sábado, 4 de janeiro de 2014

Melhores de Todos os Tempos: 2013

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Hoje publicamos uma compilação congregando os dez melhores álbuns de 2013 segundo a Consultoria do Rock, levando em consideração os lançamentos com maior pontuação em todas as listas particulares elaboradas por nossos colaboradores. Cada um dos discos vem acompanhado de breves comentários, mesmo daqueles que não gostaram do álbum citado. Neste ano, quem se sagrou vencedor foi o Black Sabbath, que após muita expectativa desde o anúncio da reunião, não decepcionou com o vigoroso e excelente 13. Lembrando que nas listas individuais,seguimos a pontuação do Campeonato Mundial de Fórmula 1

01. Capa
Black Sabbath – 13 (142 pontos)
Bruno Marise: Um disco como todo fã do Sabbath esperava: cozinha vigorosa, guitarra monolítica do mestre Iommi e a voz incomparável de Ozzy. Besteira é tentar comparar com os clássicos da banda. A verdade é que 13 é uma volta digna e um disco de Heavy Metal impecável.
Davi Pascale: Pesado, denso e genial. É exatamente aquilo que esperamos de um álbum do Sabbath. Brad Wilk conseguiu captar o espírito de Bill Ward em sua levadas e Tony Iommi continua um mestre na arte de criar riffs. Fantástico.
Fernando Bueno: Depois de uma longa novela de reunião, doença de Iommi e não participação de Bill Ward o Black Sabbath conseguiu lançar este super aguardado álbum. E eles entregaram tudo o que qualquer fã esperava.
Mairon Machado: Assim como foi o Van Halen ano passado era inevitável que 13 não ficasse na primeira posição. O álbum mais aguardado dessa década é um bom disco, mas acho exagero demais o que enalteceram o álbum. Apesar da rifferama de Iommi e do incansável Butler mandando ver, 13 está muito aquém de clássicos comoParanoid e Master of Reality, e muito longe dos melhores discos da banda,Technical Ecstasy e Never Say Die!. Mas, como sempre, a obviedade prevalece, e um álbum citado por todos os colegas merecidamente teria que estar na primeira posição.
Micael Machado: O retorno do ano, um disco que satisfez tanto os antigos quanto os novos fãs do quarteto de Birmingham, que ainda saiu em uma turnê que passou pelo Brasil, com shows comemoradíssimos! Alguma dúvida sobre qual o mais importante grupo de heavy metal de todos os tempos?
Pablo Ribeiro: Não tinha dúvidas de que esse seria o primeiro lugar nas listas de 2013. Afinal, esse 13 é Black Sabbath puro! A mais importante e influente banda de metal do mundo. Que me perdoem fãs de outras fases da banda, mas sem demérito a alguns de seus integrantes passados, mas uma formação do grupo que contenha Iommi, Butler e Osbourne, reduz a pó qualquer coisa em termos musicais. Do Sabbath e além.
Ulisses Macedo: Não é nenhuma surpresa que 2013 foi o ano do Black Sabbath. Eles não decepcionaram, fazendo de 13 um disco matador que, se não traz nenhuma grande surpresa como na época setentista, ainda faz jus à toda a carreira do quarteto. É uma pena que Bill Ward não pôde estar presente, mas isso não tira o mérito do grupo.

