Formado em 2006 na Suécia, o grupo Coldworker vem se destacando nos últimos anos como um expoente de um estilo conhecido como deathgrind, o qual possui como principais representantes o Carcass (fase inicial) e o Autopsy. Em sua discografia, o grupo conta com três álbuns de estúdio, sendo o último deles, The Doomsayer's Call, lançado em fevereiro deste ano mundialmente, chegando ao Brasil através da Shinigami Records.
O grupo tem como principal destaque seu mentor, o baterista Anders Jakobson. Além dele, completam o line-up do Coldworker Joel Fornbrant (vocais), Anders Bertilsson (guitarras), Daniel Schröder (guitarras) e Oskar Palsson (baixo). Desconheço os três primeiros álbuns do grupo (a saber: The Contamined Void, de 2006; e Rotting Paradise, de 2008, além do EP Pig Destroyer / Coldworker / Antigama, de 2007; ), mas ouvi atentamente The Doomsayer's Call, até pela curiosidade em conhecer algo que não faz parte da minha rotina diária de audições.
Joel Fornbrant, Daniel Schröder, Anders Bertilsson, Anders Jakobson e Oskar Palsson |
Nas treze canções do disco, encontramos muita técnica e peso, além do vocal gutural de Joel permanecer no seu cérebro por um bom tempo. Entre os músicos, Jakobson é o de maior destaque, abusando do uso dos dois bumbos. A dupla de guitarristas manda ver em solos melodiosos, sem tanta masturbação do instrumento, empregando bends, vibratos e raras escalas velozes, mas que servem apenas como pequenas pontes para as estrofes vocais, além de criarem riffs bem trabalhados, esses sim, chamando bastante atenção. Como sempre, o baixo para esse estilo de som é praticamente inaudível, a menos na paulada "Murderous", mas mais que isso não tenho como opinar sobre o mesmo.
Outro ponto que chama a atenção é a curta duração das faixas. Na média, as canções dificilmente passam dos quatro minutos, com exceção apenas de "Flesh World", "Monochrome Existence" e "The Walls of Eryx", que ficam entre quatro e cinco minutos, e que não por acaso são as melhores da bolacha, principalmente nos seus riffs iniciais, sendo que "Monochrome Existence" é uma pequena obra de arte, com uma introdução muito bem trabalhada entre as guitarras e a bateria. Outra canção de alto nível é "Violent Society", na qual a pegada das guitarras lembra grupos como Morbid Angel e Napalm Death, e também os ouvidos se atiçam com "A New Era".
Outro ponto que chama a atenção é a curta duração das faixas. Na média, as canções dificilmente passam dos quatro minutos, com exceção apenas de "Flesh World", "Monochrome Existence" e "The Walls of Eryx", que ficam entre quatro e cinco minutos, e que não por acaso são as melhores da bolacha, principalmente nos seus riffs iniciais, sendo que "Monochrome Existence" é uma pequena obra de arte, com uma introdução muito bem trabalhada entre as guitarras e a bateria. Outra canção de alto nível é "Violent Society", na qual a pegada das guitarras lembra grupos como Morbid Angel e Napalm Death, e também os ouvidos se atiçam com "A New Era".
Mas, apesar de no início sentir aquele clima de: "Oh!, Vou gostar disso!", e da potência sonora de "Monochrome Existence", com o passar dos 45 minutos do CD fica uma sensação de repetição, o que torna maçante uma audição compromissada. Porém, como música de fundo para outra atividade, de preferência que exija alívio da tensão, The Doomsayer's Call pode servir tranquilamente.
No geral, um álbum mediano, mas talvez por que o estilo do Coldworker não me chama a atenção. Aos apreciadores do mesmo, creio que esteja em um nível aceitável, e vale a pena dar uma chance.
No geral, um álbum mediano, mas talvez por que o estilo do Coldworker não me chama a atenção. Aos apreciadores do mesmo, creio que esteja em um nível aceitável, e vale a pena dar uma chance.
1. A New Era
2. The Reprobate
3. The Glass Envelope
4. Flesh World
5. Murderous
6. Pessimist
7. Monochrome Existence
8. Vacuum Fields
9. Living is Suffering
10. The Walls Of Eryx
11. Violent Society
12. Becoming The Stench
13. The Phantom Carriage
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