Por Mairon Machado
Seguindo nossos textos sobre o satanismo, irei narrar um pouco os fatos que levaram a associação do grupo os Beatles com o coisa-ruim. Apesar de muitos desses fatos serem notoriamente teorias de conspiração analizando-se friamente, não pode ser negado que de alguma forma eles são curiosos, e por que não, deixam uma pulga atrás da orelha de que "será que realmente algo aconteceu?".
Para entender os fatos envolvidos nessa teoria, precisamos destrinchar um pouco sobre a carreira dos Beatles. Particularmente, eu sou um daqueles cidadãos que preferem Rolling Stones aos Beatles, mas não tenho nada contra a sonoridade do grupo, que na falta do que ouvir, não tem problema em passar pelos meus ouvidos. Então, vou tentar ser imparcial e narrar apenas o que é consenso geral e principalmente, fato histórico, narrado e com vericidade.
Sendo assim, começamos pelo fato de que 99% das pessoas acima de 10 anos conhecem Beatles. Mesmo aquele cidadão que só ouve funk carioca, ou então pagode, alguma vez na vida já ouviu falar da banda. Estima-se que 9 em cada 10 pessoas acima dos 20 anos de idade já ouviram uma canção dos Beatles alguma vez na vida em todo o mundo.
Segundo, o grupo durou 10 anos, e 41 anos após o seu término ainda hoje é uma das bandas com álbuns mais vendidos nas listas anuais de vendas das lojas especializadas. Além disso, qualquer assunto ligado ao grupo gera controvérsias e discussões que repercutem sempre no topo de onde foi produzido. Seja em uma manchete de um jornal na cidade mais longínqua das Filipinas ou em uma sátira no desenho Os Simpsons, fãs e não-fãs acabam fazendo com que a notícia se espalhe rapidamente, e todo o mundo fica sabendo do acontecido. Aqui mesmo, na Consultoria do Rock, recentemente, uma matéria sobre o álbum Let it Be teve 48 comentários em menos de uma semana.
Algumas das centenas de produtos em homenagem aos Fab Four |
E assim é com os Beatles. Tudo o que envolve o nome da banda, seja lançamento de CD ou então caixas de camisinhas, é recorde de vendas, sucesso entre os fãs e milhares de citações na internet, jornais e revistas especializadas. Mas por quê? Na sua época, os Beatles eram uma banda como muitas outras musicalmente e visualmente falando. Yardbirds, Animals, The Who, Rolling Stones e The Kinks são alguns dos grupos da mesma época que, apesar do status que cada uma dessas bandas tem, não conseguem chegar ao nível do status dos Beatles, mesmo com composições mais trabalhadas, letras mais fortes, músicos mais talentosos ou ainda musicalidade e coragem de inovação.
Rory Storm & the Hurricanes (Ringo ao centro) |
Na própria Liverpool, grupos conhecidos como Gerry & The Pacemakers e Rory Storm and The Hurricanes (de onde sairia o baterista Ringo Starr) fizeram tanto sucesso quanto os Beatles, mas só naquela cidade, assim como vários outros como Dave Clark Five, The Searchers, The Hollies, ... O próprio grupo The Shadows, inspiração de muitos guitarristas idolatrados nos anos 70, sempre ficaram na berlinda da obscuridade, assim como Johnny Kidd e seus piratas não conseguiram lançar se quer um álbum, e hoje são cultuados como dinossauros: todo mundo sabe que existiu, mas ninguém nunca viu de verdade.
Por mais que os Beatles fossem bons músicos, compusessem boas canções e tivessem boa aparência, eles não passavam de um mero grupo como tantos outros, cantando canções de amor e com um visual bem similar ao que era visto em diversos pubs ingleses.
A justificativa então para o sucesso do nome os Beatles só pode ser uma (sempre lembrando, do ponto de vista conspiratório): John Lennon, fundador e criador dos Beatles, fez um pacto com o Satanás para alcançar tal sucesso.
