sábado, 20 de setembro de 2014

Melhores de Todos os Tempos: Baixistas

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por Bruno Marise
Com André Kaminski, Bernardo Brum, Davi Pascale, Diogo Bizotto, Mairon Machado, Ronaldo Rodrigues e Ulisses Macedo
Dando continuidade a série que contempla os nossos músicos favoritos, dessa vez a seção é dedicada ao instrumento mais subestimado da música: O baixo. Quantas vezes você já deve ter ouvido frases do tipo “Ah, baixo nem faz diferença, se não tivesse ninguém perceberia”,  ou “Baixo é bom quando aparece pouco”. Pois é, o baixo pode não ter o mesmo apelo da guitarra ou a imponência de uma bateria, mas é a espinha dorsal da música. Para a felicidade quem aprecia um baixão bem tocado, o rock e a música pop em geral pariu inúmeros músicos de altíssima qualidade nas quatro cordas, e nós da Consultoria do Rock elegemos os 20 que mais gostamos.
É importante lembrar que a classificação difere do habitual sistema de pontuação da Fórmula 1, devido ao maior número de nomes da lista (20 ao invés de 10), e por isso, criamos o nosso próprio esquema. Ressaltamos também, que o critério de escolha depende muito do gosto pessoal e conhecimento de cada participante da lista. Não temos a pretensão de eleger um apanhado definitivo de músicos, mas apenas gerar uma discussão bacana, como sempre acontece. Cada participante elegeu seus 30 músicos favoritos, e seguindo a tabela abaixo, fechamos a lista com os 20 mais votados.
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Agora é sua vez. Quais são os seus baixistas preferidos? Boa leitura e SLAP THE BASS!

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1- John Entwistle (The Who) (573 pontos)
Em uma banda super barulhenta que conta com um monstro do quilate de Keith Moon, com o excêntrico Pete Townshend e com o carismático frontman Roger Daltrey, a posição de Entwistle não era nada fácil. Com sua postura discreta no palco, entretanto, o genial baixista mandava um som intenso, vibrante, preciso, que enchia e enriquecia o som do grupo britânico de uma forma que nenhum de seus contemporâneos de instrumento conseguiam – e até hoje, poucos conseguem, pois seu virtuosismo estava muito a frente de seu tempo. Apelidado de “The Ox” e “Thunderfingers” por seu estilo veloz e agressivo, John deixou registrado no hit “My Generation” um dos primeiros solos de baixo da história do rock, já demonstrando que, numa banda sem guitarra base, tudo o que eles precisavam era de um instrumentista como Entwistle, que não só segurava as pontas da sonoridade caótica do The Who como também a complementava perfeitamente. Colocando em miúdos: O que Jimi Hendrix foi para a guitarra, ele foi para o baixo; nunca haverá outro baixista como ele, capaz de mudar inteiramente a forma como se ouve e toca o instrumento. (Ulisses Macedo)
Performance Destacada: “My Wife” (The Who, 1971)

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2- Geezer Butler (Black Sabbath) (490 pontos)
Quando o Black Sabbath foi formado e ainda nem tinha esse nome, o jovem Terry “Geezer” Butler nunca havia encostado em um baixo na vida. Sua ainda curta carreira como músico tinha sido como guitarrista base. Mas a falta de experiência com o instrumento parece ter sido essencial para o inglês burilar seu estilo tão característico. Além de criar um som poderosíssimo, usando uma afinação mais grave (em Ré), componente essencial do som pesado do Sabbath, Geezer tem a habilidade de compor linhas criativas e que preenchem todos os espaços das canções, herança direta dos primórdios jazzísticos e de forte improvisação da banda. Ao invés de apenas acompanhar os riffs e licks de Tony Iommi, ele passeia com os dedos pelas quatro cordas e cria uma melodia diferente dentro da própria música. Além de principal letrista do Sabbath, Butler também ajudou na criação de dois riffs classiquíssimos da banda: “N.I.B.” e “Black Sabbath”. Mais um exemplo em que a criatividade supera o virtuosismo. (Bruno Marise)
Performance destacada: “War Pigs” (Black Sabbath, 1970)