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David Bowie – The Next Day (94 pontos)
Bruno Marise: Assim como a maioria dos trabalhos do Bowie, The Next Day é um álbum que carece de várias audições até fazer sua cabeça. Um retorno inesperado e brilhante. O Camaleão fazendo o que sabe de melhor: composições de primeira, sempre pinçando elementos daqui e dali e conseguindo se encaixar perfeitamente no cenário em que se encontra. Discaço!
Davi Pascale: Esse é um disco que precisarei re-escutar daqui um tempo. Não consegui ver toda essa magia que andam descrevendo por aí. Bom disco e só. Pelo menos, essa foi a impressão que ficou em mim quando adquiri o álbum. Não sei se minha expectativa estava muito grande por conta de tudo que havia lido na época, mas lembro que não me cativou.
Fernando Bueno: David Bowie já tinha até anunciado sua aposentadoria e, por consequência, estava há anos sem lançar nada, mas daí quando menos se esperava ele aparece com um disco novo. E que disco! Muito na linha dos álbuns lá da metade da década de 70 como entrega sua peculiar capa. Se for o último de sua carreira vai ser com chave de ouro.
Mairon Machado: O melhor álbum do ano. Como dancei com as linhas de “The Stars (Are Out Tonight)”, “If You Can See Me” e a excelente “(You Will) Set the World on Fire”. Disco mais que perfeito, mostrando que a aposentadoria de Bowie ainda está longe de ocorrer, e se a mesma vier, será uma despedida inesquecível aos fãs
Micael Machado: Outro (surpreendente) retorno, extremamente saudado, de um dos artistas mais importantes da história, mas do qual nunca fui lá muito fã. Não fez minha cabeça, mas entendo sua colocação aqui!
Pablo Ribeiro: Depois de 10 anos sem gravar, uma volta de Bowie ao material inédito só teria propósito se as novas músicas fizessem jus ao seu – quase sempre – glorioso passado. The Next Day não decepcionou!
Ulisses Macedo: Intercalando músicas mais dançantes com outras mais calmas, Bowie retornou com um álbum excelente e muito bem construído, com faixas que vão permanecer tocando na sua mente por várias dias.

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Paul Mccartney – New (55 pontos) 96886653
Bruno Marise: Meu reconhecimento da carreira solo de Paul Mccartney se resume aos clássicos Band On The Run (1973) e RAM (1971). O pouco que ouvi de New não chegou a me conquistar, mas está tudo ali: Uma cacetada de melodias e composições acima da média.
Davi Pascale: Grande músico, grande cantor e grande compositor. Assim, como o disco de Bowie, achei a critica um pouco exagerada. Mas, mesmo assim, o resultado final me agradou muito. Belas canções e lindas harmonias, mas ainda não alcança o magnífico Flaming Pie (1997).
Fernando Bueno: Mais um “dinossauro” lançando um bom disco. Mesclando o mesmo tipo de música que fez na época do início da sua carreira solo, da sua banda mais famosa e algo do que fez nos anos 80 com sonoridades mais atuais, Paul McCartney se mostrou relevante de novo.
Mairon Machado: Macca, que atualmente é mais brasileiro que britânico, lançou um disco mais do mesmo, mas para muitos, mais do mesmo no mundo beatle é sempre um espetáculo. Desde o final do Wings que o eterno companheiro de John Lennon não lançou um disco bom, e para mim, New continua na linha dos antecessores. Para se ouvir como música de fundo, e nada mais.
Micael Machado: Outro artista muito importante, mas que não faz músicas que agradem aos meus ouvidos. Não ouvi este disco, mas, se o tivesse feito, acredito que ainda não seria com este que o velho Macca conquistaria minha devoção!
Pablo Ribeiro:  MacCa inspiradíssimo, resgatando o que fez de melhor em toda sua carreira, com uma abordagem moderna e criativa, lançando seu melhor disco em anos.
Ulisses Macedo: O ex-Beatle provou que, mesmo com uma extensa discografia e muitos anos na estrada, ainda tem cartas na manga e entrega um disco sensacional, criando um álbum que é a sua cara mas que soa relevante. Ele poderia criar um trabalho qualquer pra encher linguiça como fazem muitos artistas consagrados, mas aqui ele se renova e vemos que o título do álbum não podia ser melhor. Músicas como “Save Us”, “Everybody Out There” e “I Can Bet” são de chorar de tão boas.