Então vamos dar uma rápida passada pela história do grupo e verificar o por que dessa afirmação. O ano é 1955. A cidade: Liverpool, Inglaterra. Nela, um novo tipo de música começava a surgir, e que os jornais locais batizaram de Mersey Beat, já que a maioria dos grupos que representavam essa sonoridade localizavam-se próximos ao rio Mersey, que serpenteia Liverpool. Todas as bandas tinham uma formação padrão, com um guitarrista base, um guitarrista principal, um baixista e um baterista.
Dessa linhagem, várias cidades foram atingidas, e diversos grupos nasceram, como os citados acima. E como não podia ser diferente, na Quarry Bank School, o som agitado dos novos grupos chamou a atenção de um jovem guitarrista e vocalista John Lennon, que criou uma banda chamada Black Jacks, ao lado de Pete Shotton.
Os Black Jacks logo mudariam de nome para Quarrymen, em homenagem a escola de Lennon, e assim, tinha sua primeira formação com Lennon, Rod Davis (banjo), Bill Smith (baixo, feito com caixas de transportar chá) e Shotton na bateria (que na verdade era uma tábua de passar roupa!).
Quarrymen, 23/11/57, em show no New Clubmoor Hall. Hanton, McCartney, Len Garry, Lennon e Griffiths. |
Em 56, Bill Haley lançou "Rock Around the Clock", e mudou o mundo da música. A chegada de Elvis Presley aumentou ainda mais o sucesso do novo ritmo, o rock'n'roll, e os Quarrymen não demoraram para começar a ensaiar as canções dos novos ídolos. O grupo passou a fazer apresentações em igrejas de Liverpool, e no dia 15 de julho de 1956, Lennon foi apresentado a outro jovem garoto, Paul McCartney.
McCartney cantou duas canções com os Quarrymen ("Twenty Flight Rock" e "Be Bop a Lula"), além de ensinar novos acordes e canções para Lennon, que não demorou para convidá-lo a participar como membro dos Quarrymen, o que aconteceria em meados de 1957. No Liverpool Institute, McCartney conheceu o guitarrista George Harrison, que quando apresentado à Lennon, deu um show de virtuosismo (perto do que Lennon e McCartney fazia) que acabou convencendo Lennon que, mesmo George sendo três anos mais novo do que ele, o cara merecia uma chance, já que tocava muito bem guitarra. Apenas como um adendo, nessa época Lennon tinha 17 anos, McCartney 15 e Harrison apenas 14 anos.
Com a entrada dos novos músicos, os Quarrymen deixaram de existir, e assim, vários nomes foram adotados, como Johnny and The Moondogs, Long John e The Rainbows, até estabelecerem-se como Silver Beatles e por fim, Beatles. Baseado no grupo The Crickets (Os Grilos), Lennon procurou um nome com duplo significado. Logo, pensou em Beetle (Besouro), e acabou trocando o BEET por BEAT, chegando assim ao duplo sentido, os besouros da batida, ou BEATLES.
The Quarrymen: George, Lennon, McCartney e o irmão de George (segurando o copo), 20 de dezembro de 1958. |
Segundo o próprio Lennon, o nome apareceu durante um sonho onde um homem dentro de uma torta flamejante gritava: "vocês são Beatles, com A", o que viria a se tornar um peça fundamental no quebra-cabeças conspiratório que estamos descobrindo.
Vários músicos entraram e saíram dos Beatles, principalmente na bateria, por onde passaram Colin Hanton, Tommy Moore e Norman Chapman, mas sempre com o trio Lennon, McCartney e George em todas as formações. Como o trio tocava guitarra, começaram a sentir a ausência do baixo. Eis que surge o amigo de Lennon, Stuart "Stu" Sutcliffe", que aceitou o convite apenas para agradar o amigo., já que a paixão de Stu era a pintura. Para a bateria, entra Pete Best, filho do dono do pub Casbah, onde os Beatles estavam se apresentando.