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3 – Geddy Lee (Rush) (485 pontos)
Sentir o baixo de Geddy Lee no Rush é uma tarefa prazerosa. Ao invés de somente se manter na cozinha junto a bateria, Lee sempre nos brinda com linhas graves fora do comum, fazendo solos e mantendo o instrumento vivo na rica sonoridade do Rush. Incrível é sentir o solo de baixo em faixas como “Subdivisions”, momento em que tanto Lee quanto Lifeson solam juntos sem atravessar as faixas de sonoridade um do outro e ambos mantendo-se em destaque durante o break. Ou mesmo citando as linhas de “La Villa Strangiato” em que Lee consegue entregar performances virtuosas e cheias de feeling na mesma música, que é uma das melhores instrumentais de todos os tempos.(André Kaminski)
Performance destacada: “La Villa Strangiato” (Rush, 1978)

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4 – John Paul Jones (Led Zeppelin, Them Crooked Vultures) (398 pontos)
Led Zeppelin é uma banda que não tem músico ruim. Assim como Jimmy Page, antes da fama, o rapaz trabalhou como musico de estúdio fazendo gravações para nomes como Herman´s Hermets, Donovan e Cat Stevens. Influenciado por músicos do jazz e do blues, o rapaz fazia a diferença no Zeppelin, sendo responsável (e igualmente brilhante) não apenas pelo excelente trabalho de baixo, quanto pelas orquestrações do conjunto. Desde o fim do grupo, tem atuado como produtor, arranjador e musico de estúdio. Além de ser um dos baixistas mais influentes da história do rock. Seu estilo agrada desde músicos da velha guarda até a garotada. (Davi Pascale)
Performance destacada: “Ramble On” (Led Zeppelin, 1969)

DENMARK - JANUARY 01: Photo of WEST BRUCE & LAING; Jack Bruce - West, Bruce & Laing, 1973 - Copenhagen, Denmark (Photo by Jorgen Angel/Redferns)
5 – Jack Bruce (Cream, BBM, West, Bruce & Laing, Solo) (392 pontos)
Na história do rock, talvez Jack Bruce tenha sido o primeiro baixista protagonista de um grupo. Alguns podem dizer de Paul McCartney, outros talvez até vão mais além e falem do bluesman Willie Dixon.  Mas Jack Bruce não era só um band-leader, compositor e vocalista (o que por si só, já é muito mérito). Ele ajudou a estabelecer uma onda virtuosística no rock com seu poderoso power-trio Cream. As composições de suas linhas de baixo trouxeram fortes e viscerais novidades. Não apenas inovaram; elas colocaram o baixo elétrico em uma nova posição na música. Seus graves engoliam o som dos grupos por onde passava. Sem contar a variedade de estilos com o qual se aventurou (até mesmo peripécias com o baixo acústico). Sem dúvida, um dos maiores.(Ronaldo Rodrigues)
Performance destacada: “Politician” (Cream, 1968)

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6 – Chris Squire (YES) (381 pontos)
O inglês Chris Squire foi a tradução mais inteligente de toda a bagagem do baixo elétrico no rock cunhada ao longo dos anos 60, época de transição da linguagem instrumental do rock. Seu baixo era tão importante ao som do Yes quanto a guitarra, os teclados ou os vocais. E para que a responsabilidade pudesse ser tão bem dividida, Chris Squire era suficientemente astuto para tecer melodias fortes, extremamente marcantes, como a assinatura clássica de seu timbre com os baixos Rickenbacker. Para tal feito, também colocou na moda efeitos como wah-wah e tremolo no baixo. A característica mais marcante de seu estilo são os contrapontos, frases musicais distintas das de guitarra e teclado que completam o campo harmônico em uma melodia. Sua postura musical era imponente. Compreender seu estilo em palavras é díficil porém, ao ouvi-lo tudo faz absoluto sentido. (Ronaldo Rodrigues)
Performance destacada: “The Fish (Schlinderia Praemeturus)” (YES, 1971)

