segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A fase soul de Jeff Beck


Não é a toa que Jeff Beck é chamado de “o Guitarrista dos Guitarristas” - assim mesmo, com “G” em maiúsculo. Desde Jimmy Page até Slash, 99% dos grandes guitarristas do rock tiveram influência direta no estilo de tocar, nas improvisações e nos efeitos que Beck trouxe para o rock.

A carreira de Jeff Beck começou cedo. Logo aos 10 anos já cantava em um coral na cidade de Wallington, Inglaterra, e com 19 (1964) teve o seu primeiro registro em vinil, tocando guitarra no single “I'm Not Running Away / 'So Sweet”, de The Fitz and Startz, uma raridade hoje em dia.

Em março de 1965, pouco depois de completar vinte anos, Beck entrou para o lugar de Eric Clapton nos Yardbirds, e ali começou a construir sua carreira e a modificar o mundo da música, tornando os Yardbirds uma banda tão importante para o rock quanto os Rolling Stones ou os Beatles, mas com uma sonoridade bem diferente do que seus companheiros gigantes, já que Beck e Keith Relf (vocalista do grupo) flertavam bastante com psicodelia e alucinógenos antes mesmo destes chegarem nas mãos das duplas Lennon/McCartney ou de Brian Jones.

Nos Yardbirds, Beck foi o responsável por clássicos do calibre de "Still I'm Sad", "Jeff's Boogie", "Over, Under, Sideways, Down" e "Lost Woman", todas registradas no essencial LP Roger The Engineer (1966). De junho a novembro de 1966 Beck dividiu as guitarras com Jimmy Page, formando assim a primeira grande dupla de guitarristas da história do rock, e ensinando para Page muito do que ele empregaria depois no Led Zeppelin.

Em fevereiro de 1967, após a gravação de mais um clássico - a canção "Beck's Bolero", com participação de John Paul Jones, Nicky Hopkins, Jimmy Page e Keith Moon -, Beck partiu dos Yardbirds para formar sua própria banda solo, o Jeff Beck Group.

Na primeira fase do JBG, Beck estava acompanhado de Ron Wood (baixo), Rod Stewart (vocais), Nicky Hopkins (piano) e vários bateristas, até Micky Waller se fixar atrás do bumbo. Assim, registraram os pesadíssimos e fundamentais Truth (1968) e Beck-Ola (1969), deixando para trás uma lista incontável de clássicos, dentre eles "Shapes of Things", "Beck's Bolero", "You Shook Me", "I Ain't Superstitious", "Girl From Mill Valley", "Spanish Boots" e "Plynth".

Porém, o choque de egos entre Rod e Beck, mais uma série de incidentes envolvendo o grupo durante a turnê pela Europa, fez com que a primeira encarnação do Jeff Beck Group acabasse no final de 1969, com Rod e Ron indo parar no Small Faces, enquanto Hopkins ingressou na melhor fase do Quicksilver Messenger Service. Já Micky entrou no grupo de blues Long John Baldry e fez participações em vários álbuns como músico de estúdio, entre eles o terceiro disco solo de Rod Stewart, Every Picture Tells a Story (1971).

Beck fez parte do projeto Free Creek, contribuindo com solos em quatro canções do álbum lançado pelo projeto em 1969, onde aparece como "A. N. Other" mandado ver nas faixas "Cissy Strut", "Big City Woman", "Cherrypicker" e "Working in a Coalmine", tendo ao seu lado Moogy Klingman (teclados), Stu Woods (baixo) e Roy Markowitz (bateria).

Depois, decidiu colocar em prática um velho projeto de montar um grupo ao lado da cozinha do Vanilla Fudge, Tim Bogert (baixo) e Carmine Appice (bateria). Em dezembro de 1969, quando tudo já estava pronto para o trio botar as mangas de fora, Jeff Beck sofreu um sério acidente de carro onde fraturou o crânio e teve que ficar hospitalizado por um bom tempo. Assim, Bogert e Appice formaram o sensacional Cactus, e Beck ficou no limbo durante algum tempo. Nesse período, teve contato com novas sonoridades vindas das fontes negras do soul americano, que o influenciaram direto tanto na recuperação como no que ele pretendia passar a tocar.