Os Beatles na Alemanha: Best, George, Lennon, McCartney e Stu |
Os Beatles então conseguiram, através do empresário Allan Willians, um contrato para uma excursão na Alemanha, e assim, partiram para uma série de shows durante cinco meses, onde tocaram em casas como o Indra, em Hamburgo, que foi o primeiro lugar a apresentar o grupo. Foi na Alemanha que o grupo conheceu Astrid Kirschher, uma fotógrafa que não demorou muito para cair nas graças de Stu, e que virou, além de namorada de Stu, a primeira a registrar os Beatles fora da Inglaterra.
Stu e Astrid |
George, McCartney e Best foram expulsos da Alemanha, o primeiro por ser menor de idade, e os outros dois por balbúrdias no hotel onde os Beatles estavam hospedados, e assim, voltaram para Liverpool, onde passaram a tocar no famoso Cavern Club. Os Beatles acabariam voltando para Hamburgo, onde Stu abandonou a carreira para dedicar sua paixão a Astrid (que começara a se envolver com George). Antes, Astrid deu mais um importante passo para a carreira do grupo. Ela foi a incentivadora da mudança no visual, com o grupo não utilizando mais o penteado tipo Elvis, mas sim, o corte de cabelo que os consagraria posteriormente. Stu ficou com Astrid, dedicando-se também a pintura, e McCartney foi para o baixo.
Os Beatles começaram a fazer sucesso a partir de uma gravação realizada ainda em Hamburgo, onde foram convidados como músicos de apoio do cantor local Tony Sheridan, registrando a bolachina "My Bonnie". Essa gravação chamou a anteção do proprietário de uma loja de discos local, chamado Brian Epstein, que ficou curioso ao ver um garoto pedir a bolachinha contendo uma banda de nome tão estranho, e que foi um dos responsáveis por colocar os Beatles na fama, fazendo parte do ritual satânico que será traçado posteriormente.
Os Beatles começaram a fazer sucesso a partir de uma gravação realizada ainda em Hamburgo, onde foram convidados como músicos de apoio do cantor local Tony Sheridan, registrando a bolachina "My Bonnie". Essa gravação chamou a anteção do proprietário de uma loja de discos local, chamado Brian Epstein, que ficou curioso ao ver um garoto pedir a bolachinha contendo uma banda de nome tão estranho, e que foi um dos responsáveis por colocar os Beatles na fama, fazendo parte do ritual satânico que será traçado posteriormente.
A primeira gravação oficial |
Epstein foi à Liverpool, e viu os Beatles se apresentando no Cavern, onde convenceu-se de ter achado um diamante a ser lapidado, e assim, lançou-se como empresário do quarteto. O primeiro passo, a mudança no comportamento de cada integrante. O segundo, buscar uma gravadora para lançá-los. Epstein era judeu e homossexual, possuindo os mais diversos contatos pela europa, e o primeiro deles foi na gravadora Decca, onde os Beatles fizeram um teste em janeiro de 1962. A Decca não curtiu o som dos garotos de Liverpool, e dispensou os mesmos.
Os Beatles voltaram para Hamburgo, agora com Epstein cuidando de tudo, principalmente registrando o teste na Decca e transformando o mesmo em um vinil que foi levado para George Martin, um dos diretores da Parlophone, uma subsidiária da EMI. Martin não se impressionou com o som dos Beatles, e tão pouco com o baterista Best, mas, segundo ele mesmo, sentiu uma energia muito forte vinda de McCartney e principalmente Lennon, o que de alguma forma o levou a assinar contrato com a banda, gerando ainda mais pano para a manga.
Best foi demitido e para seu lugar entrou Richard Starkey, ou Ringo Starr, e assim, os Beatles estouraram com o single "Love Me Do / PS I Love You", lançado em outubro de 1962, sendo que pouco tempo antes, em abril do mesmo ano, misteriosamente quando a banda despontava como uma das principais de Liverpool, Stu falecia por causa de um derrame cerebral, com apenas 21 anos. Segundo declarações da irmã de Stu, Pauline Sutcliffe, seu irmão faleceu devido a consequências de uma briga que tivera com Lennon dias antes dos Beatles deixarem a Alemanha, onde o guitarrista covardemente teria chutado a cabeça do baixista por diversas vezes, deixando sequelas que culminariam na morte do mesmo. Do ponto de vista de Pauline, Lennon e Stu tinham uma relação homossexual, e naquela tarde, Lennon havia visto um clima entre McCartney e Stu que teria gerado ciúmes, e por fim a agressão. Mais polêmica para um caldo que está apenas começando a engrossar.
