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segunda-feira, 7 de março de 2011

O Pacto de John Lennon com Satanás

 
Por Mairon Machado

Seguindo nossos textos sobre o satanismo, irei narrar um pouco os fatos que levaram a associação do grupo os Beatles com o coisa-ruim. Apesar de muitos desses fatos serem notoriamente teorias de conspiração analizando-se friamente, não pode ser negado que de alguma forma eles são curiosos, e por que não, deixam uma pulga atrás da orelha de que "será que realmente algo aconteceu?".

Para entender os fatos envolvidos nessa teoria, precisamos destrinchar um pouco sobre a carreira dos Beatles. Particularmente, eu sou um daqueles cidadãos que preferem Rolling Stones aos Beatles, mas não tenho nada contra a sonoridade do grupo, que na falta do que ouvir, não tem problema em passar pelos meus ouvidos. Então, vou tentar ser imparcial e narrar apenas o que é consenso geral e principalmente, fato histórico, narrado e com vericidade.

Sátira dos Simpsons para capa dos Beatles

Sendo assim, começamos pelo fato de que 99% das pessoas acima de 10 anos conhecem Beatles. Mesmo aquele cidadão que só ouve funk carioca, ou então pagode, alguma vez na vida já ouviu falar da banda. Estima-se que 9 em cada 10 pessoas acima dos 20 anos de idade já ouviram uma canção dos Beatles alguma vez na vida em todo o mundo.

Segundo, o grupo durou 10 anos, e 41 anos após o seu término ainda hoje é uma das bandas com álbuns mais vendidos nas listas anuais de vendas das lojas especializadas. Além disso, qualquer assunto ligado ao grupo gera controvérsias e discussões que repercutem sempre no topo de onde foi produzido. Seja em uma manchete de um jornal na cidade mais longínqua das Filipinas  ou em uma sátira no desenho Os Simpsons, fãs e não-fãs acabam fazendo com que a notícia se espalhe rapidamente, e todo o mundo fica sabendo do acontecido. Aqui mesmo, na Consultoria do Rock, recentemente, uma matéria sobre o álbum Let it Be teve 48 comentários em menos de uma semana.


Algumas das centenas de produtos em homenagem aos Fab Four

E assim é com os Beatles. Tudo o que envolve o nome da banda, seja lançamento de CD ou então caixas de camisinhas, é recorde de vendas, sucesso entre os fãs e milhares de citações na internet, jornais e revistas especializadas. Mas por quê? Na sua época, os Beatles eram uma banda como muitas outras musicalmente e visualmente falando. Yardbirds, Animals, The Who, Rolling Stones e The Kinks são alguns dos grupos da mesma época que, apesar do status que cada uma dessas bandas tem, não conseguem chegar ao nível do status dos Beatles, mesmo com composições mais trabalhadas, letras mais fortes, músicos mais talentosos ou ainda musicalidade e coragem de inovação.

Rory Storm & the Hurricanes (Ringo ao centro)

Na própria Liverpool, grupos conhecidos como Gerry & The Pacemakers e Rory Storm and The Hurricanes (de onde sairia o  baterista Ringo Starr) fizeram tanto sucesso quanto os Beatles, mas só naquela cidade, assim como vários outros como Dave Clark Five, The Searchers, The Hollies, ... O próprio grupo The Shadows, inspiração de muitos guitarristas idolatrados nos anos 70, sempre ficaram na berlinda da obscuridade, assim como Johnny Kidd e seus piratas não conseguiram lançar se quer um álbum, e hoje são cultuados como dinossauros: todo mundo sabe que existiu, mas ninguém nunca viu de verdade.

Por mais que os Beatles fossem bons músicos, compusessem boas canções e tivessem boa aparência, eles não passavam de um mero grupo como tantos outros, cantando canções de amor e com um visual bem similar ao que era visto em diversos pubs ingleses.

A justificativa então para o sucesso do nome os Beatles só pode ser uma (sempre lembrando, do ponto de vista conspiratório): John Lennon, fundador e criador dos Beatles, fez um pacto com o Satanás para alcançar tal sucesso.

Então vamos dar uma rápida passada pela história do grupo e verificar o por que dessa afirmação. O ano é 1955. A cidade: Liverpool, Inglaterra. Nela, um novo tipo de música começava a surgir, e que os jornais locais batizaram de Mersey Beat, já que a maioria dos grupos que representavam essa sonoridade localizavam-se próximos ao rio Mersey, que serpenteia Liverpool. Todas as bandas tinham uma formação padrão, com um guitarrista base, um guitarrista principal, um baixista e um baterista.

Dessa linhagem, várias cidades foram atingidas, e diversos grupos nasceram, como os citados acima. E como não podia ser diferente, na Quarry Bank School, o som agitado dos novos grupos chamou a atenção de um jovem guitarrista e vocalista John Lennon, que criou uma banda chamada Black Jacks, ao lado de Pete Shotton.

Apresentação do Quarrymen em 22/06/57 na Rosebory Street, Liverpool. Formação à época: Colin Hanton (bateria), Eric Griffiths (guitarra), John Lennon (vocal, guitarra), Ivan Vaughan (baixo-chá), Pete Shotton (tábua de passar roupas), Rod Davis (banjo).