Em abril de 1970 Beck sentiu-se confiante para voltar a tocar, e partiu então atrás de novos músicos. Para isso, juntou-se ao produtor Mickie Most (que produziu gente como Animals, Donovan, Suzi Quatro, entre outros) e resolveu alugar os estúdios da Motown, a fonte negra do soul. Most era o dono da RAK Records, e assim Beck acabou assinando como principal músico da recém criada gravadora.

Para acompanhar essa loucura, Beck chamou o novato baterista Cozy Powell. Powell tinha feito uma passagem muito promissora pelo grupo The Sorceres, que posteriormente virou Youngbloods, mas foi no festival da Ilha de Wight em 1970 que seu nome passou a ser reconhecido, ao acompanhar Tony Joe White em uma apresentação considerada por ele o marco inicial da sua carreira. Beck ouviu boas recomendações de Powell vindas de gente como John Bonham, Robert Plant, Tony Iommi e Noddy Holder (vocalista do Slade), e decidiu investir no garoto.

Vários ensaios foram realizados nos estúdios da Motown, mas Beck não alcançava seu objetivo de ter um grupo técnico o suficiente para sair em turnê. Então, em abril de 1971 a luz surgiu para Jeff Beck quando o baixista Clive Chaman entrou para o grupo, acompanhado do tecladista Max Middleton e pelo vocalista escocês Alex Ligertwood (que faria sucesso acompanhado a banda de Santana). Chaman havia participado do álbum London Blues de Ram John Holder, e feito participações em alguns discos da Motown. Foi ele quem apresentou Max para Beck, que se impressionou com a técnica no piano elétrico que Max tinha. Já Alex vinha de uma carreira curta como backing vocal em estúdio, e Beck via nele a voz ideal para o estilo que procurava.

A nova banda começou a ensaiar, e não tardou para Beck batizar o conjunto como Jeff Beck Group. Apesar do mesmo nome da formação de Truth e Beck-Ola, a sonoridade desta nova fase era totalmente diferente, voltada para o soul praticado na Motown e, principalmente, com Beck experimentando escalas e efeitos como nunca antes.

As gravações começaram ainda nos estúdios da Motown, mas posteriormente passaram a ser feitas no Island Studios, em Londres. Lá, eles começaram a trabalhar bastante em uma canção chamada "Situation", cuja letra foi feita por Alex, além de outras como "Morning Dew". Após uma semana de trabalho na Island Studios, Beck, que ainda estava sob o contrato da RAK Records, acabou assinando com a CBS, e assim passou a trabalhar nos estúdios da Epic (uma subsidiária da CBS). Os donos da Epic não gostaram dos vocais de Alex, e avisaram a Beck que o disco só sairia caso o vocalista fosse trocado.

Bobby Tench vinha de uma carreira com os grupos Gass e Gonzalez, sendo, além de vocalista, guitarrista em ambas as bandas. Porém, foi na capacidade vocal de Tench que Beck encontrou a aceitação dos produtores da Epic, e assim fechou a segunda encarnação do Jeff Beck Group, que registrou os álbuns daquela que ficou conhecida como a fase soul do guitarrista dos guitarristas.


Em algumas semanas Tench já havia aprendido as letras, e então, em julho de 1971, o quinteto voltava para a Island Studios para finalizar o primeiro álbum, cuja produção foi entregue nas mãos do próprio Beck. Em 25 de outubro de 1971 saía Rough and Ready. Uma paulada do início ao fim, começando com a ótima "Got the Feeling", onde a bateria de Cozy Powell já mostra a sonoridade proposta por Beck, e então surge o novo Jeff Beck Group detonando um delicioso funk, com Beck abusando do wah-wah e com uma ótima levada de Max Middleton no piano. Destaque para o ótimo trabalho de bumbos feito por Powell no solo de Middleton, além do bonito solo de slide de Beck, que já indica a Tommy Bolin como tocar com o slide.