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7 – Cliff Burton (Metallica) (308 pontos)
Não existe baixista do Heavy Metal que não cite Cliff Burton entre os melhores de todos os tempos. Considerado por muita gente até hoje como o melhor instrumentista do Metallica, a sua técnica e precisão e o fato de tocar o baixo praticamente como um guitarrista, usando efeitos de distorção e wah-wah, revolucionou a forma como o instrumento era tratado. Qualquer baixista de Metal deveria assistir, reassistir e triassistir “Cliff Em’All”, anotar tudo e ir treinar. (André Kaminski)
Performance destacada: “For Whom The Bell Tolls” (Metallica, 1985)

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8- Paul Mccartney (The Beatles, Wings, Solo) (250 pontos)
O baixista canhoto mais famoso da história do rock é um músico de uma perícia incrível para o pop, capazes de criar ritmos e melodias não só personalíssimos mas como também acessíveis, cantaroláveis e dançantes, pesadamente influenciado pelo estilo melódico do baixista James Jamerson, responsável pelas linhas de baixo de grandes sucessos da Motown e Brian Wilson, por quem é fanático pela habilidade de “ir em lugares poucos usuais” – juntando no caldeirão a adoração por músicas como “Papa’s Got a Brand New Bag”, destaca-se o trabalho a partir de Rubber Soul com ainda mais groove, pensando em ritmo e melodia e tornando seu instrumento tão fundamental ao som diversificado dos Beatles quanto seus guitarristas. Em sua própria banda, o Wings, pôde mergulhar ainda mais fundo, de cabeça, no encontro entre balanço e melodia. Não há muito o que argumentar: Macca é responsável por pelo menos 7 entre 10 ritmos que você se encontra cantando distraído, chiclete mesmo, do gênero conheceu ferrou: escute uma vez, lembre para sempre. (Bernardo Brum)
Performance destacada: “Come Together” (Beatles, 1969)

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9 – Jaco Pastorius (Weather Report) (212 pontos)
Por puro preconceito e babaquice, durante muito tempo torci o nariz para o jazz. O americano John Francis Anthony Pastorius III, conhecido como Jaco Pastorius, foi um dos responsáveis por mudar minha visão sobre esse estilo, do qual hoje digo com orgulho que sou um apreciador nato. Irreverente, jovem e muito talentoso, Pastorius foi para o baixo o que Eddie Van Halen foi para a guitarra. Ao arrancar os trastes do instrumento, Pastorius consagrou um novo estilo, o fretless, com uma técnica aguçadíssima que aplica a velocidade das escalas junto a arpejos, tappings, slap, slides, vibratos e principalmente o uso inimaginável dos harmônicos. Seu álbum de estreia, o homônimo LP de 1976, talvez seja o melhor disco de um baixista em todos os tempos, e a breve participação com o Weather Report alavancou o fusion como um dos principais estilos musicais a partir da segunda metada da década de 70. Além disso, o cara era um animal na bateria, apesar das raras gravações com o instrumento. Depois de Pastorius surgiram nomes diversos que veneram o nome de Pastorius na sua formação e no estilo, mas jamais conseguiram igualar-se ao músico, que é considerado pela maioria dos críticos especializados como o maior e mais influente baixista de todos os tempos, e que infelizmente foi covardemente assassinado em 21 de setembro de 1987. (Mairon Machado)
Performance destacada: “Teen Town” (Weather Report, 1977)

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10 – Billy Sheehan (Mr. Big, David Lee Roth, Steve Vai, The Winery Dogs) (195 pontos)
Conhecido como o “Van Halen do baixo”, o estilo de Sheehan é de cair o queixo: técnica inigualável de dedos rápidos, subindo e descendo no braço do instrumento com a  maior naturalidade, cheio de tapping e aliado à um timbre único. Sua perícia no instrumento é reconhecida desde os primórdios do Talas, onde seus solos representavam o ápice dos concertos. Sem dúvida um dos músicos seminais para o avanço do contrabaixo no rock, Sheehan é sempre lembrado e continua influenciando gerações de baixistas, ávidos por aprenderem seus segredos. É notável ele sempre procura aperfeiçoar-se a cada dia, não se limitando à sonoridade hard rock que o lançou ao estrelato, mas também explorando terrenos além, como em seu projeto de jazz fusion Niacin. (Ulisses Macedo)
Performance Destacada: “Addicted to That Rush” (Mr. Big, 1989)