Os Black Jacks logo mudariam de nome para Quarrymen, em homenagem a escola de Lennon, e assim, tinha sua primeira formação com Lennon, Rod Davis (banjo), Bill Smith (baixo, feito com caixas de transportar chá) e Shotton na bateria (que na verdade era uma tábua de passar roupa!).

Quarrymen, 23/11/57, em show no New Clubmoor Hall. Hanton, McCartney, Len Garry, Lennon e Griffiths.
Em 56, Bill Haley lançou "Rock Around the Clock", e mudou o mundo da música. A chegada de Elvis Presley aumentou ainda mais o sucesso do novo ritmo, o rock'n'roll, e os Quarrymen não demoraram para começar a ensaiar as canções dos novos ídolos. O grupo passou a fazer apresentações em igrejas de Liverpool, e no dia 15 de julho de 1956, Lennon foi apresentado a outro jovem garoto, Paul McCartney.

McCartney cantou duas canções com os Quarrymen ("Twenty Flight Rock" e "Be Bop a Lula"), além de ensinar novos acordes e canções para Lennon, que não demorou para convidá-lo a participar como membro dos Quarrymen, o que aconteceria em meados de 1957. No Liverpool Institute, McCartney conheceu o guitarrista George Harrison, que quando apresentado à Lennon, deu um show de virtuosismo (perto do que Lennon e McCartney fazia) que acabou convencendo Lennon que, mesmo George sendo três anos mais novo do que ele, o cara merecia uma chance, já que tocava muito bem guitarra. Apenas como um adendo, nessa época Lennon tinha 17 anos, McCartney 15 e Harrison apenas 14 anos.

Com a entrada dos novos músicos, os Quarrymen deixaram de existir, e assim, vários nomes foram adotados, como Johnny and The Moondogs, Long John e The Rainbows, até estabelecerem-se como Silver Beatles e por fim, Beatles. Baseado no grupo The Crickets (Os Grilos), Lennon procurou um nome com duplo significado. Logo, pensou em Beetle (Besouro), e acabou trocando o BEET por BEAT, chegando assim ao duplo sentido, os besouros da batida, ou BEATLES.

The Quarrymen: George, Lennon, McCartney e o irmão de George (segurando o copo), 20 de dezembro de 1958.
Segundo o próprio Lennon, o nome apareceu durante um sonho onde um homem dentro de uma torta flamejante gritava: "vocês são Beatles, com A", o que viria a se tornar um peça fundamental no quebra-cabeças conspiratório que estamos descobrindo.

Vários músicos entraram e saíram dos Beatles, principalmente na bateria, por onde passaram Colin Hanton, Tommy Moore e Norman Chapman, mas sempre com o trio Lennon, McCartney e George em todas as formações. Como o trio tocava guitarra, começaram a sentir a ausência do baixo. Eis que surge o amigo de Lennon, Stuart "Stu" Sutcliffe", que aceitou o convite apenas para agradar o amigo., já que a paixão de Stu era a pintura. Para a bateria, entra Pete Best, filho do  dono do pub Casbah, onde os Beatles estavam se apresentando.

Os Beatles na Alemanha: Best, George, Lennon, McCartney e Stu
Os Beatles então conseguiram, através do empresário Allan Willians, um contrato para uma excursão na Alemanha, e assim, partiram para uma série de shows durante cinco meses, onde tocaram em casas como o Indra, em Hamburgo, que foi o primeiro lugar a apresentar o grupo. Foi na Alemanha que o grupo conheceu Astrid Kirschher, uma fotógrafa que não demorou muito para cair nas graças de Stu, e que virou, além de namorada de Stu, a primeira a registrar os Beatles fora da Inglaterra.

Stu e Astrid
George, McCartney e Best foram expulsos da Alemanha, o primeiro por ser menor de idade, e os outros dois por balbúrdias no hotel onde os Beatles estavam hospedados, e assim, voltaram para Liverpool, onde passaram a tocar no famoso Cavern Club. Os Beatles acabariam voltando para Hamburgo, onde Stu abandonou a carreira para dedicar sua paixão a Astrid (que começara a se envolver com George). Antes, Astrid deu mais um importante passo para a carreira do grupo. Ela foi a incentivadora da mudança no visual, com o grupo não utilizando mais o penteado tipo Elvis, mas sim, o corte de cabelo que os consagraria posteriormente. Stu ficou com Astrid, dedicando-se também a pintura, e McCartney foi para o baixo. 

Os Beatles começaram a fazer sucesso a partir de uma gravação realizada ainda em Hamburgo, onde foram convidados como músicos de apoio do cantor local Tony Sheridan, registrando a bolachina "My Bonnie". Essa gravação chamou a anteção do proprietário de uma loja de discos local, chamado Brian Epstein, que ficou curioso ao ver um garoto pedir a bolachinha contendo uma banda de nome tão estranho, e que foi um dos responsáveis por colocar os Beatles na fama, fazendo parte do ritual satânico que será traçado posteriormente.

A primeira gravação oficial
Epstein foi à Liverpool, e viu os Beatles se apresentando no Cavern, onde convenceu-se de ter achado um diamante a ser lapidado, e assim, lançou-se como empresário do quarteto. O primeiro passo, a mudança no comportamento de cada integrante. O segundo, buscar uma gravadora para lançá-los. Epstein era judeu e homossexual, possuindo os mais diversos contatos pela europa, e o primeiro deles foi na gravadora Decca, onde os Beatles fizeram um teste em janeiro de 1962. A Decca não curtiu o som dos garotos de Liverpool, e dispensou os mesmos.

