Mostrando postagens com marcador Quicksilver Messenger Service. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Quicksilver Messenger Service. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Cinco Discos Para Conhecer: Nicky Hopkins



Poucos são os músicos que conseguiram, ao longo de sua carreira, ter registrado sua marca em álbuns de monstros como The Rolling Stones, The Who, Jeff Beck, John Lennon, George Harrison, Ringo Starr e Paul McCartney, só para citar alguns. Nascido no dia 24 de fevereiro de 1944, Nicholas Christian Hopkins, ou simplesmente Nicky Hopkins, foi um dos maiores nomes do piano em todo o cenário da música. Ao longo de uma vasta carreira, o rapaz acompanhou gigantes do porte de Art Garfunkel, Joe Cocker, Carly Simon, Rod Stewart e Cat Stevens, além de vários outros nomes que tiveram canções emblemáticas contando com os dedos ágeis de Hopkins. 

Falecido em 6 de setembro de 1994 (portanto há 28 anos), vítima de complicações por conta de uma cirurgia no intestino, advinda da Doença de Crohn, a qual ataca o aparelho digestivo, e com a qual Nicky lutou por muito tempo, o rapaz ainda continuava na ativa, gravando com Spinal Tap, Izzy Stradlin and Ju Ju Hounds, The Jayhawks, entre outros. Trago aqui Cinco Discos nos quais a contribuição de Nicky Hopkins é mais do que fundamental, sabendo que deixarei de fora inúmeras obras emblemáticas.

Nicky Hopkins - The Revolutionary Piano of Nicky Hopkins [1966]

Esse belíssimo álbum de estreia da carreia do pianista é recheado de versões para canções de relevância. Acompanhado da orquestra e coral de Mike Sammes, ele passeia desde Beatles e Stones, com reconstruções fantásticas para "Yesterday" e "Satisfaction", até pérolas do jazz de Duke Ellington ("Don't Get Around Much Anymore") e Bob Russell ("You Came a Long Way from St. Louis"), chegando a trilha de James Bond ("Goldfinger"), que certamente agradaram aos compositores originais, seja pela exuberância dos dedos de Nicky ou pela sua capacidade de reinventar as mesmas. E são nas suas composições onde percebemos as principais marcas do seu estilo de tocar, como por exemplo as marteladas e arpejos que ele apresenta em "Mr. Big" e "The Unlonely Bull", a alegria exuberante do rock de "The Ilejistry Pig" ou o dedilhado suave de "Jenni", um dos grandes sucessos de sua carreira. Todas as faixas revelam um talento desabrochando, e não à toa, pouco tempo depois Hopkins viria a acompanhar os gigantes citados acima. A semente está nessa belíssima obra, que creio que nosso querido leitor Igor Maxwell, amante de Richard Clayderma, se deleitará. Bastante distinta dos demais álbuns que irei apresentar aqui, mas não menos importante e sensacional de se ouvir. 

Nicky Hopkins (piano)

Acompanhamentos

The Mike Sammes Orchestra, Mike Sammes Singers, conduzidos por David Whitaker

1. Mr. Big

2. Yesterday

3. Goldfinger

4. Don't Get Around Much Anymore

5. Jenni

6. Acapulco 22

7. You Came a Long Way from St. Louis

8. Love Letters

9. The Unlonely Bull

10. Satisfaction

11. Paris Bells

12. The Ilejistry Pig

The Rolling Stones - Beggar's Banquet [1968]

Em um álbum voltado para o lado acústico, e que é totalmente oposto às experimentações de seu antecessor, o psicodélico Their Satanic Majesties Request, os Stones chamam Hopkins para acompanhá-los ao piano, e assim, temos a consagração de Hopkins para mundo. Em uma participação sensacional, o cara é o dono do disco ao lado de Mick Jagger, comandando o ritmo da clássica "Sympathy for the Devil", onde exibe-se com graciosidade em um vibrante solo, entre os "uh-uh" que consagraram a canção. Mas há mais Hopkins nas entranhas de Beggar's Banquet, seja fazendo o blues alegre de "Dear Doctor" junto dos violões de Richards e Jones, ou distribuindo suas marteladas e arpejos no sucesso "Street Fighting Man", na pancada "Stray Cat Blues" ou em "Jigsaw Puzzle", na mesma linha do que havia feito em "Sympathy for the Devil". A preguiçosa "No Expectations" traz Hopkins brincando com o órgão farfisa, enquanto na lindíssima "Salt of the Earth", Hopkins encanta não só no piano, mas também brilhando com o mellotron. Um dos melhores discos da carreira dos Stones, e por que não, de todos os tempos, e com a mão exclusiva de Hopkins por detrás da genialidade da dupla Jagger/Richards.