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 Alice in Chains – The Devil Put Dinosaurs Here (51 pontos)
Bruno Marise: Substituir um vocalista como Layne Staley não é nada fácil, mas William Duvall tem feito um trabalho impressionante, usando um timbre que se assemelha bastante com o do falecido Layne, mas também empregando sua própria personalidade. Jerry Cantrell continua um monstro, e achei TDPDH superior ao antecessor, trazendo à tona mais elementos do AiC antigo, que é uma das minhas bandas favoritas. Só me incomodou a longa duração do álbum com 12 faixas e todas com média de 6 minutos, o que torna a audição um tanto cansativa. Ainda assim, belo disco!
Davi Pascale: Álbum inspiradíssimo da trupe de Jerry Cantrell. Aquela velha historia, em time que está ganhando, não se mexe. A formula continua a mesma. Canções densas e arrastadas com vozes dobradas. Quem curtiu a banda no inicio dos anos 90, irá curtir o novo trabalho.
Fernando Bueno: Já gostei mais de Alice in Chains nos anos 90. Depois de seu fim eu ainda não consegui ter o mesmo interesse e mesmo reconhecendo que os dois últimos discos são bons, não tenho tanta vontade de ouví-los.
Mairon Machado: Um dos melhores shows do Rock in Rio e um álbum que faz um meio de campo entre o auge do grunge e os anos 2000. Belo trabalho dos americanos, e principalmente, do melhor guitarrista da Seattle no final dos anos 80, Jerry Cantrell.
Micael Machado: Outro belo álbum na carreira da Alice Acorrentada, demonstrando mais uma vez que Jerry Cantrell é um dos melhores compositores contemporâneos no mundo do rock! Sem fugir ao estilo do passado do grupo, o AIC nos entrega mais uma pilha de canções fantásticas, muitas com possibilidades de se tornarem clássicos da carreira deste que é um dos últimos sobreviventes da famigerada “onda grunge”! Ouçam!
Pablo Ribeiro: Um discaço, que não deve nada aos tempos em que o Layne Staley puxava os vocais do grupo. Pelo contrário aliás, no show dos caras presenciei – in loco – muita gente convencida de que Duvall era ainda melhor que junkie Staley. Concordo. O cara se encaixou perfeitamente ao instrumental, produzindo o mais pesado disco do AIC até aqui.
Ulisses Macedo: Embora o AiC não seja exatamente a minha praia, malhar este disco só pra fazer birra seria um erro crasso, tamanha a qualidade que se vê aqui. Melancólico, lento, pessimista e pesadíssimo, The Devil Put Dinosaurs Heredificilmente terá novas audições da minha parte, mas deixou uma boa impressão. Pra quem curte, vai fundo que está uma maravilha.

Ghost-Infestissumam
Ghost – Infestissuman (37 pontos)
Bruno Marise: Gostei do disco mais do que esperava, já tinha curtido “Secular Haze”, mas pra mim o Ghost ainda não justifica tanto hype. A proposta é bacana e o espetáculo da banda ao vivo diverte, mas em termos de música ainda acho que ficam devendo. Conheci recentemente o Subvision, que é o embrião do Ghost e me agradou bem mais, mesmo não tendo nada a ver com o Occult Rock dos Suecos. Recomendo.
Davi Pascale: Esse disco foi uma decepção, para mim. Gostei do álbum de estreia. Me agradou ouvir uma banda fazendo um heavy metal cru em uma época que não se faz mais isso, a não ser os medalhões que ainda estão na ativa. Esse novo disco, por outro lado, me soou um álbum cansativo, chato. As musicas são brilho, sonoridade polida. Talvez se eles se preocupassem mais com arranjos e menos com chocar a sociedade com alargadores anais, o resultado fosse melhor.
Fernando Bueno: A expectativa foi grande para um sucessor de Opus Eponymous (2010). A dúvida era: será que os caras foram fogo de palha? E a resposta negando essa pergunta veio com um álbum excelente. Ampliando ainda mais o seu leque musical, a banda mostrou que não é apenas um fruto de marketing (que é sim muito bem feito) como muitos gostam de falar.
Mairon Machado: A maior decepção do ano. Depois de Opus Eponymous (2010), esperava que o Ghost fizesse algo melhor, mas dai veio essa Bo$t@ sem tamanho, de uma banda que parece estar subindo demais nas suas tamancas suecas, com um ego infladíssimo, e sem ser capaz da humildade surpreendente de sua estreia. Terrível!
Micael Machado: Embora eu o tenha achado inferior ao disco de estreia, este álbum dá continuidade dignamente à carreira do Ghost, uma das melhores bandas que apareceram na cena nos últimos tempos. Ampliando os horizontes musicais dos mascarados, este registro abre novas possibilidades para o futuro do sexteto sueco, que se livra de ser uma mera cópia de algo já realizado para ser capaz de entregar algo novo e surpreendente para a cena!
Pablo Ribeiro: O Patati e Patatá do metal. Muito fiasco pra pouco efeito, esseInfestissuman é ainda mais chato que o disco de estréia.
Ulisses Macedo: Infestissumam é uma verdadeira montanha russa: as canções vão passeando dentre uma gama de influências e sonoridades expandidas que, se por um lado são meramente decentes (“Depth of Satan’s Eyes”), por outro mostram um lado criativo da banda surpreendente, como em “Ghuleh/Zombie Queen”. Outras faixas como “Year Zero” e “Secular Haze” são um tapa na cara de quem achava que o novo disco seria uma continuação insossa do debut. Os suecos arriscaram, e por enquanto a sorte ainda sorri para eles. Ainda acho que é cedo pra dizer se o Ghost está aqui de passagem com seus 15 minutos de fama ou se continuarão a lançar discos relevantes, mas se continuarem a forçar a barrar na direção de Infestissumam, vão acabar se tornando a piada do século.