Os Beatles voltaram para Hamburgo, agora com Epstein cuidando de tudo, principalmente registrando o teste na Decca e transformando o mesmo em um vinil que foi levado para George Martin, um dos diretores da Parlophone, uma subsidiária da EMI. Martin não se impressionou com o som dos Beatles, e tão pouco com o baterista Best, mas, segundo ele mesmo, sentiu uma energia muito forte vinda de McCartney e principalmente Lennon, o que de alguma forma o levou a assinar contrato com a banda, gerando ainda mais pano para a manga.

Best foi demitido e para seu lugar entrou Richard Starkey, ou Ringo Starr, e assim, os Beatles estouraram com o single "Love Me Do / PS I Love You", lançado em outubro de 1962, sendo que pouco tempo antes, em abril do mesmo ano, misteriosamente quando a banda despontava como uma das principais de Liverpool, Stu falecia por causa de um derrame cerebral, com apenas 21 anos. Segundo declarações da irmã de Stu, Pauline Sutcliffe, seu irmão faleceu devido a consequências de uma briga que tivera com Lennon dias antes dos Beatles deixarem a Alemanha, onde o guitarrista covardemente teria chutado a cabeça do baixista por diversas vezes, deixando sequelas que culminariam na morte do mesmo. Do ponto de vista de Pauline, Lennon e Stu tinham uma relação homossexual, e naquela tarde, Lennon havia visto um clima entre McCartney e Stu que teria gerado ciúmes, e por fim a agressão. Mais polêmica para um caldo que está apenas começando a engrossar.

O primeiro compacto
Meteoricamente, os Beatles alcançaram o status de maior grupo de rock. Depois do lançamento de "Love Me Do", o grupo participou do programa "People and Places", na TV Granada, em Manchester, e assim, lançou o single "Please Please Me / Ask Me Why" seguido do álbum Please Please Me, lançado em 1963. A musicalidade era muito similar a vários outros grupos, mas o nome Beatles não parava de crescer.

Na sequência, vieram os singles "From Me to You / Thank You Girl" e "She Loves You / I'll get You", que alcançaram rapidinho o primeiro lugar das paradas. Em 13 de outubro de 63, uma multidão esmagou-se para vê-los no London Palladium, e um mês depois, apresentam-se diante da rainha inglesa no Royal Variety Performance, além de lançarem o segundo álbum, With the Beatles, e mais um single number one, "I Want to Hold Your Hand / I Saw Her Standing There".

Mas, apesar do sucesso na Inglaterra, os Beatles não decolavam na América. Epstein procurou a Capitol para lançá-los no programa norte-americano de Ed Sullivan. Porém, a TV americana acabou passando apenas um breve documentário que narrava o estrago que o grupo vinha fazendo na Inglaterra. Foi o suficiente para "I Want to Hold You Hand" vender um milhão de cópias e chegar ao topo das paradas americanas no início de 1964.

O sucesso não parou de crescer, e o que foi batizado de Beatlemania nascia no mundo inteiro. Shows com histerias cada vez maiores, fazendo com que a banda não conseguisse escutar o que estavam tocando em pleno palco, inclusive com o famoso caso onde Lennon balbulciou palavras sem sentido durante uma determinada canção e ninguém ter ouvido nada, além do fato de cada membro estar evoluindo em seus instrumentos, principalmente George e McCartney, levaram os Beatles a uma importante decisão: eles não apresentariam-se mais ao vivo.

Paul McCartney ou Billy Shears??

O "problema" é que essa decisão foi tomada quase ao mesmo tempo em que um importante fato ocorria na história da banda. Em 9 de novembro de 1966, Paul McCartney sofreu um acidente automobilístico. Em princípio, o resultado do acidente foi apenas um corte no lábio, mas o que aconteceu foi uma série de misteriosas citações tanto em canções quanto nas capas dos álbuns subsequentes, que indicavam fortemente que Macca havia falecido no acidente. Esse assunto já rendeu diversas matérias, inclusive uma escrita por este que vos escreve aqui mesmo no Baú do Mairon, e não vou tomar mais tempo do meu nobre leitor adicionando as supostas pistas que indicam a morte de Paul e que são facilmente encontradas nos álbuns do grupo.

Aceitando então que o fato de Paul ter morrido seja verdadeiro, a teoria de conspiração de que os Beatles estavam envolvidos com o Demo aumentam ainda mais. Para o lugar de McCartney, o sósia Billy Shears foi contratado, e então, sem apresentações ao vivo, os Beatles podiam se dedicar ao trabalho das canções dentro dos estúdios, as quais ficavam cada vez mais elaboradas, com a adição de novos instrumentos como metais e cítara. 

Brian Epstein
Os Beatles então passaram para uma nova fase de experimentações, conquistando cada vez mais e mais fãs, mas, as coisas começaram a mudar quando novamente, de forma misteriosa, Brian Epstein foi encontrado morto no dia 27 de agosto de 1967, que segundo a polícia, a morte foi causada por uma overdose de remédios para dormir. 