Mick Jagger (vocais, harmônica, maracas), Keith Richards (guitarra, violão, slide guitar, baixo, vocais), Brian Jones (slide guitar, violões, harmônica, mellotron, sitar, tambura, vocais de apoio), Bill Wyman (baixo, double bass, vocais de apoio, shekere, maracas), Charlie Watts (bateria, claves, tambourine, tabla)

Participações especiais

Nicky Hopkins - piano, mellotron, órgão

Rocky Dzidzornu – congas em 1, 8 e 9

Ric Grech – fiddle em 9

Dave Mason – shehnai em 6

Jimmy Miller – vocais de apoio em 1

Watts Street Gospel Choir – vocais de apoio em 10

Anita Pallenberg - vocais de apoio em 1

Marianne Faithfull – vocais de apoio em 1


1. Sympathy For The Devil

2. No Expectations

3. Dear Doctor

4. Parachute Woman

5. Jigsaw Puzzle

6. Street Fighting Man

7. Prodigal Son

8. Stray Cat Blues

9. Factory Girl

10. Salt of the Earth

Jeff Beck Group - Beck-Ola [1969]

Ao entrar na banda de Jeff Beck, Hopkins foi fundamental para apimentar a sonoridade da banda. Ele colabora na estreia da Jeff Beck Group, a aclamada Truth, nas faixas "Morning Dew", "You Shook Me", "Beck's Bolero" e "Blues Deluxe", mas aqui ele é elevado ao posto de membro oficial do grupo de Jeff Beck, e não decepciona. Compondo quatro das 7 faixas de Beck-Ola, sendo que das três restantes, duas são covers, o pianista mostra seu estilo ditando o ritmo da pancada  "All Shook Up", do blues de "The Hangman's Knee" ou da sensacional e pesadíssima versão de "Jailhouse Rock", além de fazer belos duelos com a guitarra de Beck em "Plynth (Water Down the Drain)" e "Spanish Boots". Na longa jam instrumental "Rice Pudding", o espancamento geral dá espaço para que o piano de Hopkins também brilhe com marteladas e arpejos contagiantes. Porém, entre tantas pauladas, é na baladaça "Girl From Mill Valley" que Hopkins dá seu espetáculo a parte, seja no Hammond, seja dedilhando o piano, em uma das composições mais marcantes de sua carreira, acompanhado apenas pelo gentil andamento do baixo de Ron Wood e a bateria de Tony Newman. Um disco subestimado por conta de seu irmão mais velho, mas de mesma qualidade e relevância para a música mundial, graças também a genial contribuição de Hopkins, e que como diz na contra-capa do álbum, sente, ouça e decida se você pode encontrar um pequeno lugar em sua cabeça para ele.

Jeff Beck (guitarras), Rod Stewart (vocais), Nicky Hopkins (piano, órgão), Ronnie Wood (baixo), Tony Newman (bateria)

1. All Shook Up

2. Spanish Boots

3. Girl from Mill Valley

4. Jailhouse Rock

5. Plynth (Water Down the Drain)

6. The Hangman's Knee

7. Rice Pudding


Quicksilver Messenger Service - Shady Grove [1969]

Na sua passagem pelos Estados Unidos, o inglês deixou contribuições fundamentais em discos de Jefferson Airplane, Steve Miller Band e The Jerry Garcia Band, mas foi na Quicksilver Messenger Service onde ele se estabeleceu como um nome a ser respeitado, ainda mais com a companhia dos gênios John Cipollina e David Freiberg. Hopkins já mostra seu lado virtuoso de cara, na excelente faixa-título, e também no country de "Words Can't Say". Ao mesmo tempo, mostra toda sua versatilidade, aclimando-se muito bem com o som da Califórnia  com belas contribuições em "Joseph's Coat",  "Holy Moly", "Too Far", no surpreendente boogie de "3 or 4 Feet From Home" ou na legítima representante psicodélica de "Flashing Lonesome". A delicadeza de seu solo em "Flute Song" faz até as paredes de sua sala se arrepiarem, e é aqui que Hopkins deixa para a eternidade talvez sua mais famosa criação, a Maravilha "Edward (The Mad Shirt Grinder)", uma das canções mais belas que já ouvi, e cuja técnica para solar de Hopkins, e os duelos com a guitarra de Cipollina, são sensacionais. Nove minutos de tirar o fôlego, e onde o pianista mostra por que foi chamado por gigantes da música não só no piano, mas também com o hammond. Uma pérola a ser descoberta por apreciadores do flower-power, e principalmente, para quem acha que na Califórnia dos anos 60 apenas The Doors e Big Brother & The Holding Company era quem existiam.

John Cipollina (guitarra e vocais), Nicky Hopkins (piano, órgão, celeste, harpsichord, cello), David Freiberg  (baixo, vocais, guitara, viola), Greg Elmore (bateria, percussão)

1. Shady Grove

2. Flute Song

3. 3 or 4 Feet from Home

4. Too Far

5. Holy Moly

6. Joseph's Coat

7. Flashing Lonesome

8. Words Can't Say

9. Edward, the Mad Shirt Grinder


The Who - By Numbers [1975]

