos anos setenta, principalmente pelo talento e a capacidade criativa de cada um de seus integrantes e pela memória dos velhos e bons tempos de seus dois primeiros álbuns.
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