Em 1973, o grupo Emerson, Lake & Palmer estava no auge da carreira. Com quatro discos lançados, Emerson, Lake & Palmer (1970), Tarkus (1971), Pictures at an Exhibition (1971) e Trilogy (1972), o grupo formado por Keith Emerson (teclados, sintetizadores, eletrônicos), Greg Lake (baixo, vocais, guitarra) e Carl Palmer (bateria) havia consolidado-se como um dos mais importantes nomes do rock progressivo britânico ao lado do Yes, Genesis e Pink Floyd.
Mas ainda faltava algo para que o grupo chegasse no topo. As canções curtas ao violão de Lake, mescladas com suítes onde Emerson delirava nos sintetizadores e piano, precisavam de uma adaptação que causasse a sensação do que realmente era o grupo: um trio que valia por uma orquestra.
Esse problema foi sanado com o lançamento de Brain Salad Surgery, em novembro daquele ano. Apresentando a longa suíte "Karn Evil 9", a qual é dividida em três movimentos, o ELP conquistava de vez seu espaço e reconhecimento pelos fãs e pela imprensa, deixando uma maravilha quase inigualável dentro da carreira do grupo, se não fosse outra grandiosa peça contida na segunda faixa do lado A, a excepcional "Tocatta".
Essa canção é uma adaptação do quarto movimento do "Primeiro Concerto para Piano", de Alberto Ginastera, e é nela que Emerson extrapola, utilizando toda a sua parafernália de teclados, sintetizadores e efeitos pré-programados, constituída de um órgão hammond, um órgão Pipe, um órgão C3, um órgão L100 (esses dois últimos responsáveis por diversos efeitos), um Moog sintetizador modular, um Ribbon Controller e um Clavinet, em uma interpretação visceral, que conta ainda com um espetacular acompanhamento de Lake e Palmer. O grupo já havia recriado "Pictures at an Exhibition" de Mussorgsky, mas "Tocatta" é mais grandiosa justamente pelo curto tempo (aproximadamente 8 minutos) em que o trio coloca à prova todo o talento que dispunha em seus corpos.
O tema no moog, com batidas nos tímpanos, introduz a canção, levando para os acordes de hammond, com uma complicada levada de baixo e bateria, enquanto Emerson sola com o C3, passando para o hammond e depois para o L100, enquanto Lake e Palmer continuam executando o complicado andamento da canção.
Mas ainda faltava algo para que o grupo chegasse no topo. As canções curtas ao violão de Lake, mescladas com suítes onde Emerson delirava nos sintetizadores e piano, precisavam de uma adaptação que causasse a sensação do que realmente era o grupo: um trio que valia por uma orquestra.
Esse problema foi sanado com o lançamento de Brain Salad Surgery, em novembro daquele ano. Apresentando a longa suíte "Karn Evil 9", a qual é dividida em três movimentos, o ELP conquistava de vez seu espaço e reconhecimento pelos fãs e pela imprensa, deixando uma maravilha quase inigualável dentro da carreira do grupo, se não fosse outra grandiosa peça contida na segunda faixa do lado A, a excepcional "Tocatta".
Emerson e seu sintetizador modulado |
Essa canção é uma adaptação do quarto movimento do "Primeiro Concerto para Piano", de Alberto Ginastera, e é nela que Emerson extrapola, utilizando toda a sua parafernália de teclados, sintetizadores e efeitos pré-programados, constituída de um órgão hammond, um órgão Pipe, um órgão C3, um órgão L100 (esses dois últimos responsáveis por diversos efeitos), um Moog sintetizador modular, um Ribbon Controller e um Clavinet, em uma interpretação visceral, que conta ainda com um espetacular acompanhamento de Lake e Palmer. O grupo já havia recriado "Pictures at an Exhibition" de Mussorgsky, mas "Tocatta" é mais grandiosa justamente pelo curto tempo (aproximadamente 8 minutos) em que o trio coloca à prova todo o talento que dispunha em seus corpos.
O tema no moog, com batidas nos tímpanos, introduz a canção, levando para os acordes de hammond, com uma complicada levada de baixo e bateria, enquanto Emerson sola com o C3, passando para o hammond e depois para o L100, enquanto Lake e Palmer continuam executando o complicado andamento da canção.
Palmer assume o tímpano, e longos acordes de sintetizadores são ouvidos. O baixo faz um tema ao lado do moog, e então o sintetizador modulado surge fazendo o tema central, que tem a melodia reproduzida por outro sintetizador, enquanto Lake e Palmer executam uma espécie de andamento marcial, levando a barulheira infernal onde Palmer destrói os pratos, até começar a rufar insanamente no tímpano e estourando os gongos com batidas muito fortes.
A sessão percussiva continua, com Palmer fazendo um tema com o gongo e os sinos tubulares, enquanto acordes de piano são largados sutilmente entre as batidas de Palmer. Baixo, guitarra e moog fazem um estranho tema acompanhados pelo tímpano, levando à maluca sequência repleta de eletrônicos, sintetizadores e muito barulho, onde Palmer faz um acompanhamento estranhíssimo com a bateria eletrônica, puxando então o ritmo na bateria normal, e após um sensacional rufo, com muitos barulhos eletrônicos quase explodindo a sua cabeça, voltamos ao tema central com o moog e sintetizadores, encerrando essa maravilhosa e maluca canção que o Emerson, Lake & Palmer registrou no auge da sua carreira com muitos barulhos e mais um tema, agora marcado entre hammond, bateria e baixo.
O famoso símbolo do grupo |
A capa original, apenas com tons de cinza, dividia sua parte da frente exatamente no centro, exceto no eixo circular onde estava a face. Abrindo-se a capa, revela-se uma pintura da face completa, uma face feminina, cujo modelo foi exatamente a esposa de Giger, possuindo cabelos alienígenas e múltiplas cicatrizes, como o símbolo do infinito e outra que sugere lobotomia frontal. Posteriormente, as capas vieram contendo apenas uma única peça que apresentava apenas a face humanóide com a parte circular do pênis.
Capa original de Brain Salad Surgery (fechada) |
Brain Salad Surgery aberto |
Os desenhos originais da capa, intitulados "Work #217 ELP I" e "Work #218 ELP II" foram perdidos (ou roubados) durante uma exposição com as obras de Giger no National Technical Museu, em Praga, durante o mês de agosto de 2005.
Keith Emerson acompanhando a construção da capa do vinil. |
Posteriormente, o grupo realizou uma longa turnê, entrando em férias por quatro anos e voltando com os álbuns Works e Works II (1977), até encerrar as atividades após Love Beach (1979). O grupo voltou à ativa para lançar discos e realizar shows esparsos na década de 90, mas depois de Brain Salad Surgery, nada de maravilhoso foi feito no mundo prog do mais famoso power trio que o rock progressivo conheceu.
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