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11 – Phil Lynott (Thin Lizzy) (182 pontos)
Já é clichê dizer que Phillip Lynott é a figura central do Thin Lizzy. É claro que as guitarras gêmeas faiscantes de Scott Gorham e Brian Robertson, a parceria com Gary Moore e as pancadas certeiras de Brian Downey também contribuem para o legado da banda irlandesa, mas a alma do grupo é, e sempre será Phil. Filho de mãe irlandesa e pai afro-guianês, o cara era um rockstar completo: Letrista talentoso, frontman carismático, compositor de primeira, bom vocalista e instrumentista que transbordava feeling. Tecnicamente, sua performance estava longe de ser virtuosística, mas suas linhas de baixo traziam uma complexidade melódica impressionante (vide o hit “The Boys Are Back in Town”) e serviam de alicerce para o som do Lizzy. O que diferenciava a banda das demais compatriotas do hard rock setentista, era justamente a maior dose de groove e balanço das músicas, consequência do estilo de Phil. O precocemente falecido músico faz parte do rol de baixistas que foram muito mais que mero coadjuvantes, e colocaram o instrumento na linha de frente. Lynott é a prova de que tocar um instrumento sem sensibilidade e apuro de compositor torna-se uma atividade puramente mecânica. (Bruno Marise)
Performance destacada:  “Dancing in The Moonlight” (Thin Lizzy, 1977)

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12 – Flea (Red Hot Chilli Peppers) (173 pontos)
Os mais puristas podem não dar o braço a torcer, mas em termos de mainstream e música de maior alcance popular, Flea é O bass hero. Vindo da cena do hardcore californiano, a figura central do RHCP soube misturar bem essa pegada mais cru e agressiva com os grooves do funk setentista, criando um som único que faria a fama e fortuna de sua banda. Com uma energia impressionante no palco, Flea executa linhas extremamente complexas com naturalidade e vigor. Por vários anos formou uma dupla de respeito com o genial guitarrista John Frusciante, e os dois mostravam uma química enorme, onde Frusciante sabendo que a força motriz do RHCP era o baixo pulsante de Flea, adaptou o seu estilo para algo que deixasse as quatro cordas em maior evidência. Além da parceria com Fruscia, a cozinha formada com o baterista Chad Smith é uma das melhores de todo o rock. Podem reclamar, mas uma lista de melhores baixistas sem a presença desse maluco não estaria completa. (Bruno Marise)
Performance destacada: “Around The World” (Red Hot Chilli Peppers, 1999)

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13 – Glenn Hughes (Trapeze, Deep Purple, Black Sabbath, Black Country Communion) (162 pontos)
Das minhas lembranças de ouvir baixo, o primeiro nome que sempre me vem à mente é o de Glenn Hughes. Afinal, a imagem dos longos cabelos do músico na contra-capa e na capa interna de Made in Europe (lançado pelo Deep Purple em 1978) são muito marcantes, mas ainda mais marcantes são as linhas de baixo que Hughes desfilava junto ao quinteto britânico. “Burn”, “Stormbringer” e “You Fool No One” são os principais exemplos da excelência musical de Hughes em tal álbum, fazendo a base musical praticamente solando o tempo inteiro, com uma fúria descomunal e uma agilidade de um guitarrista empregada ao baixo. Só que Hughes não viveu apenas do Deep Purple. No Trapeze, foi o responsável por reformular a sonoridade do grupo, adicionando a malemolência do soul e o groove do funk de forma singular ao ritmo da guitarra de Mel Galley, e em carreira solo, Hughes vem ano após ano fazendo trabalhos sempre de alto nível, assim como na curta vida do aclamado Black Country Communion. Além de um exímio vocalista, Hughes é um baixista completo, capaz de tocar com perfeição desde o mais cadenciado blues (“Seafull”, do Trapeze) até as linhas mais pesadas (a já citada “Burn”, do Deep Purple) com muita naturalidade. (Mairon Machado)
Performance destacada: “Gettin’ Tighter” (Deep Purple, 1974)