O primeiro compacto |
Meteoricamente, os Beatles alcançaram o status de maior grupo de rock. Depois do lançamento de "Love Me Do", o grupo participou do programa "People and Places", na TV Granada, em Manchester, e assim, lançou o single "Please Please Me / Ask Me Why" seguido do álbum Please Please Me, lançado em 1963. A musicalidade era muito similar a vários outros grupos, mas o nome Beatles não parava de crescer.
Na sequência, vieram os singles "From Me to You / Thank You Girl" e "She Loves You / I'll get You", que alcançaram rapidinho o primeiro lugar das paradas. Em 13 de outubro de 63, uma multidão esmagou-se para vê-los no London Palladium, e um mês depois, apresentam-se diante da rainha inglesa no Royal Variety Performance, além de lançarem o segundo álbum, With the Beatles, e mais um single number one, "I Want to Hold Your Hand / I Saw Her Standing There".
Mas, apesar do sucesso na Inglaterra, os Beatles não decolavam na América. Epstein procurou a Capitol para lançá-los no programa norte-americano de Ed Sullivan. Porém, a TV americana acabou passando apenas um breve documentário que narrava o estrago que o grupo vinha fazendo na Inglaterra. Foi o suficiente para "I Want to Hold You Hand" vender um milhão de cópias e chegar ao topo das paradas americanas no início de 1964.
O sucesso não parou de crescer, e o que foi batizado de Beatlemania nascia no mundo inteiro. Shows com histerias cada vez maiores, fazendo com que a banda não conseguisse escutar o que estavam tocando em pleno palco, inclusive com o famoso caso onde Lennon balbulciou palavras sem sentido durante uma determinada canção e ninguém ter ouvido nada, além do fato de cada membro estar evoluindo em seus instrumentos, principalmente George e McCartney, levaram os Beatles a uma importante decisão: eles não apresentariam-se mais ao vivo.
Paul McCartney ou Billy Shears?? |
O "problema" é que essa decisão foi tomada quase ao mesmo tempo em que um importante fato ocorria na história da banda. Em 9 de novembro de 1966, Paul McCartney sofreu um acidente automobilístico. Em princípio, o resultado do acidente foi apenas um corte no lábio, mas o que aconteceu foi uma série de misteriosas citações tanto em canções quanto nas capas dos álbuns subsequentes, que indicavam fortemente que Macca havia falecido no acidente. Esse assunto já rendeu diversas matérias, inclusive uma escrita por este que vos escreve aqui mesmo no Baú do Mairon, e não vou tomar mais tempo do meu nobre leitor adicionando as supostas pistas que indicam a morte de Paul e que são facilmente encontradas nos álbuns do grupo.
Aceitando então que o fato de Paul ter morrido seja verdadeiro, a teoria de conspiração de que os Beatles estavam envolvidos com o Demo aumentam ainda mais. Para o lugar de McCartney, o sósia Billy Shears foi contratado, e então, sem apresentações ao vivo, os Beatles podiam se dedicar ao trabalho das canções dentro dos estúdios, as quais ficavam cada vez mais elaboradas, com a adição de novos instrumentos como metais e cítara.
Brian Epstein |
Os Beatles então passaram para uma nova fase de experimentações, conquistando cada vez mais e mais fãs, mas, as coisas começaram a mudar quando novamente, de forma misteriosa, Brian Epstein foi encontrado morto no dia 27 de agosto de 1967, que segundo a polícia, a morte foi causada por uma overdose de remédios para dormir.