Nicky era para ter sido o quinto membro do The Who, antes mesmo de começar carreira solo. O problema é que a guerra de egos na banda não era algo que casava com o estilo mais introvertido do pianista. Mesmo assim, o rapaz colaborou em diversas faixas do grupo, tais como "I Don't Mind", "The Ox", "The Song Is Over" ou "Getting in Tune", até que em 1975, ele "fez parte" oficialmente do The Who nesse álbum divisor de águas na carreira da banda. Depois de anos de estrada e vários conflitos entre Pete Towshend e Roger Daltrey, Nicky serviu como um elo de ligação entre os dois, e colaborou decisivamente para Pete Townshend poder criar canções acessíveis sem ser parte de uma ópera-rock. Assim, nasceram pancadas do porte de "In A Hand of a Face", "Slip Kid" e "Squeeze Box", ou belíssimas canções mais leves, ao piano e violão, como "Imagine a Man" e "They Are All In Love". As marteladas e arpejos se sobressaem em faixas como "However Much I Booze", e nas sensacionais "Dreaming From The Waist" e "How Many Friends", onde Hopkins encaixou-se perfeitamente dentro das geniais e geniosas ideias de Townshend, e também com a cabeça de Entwistle, na excelente "Success Story". Um disco digno do The Who, e bastante subestimado perto da trilogia Tommy, Quadrophenia e Who's Next, mas do mesmo nível dos mesmos. 

Roger Daltrey (vocais),  Pete Townshend (guitarra, teclados, banjo, acordeão, ukulele, vocais), John Entwistle (baixo, trompete, vocais, trompas), Keith Moon (bateria)

Músico adicional

Nicky Hopkins (piano)

1. Slip Kid

2. However Much I Booze

3. Squeeze Box

4. Dreaming from the Waist

5. Imagine a Man

6. Success Story

7. They Are All in Love

8. Blue Red and Grey

9. How Many Friends  

10. In a Hand or a Face

                           

sábado, 4 de maio de 2013

Consultoria do Rock Apresenta: A Psicodelia Californiana (Parte I)



A Califórnia é um dos estados mais promissores em termos de música. De lá, saíram gigantes como Beach Boys, Frank Zappa, The Doors, Sly & The Family Stone e Slayer, citando cinco diferentes estilos em que a cena californiana é indiscutivelmente vital para consolidação do mesmo. No período entre 1965 e 1968, o estado viveu um extase lisérgico, guiado pelo LSD, pelos hippies e pelo surgimento de inúmeras bandas, que misturavam os elementos do Paz e Amor com o ácido em sons únicos, viajantes, que caracterizam o que hoje é conhecido como a Geração Psicodélica da Califórnia. Depois, entre 1969 e 1972, vieram outras bandas, com a mesma proposta (e talvez até mais viajante) mas que, com a decadência do movimento flower-power, acabaram não fazendo tanto sucesso, sendo relegadas (em sua maioria) à obscuridão.

O Consultoria do Rock Apresenta portanto a Psicodelia Californiana, e nesta primeira parte, traz algumas das principais bandas do estilo na sua primeira geração, através de duas canções de cada grupo, uma mais conhecida e outra nem tanto, mas representativas do estilo que marcou o final da década de 60 em todo o mundo. A segunda parte, daqui há um mês, explorará a segunda geração de psicodelia, mantendo o mesmo formato.

01. "White Rabbit" - Jefferson Airplane: o grupo que mais divulgou o som psicodélico para o mundo abre este programa com sua mais clássica canção. Apesar de não ser exatamente detentora do estilo que o Jefferson Airplane fazia, "White Rabbit" é um Ácido Trifluorometanosulfonico lançada no segundo disco do grupo, Surrealistic Pillow, o qual é um dos mais vendidos na história da música, tendo atingido a terceira posição em vendas nas paradas americanas. Até hoje ela é associada ao mundo flower power tanto em filmes como propagandas ou desenhos que falam sobre o assunto, sendo o maior símbolo musical que a Psicodelia Californiana pariu!
02. "We Can Be Together" - Jefferson Airplane: faixa de abertura do quinto LP do grupo, Volunteers, lançado em 1969, está é mais representativa do que era a potência ácida vinda do Airplane. Vocalizações perfeitas, guitarras ensandecidas e muita potência exalando de uma cozinha fantástica no baixo e na bateria, além de uma letra-manifesto que é válida ainda para os dias de hoje. Mais flower-power (e Ácido  Fluorossulfúrico) e psicodélico impossível!
03. "Sitting by the Window" - Moby Grape: um dos maiores clássicos psicodélicos da Califórnia, gravado pelo grupo mais conturbado da Califórnia. O Moby Grape teve importância para a psicodelia principalmente pelo seu essencial álbum de estreia, lançado em 1967 e com nada mais nada menos do que dez singles lançados no mercado. Lembrando que as origens do grupo está justamente no Jefferson Airplane, já que o fundador do Grape, o guitarrista Skip Spence, era baterista do grupo que abriu esse programa. Ácido Sulfúrico para não se botar defeito.
04. "Miller's Blues" - Moby Grape: e quem disse que na psicodelia não podia haver blues? O Moby Grape faz estripulias mágicas com estilo nessa rara faixa do segundo álbum do grupo, lançado em 1968. Basta as notas da guitarra invadirem seu quarto para sermos entorpecidos por um Ácido Fluorossulfúrico em uma performance incírvel.
05. "Born Cross Eyed" - Grateful Dead: se houve um grupo californiano que conseguiu sobreviver pós-geração flower-power, este grupo foi o Grateful Dead. Liderados pelo guitarrista Jerry Garcia, o grupo lançou álbuns regularmente até os anos 90. "Born Cross-Eyed" encerra o lado A do segundo álbum do grupo como um Ácido Hidrofluórico, misturando metais, guitarra carregada de distorção e o órgão comendo solto, além de vocalizações arrepiantes. O encerramento dessa curta faixa explica sua inclusão, com barulhos indecifráveis.