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14 – James Jamerson (The Funk Brothers) (135 pontos)
Você pode até não reconhecer seu nome, mas certamente já ouviu várias vezes os arrasadores grooves criados por James Jamerson. Apesar de não ter recebido o devido crédito, James é o responsável pelas quatro cordas em quase todos os hits produzidos pela gravadora norte-americana Motown durante os anos 1960 e o início da década de 1970. Membro do grupo informalmente conhecido como “The Funk Brothers”, base instrumental do arrebatador sucesso da Motown, James tornou-se um dos mais influentes baixistas de todos os tempos, revolucionando a maneira como o instrumento se apresentava na música popular e consolidando um estilo rico em melodia, mas que jamais deixava o groove em segundo plano, soando com invejável fluidez e fascinando aficionados pelo baixo em todo o mundo. Apenas para que se tenha uma ideia, o Fender Precision de James está presente em hits como “My Girl” (The Temptations), “Reach Out I’ll Be There” (Four Tops), “I Heard It Through the Grapevine” (Marvin Gaye), “I Want You Back” (The Jackson 5) e “What’s Going On” (Marvin Gaye). Achou pouco? Pois saiba que suas estupendas linhas já chegaram ao número um da principal parada da Billboard cerca de 30 vezes, sem falar na lista dedicada ao rhythm ‘n’ blues, na qual esses números mais que dobram. Sua prematura morte em 1983, relacionada ao alcoolismo, não permitiu que James pudesse gozar de todo o reconhecimento que sua obra vem recebendo nos últimos anos, mas seu legado será eterno. (Diogo Bizotto)
Performance destacada: “Darling Dear” (The Jackson 5, 1970)

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15 – Steve Harris (Iron Maiden) (134 pontos)
Poucos baixistas refletem tão bem sua personalidade no estilo de tocar quanto Steve Harris. Líder incontestável do Iron Maiden e compositor de mais da metade de seu catálogo, Steve executa seu instrumento quase como um guitarrista solo, agindo muito mais do que como um acompanhante, na verdade ditando os rumos que as guitarras devem seguir a partir das linhas criativas determinadas por seus velozes e martelantes dedos. Inspirado pelo hard rock e pelo rock progressivo setentista (especialmente por Pete Way, do UFO), Steve talvez tenha se tornado o mais reconhecido baixista essencialmente associado com o heavy metal, e isso não ocorreu à toa: desde os primeiros álbuns do Iron Maiden, seu estilo agressivo e raçudo ocupa posição de destaque, vide canções como “Phantom of The Opera”, “Wrathchild”, “Killers” e “The Number of the Beast”. Em constante evolução, o músico aperfeiçoou sua técnica e ampliou seu vocabulário, chegando inclusive a ser associado com um estilo de tocar apelidado “cavalgada”, como pode ser observado em faixas como “The Trooper” e “Stranger in a Strange Land”. Além disso, sua abordagem é extensa o suficiente para transitar por músicas tão diferentes quanto “To Tame a Land”, “Infinite Dreams”, “The Unbeliever” e “Blood Brothers”. É seguro afirmar que, não apenas o Iron Maiden não existiria sem a sua presença, mas a banda não despertaria um décimo do interesse do público sem as marcantes linhas de baixo arquitetadas por Steve Harris. (Diogo Bizotto)
Performance destacada: “Killers” (Iron Maiden, 1981)

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16 – Sting (The Police, Solo) (131 pontos)
Muito comenta-se sobre o Sting. E ao mesmo tempo, pouco comenta-se sobre o Sting. Falam muito sobre suas composições, seu sucesso com o The Police, etc. Entretanto, poucos comentam sobre sua habilidade no baixo. Sim, habilidade é a palavra certa. Nos tempos de The Police, tocava algumas musicas com palheta, outras sem. Já na carreira-solo vem explorando mais o thumb plucking (técnica onde faz a marcação com o dedão). O rapaz criou linhas de baixo absolutamente memoráveis, além de ser um músico extremamente seguro ao vivo. O fato de explorar influências de diferentes gêneros (o cara vai do punk rock ao jazz, passando pelo reggae), fez com que ele criasse um estilo único. Suas frases de baixo tendem a ser simples, porém eficientes, essenciais e belas. (Davi Pascale)
Performance destacada: “If I Ever Lose my Faith in You” (Solo, 1993)