A partir de então, a carreira do grupo começou a cair, com pesadas críticas sendo feitas para o filme Magical Mystery Tour (1967). Além disso, Lennon e McCartney (ou Billy Shears) criaram a Apple Corps, que compreendia a Apple Records, a Apple Films, a Apple Publishing, a Apple Electronics, a Apple Boutique e a Apple Retail, onde, tirando a Records, todas as outras foram um fracasso.

Para as gravações do álbum seguinte, The Beatles (1968), também conhecido como White Album, Lennon apresentou sua nova namorada, a artista Yoko Ono, para muitos a principal responsável pelo que ocorreria dali em diante. Durante o processo de gravação, os integrantes começaram a brigar entre si, e o lançamento do novo álbum era adiado cada vez mais, principalmente pelo fato de Ono se meter em cada detalhe das canções. 

Para piorar, quando The Beatles foi lançado, um maluco de nome Charles Manson começou uma série de assassinatos. Manson batizou o nome da sua crença religiosa que levou a cometer tais atrocidades de Helter Skelter, justamente uma das canções registradas no álbum branco. Manson e seus seguidores alegavam receber mensagens ocultas dos Beatles através das canções do novo álbum, o que só agravava a imagem do grupo.

"Eu não terminei com os Beatles!!"
Por fim, em 29 de setembro de 1969, Lennon anunciou sua saída do grupo, mas foi decidido que não divulgariam a notícia para não atrapalhar o desempenho do último LP da banda, Let it Be. Porém, McCartney acabou descumprindo o acordo, e gerou um grande desentendimento ao lançar seu primeiro álbum solo, McCartney (1970), levando então ao fim dos Beatles.

Todos se entregariam para uma carreira solo que nunca alcançou o sucesso de quando estavam unidos, até Lennon ser assassinado em 8 de dezembro de 1980 por Mark David Chapman, na cidade de Nova Iorque. Chapman, um fã incondicional dos Beatles, acusou Lennon de ser o responsável pelo término de sua banda favorita, e de ter lido no livro O apanhador no Campo de Centeio uma mensagem que dizia para matar Lennon, além de vozes constantes o convidando para realizar o assassinato.

Enfim, essa grande revisão sobre a carreira dos Beatles é relevante para compreendermos o que os conspirólogos classificam como o pacto dos Beatles com Satanás. Na verdade, não foram os Beatles que fizeram o pacto, e sim John Lennon.

Obcecado pelo sucesso, Lennon planejava conquistar o mundo, saindo de Liverpool e conhecendo garotas, fama, cidades e tendo muito dinheiro. Para isso, abriria mão de qualquer coisa que se intrometesse em seu caminho. 

A polêmica biografia Shout!
Os indícios de um envolvimento de Lennon com o anjo-caído foi divulgado em uma das primeiras versões no polêmico livro Shout! The Beatles in Their Generation, do escritor Phil Norman. Segundo o livro, "Os Beatles apresentavam-se em clubs de jazz da Alemanha Ocidental que localizavam-se nas partes mais degradas das cidades, com pontos de prostituição, distribuição de drogas e encontro de mentes voltadas para o satanismo. Nessas apresentações, Lennon soltava espuma pela boca, comportando-se estranhamente no palco, dando saltos e deitando-se no chão". 

Tal comportamento é associado a ação de remédios que Lennon usava, como Preludin, mas os conspirólogos alegam que isso era uma ação do coisa-ruim no corpo de Lennon, já que quando os Beatles deixaram Liverpool em direção à Hamburgo, o pacto fôra fechado. Tudo começou quando o Diabo apareceu no sonho de Lennon dentro da tal torta flamejante, dizendo para ele qual deveria ser o nome da banda, a grafia correta e que daria tudo o que Lennon queria em troca de alguns favores.

O sucesso dos Beatles foi "firmado" por Lennon e seu parceiro das trevas, com os Beatles chegando ao sucesso enquanto que o demônio ficaria com a alma de Stu Sutcliffe.  Por isso, Lennon teria agredido Stu, para realmente matá-lo e poder pagar a dívida com Satanás, o que explicaria o por que da morte repentina de Stu.

E a situação não para por ai. Durante a segunda estada em Hamburgo, Lennon teria contado para McCartney sobre o pacto, e Best teria ouvido a conversa. Por indicativas do próprio diabo, Best teria que ser demitido, se não, os planos iriam por água abaixo.

A medida que o sucesso dos Beatles ia crescendo, o ego e a ganância por sucesso de Lennon também cresciam. Ao mesmo tempo que tornavam-se cada vez mais perfeccionistas e técnicos em seus instrumentos, Lennon percebia que sempre havia uma sombra o perturbando. O demônio havia dado mais do que Lennon planejava, e exigia mais do que a alma de Stu.

Lennon não cedeu a sua, mas sim a do principal parceiro, McCartney, que foi levada na fatídica data de 9 de novembro de 1966. Porém, Lennon acabou pecando ao tentar enganar o Senhor das trevas substituindo o falecido McCartney por Billy Shears. A ideia de colocar um sósia no lugar de Macca não pegou bem nas ardentes terras do inferno (ou seriam nas gélidas terras??), e assim, novamente o demônio atacou, levando a alma de Brian Epstein e lançando Yoko Ono para terminar com os Beatles e esculhambar com a carreira individual de cada um.