A partir de então, a carreira do grupo começou a cair, com pesadas críticas sendo feitas para o filme Magical Mystery Tour (1967). Além disso, Lennon e McCartney (ou Billy Shears) criaram a Apple Corps, que compreendia a Apple Records, a Apple Films, a Apple Publishing, a Apple Electronics, a Apple Boutique e a Apple Retail, onde, tirando a Records, todas as outras foram um fracasso.
Para as gravações do álbum seguinte, The Beatles (1968), também conhecido como White Album, Lennon apresentou sua nova namorada, a artista Yoko Ono, para muitos a principal responsável pelo que ocorreria dali em diante. Durante o processo de gravação, os integrantes começaram a brigar entre si, e o lançamento do novo álbum era adiado cada vez mais, principalmente pelo fato de Ono se meter em cada detalhe das canções.
Para piorar, quando The Beatles foi lançado, um maluco de nome Charles Manson começou uma série de assassinatos. Manson batizou o nome da sua crença religiosa que levou a cometer tais atrocidades de Helter Skelter, justamente uma das canções registradas no álbum branco. Manson e seus seguidores alegavam receber mensagens ocultas dos Beatles através das canções do novo álbum, o que só agravava a imagem do grupo.
"Eu não terminei com os Beatles!!" |
Por fim, em 29 de setembro de 1969, Lennon anunciou sua saída do grupo, mas foi decidido que não divulgariam a notícia para não atrapalhar o desempenho do último LP da banda, Let it Be. Porém, McCartney acabou descumprindo o acordo, e gerou um grande desentendimento ao lançar seu primeiro álbum solo, McCartney (1970), levando então ao fim dos Beatles.
Todos se entregariam para uma carreira solo que nunca alcançou o sucesso de quando estavam unidos, até Lennon ser assassinado em 8 de dezembro de 1980 por Mark David Chapman, na cidade de Nova Iorque. Chapman, um fã incondicional dos Beatles, acusou Lennon de ser o responsável pelo término de sua banda favorita, e de ter lido no livro O apanhador no Campo de Centeio uma mensagem que dizia para matar Lennon, além de vozes constantes o convidando para realizar o assassinato.
Enfim, essa grande revisão sobre a carreira dos Beatles é relevante para compreendermos o que os conspirólogos classificam como o pacto dos Beatles com Satanás. Na verdade, não foram os Beatles que fizeram o pacto, e sim John Lennon.
Obcecado pelo sucesso, Lennon planejava conquistar o mundo, saindo de Liverpool e conhecendo garotas, fama, cidades e tendo muito dinheiro. Para isso, abriria mão de qualquer coisa que se intrometesse em seu caminho.
A polêmica biografia Shout! |
Os indícios de um envolvimento de Lennon com o anjo-caído foi divulgado em uma das primeiras versões no polêmico livro Shout! The Beatles in Their Generation, do escritor Phil Norman. Segundo o livro, "Os Beatles apresentavam-se em clubs de jazz da Alemanha Ocidental que localizavam-se nas partes mais degradas das cidades, com pontos de prostituição, distribuição de drogas e encontro de mentes voltadas para o satanismo. Nessas apresentações, Lennon soltava espuma pela boca, comportando-se estranhamente no palco, dando saltos e deitando-se no chão".
Tal comportamento é associado a ação de remédios que Lennon usava, como Preludin, mas os conspirólogos alegam que isso era uma ação do coisa-ruim no corpo de Lennon, já que quando os Beatles deixaram Liverpool em direção à Hamburgo, o pacto fôra fechado. Tudo começou quando o Diabo apareceu no sonho de Lennon dentro da tal torta flamejante, dizendo para ele qual deveria ser o nome da banda, a grafia correta e que daria tudo o que Lennon queria em troca de alguns favores.
O sucesso dos Beatles foi "firmado" por Lennon e seu parceiro das trevas, com os Beatles chegando ao sucesso enquanto que o demônio ficaria com a alma de Stu Sutcliffe. Por isso, Lennon teria agredido Stu, para realmente matá-lo e poder pagar a dívida com Satanás, o que explicaria o por que da morte repentina de Stu.