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17 – Paul Simonon (The Clash) (130 pontos)
Ok, é injusto querer elogiar Simonon em detrimento de outros músicos do Clash, uma banda nada menos que fantástica, musical e liricamente. Mas é difícil não o fazer e perguntar: o que teria sido do Clash sem Simonon? Baixista de quase todas as músicas do Clash, seu estilo influenciado por reggae e ska foi em contraponto a todos os baixistas de punk da época, tornou o baixo um instrumento destacado dentro da banda, com suas palhetadas diversificadas, ora envolventes e atmosféricas dentro do som “world music” que a banda incorporou ao expandir seus horizontes, ora agressivas e frenéticas, quando desaguavam no punk gritado, marcado e sempre tenso. Suas linhas de baixo são um verdadeiro mundo de música e seu caldeirão sonoro é uma catarse multiétnica que transformou o Clash em máquina de protesto anti-hegemônica não só nas letras mas também no som, não interessado em barreiras comumente impostas e levando o “do it yourself” do punk a sério, à sua maneira, abrindo a cabeça de milhares de jovens do pós-punk, hardcore e ska-punk que derrubaram as tolas barreiras culturais e saíram de lá com música vibrante e vigorosa. A iconoclastia sonora do Clash deve muito a Simonon, protagonsita da capa mais punk da história: London Calling, onde nervoso em um preto e branco contrastado esmaga seu baixo contra o chão e avisa que a música popular dificilmente será como antes. (Bernardo Brum)
Performance destacada: “The Guns of Brixton” (The Clash, 1979)

Andy Fraser, baixista do Free
18- Andy Fraser (Free, John Mayall & The Bluesbreakers) (118 pontos)
Para muitos, os melhores baixistas são aqueles que costumam manter-se o tempo todo bem ocupados, deslizando os dedos sobre as cordas de seu instrumento com velocidade e desfilando técnicas variadas. Apesar de não discordar necessariamente disso, nunca deixo de exaltar o estilo mais solto de Andy Fraser, valorizando os intervalos de silêncio tanto quanto aqueles em que extraía de seu Gibson EB-3 um dos timbres mais característicos de sua época. “Deixar a música respirar era importante”, afirmou certa vez. Na estrada profissionalmente desde os 15 anos, primeiramente com o John Mayall Bluesbreakers e depois com o Free, banda na qual pavimentou seu sucesso, Andy nunca limitou seu talento apenas às quatro cordas, agindo como uma liderança e aplicando sua linguagem na construção da maioria das canções do quarteto inglês, incluindo seu maior sucesso, “All Right Now” (para quem não sabe, seu riff de guitarra inicial também é de sua autoria), e aquela que julgo ser a melhor demonstração de sua capacidade, “Mr. Big”, contando com um solo que se tornaria arquétipo a ser seguido por diversos outros baixistas. Para os iniciantes, Andy deixa a dica: “Minha abordagem sempre foi minimalista; somente fiz o que era apropriado para a música em si”.(Diogo Bizotto)
Performance destacada: “Mr. Big” (Free, 1970)