06. "Viola Lee Blues" - Grateful Dead: lançada no álbum de estreia do Dead, em 1967, "Viola Lee Blues" mostra toda a ginga que consolidou o grupo para a eternidade, lotando shows e sendo uma das bandas que mais vendeu dentro dos Estados Unidos. Longas improvisações de guitarra e o órgão sacolejante, quase como um boogie, marcam essa genial peça musical, com lisérgicos dez minutos de duração de um Ácido Sulfúrico.

07. "Caterpillar" - Big Brother & The Holding Company: se o mundo conheceu Janis Joplin, a culpa foi da psicodelia californiana. Janis era a representação feminina do movimento hippie, e ao lado da Big Brother & The Holding Company, fez com que o estilo gravasse seu nome nos ballrooms californianos como o Winterland ou o Fillmore. "Caterpillar", um Ácido Hidrofluórico, está no álbum de estreia do grupo, também de 1967, e mostra a irreverência e alegria desses jovens e talentosos músicos, em um álbum menosprezado e desconhecido da maioria dos fãs por que houve um disco no ano seguinte que marcou para sempre a história de Janis, da psicodelia e do mundo, Cheap Thrills.

08 "Ball and Chain" - Big Brother & The Holding Company: foi no Festival de Monterey, em 1967, que a psicodelia californiana veio realmente ao mundo, e também ícones como "Ball and Chain" na versão da Big Brother. Cover para o blues alegre de Big Mama Thorton, é nela que Janis e cia. exalam toda sua lisergia, com a guitarra de James Gurley respigando Ácido Fluorantimônico (o mais forte dos ácidos) em seus ouvidos, nos dez minutos mais entorpecentes de sua vida, registrados no magistral Cheap Thrills, o mais vendido disco da história da Califórnia, primeiro lugar nas paradas americanas e com mais de 5 milhões de álbuns ao redor do mundo.

09. "Mona" - Quicksilver Messenger Service: este é um dos grupos mais injustiçados da história do flower power. O Quicksilver tinha nas guitarras John Cipollina, o homem que posteriormente veio a ser chamado de "O Responsável pelo Som da Califórnia", e nas suas canções, uma maravilhosa mistura de blues com lisergia. "Mona" é uma de suas canções mais conhecidas, um Ácido Hidrofluórico tendo essa guitarra com destaque, com o wah-wah comendo solto entre uma marcação hipnotizante de piano, baixo e bateria, algo que somente o Quicksilver conseguia fazer. Foi lançada no essencial segundo disco do grupo, o ao vivo Happy Trails (1969) .

10. "The Fool" - Quicksilver Messenger Service: a estreia do Quicksilver Messenger Service foi em 1968, com o álbum homônimo que encerra com essa enlouquecedora faixa, que mistura guitarra, viola e percussão em uma performance rara. Depois de seus mais de doze chapantes minutos de duração, carregados pela lisergia da guitarra de Cippolina, você certamente irá ver sapos pulando pelo seu quarto enquanto elefantes cor de rosa sobrevoam sua cama. Ácido Fluoroantimônico, e dos bons!

11. "When the Music's Over" - The Doors: para muitos, essa é a banda que realmente representa a Psicodelia Californiana. Isso claro, graças as letras de Jim Morrison, e ao órgão de Ray Manzarek. Porém, o The Doors estava longe de ser uma banda que realmente levasse a psicodelia a sério. Na verdade, o grupo fez raras incursões nesse mundo, e uma delas foi "When the Music's Over", que encerra o segundo disco do grupo (o ótimo Strange Days, de 1968) e que conta com todas as características do "Som da Califórnia", com a guitarra de Robbie Krieger cheia de distorção e viajantes onze minutos de duração. Mais Ácido Fluoroantimônico nas nossas cacholas.

12. "The End" - The Doors: esse programa encerra-se com um Ácido Trifluorometanosulfonico que viciou (e ainda vicia) muita gente com o passar dos anos. Assim como "White Rabbit", "The End" aparece em quase tudo que faz citação ao movimento flower power e a lisergia. Canção que encerra o álbum de estreia do grupo, de 1967, ela tem em sua introdução o mais importante riff que a lisérgica cena da Califórnia criou, e uma das letras mais bonitas (e bizarras) que Jim Morrison escreveu. Um atestado que, apesar de ser um porra-louca, quando queria Jim podia ser gênio.