Mark Chapman, o enviado de Satanás para saldar a dívida de Lennon
O pacto só ficou pago quando finalmente Chapman foi enviado pelo demônio, através da leitura do livro citado, para pegar a alma de Lennon, e assim, encaminhá-lo para o lugar onde já deveria ter estado em novembro de 1966, no lugar de McCartney, lembrando que Chapman nunca deixou de afirmar que ouvia vozes a cada hora dizendo: "Você precisa matar John Lennon!!"
O fato mais curioso é que os Beatles ficaram praticamente 10 anos em uma penumbra (de 1970 a 1980), e depois da morte de Lennon, o grupo voltou a ser o centro das atenções na mídia mundial, de onde dificilmente sai dos holofotes.

Para completar a sessão conspiróloga, existe um número do tipo 0800 divulgado pela internet onde, se você conseguir completar a ligação, irá ouvir uma interminável versão de "Imagine". Pelo que encontrei, o número é o seguinte: 0800-883-0012. Tentei ligar discrente do que poderia acontecer, e o telefone apenas chamou, chamou e não atendeu. Nem "Imagine" ouvi. Porém, segundo os conspirólogos, se um milhão de pessoas ligarem ao mesmo tempo, a energia envolvida na ligação será capaz de trazer Lennon novamente à vida. Outro fato está que esse número é diretamente ligado ao número da besta. Se não vejamos, sendo ( - ) o sinal de menos, temos

0800 - 883 - 0012 ou 800 - 88 - 30 - 12 = 670.

6 + 7 + 0 = 13

1 + 3 = 4

670 - 4 = 666
!!!!

O cara realmente tem que ter muita criatividade ...

Existe ainda uma versão mais engraçada, que diz que quem fez a linha telefônica é o assassino de Lennon, e que ele irá rastrear você até leva-lo para o túmulo. Uma terceira fonte indica que se você conseguir transportar a ligação para um computador e utilizar os programas adequados, você irá conseguir descobrir mensagens subliminares que explicarão o sucesso de um grupo musical que foi extinto há mais de 40 anos, e que por mais que uns gostem e outros odeiem, não se pode negar que é o grupo de maior sucesso comercial da história do rock.

Se Lennon fez o pacto com o demônio eu não sei, mas que os fatos que indicam tal afirmação parecem reais, isso parece. Tirem suas conclusões.

N. R. O texto acima é baseado na obra Segredos E Lendas do Rock, do autor Sérgio Pereira Couto, lançado em 2008 pela editora Universo dos Livros. Quero agradecer imensamente ao Micael por ter inspirado a escrita deste texto e aos colegas da Consultoria do Rock por permitir usar o espaço para revelar curiosidades sobre uma das bandas mais importantes da indústria fonográfica mundial.

domingo, 22 de novembro de 2009

A suposta morte de Paul McCartney


Aqueles mais próximos de mim conhecem no mínimo quatro fatos que não tem como mudar: sou um apaixonado por música da década de 70 para baixo, um admirador nato de física e ciências da terra, torcedor (sofredor as vezes) de futebol e afeiçoado em boas carnes acompanhadas com cerveja.

A união música/ciência é a mais saudável para mim, já que graças à minha curiosidade acabei descobrindo bandas (e sons) desconhecidos como SBB, Syrius, The Call, a fase free jazz de John Coltrane, ...

Recentemente, venho tentando (até agora em vão) compreender todo o fascínio e admiração a respeito de uma das bandas mais citadas como a melhor e mais importante de todos os tempos. Óbvio, estou falando dos Beatles.

Aos meus 5/6 anos tive o primeiro contato com os Beatles. Meu irmão ganhou de presente de aniversário uma coletânea chamada
20 Greatest Hits (acho que muitos tiveram esse vinil), e claro, fui apresentado à clássicos como "She Loves You", "Yesterday", "Can't Buy Me Love", "Come Together", mas sem nunca me apegar às mesmas, já que minha paixão pelo progressivo do Pink Floyd e as guitarras do Led Zeppelin tomava conta das minhas coleções de fita Vat e Basf Ferro.

Os caminhos musicais seguiram, sempre com 90% das revistas especializadas em música que eu lia falando sobre "A MAIOR BANDA DO MUNDO", "O MELHOR DISCO DE TODOS OS TEMPOS", até que comprei o Sargento Pimenta por míseros 2.000 cruzeiros, ouvi e, novamente, não tive maiores atrações, ao mesmo tempo que algumas publicações locais começavam a narrar sobre os "30 anos da morte de Paul McCartney" e toda a história envolvendo o primeiro Beatle morto. Isso sim me chamou a atenção.

Porém, sem ser um admirador dos Beatles, passava longe dos álbuns do quarteto, mas sempre me intrigava como todo mundo podia amar os Beatles (menos eu e alguns outros poucos). E teria mesmo Paul McCartney falecido? Finalmente, obtive (pelo menos para mim) a resposta para a segunda questão. Para compreender a obtenção da resposta, volto ao início da pergunta.