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 The Winery Dogs – The Winery Dogs (28 pontos) *
Bruno Marise: Três virtuosos se juntam para tocar Hard Rock. Quem esperava uma fritação sem tamanho, pode se surpreender. O disco de estreia dos Winery Dogs é divertido, melódico e cheio de grooves. Uma audição bem agradável.
Davi Pascale: Belo disco. Por pouco, não entrou na minha lista de melhores. Mike Portnoy, Richie Kotzen e Billy Sheehan, para mim, estão entre os melhores músicos da atualidade. Emboras eles tenham técnica extremamente apurada, o álbum não é aquela punhetação sem fim. Grandes músicas, grandes músicos. Mereceriam um destaque maior da mídia.
Fernando Bueno: Toda semana Mike Portnoy anuncia uma nova banda. A principio ele e Billy Sheham faria um trio com o Jonh Sykes, mas acabou não dando certo. Mas eu duvido que o resultado fosse tão bom quanto foi com Richie Kotzen. Espero que não seja só um projeto e que uma banda duradoura se forme aí.
Mairon Machado: Um timaço para enlouquecer colegas aqui no Consultoria. Billy Sheehan, Mike Portnoy e Richie Kotzen. Tenho bastante preconceito com os dois últimos, e apesar do bom trabalho do baixista, passo longe desse que é tido como o novo super grupo do pedaço.
Micael Machado: Ouvi este disco mais por causa da presença de Mike Portnoy e de Billy Sheehan, e me surpreendi com um belo álbum de hard rock, bem diferente do que poderia esperar do passado do baterista! E ainda tive a oportunidade de conferir o grupo ao vivo, em um show que demonstrou o quanto o trio completado pelo talentosíssimo Richie Kotzen é dotado de predicados para se tornar relevante na cena em anos vindouros. Isto, claro, se o imparável Portnoy lhe der uma oportunidade de continuar!
Pablo Ribeiro: Música bem feita, execução soberba. Esperava mais do trio, que convenhamos tem experiência de sobra, e já produziu coisa mais legal com suas respectivas bandas. Legal. Só.
Ulisses Macedo: Um verdadeiro exemplo de como fazer um álbum de Classic Rock soar moderno e relevante. Um petardo atrás do outro, com músicas criativas que mostram a força de um trio coeso e experiente. O caminho do sucesso já está traçado para o supergrupo, basta apenas que continuem a caminhá-lo.