No próximo Consultoria Apresenta, destacaremos os geniais Captain Beefheart, Country Joe, Carlos Santana e Frank Zappa, interpretando psicodélicas canções com suas respectivas bandas (Captain Beefheart Band, Country Joe & The Fish, Santana e a Mothers of Invention), além de apresentar os obscuros, mas também geniais, The Loading Zone, Iron Butterfly e It's a Beautiful Day.
Tutorial:

Classificação dos ácidos conforme seu poder de corrosão:
1 - Fluoroantimônico
2 - Trifluorometanosulfonico
3 - Fluorossulfúrico
4 - Sulfúrico
5 - Hidrofluórico

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Maravilhas do Mundo Prog: Quicksilver Messenger Service - Edward (The Mad Shirt Grinder) [1969]





Quando falamos da cena psicodélica californiana, muitos grupos são lembrados pelas longas viagens experimentais de suas canções. The Doors ("The End" e "When the Music's Over"), Jefferson Airplane ("Wooden Ships" e "The War is Over"), It's a Beautiful Day ("White Bird" e "Bombay Calling"), Moby Grape ("Chinese Song") são alguns exemplos de como a psicodelia californiana possuia temas viajantes, que para alguns inclusive pode significar uma aproximação ao rock progressivo. Nenhuma das bandas citadas fez algo na linha do rock progressivo, apesar de soarem próximos, mas um grande grupo de San Francisco flertou direto com o progressivo, e acabou lançando uma Maravilha prog justamente quando teve um britânico entrando para sua formação.

Estou falando do Quicksilver Messenger Service. Formado em 1965, o grupo contou com alguns dos principais nomes da cena californiana, como o vocalista Dino Valente e o excelente guitarrista John Cipollina, esse último, um dos responsáveis por caracterizar o chamado Som da Califórnia.

Quicksilver Messenger Service: Gary Duncan, John Cipollina, Greg Ellmore e David Freiberg
No álbum de estreia do grupo, Quicksilver Messenger Service (1968), eles já haviam flertado como progressivo durante a longa "The Fool", doze minutos de solos alucinantes de guitarra. O grupo era apenas um quarteto, com Cipollina, Gary Duncan (guitarra, vocais), David Freiberg (baixo, vocais) e Greg Ellmore (bateria), e no ano seguinte, lançou o álbum ao vivo mais conhecido dos grupos da Califórnia, o inesquecível Happy Trails, cujo lado A é todo dedicado ao viajante boogie "Who do You Love Suite". 

Porém, Duncan saiu do grupo logo após o lançamento de Happy Trails, e graças a gravadora Capitol, surge o nome de Nicky Hopkins (teclados). Esse é o tal britânico citado no início do texto. Hopkins vinha de uma carreira consolidada como músico de estúdio, gravando pata The Who, Kinks, Jeff Beck, Rolling Stones, Beatles entre outros, e finalmente conseguia uma chance para ser um músico oficial em uma banda. Animado, não desperdiçou a oportunidade, e acabou influenciando diretamente no resultado final das canções do terceiro LP do Quicksilver Messenger Service.

Contra-capa de Shady Grove

Lançado em dezembro de 1969, Shady Grove é um disco seminal, controlado pelas maravilhosas mãos de Hopkins no piano e no órgão, o qual governa baladas ("Too Far", "Flashing Lonesome"), boogies sessentistas ("3 or 4 Feet From Home") canções legitimamente californianas ("Holy Moly", "Joseph's Coat") e faixas que beiram o progressivo ("Shady Grove", "Flute Song") e country ("Word's Can't Say"), sempre com Hopkins destacando-se muito mais que os demais, tocando com uma gana como pouco se ouviu em discos registrados por ele.

E na faixa de encerramento de Shady Grove, não houve jeito, o namoro com o progressivo, que havia começado no primeiro álbum, ganhando força nos improvisos viajantes de "Who Do You Love Suite" e consolidado durante algumas canções do lado A de Shady Grove, finalmente virou casamento na maravilhosa "Edward (The Mad Shirt Grinder)".

Capa interna de Shady Grove
Nossa maravilha começa com uma furiosa introdução com um dedilhado de piano, em uma velocidade incrível, trazendo bateria, piano e guitarra fazendo uma marcação em acordes menores, e então, Hopkins cria o tema principal da canção no piano, enquanto Cipollina solta fraseados na guitarra e baixo e bateria comandam o ótimo ritmo.

O tema é repetido mais uma vez, seguindo a mesma linha, e então a canção muda o ritmo, com o piano marcando em acordes pesados, tristes, e Cipollina deslizando o slide pela guitarra em notas chorosas, muito agonizantes, enquanto o andamento da bateria e do baixo é apenas uma leve marcação. O órgão cria um clima mais do que especial para as tristes notas de Cipollina, e a sequência é novamente repetida, com Hopkins delirando no piano, enquanto Cipollina solta as tristes notas em sua guitarra.