Teria Paul McCartney falecido? Bom, tudo começou em um acidente de moto no dia 09 de novembro de 1966. Pouco tempo antes, os Beatles haviam sido apresentados a Bob Dylan, que os apresentou à "marijuana" e, consequentemente, mudou toda a forma de pensar do Fab Four. Até então, os Beatles não pensavam sobre o significado e o poder de uma letra em uma canção, apenas tocavam por se divertir, até que descobriram que a música era o principal aliado para ampliar cabeças e horizontes.

Paul McCartney ou Billy Shears?

Foi então que lançaram
Rubber Soul em 1965, e posteriormente, em 05 de agosto de 1966 o cultuadíssimo Revolver, saindo então para mais uma turnê (com passagem inclusive pelo Japão). Então, no dia 09 de novembro de 1966 Paul sofria o tal acidente de moto, que foi tratado como um grave acidente de carro, onde Paul teria passado um sinal vermelho com seu Aston Martin e batido em outro carro. Eram 5 horas da manhã da gelada quarta-feira, e Paul sofreu esmagamento craniano (com algumas fontes dizendo que foi decapitado). Assim, Paul teria perdido o rosto e todos os dentes, ficando impossível a identificação do cadáver.

Com o nome Beatles subindo como um foguete em todo o mundo, os três Beatles remanescentes decidiram por manter a morte de Paul em segredo. Para isso, resolveram anonimamente criar um concurso para sósias de Paul, que teve como vencedor Willian Campbell (apelidado de Billy Shears).

Uma das primeiras consequências da "morte de Paul" foi o cancelamento de shows por parte dos Beatles. Assim, quanto menos o sósia aparecesse em público, menos se comentaria sobre o fato. A segunda providência foi que o sósia sofreu algumas operações plásticas, que aumentaram ainda mais sua semelhança com o Beatle falecido. O único problema que não foi solucionado era uma cicatriz no lábio de Billy, a qual não foi possível de ser removida. Por fim, os Beatles trancaram-se em estúdio durante 129 dias (algo inexplicável na época), onde conceberam o álbum
Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band.

Porém, os Beatles deixariam pistas nos álbuns seguintes à
Revolver que descreviam e contavam sobre a morte de Paul.

Tem que se ressaltar aqui que o acidente de moto com Paul realmente ocorreu, sendo inclusive relatado na clássica "A Day in the Life", e a explicação dada para a cicatriz seria uma consequência deste acidente, bem como um dente quebrado. O vídeo de "Paperback Writer" mostra como Paul ficou, com o dente quebrado visivelmente aparecendo em todas as imagens do baixista/vocalista.

A primeira vez que a imprensa deu ouvidos às especulações foi em 12 de outubro de 1969, quando o DJ Russ Gibb, da rádio WKNR-FM de Detroit, divulgou o fato a partir de um telefonema de um ouvinte que insistia na morte de Paul. Tal ouvinte havia verificado as capas dos álbuns lançados pelos Beatles pós-
Revolver, e em todas havia uma ou mais pistas sobre o fato. Russ leu algumas dicas e improvisou outras, e foi o suficiente para toda a imprensa começar a divulgar o acontecido. Centenas de matérias em jornais, livros e revistas especializadas começaram a ser divulgadas, bem como fã-clubes da banda investigando dia e noite as tais especulações.

A primeira explicação dizendo que Paul não havia morrido surgiu dos próprios Beatles, que afirmaram que tudo não passava de boatos, o que aumentou ainda mais as especulações, mesmo com um especialista afirmando que o corpo de Paul teria que ter sido totalmente carbonizado e virado cinzas para que o reconhecimento da arcada dentária de Paul não pudesse ser feito. Algumas fontes passaram então a dizer que os Beatles haviam escondido o corpo de Paul, enterrando-o em uma distante ilha da Grécia chamado Leso, a qual havia sido comprada pelos Beatles justamente para o fato, e que acabou sendo engolida pelo mar. Outro fato intrigante é que, com um acidente tão grave, não havia uma testemunha do mesmo. Algumas dicas são tão falsas quanto o assunto, principalmente por pertencerem a álbuns anteriores ao acontecido, mas mesmo assim valem a pena serem citadas para mostrar a criatividade das pessoas.

A capa de Rubber Soul

Começando então pelo álbum
Rubber Soul, de 1965, onde os três Beatles (menos Paul) olham para baixo, ou seja, uma suposta tumba onde Paul teria sido enterrado. Além disso, as letras de "I'm Looking Through You" e "In My Life" trazem referências diretas ao fato de Paul ter sido substituído por um sósia ("you don't look different but you have changed, I'm looking through you, you're not the same") e de também não estar mais entre os vivos ("some are dead and some are living").

A bela capa de Revolver

Já em
Revolver, na capa temos uma mão sobre a cabeça de Paul, que estaria sendo abençoado antes de finalmente ser enterrado, bem como pela primeira vez aparecia um desenho do Fab Four na capa ao invés de uma imagem real, o que despistaria sobre a imagem do novo Paul. Na parte das letras, temos uma referência ao acidente em "Taxman" ("if you drive a car", "if you get too cold" e "my advice to those who die taxman"), sendo que "taxman" seria um diminuitivo para taxidermista, ou seja, pessoa que empalha animais para que eles pareçam vivos mesmo após a morte.