4
Saxon – Sacrifice (28 pontos) *
Bruno Marise: O Saxon está longe de ser da minhas bandas preferidas, e mesmo os seus clássicos dos anos 80 não fazem muito a minha cabeça. Não conheço nada dos materiais mais recentes além de algumas faixas soltas, e todas elas me soam como uma continuação daquela época. Fui ouvir Sacrifice esperando justamente isso e foi o que encontrei. Hard/Heavy melódico e com toques épicos. Pra quem curte, é um prato cheio. Entrar na lista de melhores do ano já é um grande exagero.
Davi Pascale: Saxon nos entrega o que sabe fazer de melhor. Heavy metal simples e direto. Veloz e harmônico. Fazia muito tempo que não faziam um álbum tão inspirado quanto esse. Para quem curte heavy metal é uma aquisição obrigatória.
Fernando Bueno: Adoro a banda, gostei do álbum, mas não acho que foi bom o suficiente para estar nessa lista.
Mairon Machado: Depois de Call to Arms (2012), os legítimos representantes da NWOBHM continuaram mostrando quem é que tem criatividade e capacidade de manter a chama do estilo acesa. Disco sólido, e com novidades para o som do Saxon, como os mandolins em “Made in Belfast” ou o peso de “Waking the Steel”. Uma pena que tenha ficado em sexto colocado, pois merecia uma posição muito acima. Antes que eu esqueça: Iron Maiden, aprendam com os seus conterrâneos como é lançar um disco criativo e bom, algo que vocês não fazem desde 1998.
Micael Machado: Nunca curti muito esta banda, e, por isso, não ouvi este disco.
Pablo Ribeiro: O Saxon já teve momentos mais brilhantes, é verdade, mas Sacrificeestá bem acima de qualquer coisa que a banda produziu em seus anos menos inspirados. Destaque absoluto para “Made In Belfast”.
Ulisses Macedo: Provavelmente a única banda de NWOBHM que ainda lança álbuns de maneira consistente, o Saxon ainda assim não conseguiu, com Sacrifice, criar um novo clássico. A produção polida, a ótima voz de Biff, a energia, etc. está tudo ali, mas a sonoridade não tem nada de diferente do que a banda já vinha fazendo, com a adição de um peso extra fora do comum. Há ótimas músicas, como “Night of the Wolf” ou “Made in Belfast”, mas no geral o álbum não empolga tanto, pois a banda preferiu simplesmente se reciclar.

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Queens Of The Stone Age – …Like Clockwork (25 pontos) **
Bruno Marise: Um disco difícil de digerir mas que quando assimilado proporciona uma audição extremamente prazerosa. Josh Homme e sua galerinha mantiveram a atmosfera sombria dos trabalhos anteriores em um álbum diversificado que traz desde os experimentalismos até baladas mais radiofônicas. Vida longa ao QOTSA.
Davi Pascale: Álbum experimental e super inspirado. Extremamente bem gravado, atravessam uma boa fase enquanto músicos. Melhor trabalho deles desde Songs for The Deaf e um dos melhores da carreira. Altamente recomendado.
Fernando Bueno: Conheci a banda ao vivo lá naquele show que eles fizeram em 2001 no Rock in Rio. O maluco tocando peladão e a expectativa de ver Rob Halford e Iron Maiden talvez tenha atrapalhado a minha impressão da banda. Gosto daquele disco do Them Crooked Vultures, mas da banda mesmo eu não curti. Talvez tenha que me forçar a ouvir já que tanta gente curte os caras.
Mairon Machado: Um único comentário: “?”. Querem melhor e mais direto: “Que que essa M3RD@ está fazendo aqui?”. Passo.
Micael Machado: Apesar do apreço que tenho pelo Kyuss, o QOTSA é outra banda que nunca me atraiu, assim com este disco! Passo!
Pablo Ribeiro: Excelente álbum, que se aproxima do que de melhor os caras fizeram na carreira. Quase entraram na minha lista dos melhores do ano.
Ulisses Macedo: Cara, que disco chato. Quase durmo. Como foi que isso entrou na lista final?