Uma breve ponte e somos levados por um ritmo embalado, que nos remete ao tema inicial, e então, voltamos para o ritmo embalado, agora com uma ótima sessão percussiva, no qual sobre sequências de acordes menores, Hopkins destrói com o órgão em acordes longos, notas velozes intercaladas com agressivas batidas no piano. A levada nessa reta final da canção é simplesmente de tirar o fôlego, tamanha a velocidade e "pressão" que ela adquire, em um crescendo sensacional, com Hopkins se virando em mil para comandar piano e órgão, e a percussão rolando solta ao fundo, encerrando a canção com uma rápida sequência de notas do órgão, além de rufadas na bateria.

Quicksilver Messenger Service, já sem Hopkins
Foi nesse período, ao lado do Quicksilver Messenger Service, que Hopkins prestou seus serviços para o Jefferson Airplane, gravando o excepcional Volunteers (1969), talvez o melhor álbum de Grace Slick e cia. Com o Quicksilver Messenger Service, ele ainda gravou Just for Love (1970), álbum que marcou a estreia de Dino Valenti nos vocais do grupo, e What About Me (1970), ambos excelentes discos que consolidaram o som da banda para a posteridade, gravando o nome do grupo como um dos mais influentes da geração flower-power, mas infelizmente, problemas internos fizeram com que o grupo acaba-se naufragando.

Os dois últimos LPs do Quicksilver Messenger Service, Quicksilver (1971) e Comin' Thru (1972) servem apenas para completistas, e com formações muito diferentes da formação clássica do grupo. Vários foram os retornos, mas nenhum com grande sucesso.


Nicky Hopkins
Já Hopkins retornou para a Inglaterra, onde peregrinou como músico de estúdio e em carreira solo, inclusive regravando "Edward" no seu álbum The Tin Man Was a Dreamer, vindo a falecer em 1994, vítima de complicações por uma cirurgia no intestino, mas deixando um legado de clássicos e mais clássicos em  uma carreira brilhante. Um dos maiores músicos que o rock propiciou, que peregrinou por todos os estilos, e deixou apenas uma única, mas linda e irreparável, Maravilha prog.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Podcast Grandes Nomes do Rock # 39: 45 Anos do Monterey Pop Festival





Monterey Pop Festival completou nesse final de semana 45 anos. Primeiro grande festival a reunir bandas de rock, o Monterey reuniu quase 100 mil pessoas entre os dis 16, 17 e 18 de junho de 1967, no auge do Verão do Amor. Apesar do público não ser muito grande, foi o marco inicial para que outros grandes festivais, como Altamont e Woodstock, viessem na sequência. Ajudou a consolidar o rock como símbolo da juventude, do flower power e da antiguerra.

Para comemorar, o Consultoria do Rock revive as bandas que se apresentaram nos três dias de festival através de um Podcast super especial. Em duas horas de programa, iremos apresentar os grupos que pisaram no palco de Monterey. A apresentação ocorrerá em três blocos trazendo uma canção de cada artista, na ordem em que foram apresentados no cronograma oficial.




Quando Loud Adler, Alan Pariser, Derek Taylor e John Phillips fecharam o acordo de criar um festival para apresentar as bandas que estavam surgindo na costa-oeste dos Estados Unidos, jamais eles pensaram que tal festival iria se tornar um marco revolucionário para os shows e grupos de rock a partir de então.

Batizado oficialmente de Monterey International Pop Music Festival, o festival nasceu da cabeça genial de John Phillips. Líder do grupo The Mamas & The Papas, o guitarrista e vocalista teve a brilhante ideia de organizar um festival para promover seu grupo. Estourando as paradas americanas com o álbum The Mamas and The Papas Deliver (segundo lugar na Billboard) e aclamados em todo o país, Phillips apostou na popularidade do quarteto. Formado por ele, Denny Dohert (vocais), Mama Cass (vocais) e sua esposa, a linda Michelle Phillips, o grupo seria a atração principal em um espetáculo onde algumas bandas iriam abrir para eles. 

Ao levar a oferta para os produtores Loud Adler e Alan Pariser, os dois concordaram, mas viram que precisavam de um apoio financeiro para aluguel de aparelhagem de som, local e pagamento das bandas. Foi o publicitário Derek Taylor quem enxergou além do trio citado e incentivou um festival maior, com as principais bandas da região da Califórnia. 

Durante sete semanas, o quarteto não mediu esforços (as atividades do The Mamas & The Papas ficaram estacionadas), e contatou diversas bandas. O cachê oferecido era simples, quase simbólico, mas a promessa de uma grande divulgação atraía os convidados.


Ravi Shankar, o único a receber cachê em Monterey
O número de convidados que aceitaram a proposta foi tanta que os promotores tiveram que reformular o convite. O cachê irrisório foi retirado e substituído para pagar a gravação de um filme que iria divulgar o festival. O único artista que acabou recebendo um dinheiro do festival foi Ravi Shankar. indiano não recebeu a carta com a nova proposta há tempo e levou $ 3.000 (três mil dólares) junto com sua Sitar.

O grupo Country Joe & The Fish também acabou recebendo um cachê de $ 5.000 (cinco mil dólares). O dinheiro, contudo, não veio dos promotores do festival, e sim por receitas geradas pelo documentário que foi feito sobre o evento, com direção de D. A. Pennebaker.