"Situation" traz o riff de baixo acompanhado pelo cymbal, com o piano e a guitarra reproduzindo o riff. Após uma sequência de viradas começa o embalo da canção, com a levada no violão sendo acompanhada por uma boa escala de baixo e piano, fazendo a base para os vocais roucos de Bobby Tench, deixando como ponto principal os excepcionais solos de Beck e Middleton.

"Short Business" traz a guitarra repleta de efeitos junto aos vocais de Tench, seguido pelo resto do Jeff Beck Group, com Beck detonando no slide enquanto varia os efeitos da guitarra em outra suingante canção, deixando a linda "Max's Tune" para o final do Lado A. Composta por Max, esta é daquelas canções épicas, onde Powell bate nos toons enquanto piano e baixo marcam o tempo para Jeff Beck solar calmamente, com um efeito indescritível. Max começa a solar com o piano elétrico, enquanto Beck mantém as bonitas notas ao fundo. Aos poucos a canção vai pegando corpo, com os solos de piano e guitarra desenvolvendo-se paralelamente, até Powell soltar a batida cadenciada de um ótimo soul. Max desliza deus dedos no piano elétrico, levando a uma bonita sequência de notas acompanhadas apenas pelos toons e pela marcação de acordes de Beck e Chaman. O swing retorna comandado pelo baixo de Chaman, em uma linha similar à eterna "Aquarius" do filme Hair, com Max Middleton mandando ver em outro belíssimo solo, encerrando a faixa com o soturno clima da introdução.


O lado B abre com "I've Been Used", onde a guitarra faz a introdução com um riff cujo estilo foi indecentemente copiado por diversos guitarristas nos anos oitenta. Cozy Powell surge com os pratos, seguido por Clive Chaman, Max Middleton e Bobby Tench, levando a mais uma canção Motown, com belas passagens vocais e com o pesado baixo cavalgando durante toda a canção. Destaque novamente para o uso dos dois bumbos por Powell.

A dupla "New Ways / Train Train" vem a seguir, com uma ótima introdução de baixo que apresenta "New Ways", com a guitarra e a bateria trazendo os vocais e o piano, e Jeff Beck inventando novos acordes e batidas nas cordas da guitarra. Cozy Powell detona novamente, mostrando já todas as características que o tornariam reconhecido no Rainbow de Ritchie Blackmore, com uma marcação complicada e batidas muito fortes nos bumbos. A sequência do solo de Beck leva para "Train Train", onde Powell faz viradas malucas e o grupo faz vocalizações que imitam o apito de um trem, levando para os solos de Jeff Beck e Max Middleton, com uma levada de tirar o fôlego da cozinha Powell/Chaman.

A bonita introdução de "Jody", somente ao piano, apresenta os vocais, baixo e bateria em uma linda canção. Beck surge com o slide, e a letra continua com Tench despejando sentimento, até entrarmos na agitada sessão instrumental comandada por Chaman e Powell, onde Max faz alguns acordes para Beck solar cheio de efeitos. Sobre essa nova levada, a letra é retomada, e Beck relembra Jimi Hendrix, com arpejos e efeitos muito similares ao deus negro da guitarra, levando então à levada original, trazendo o encerramento deste clássico de Beck e também do LP, com um solo de Max.

Jeff Beck e companhia partiram para uma turnê pela Europa, tocando em países como Finlândia, Holanda, Suíça e Alemanha, além de 16 datas nos Estados Unidos. Alguns bootlegs são encontrados na internet, e vale a pena dar uma boa pesquisada neles.

Do LP, foi extraído o single de "Got the Feeling", tendo "Situation" no lado B. A versão original americana credita a faixa "Max's Tune" com o nome de "Raynes Park Blues", além de colocar Jeff Beck na autoria da canção. Posteriormente, o erro foi corrigido, e somente o nome de Max Middleton aparece. O álbum acabou alcançando a posição #46 nas paradas, o que foi uma surpresa positiva, inclusive para o pessoal da Epic.