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 A Sound Of Thunder – Time’s Arrow (25 pontos) **
Bruno Marise: Sério que em pleno 2013 ainda existem bandinhas desse estilo? Não tenho mais a menor paciência.
Davi Pascale: Não ouvi esse disco. Não comentarei.
Fernando Bueno: Não ouvi.
Mairon Machado: Nosso caçula Ulisses Macedo fez um bom texto enaltecendo o trabalho dessa banda, e eu fui atrás. Não me agradou o suficiente para ouvir mais uma vez, mas é inegável que a mistura metal-progressivo que o quarteto americano apresenta qualidades, e em breve devo ouvir esse álbum novamente. Obrigado Ulisses, por me apresentar essa boa banda, que promete para o futuro.
Micael Machado: A única vez em que ouvi falar deste grupo foi na resenha feita pelo Ulisses no site. Não tive a oportunidade de escutar o disco, mas, pelas palavras de nosso colaborador, parece ser bastante interessante! A conferir!
Pablo Ribeiro: Nada de espetacular. Talvez o que mais chame a atenção seja a presença de vocais femininos (a cargo da competente Nina Osegueda). Vamos ver o que os próximos álbuns dos caras vão trazer.
Ulisses Macedo: Quem acompanha o grupo sabe que eles possuem influências diversas, de Blue Öyster Cult e Black Sabbath à Judas Priest e Manowar, e capacidade para criar tanto curtas canções satíricas e debochadas quanto épicos progressivos arrasadores. Mas o que impressiona é como ainda assim eles criaram uma identidade própria tão maravilhosa e facilmente identificável em tão pouco tempo. É um Quarteto Fantástico do metal moderno, e Time’s Arrow apenas solidifica e comprova essa ideia, trazendo hinos (“I Will Not Break”), petardos (“Power Play”), passeando pelo sinistro (“My Disease”), pelo triste e melancólico (“I’ll Walk With You”) e pelo progressivo (faixa título), mantendo a sonoridade dos dois álbuns anteriores mas tendo a coragem de desbravar e experimentar novos caminhos. A Sound of Thunder foi a melhor descoberta musical que eu fiz em 2013.

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 Carcass – Surgical Steel (24 pontos)
Bruno Marise: Confesso que conheci o Carcass por esse disco, então não tenho nenhum ponto de comparação com os trabalhos anteriores, mas gostei do que ouvi. Porradaria, riffs e muito peso sem perder a mão nas melodias.
Davi Pascale: Nunca gostei do Carcass, portanto, não comentarei.
Fernando Bueno: Como já deixei bastante claro em várias das resenhas que fiz, não sou adepto ao death metal. Ouvi esse disco e até achei legal, mas ainda não posso dar uma opinião mais embasada.
Mairon Machado: Outro grande retorno do rock inglês, e que retorno. O Carcass fazendo seu melhor álbum desde o histórico Heartwork, e com um Bill Steer endemoniado. Ouçam “Mount of Execution” e entendam por que de esse álbum estar aqui (injustamente) em décimo lugar.
Micael Machado: E quase que esta maravilha fica de fora da lista final, algo quer seria extremamente injusto. Outro retorno a ser bastante saudado, e o melhor disco de metal extremo do ano! A Carcaça volta a rugir, e seu brado deve ser ouvido e apreciado por todos! Bem vindos de volta!
Pablo Ribeiro: Por muito pouco essa paulada acabou ficando de fora da minha lista. Uma volta como deve ser: Quebrando tudo! Puta disco, que faz jus ao elevadíssimo nível – tanto de qualidade quanto de influência – que a banda atingiu no decorrer de sua carreira.
Ulisses Macedo: Um disco fabuloso de metal extremo, com riffs e solos certeiros e composições fenomenais. Vindo de alguém que geralmente torce o nariz para Death Metal, isso é um baita elogio.
* TheWinery Dogs e Sacrifice ficaram empatados com o mesmo número de pontos.The Winery Dogs ficou na frente por conta do maior número de citações. 
** O mesmo que os citados acima, com …Like Clockwork tendo mais citações e portanto, ficando a frente de Time’s Arrow

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