Com aquele que era considerado o melhor equipamento de som e luz, o melhor palco e a melhor infraestrutura de um festival já realizado até então, no dia 16 de junho de 1967 começava o Monterey International Pop Festival. Os três dias de atrações foram divididos na seguinte forma:
A dupla Simon & Garfunkel encerrou a noite de sexta.


Sexta-feira, 16 de junho




The Association
The Paupers
Lou Rawls 
Beverly
Johnny Rivers
Eric Burdon and The Animals
Simon and Garfunkel
Otis Redding encerrou a noite de sábado
Sábado, 17 de junho


Canned Heat
Big Brother and the Holding Company 
Country Joe and the Fish
Al Kooper
The Butterfield Blues Band
The Electric Flag
Quicksilver Messenger Service
Steve Miller Band
Moby Grape
Hugh Masekela
The Byrds 
Laura Nyro
Jefferson Airplane
Booker T. & the M.G.s
Otis Redding


A grande atração, The Mamas & The Papas, encerraram o festival
Domingo, 18 de junho 


Ravi Shankar 
The Blues Project
Big Brother and the Holding Company
The Group With No Name
Buffalo Springfield 
The Who 
The Grateful Dead
The Jimi Hendrix Experience 
Scott McKenzie
The Mamas & the Papas


Alguns shows acabaram chamando mais a atenção do que outros. Dando uma pequena pincelada nos principais shows, na sexta-feira Simon & Garfunkel encantaram a plateia com seu folk simples e cativante. Apenas violão e voz fizeram uma performance digna do talento da dupla Paul Simon e Art Garfunkel. Eles mesmos consideram esta performance a melhor apresentação da carreira.
Nasce uma estrela, chamada Janis Joplin
No sábado, vários foram os destaques, a começar pelo desconhecido (até então) Big Brother & The Holding Company. Esta foi a primeira apresentação da vocalista Janis Joplin para um grande público, assim como dos seus colegas: Sam Andrew (guitarra, vocais), James Gurley (guitarras), Peter Albin (baixo, vocais) e Dave Getz (bateria). Um fenômeno que deixou muitos de boca aberta com o grupo praticamente sendo obrigado a aceitar o convite para uma segunda apresentação no dia seguinte. A partir dali, Janis Joplin se tornaria uma das maiores estrelas do mundo do rock e o Big Brother & The Holding Company ficaria marcado como o grupo que revelou essa grande estrela.


Jefferson Airplane: Lisergia e adrenalina no palco de Monterey


Ainda no sábado, o Jefferson Airplane fez jus ao seu status de principal banda da Califórnia e ao sucesso do álbum Surrealistic Pillow (lançado em fevereiro daquele ano). Com clássicos como "Somebody to Love" e "White Rabbit", Grace Slick e cia. fizeram os hippies delirarem em outro excelente show, assim como Otis Redding que encerrou a noite animando a galera com clássicos como "(Sittn' On) The Dock of The Bay" e "Try A Little Tenderness".


The Who, quebrando tudo antes de Jimi Hendrix
O domingo reservou as maiores surpresas em termos de presença de palco. The Who, Grateful Dead e Jimi Hendrix eram os nomes que estavam listados para fazerem os shows antes do grande encerramento com o The Mamas & The Papas. O The Who não gostou de ser colocado antes de Jimi Hendrix. Afinal, eles tinham vindo da Inglaterra especialmente para o festival, eram um dos maiores nomes do rock britânico e não podiam se apresentar antes de um desconhecido. A discussão foi grande e tudo foi definido através de um sorteio. O Deus Negro ganhou, vindo a apresentar-se depois. Indignados, ao final do show do The Who, o guitarrista Pete Townshed e o baterista Keith Moon praticamente destruíram com o palco e os instrumentos, como que dizendo: "Depois de nós, ninguém mais irá tocar". Chega a ser hilário ver um dos responsáveis pela aparelhagem de som correndo para tentar salvar os microfones.


Jimi Hendrix e sua incendiária performance
A guerra de egos não parou por aí. O Grateful Dead subiu ao palco e acalmou os ânimos dos exaltados, mas quando Jimi Hendrix e o Experience entraram em ação, o clímax atingiu seu pico máximo. O palco literalmente pegou fogo quando Hendrix, mostrando que além de ser um grande guitarrista era também um grande showman, fez misérias com sua Fender Stratocaster vermelha durante a apresentação de "Wild Thing", antes de queimá-la em um ritual para lá de sinistro. Arrepiante até os dias de hoje!


Depois de todas as confusões, coube para o The Mamas & The Papas exercer o seu papel de protagonista do espetáculo, apresentando seus maiores clássicos como "California Dreamin'", "Monday Monday" e o belíssimo encerramento com "San Francisco (Be Sure to Wear Flowers in Your Hair)" e "Dancing in the Streets" com a participação de Scott McKenzie.