Após a turnê pela Europa em janeiro de 1972, o grupo partiu para os Estados Unidos novamente, onde voltaram para os estúdios. Passando por uma crise de composição, e influenciado demais pela música negra americana, Beck decidiu apostar em covers. Assim, o próximo álbum teria cinco releituras de artistas americanos, sendo que algumas já vinham sendo apresentadas na turnê de promoção de Rough and Ready.


Lançado em 9 de junho de 1972, Jeff Beck Group manteve a linha de seu antecessor, porém com Beck agora assumindo uma posição mais à frente dos demais, ja que no primeiro álbum Max Middleton dividia praticamente todos os solos com o guitarrista.

O disco abre com a clássica "Ice Cream Cakes", onde Cozy Powell faz rolos para Clive Chaman fazer o riff principal. Beck passa a acompanhar o baixo, e então temos Max junto com Bobby Tench para executar uma dançante faixa, com destaque total para Powell e para o solo de Beck, abusando da alavanca e ensinando a Jimmy Page como tocar rápido sem ser virtuoso.

"Glad All Over", de Aaron Schroeder, Syd Tepper e Roy Bennett, vem a seguir, com o piano apresentando os vocais de Tench em uma faixa que mistura rock (na melodia vocal) e o soul (na ótima levada do baixo e da guitarra). Jeff Beck desconstrói "Tonight I'll Be Staying Here With You", que fora originalmente lançada no álbum Nashville Skyline (1969), de Bob Dylan. Beck transformou esse pérola da carreira de Dylan em uma fantástica e safada balada, onde a interpretação de Tench é a melhor demonstrada nos dois álbuns dessa fase. Vocalizações femininas se fazem presentes, e o bonito solo de Beck com o slide é outro ponto alto de uma das poucas faixas que fogem o estilo das demais dos LPs aqui destacados.

"Sugar Cane" tem Max puxando o ritmo nos dois acordes iniciais, com Powell marcando o tempo e Beck fazendo um riff aleatório. O baixo passa a acompanhar o piano, e então forma-se a base para um reggae/soul, onde o principal ponto positivo são os vocais de Tench, além da envolvente percussão de Powell e dos vocais femininos.

O lado A encerra com o cover para "I Can't Give Back the Love I Feel For You", de uma dupla que reinou na Motown, Ashford e Simpson. O riff que sai do slide de Beck apresenta uma linda canção instrumental, onde Beck sola com o slide melodicamente, alternando momentos lentos com rápidos, e inserindo uma cítara no meio do solo, tendo como acompanhamento a bateria cirúrgica de Powell, contra-balanceada pelo piano e pelo baixo.

O lado B abre com a clássica "Going Down", de Don Nix. O piano puxa o ritmo de um rock suingado, com baixo e piano fazendo as mesmas notas enquanto Beck duela com os vocais de Tench, lembrando "I Ain't Superstitious". Beck sola muito aqui, alternando notas abafadas, alavancadas e arpejos. Vocalizações com efeitos surgem no meio da canção, dando um toque psicodélico para mais uma faixa antológica.

Outro clássico negro surge a seguir. "I Gotta Have a Song", de Stevie Wonder, traz os acordes de guitarra, sem distorção, em uma dançante faixa com as vocalizações femininas se fazendo presente, e com Cozy Powell mandando ver junto com Clive Chaman. Uma ótima cozinha para uma ótima faixa!

O disco encerra com dois clássicos compostos por Jeff Beck. O primeiro deles é "Highways", com Beck solando logo na entrada, em uma faixa com belíssimas passagens de piano e guitarra, além de ótimos solos de Beck e Max. O segundo, e finalmente, é a incrível "Definitely Maybe".

Para mim, esta é a melhor faixa de Jeff Beck (ao lado de "Freeway Jam"), e uma das composições mais bonitas da história do rock. Uma balada instrumental com um solo de fazer sair lágrimas da agulha do toca-discos. O uso do wah-wah é digno de uma tese de doutorado. A guitarra parece chorar, lamentando uma dor que não tem cura. Genial é pouco para o que estamos ouvindo! O que Beck faz aqui é de tirar o chapéu, com cabelo e tudo. Ajoelhe-se e apenas venere cada segundo dessa obra-prima, que ainda contém um rápido e tímido solo de Max Middleton encerrando a faixa e o LP.