E a situação não para por ai. Durante a segunda estada em Hamburgo, Lennon teria contado para McCartney sobre o pacto, e Best teria ouvido a conversa. Por indicativas do próprio diabo, Best teria que ser demitido, se não, os planos iriam por água abaixo.
A medida que o sucesso dos Beatles ia crescendo, o ego e a ganância por sucesso de Lennon também cresciam. Ao mesmo tempo que tornavam-se cada vez mais perfeccionistas e técnicos em seus instrumentos, Lennon percebia que sempre havia uma sombra o perturbando. O demônio havia dado mais do que Lennon planejava, e exigia mais do que a alma de Stu.
Lennon não cedeu a sua, mas sim a do principal parceiro, McCartney, que foi levada na fatídica data de 9 de novembro de 1966. Porém, Lennon acabou pecando ao tentar enganar o Senhor das trevas substituindo o falecido McCartney por Billy Shears. A ideia de colocar um sósia no lugar de Macca não pegou bem nas ardentes terras do inferno (ou seriam nas gélidas terras??), e assim, novamente o demônio atacou, levando a alma de Brian Epstein e lançando Yoko Ono para terminar com os Beatles e esculhambar com a carreira individual de cada um.
Mark Chapman, o enviado de Satanás para saldar a dívida de Lennon |
O pacto só ficou pago quando finalmente Chapman foi enviado pelo demônio, através da leitura do livro citado, para pegar a alma de Lennon, e assim, encaminhá-lo para o lugar onde já deveria ter estado em novembro de 1966, no lugar de McCartney, lembrando que Chapman nunca deixou de afirmar que ouvia vozes a cada hora dizendo: "Você precisa matar John Lennon!!"
O fato mais curioso é que os Beatles ficaram praticamente 10 anos em uma penumbra (de 1970 a 1980), e depois da morte de Lennon, o grupo voltou a ser o centro das atenções na mídia mundial, de onde dificilmente sai dos holofotes.
Para completar a sessão conspiróloga, existe um número do tipo 0800 divulgado pela internet onde, se você conseguir completar a ligação, irá ouvir uma interminável versão de "Imagine". Pelo que encontrei, o número é o seguinte: 0800-883-0012. Tentei ligar discrente do que poderia acontecer, e o telefone apenas chamou, chamou e não atendeu. Nem "Imagine" ouvi. Porém, segundo os conspirólogos, se um milhão de pessoas ligarem ao mesmo tempo, a energia envolvida na ligação será capaz de trazer Lennon novamente à vida. Outro fato está que esse número é diretamente ligado ao número da besta. Se não vejamos, sendo ( - ) o sinal de menos, temos
0800 - 883 - 0012 ou 800 - 88 - 30 - 12 = 670.
6 + 7 + 0 = 13
1 + 3 = 4
670 - 4 = 666
!!!!
O cara realmente tem que ter muita criatividade ...
Existe ainda uma versão mais engraçada, que diz que quem fez a linha telefônica é o assassino de Lennon, e que ele irá rastrear você até leva-lo para o túmulo. Uma terceira fonte indica que se você conseguir transportar a ligação para um computador e utilizar os programas adequados, você irá conseguir descobrir mensagens subliminares que explicarão o sucesso de um grupo musical que foi extinto há mais de 40 anos, e que por mais que uns gostem e outros odeiem, não se pode negar que é o grupo de maior sucesso comercial da história do rock.
Se Lennon fez o pacto com o demônio eu não sei, mas que os fatos que indicam tal afirmação parecem reais, isso parece. Tirem suas conclusões.
N. R. O texto acima é baseado na obra Segredos E Lendas do Rock, do autor Sérgio Pereira Couto, lançado em 2008 pela editora Universo dos Livros. Quero agradecer imensamente ao Micael por ter inspirado a escrita deste texto e aos colegas da Consultoria do Rock por permitir usar o espaço para revelar curiosidades sobre uma das bandas mais importantes da indústria fonográfica mundial.
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