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19 – Charles Mingus (117 pontos)
O que seria da guitarra se não fosse Jimi Hendrix? Se Jaco Pastorius é o Eddie Van Halen do baixo, o Jimi Hendrix da guitarra sem dúvida é Charles Mingus. Esse senhor baixista transformou o baixo acústico não mais em um mero instrumento base, mas em um instrumento de frente, com liberdade de improvisar tanto ou mais que o piano, o saxofone e a bateria nos tradicionais quartetos de jazz. Como bandleader, Mingus lançou diversos álbuns que marcaram época não apenas para o jazz, mas para a evolução do baixo como um dos principais instrumentos da música, tendo como ponto e ápice o aclamadíssimo The Black Saint and the Sinner Lady (1963), eleito pelos consultores – e não apenas pelos colegas, mas também diversas outras fontes – como o melhor álbum daquele ano. Nas décadas de 50 e 60, a criatividade de Mingus extrapolou o limite do imaginável, criando obras atemporais que viraram referência para muitos dos baixistas de rock que apareceram posteriorment no final da década de 60 e início dos anos 70. Nomes consagrados como Jack Bruce, Paul McCartney, Dizzy Gillespie, Larry Coryell , Joni Mitchell, Jeff beck, entre outros, citam Mingus como um dos responsáveis por suas formações nos diferentes instrumentos que vieram a tocar, o que revela que além de ser um excelente baixista, a visão musical de Mingus estava muito a frente do seu tempo. (Mairon Machado)
Performance destacada: “Pithecanthropus Erectus” (Charles Mingus, 1956)

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20 – John Myung (Dream Theater) (111 pontos)
Dream Theater é o famoso grupo ame ou odeie. No entanto, ninguém é louco para questionar a habilidade de seus músicos. O fato de alguém dizer que tocou com o Dream Theater já faz com que ganhe ponto no curriculum. John Myung além de ser exímio musico, é bastante criativo. Entre suas técnicas mais exploradas estão o uso do tapping (a famosa digitação) e o pizzicato com três dedos. Pizzicato é o dedilhado na corda com alternância entre dois ou três dedos. Ou seja, não há palheta na jogada. O fato de utilizar os três dedos permite com que o musico consiga uma velocidade maior, mantendo a precisão. (Davi Pascale)
Performance destacada: “The Dance of Eternity” (Dream Theater, 1999)

Listas individuais
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Jimmy Bain (Dio)
1. Geddy Lee
2. Jimmy Bain
3. Cliff Burton
4. John Entwistle
5. Jason Newsted
6. Jerry Jemmott
7. Gerry McAvoy
8. Geezer Butler
9. Tobias Exxel
10. Doug Wimbish
11. Ross Valory
12. Stanley Clarke
13. John Campbell
14. Paul McCartney
15. Jeff Pilson
16. Michael Anthony
17. Billy Peterson
18. Roger Waters
19. Chris Squire
20. John Paul Jones
21. John Myung
22. Frank Thorwarth
23. Bob Daisley
24. Jaco Pastorius
25. Donald “Duck” Dunn
26. Steve Harris
27. Steinar Krokmo
28. Pete Way
29. Mel Schacher
30. Francis Buchholz
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Tina Weymouth (Talking Heads)
Bernardo

1.Paul Simonon
2. John Entwistle
3.Geezer Butler
4. Tina Weymouth
5. Kim Gordon
6. Paul McCartney
7. Bootsy Collins
8. Larry Graham Jr.
9. Jack Bruce
10. Cliff Burton
11. Kim Deal
12. Billy Gould
13. Shavo Odadjian
14. Flea
15. Billy Bass Nelson
16. John Paul Jones
17. Roger Waters
18. D’arcy Wretzky
19. Dee Dee Ramone
20. Matt Freeman
21. Michael Davis
22. Les Claypool
23. John Deacon
25. Glenn Hughes
26. Bill Wyman
27. Phil Lynnot
28. Liminha
29. Jerry Only
30. Peter Hook
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Matt Freeman (Rancid, Operation Ivy)
Bruno

1. Geezer Butler
2. Geddy Lee
3. Phil Lynott
4. John Entwistle
5. Flea
6. John Paul Jones
7. Matt Freeman
8. Scott Shifflet
9. Karl Alvarez
10. Peter Hook
11. Mike Watt
12. Kim Deal
13. Jack Bruce
14. Andy Fraser
15. Sting
16. Gary Thain
17. Dee Dee Ramone
18. Paul Simonon
19. Billy Gould
20. Bruce Foxton
21. Cliff Burton
22. Robert Trujillo
23. Les Claypool
24. Jerry Only
25. Chris #2
26. Tim Commerford
27. Shavo Odadjian
28. Darryl Jenifer
29. Liminha
30. Fat Mike
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Roger Glover (Deep Purple, Rainbow)
Davi