Haveria também uma semelhança entre o Father McKenzie de "Eleanor Rigby" com Macca, com a citação "
Father McKenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave" e, finalmente, em "She Said She Said" temos "she said I know what it's like to be dead".

Essas dicas são relativamente infantis, já que ambos os álbuns foram lançados antes de Paul "ter morrido", mas o caldo engrossa nos lançamentos seguintes. Então vamos aos mesmos:

A famosa capa de Sgt Pepper

A capa de
Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band dá as dicas mais arrepiantes, a começar pelas inúmeras pessoas, o que diminui o rosto dos integrantes do conjunto, disfarçando assim o novo Paul, que ainda conta agora com um bigode no rosto. Além disso, todos estão claramente em um enterro, supostamente do próprio Paul, apesar da idéia original ser de uma banda tocando em um parque de diversões.

Um dos arranjos de flores forma o desenho de um baixo Hofner semelhante ao que Paul tocava, inclusive com o braço virado para a direita, já que Paul era canhoto, o que prova que é Paul é quem está sendo enterrado. Este mesmo arranjo conta com apenas três cordas, uma alusão ao fato de que os Beatles verdadeiros seriam apenas três. Novamente a mão aberta aparece sobre a cabeça de Paul, bem como o arranjo de flores que forma o nome da banda e que é seguido por um pequeno arranjo que forma a letra "O". Assim, temos escrito a frase "be at Leso", ou "fique em Leso", sendo Leso a ilha onde Paul teria sido enterrado.

Temos quatro figuras de cera dos Beatles na fase inicial, todos com um olhar triste, enquanto que ao lado os verdadeiros Beatles posam com instrumentos metálicos, a menos claro de Paul, que segura um corne inglês de madeira. Sob o "T" de Beatles temos uma estátua de Shiva, deusa Hindu da morte, cujos braços apontam diretamente para as duas imagens de Paul. Na verdade a deusa em questão é a deusa hindu da riqueza, Lakshimi Ma.

  Criatividade a 1000. I ONE IX HE ^ DIE

A pista mais criativa está na bateria da capa, onde, segundo os especialistas, colocando-se um espelho na horizontal cortando exatamente a frase "lonely hearts" tem-se da combinação da parte de cima das letras com o seu reflexo a frase "one he die", ou ainda que a frase deve ser lida como "I One IX He ^Die", cujo significado surge das seguintes conexões: "I One" seria onze (II), "IX" nove em romanos, e "He ^Die" indica que Paul está morto, já que a seta aponta diretamente para Paul. Portanto, em "november, 9th" Paul morreu.

A contracapa de Sgt Pepper

Na contracapa todos os Beatles olham para a frente, com excessão de Paul, supostamente escondendo a imagem do novo Beatle. Também é possível notar que George Harrison está com o dedo indicador direito apontando exatamente para a frase de "She's Leaving Home" que diz "
Wednesday morning at five o´clock", exatamente hora e dia da semana que Paul falecera, além da parte da letra de "Without You, Without You", que traz o nome da canção exatamente sobre a cabeça de Paul.

Já no encarte, Paul tem no braço esquerdo um distintivo onde está escrito "OPD", que no Canadá é a sigla para "Officially Pronounced Dead", ou "Oficialmente Considerado Morto". Na verdade, a sigla é OPP, referindo-se a Ontario Provincial Police (Policia da Província de Ontario), e o distintivo foi oferecido para cada um dos quatro Beatles como lembrança quando o grupo esteve no Canadá em agosto de 1965.

Indo para as letras, em "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" aparece a citação ao sósia Billy Shears em "
so let me introduce to you the one and only Billy Shears". Em "Good Morning, Good Morning" temos duas citações ao acidente em "nothing to do to save his life" e "people running around it's 5 o'clock", sendo cinco horas exatamente o horário do acidente de Paul. "A Day in the Life" já foi citada anteriormente, e as frases emblemáticas são "he blew his mind out in a car" e "a crowd of people stood and stared they'd seen his face before, nobody was really sure if he was".

Finalmente, diz a lenda que a prensagem original do álbum era para ser guardada dentro de uma jaqueta, contando com emblemas, lápis e pequenos bonecos da banda. Existia um diversificado número de cores na tal jaqueta de baixo para cima, começando com um vermelho muito forte (simbolizando o sangue) e terminando em um branco-neve que simboliza a paz no céu. Infelizmente não sei dizer se essa jaqueta realmente existiu ou não.

Mais pistas na capa de Magical Mystery Tour

Pulando para o álbum seguinte,
Magical Mystery Tour, temos na capa alguém vestido como morsa, que é um símbolo de morte em algumas culturas. Muito se falou sobre quem é a morsa, mas uma olhada mais específica identifica óculos na ave, sendo este então John. Já na canção "I Am the Walrus" John clamava por ser a morsa, e a mesma contém a citação "oh, untimely death". No álbum seguinte, o famoso White Album, na faixa "Glass Onion" foi revelado que "the walrus was Paul"! Finalmente, quando George Harrison, após o término dos Beatles, fez o clipe para "When We Was Fab" contando sobre seus tempos nos Beatles, temos Ringo na bateria, George na guitarra e a morsa tocando um baixo Hofner!
 