O grupo partiu para uma turnê de promoção do álbum, que incluiu uma apresentação na série "In Concert" da BBC Radio 1, a qual foi gravada em 29 de junho de 1972. Corram atrás desse CD, pois o registro ali é impecável. Ponto importante: o solo de "Definitely Maybe" que você irá ouvir não é Beck tocando, e sim Tench. Eu também recomendo a vocês ouvirem o bootleg do show em Paris, com "Definitely Maybe" sendo tocada agora por Beck. A qualidade do CD é muito boa, e é um registro claro de como Cozy Powell era um excelente baterista já antes de entrar para o Rainbow.

Nenhum single acabou sendo extraído do álbum, que obteve números tímidos nas vendas. Após a turnê americana, em 24 de julho de 1972 o Jeff Beck Group era oficialmente desmantelado pelo empresário do guitarrista, que alegou que "a fusão dos diferentes estilos musicais dos músicos tinha sido muito bem sucedida, mas eles não se sentiam mais a vontade para levar a criação de um novo estilo musical com a mesma força que tinham originalmente".

Jeff Beck então pode voltar ao seu sonho de trabalhar com Tim Bogert e Carmine Appice. Já em agosto daquele ano o trio estava excurionando, porém ainda com o nome de Jeff Beck Group (devido a questões de cumprimento de contrato), tendo além do trio a permanência de Max Middleton e da participação do vocalista Kim Milford. Após seis shows, Milford foi substituído por Bobby Tench, que finalizou todo o resto da turnê, com o último show dos remanescentes da fase soul tendo sido realizado no Paramount North West Theatre, em Washington.

Após o fim da turnê surge então o trio Beck, Bogert & Appice. Uma paulada a parte, que será tratada no próximo Baú do Mairon, e que levou Jeff Beck de volta ao peso da primeira formação do Jeff Beck Group, misturando com algo que ele iria trabalhar anos depois, o fusion.

Já Clive Chaman, Max Middleton e Bobby Tench juntaram-se a Robert Ahwai (guitarras), Bernie Holland (guitarra), Bernard Purdie (bateria) e Conrad Isadore (percussão, voz) para formar a excelente banda Hummingbird, que seguiu a linha destes dois álbuns do Jeff Beck Group nos ótimos Hummingbird (1975), We Can't Go On Meeting Like This (1976) e Diamond Nights (1977).

Cozy Powell partiu para uma carreira solo por alguns anos, até ser encontrado por Ritchie Bladkmore e ir integrar o Rainbow, onde se destacou como um dos maiores bateristas do rock. Depois disso, tocou no Michael Schenker Group, Whitesnake, Emerson Lake & Powell, Forcefield, Black Sabbath, Brian May Band e Company of Snakes, além de participar como convidado em álbuns de diversos artistas, vindo a falecer no dia 5 de abril de 1998 em um trágico acidente de carro em Bristol. Segundo informações da polícia local, Powell estava a 170 km/h, dirigindo embrigado, sem o cinto de segurança e conversando com a namorada ao celular, quando o carro derrapou na estrada molhada e vitimou o baterista. A namorada, Sharon Reeve, ouviu o acidente no celular!

Já Bobby Tench seguiu carreira solo após o Hummingbird, trabalhando com Van Morrison, Humple Pie, Topper Headon, Streetwalkers, Ginger Baker, entre outros. Max Middleton também trabalhou com muita gente, com destaque para os Streetwalkers, Mick Taylor, Chris Rea e Nazareth, além de ter voltado a trabalhar com Beck nos clássicos discos Blow by Blow (1975) e Wired (1976). Clive Chaman, por sua vez, fez trabalhos com Donovan, Paul Kossof e Morrisey-Mullen, e hoje vive na obscuridade.

E Jeff Beck se tornou o mestre venerado por todos, com os fundamentais Blow by Blow e Wired, mas antes, como informado, teve o trio Beck Bogert & Appice, que será comentado na próxima edição do Baú do Mairon.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...