1. Paul McCartney
2. John Paul Jones
3. John Entwistle
4. Chris Squire
5. Sting
6. Billy Sheehan
7. John Myung
8. Roger Glover
9. Flea
10. Rudy Sarzo
11. Andria Busic
12. Steve Harris
13. Geddy Lee
14. Doug wimbish
15. Glenn Hughes
16. Michael Anthony
17. Jack Bruce
18. Cliff Burton
19. Geezer Butler
20. John Deacon
21. Phil Lynott
22. Kip Winger
23. Robert Trujillo
24. Jeff Ament
25. Gene Simmons
26. David Ellefson
27. Jeff Pilson
28. Lemmy Kilmister
29. Tim Commerford
30. Fieldy
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Steve DiGiorgio (Death)
Diogo

1. Jack Bruce
2. Chris Squire
3. Andy Fraser
4. James Jamerson
5. Billy Sheehan
6. Steve DiGiorgio
7. John Entwistle
8. Steve Harris
9. Bob Daisley
10. Cliff Burton
11. Jaco Pastorius
12. Bernard Edwards
13. Geddy Lee
14. Geezer Butler
15. John Deacon
16. Chuck Rainey
17. John Wetton
18. Glenn Hughes
19. John Paul Jones
20. Neil Murray
21. Phil Lynott
22. John Taylor
23. Tony Levin
24. Kip Winger
25. Walter Becker
26. Alex Webster
27. Gary Thain
28. Dave Hope
29. Ross Valory
30. Greg Lake
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Józef Skrzek (SBB, Niemen)
Mairon

1. Jaco Pastorius
2. Józef Skrzek
3. Jeff Berlin
4. John Entwistle
5. Chris Squire
6. Glenn Hughes
7. Geddy Lee
8. Geezer Butler
9. Holger Czukay
10. Jon Camp
11. Ray Shulman
12. Pete Way
13. John Paul Jones
14. Dadi
15. Charles Mingus
16. Larry Graham
17. Stanley Clarke
18. Dave Hope
19. Luizão Maia
20. Cliff Burton
21. Mel Schacher
22. Jack Bruce
23. Liminha
24. Ulrich Leopold
25. John Deacon
26. Slam Stewart
27. John Wetton
28. Patrick O’Hearn
29. Ross Valory
30. Aston Barrett
28crop
Tim Bogert (Vanilla Fudge, Beck, Bogert & Appice, Cactus)
Ronaldo
1. Chris Squire
2. Jack Bruce
3. Geddy Lee
4. John Paul Jones
5. Tim Bogert
6. Greg Lake
7. John Wetton
8. Jaco Pastorius
9. John Entwistle
10. Hugh Hopper
11. Geezer Butler
12. Glen Cornick
13. Dave Holland
14. Ray Shulman
15. Stanley Clarke
16. Mel Schacher
17. Gary Thain
18. Pedro Baldanza
19. Jack Casidy
20. Charles Mingus
21. Bootsy Collins
22. Cliff Burton
23. Fernando Gama
24. Glen Hughes
25. Paul McCartney
26. Leo Lyons
27. Novelli
28. Mick Hawksworth
29. Steve Harris
30. George Clinton
2009+New+Orleans+Jazz+Heritage+Festival+Presented+h6ox3_uXSFdx
Verdine White (Earth, Wind & Fire)
Ulisses

1. Geezer Butler
2. John Entwistle
3. Geddy Lee
4. Billy Sheehan
5. James Jamerson
6. Jack Bruce
7. Charles Mingus
8. John Paul Jones
9. Verdine White
10. Roger Waters
11. Noel Redding
12. Lemmy Kilminster
13. Phil Lynott
14. Roger Glover
15. Paul McCartney
16. Cliff Burton
17. John Myung
18. Sting
19. Chris Squire
20. Les Claypool
21. Aston Barrett
22. Flea
23. Steve Harris
24. Squarepusher
25. Andria Busic
26. Murdoc Niccals
27. David Ellefson
28. Doug Ferguson
29. Bob Bogle
30. Jason Newsted

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