  Suposto número de telefone

O espelho também faz efeito no nome Beatles da capa, onde o efeito agora é o de um número de telefone (esse exige bastante criatividade) que, quando se ligasse para o mesmo, ouvia-se uma mensagem dizendo "you're getting closer", mostrando que aquele que descobria a pista estava chegando perto da verdade. De fato, uma menina aderiu a brincadeira e era responsável pelo fato.

Preste atenção no bumbo da bateria de Ringo


Paul de olhos fechados e com o rosto coberto


Uma rosa negra e três vermelhas

Já o livreto de fotos da versão original tinha uma foto do quarteto com cada um com uma rosa na lapela. Todos estavam com uma rosa vermelha, a não ser Paul, que está com uma rosa preta. No mesmo livro, na foto central do encarte, está escrito "love 3 Beatles" na bateria de Ringo, e Paul está descalço em todas as fotos, sendo que os mortos são enterrados descalços.

Já a capa interna mostra o rosto de Paul parcialmente coberto com um gorro, com a poeira de estrelas formando uma espécie de auréola sobre a cabeça do mesmo. Finalmente, em "Strawberry Fields Forever" é possível ouvir John Lennon dizendo "
I buried Paul" e, no final de "All You Need Iis Love", temos John falando algo como "yes! he is dead!".

O clássico e inconstestável White Album

Dando sequência aos álbuns, em
The Beatles (ou White Album) novamente não temos uma imagem do quarteto na capa. Porém as citações estão nas letras, como em "Revolution #9", com a frase "my fingers are broken and so is my hair". Ainda nesta faixa, ao se ouvir o verso "number nine" ao inverso temos as mensagens "turn me on dead man". Ainda ao inverso, é possível ouvir Paul gritando para sair do automóvel ("let me out") e, em "I'm So Tired", a voz de Lennon dizendo que "Paul is a dead man".


As fotos individuais do Álbum Branco, com Paul e sua cicatriz


O encarte do White Album

Nas fotos do álbum, temos Paul em uma banheira com a cabeça para fora da água, criando uma imagem apavorante de uma pessoa decapitada. Além disso, Paul está entrando em um trem com duas mãos fantasmas atrás dele, prontas para levá-lo para o além. Finalmente, a cicatriz de Paul aparece nas fotos individuais de cada integrante.

A capa de Yellow Submarine também traz pistas

Na capa de
Yellow Submarine temos novamente a mão-aberta sobre a cabeça de Paul, bem como um desenho dos Beatles na capa. Além disso, o submarino lembra um caixão com uma coroa de flores enterrado sob uma montanha.

O último álbum a trazer pistas é
Abbey Road. O quarteto atravessa a rua na sequência da direita para esquerda, com Lennon e Ringo trajados apropriadamente para um funeral, Paul como se estivesse pronto para ser enterrado (inclusive estando novamente descalço) e com George de calça jeans (seria o coveiro?). Paul também está com o passo trocado em relação aos demais, e de olhos fechados. Uma outra descrição para a capa sugere que Lennon está de branco por ser Deus (já que ele havia citado que os Beatles eram mais famosos do que Jesus Cristo), Ringo de preto por ser o padre e, claro, Paul o cadáver e George o coveiro.

A caveira de luz e sombras

Um belo fusca branco está estacionado na esquerda com a placa
28IF, lembrando que Paul teria 28 anos se estivesse vivo na época do lançamento de Abbey Road, sendo que fusca em inglês é beetle e "if" significa "se". Na contracapa temos uma imagem feita por luzes e sombras que lembra muito uma caveira.

Paul segurando o cigarro com a mão direita

Mas é exatamente uma das tais pistas que passa desapercebida para um fã menos atento, mas para aquele que conhece um pouco da obra da banda (e das capas), onde fica claro que tudo não passa de imaginação. Trata-se novamente da imagem de Paul na capa, onde ele está segurando um cigarro com a mão-direita. Notoriamente Paul era canhoto, portanto aquele que está segurando o cigarro não poderia ser Paul. Teriam os Beatles deixado mais uma dica? Na verdade, não. Voltando no tempo, na capa interna de
For Sale, de 1964, temos um jovem e alegre Paul McCartney segurando tranquilamente seu cigarro com a mão-direita. Portanto, realmente é Paul quem está na capa de Abbey Road, e todas as alusões à sua morte são (ou foram) feitas de certa forma de propósito pela banda, o que mostra ainda mais a genialidade dos mesmos, já que muitos passaram a correr atrás dos álbuns não só pelas músicas, mas também pelas pistas por registros da morte de Paul, aumentando as já colossais vendas de álbuns dos mesmos.

Claro, essa resenha traz um ponto de vista pessoal sobre suposta morte de Paul. Muitos podem duvidar do que cito e até mesmo pensar que o velho Macca está morto e enterrado em Leso. Porém, o que não se pode negar é a criatividade (e paciência) dos fãs em busca de respostas para o assunto, que com certeza ainda vai gerar muito pano pra manga.

Encerro dizendo que para mim este assunto está morto (com o perdão da redundância), mas continuo os estudos para compreender o porque dos Beatles serem considerados a melhor banda do mundo em termos de música, apesar de entender que comercialmente falando, mesmo com o Kiss batendo os Beatles em termos de venda de imagem, os caras realmente foram geniais em deixar as pistas nos álbuns, se é que elas tiveram este propósito.
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