Passados 45 anos, Monterey permanece como um ícone e um símbolo da geração hippie. A partir dele, o mundo teve contato com as bandas do lado oeste dos Estados Unidos. Várias outras cidades ao redor do planeta passaram a incentivar e criar festivais de rock dando origem a grandiosos eventos como Altamont, Woodstock, Isle of Wight, California Jam, Rock in Rio, Loolapalooza e muitos outros.


Um evento marcante e eterno. Um dos melhores musicalmente e, principalmente, um dos mais organizados e seguros festivais da história.

Garota hippie curtindo o festival de Monterey em paz

Track list Podcast # 38 - Minha Mãe É Metaleira

Bloco 01
Abertura: "Minha Mãe É Metaleira" [do Programa Legal - 1993 (Regina Casé e Luis Fernando Guimarães)] / "Atom Heart Mother" do álbum Atom Heart Mother - 1970 (Pink Floyd)]
"Mother" [do álbum The Wall - 1979 (Pink Floyd)]
"Mother" [do álbum John Lennon/Plastic Ono Band - 1970 (John Lennon)]
"Mother" [do álbum Danzig - 1988 (Danzig)]
"Tie Your Mother Down" [do álbum A Day at the Races - 1976 (Queen)]
"Have You Seen Your Mother Baby, Standing in the Shadows" [do álbum 40 Greatest Hits - 1974 (Rolling Stones)]

Bloco 02
Abertura: "Mother Focus" [do álbum Mother Focus - 1976 (Focus)]
"Mother Mary" [do álbum Force It - 1976 (UFO)]
"Mother Goose" [do álbum Aqualung - 1970 (Jethro Tull)]
"Mother Earth (Natural Anthem)" [do álbum Ragged Glory - 1990 (Neil Young)]
"Mother Russia" [do álbum Live at Carnegie Hall - 1977 (Renaissance)]
"Mother Russia" [do álbum No Prayer for the Dying - 1990 (Iron Maiden)]
"Dominion / Mother Russia [do álbum Floodland - 1987 (Sisters of Mercy)]

Bloco 03
Abertura: "Mr. Long / O Mother / I Am Your Fantasy [do álbum Camembert Electriqué - 1971 (Gong)]
"Mamãe Eu Não Queria" [do álbum Metrô Linha 743 - 1984 (Raul Seixas)]
"Mamãe D'água" [do álbum Revolver - 1975 (Walter Franco)]
"Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde Que Eu Tenha o Meu Rock 'n' Roll" [do álbum Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz - 1972 (Mutantes)]
"Mamãe Natureza" [do álbum Atrás do Porto Tem Uma Cidade - 1974 (Rita Lee)]
"Querida Mamãe" [do álbum Crescendo - 1989 (Ultraje a Rigor)]
"Mama" [do álbum Hunters and Pray - 2002 (Angra)]

Bloco 04
Abertura: "Mother Dear" [do álbum Equinox - 1975 (Styx)]
"Motherless Children" [do álbum 461 Ocean Boulevard - 1974 (Eric Clapton)]
"Mama, I'm Coming Home" [do álbum No More Tears - 1991 (Ozzy Osbourne)]
"My Guitar Wants to Kill Your Mama" [do álbum You Can't Do That On Stage Anymore Vol. 5 - 1993 (Frank Zappa)]
"Mother's Daughter" [do álbum Abraxas - 1970 (Santana)]
"Mamma Mia" [do álbum ABBA - 1975 (ABBA)]
"Mama Kin" [do álbum Aerosmith - 1973 (Aerosmith)]
"Mama Weer All Craze Now" [do álbum Slayed? - 1972 (Slade)]

Encerramento: "Every Mother's Son" [do álbum Gimme Back My Bullets - 1976 (Lynyrd Skynyrd)]

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Podcast Collector's Room #31




O podcast da Collector´s Room dessa semana é dedicado a canções com o piano sendo o instrumento principal, apresentando peŕolas do cancioneiro brazuca, bloco de obscuridades, clássicos do progressivo e o artista da semana.
 

Abra uma cerveja e aprecie cada segundo no volume máximo!



Tracklist Podcast Collector´s Room #31


Secos & Molhados - Primavera nos Dentes
Álbum:
Secos & Molhados (1973)
Raul Seixas - Ave Maria da Rua
Álbum:
Há 10 Mil Anos Atrás (1976)

Módulo 1000 - Teclados
Álbum:
Não Fale Com Paredes (1972)
Monument - Overture For Limp Piano In C
Álbum:
The First Monument (1971)


Quicksilver Messenger Service - Edward, the Mad Shirt Grinder
Álbum:
Shady Grove (1969)
Beggars Opera - Classical Gas
Álbum:
Get Your Dog Off Me! (1973)
It's A Beautiful Day - Bombay Calling
Álbum:
It's A Beautiful Day (1969)


Renaissance - Prologue
Álbum:
Prologue (1972)

Pink Floyd - The Great Gig In The Sky
Álbum:
Dark Side of the Moon (1973)
Supertramp - Crime of the Century
Álbum:
Crime of the Century (1974)

Keith Jarrett - Eyes of the Heart part II
Álbum:
Eyes of the Heart (1979)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...