Um objeto voador não identificado passou na Wild, Willing and Innocent cidade de São Paulo na última quarta-feira, 26 de maio de 2010, no bairro do Pinheiros em uma rua chamada Cardeal Arcoverde.
Aqui temos um relato de quem testemunhou a passagem do objeto. Os horários citados correspondem com os acompanhados por quem vos escreve, podendo variar de indivíduo para indivíduo, mas os intervalos de tempos são reais.
Este Phenomenon está ainda sendo observado pelo Brasil, com passagens por Goiânia, Belo Horizonte e Recife, e algumas consequências do contato com os seres extraterrestres já são conhecidos, como a insanidade temporária, voz rouca e lágrimas rolando instantaneamente. Policiais e exército ,por conhecer apenas pagode, axé e funk carioca, ainda estão em busca de mais informações sobre o fato, mas os que lá estiveram, sabem muito bem quem eram os alienígenas, conhecidos em outras terras simplesmente pelo nome de UFO.
Seguem então algumas sequências de uma noite memorável e histórica na capital paulista:
Porto Alegre, 25 de maio de 2010.
06:00 - Parto da capital gaúcha em direção a capital paulista, por conta de um vírus chamado waynianus schenkeris moggs parkius. O vírus se instalou em uma espécie de abdução que sofri a pouco mais de quatro anos, quando sozinho em casa, uma Flying V aterrisou no meu toca-discos e acabou me picando enquanto ouvia o LP Strangers In The Night. Tal vírus está causando consequências inimagináveis em meu corpo, sofrendo principalmente da doença conhecida como airinstrument, variando bastante na forma de adaptação do vírus, ora balançando as mãos para o ar, ora dedilhando o ar com apenas dois dedos e ora como que segurando algo, balançando o braço e dedilhando cordas imaginárias e apertando alavancas mais imaginárias ainda.
07:25 - Aterriso na capital paulista
São Paulo, 26 de maio de 2010.
17:00 - trânsito caótico na capital paulista. Na hora do rush, saio da Galeria do Rock, no coração de São Paulo, com algumas aquisições, me dirigindo para o bairro Pinheiros.
18:00 - uma pequena aglomeração começa a se formar em frente ao local Carioca Club. Chego no local quase que movido Mechanixamente. Conversando com pessoas da aglomeração, descubro que o local é tradicional ponto de festa de pagode. Mas naquela noite, a experiência seria diferente. Sinto que vários estão contaminados pelo mesmo vírus que eu, em uma espécie de Obsession por algo que ainda está para acontecer. Alguns legionários podem ser vistos na foto abaixo.
18:15 - uma van encosta em frente ao local. De dentro dela surge um alienígena chamado Andy Parker, que toca bateria. As pessoas do lado de fora gritam. Pouco depois, outra van chega, trazendo mais dois seres, Phil Mogg (voz) e Paul Raymond (teclados). Sem saber a língua do nosso querido Brasil, e cercados pelos seguranças, atravessam a pequena legião de seguidores que está aumentando com o passar do tempo.
18:25 - outra van encosta. De lá, surge o incrível alienígena baixinho Vinnie Moore, que toca guitarra, e também o recém contratado para comandar o ritmo da experiência no baixo, Rob deLuca. Os poucos legionários se debatem em busca de um contato com ambos, e Moore acaba fazendo duas assinaturas: para quem vos escreve e mais um cidadão que veio do Rio de Janeiro, entrando rapidamente no recinto. A rápida passagem do guitarrista foi registrada na foto abaixo.
19:00 - mais e mais pessoas que de alguma forma foram contaminadas através dos anos pelo waynianus schenkeris moggs parkius vão se unindo aos demais, de forma pacífica e sem Forceit qualquer contratempo.
20:00 - As portas do local se abrem. Incrível a forma como aquela pequena multidão se mexe, de forma simples e lenta, posicionando-se dentro do recinto como que cada um sabendo exatamente aonde teria que ficar. À direita do corredor de entrada, um palco está montado, tendo um grande telão em frente onde uma partida de futebol está rolando, assim como sons saem de caixas de som aquecendo as pessoas para a experiência a seguir.
21:00 - uma hora de atraso, e agora, No Place To Run. As portas do local se fecham e espécimes no palco correm para todo lado ajeitando os últimos detalhes, e somos informados que mais 15 minutos são necessários para estarmos Flying para outra dimensão.
21:30 - Showtime. O telão sobe ao teto e é possível ver os alienígenas se posicionando no centro do palco. Cerca de 1000 pessoas (não sei a capacidade do local, mas estava lotado, e estou me baseando em informações de locais) começam a berrar de forma insana. Um longo sustain surge da guitarra, e o grupo de alienígenas, batizado carinhosamente de UFO, sobe ao palco detonando, tocando um clássico ufoniano, "Let It Roll". Estou localizado exatamente em frente ao palco, grudado na barreira de proteção, e incrivelmente, todas as pessoas se comportam de maneira única, regidos por Mogg, cantando a letra e balançando-se em seu local, sem atrapalhar o companheiro ao lado.
21:32 - começa o lindo solo de Moore, reproduzindo fielmente o solo do grande alien Michael Schenker, e ainda acrescentando o seu estilo de forma espetacular. As primeiras lágrimas brotam dos olhos de vários presentes.
21:34 - Moore retoma o tema principal, pulando exatamente para o local onde estou. Ali, temos o primeiro contacto mais próximo com o ser, tocando em sua guitarra, em suas pernas e também trocando apertos de mão. Literalmente, estamos Making Contact com o guitarrista.
21:36 - o peso de "Mother Mary" surge. Ver Mogg com seus trejeitos e o gordinho Parker tocando é fabuloso. Estamos sendo abduzidos de forma pacífica. O UFO vai mexendo no organismo dos presentes de forma vital, manipulando braços, pernas e bocas de forma surpreendente.
21:53 - recebo nas mãos a palheta de Moore, após alguns tapas em busca da mesma, logo após a audição da fantástica "Out In The Street", a primeira surpresa da noite.
21:57 - Mogg tenta se comunicar na língua nativa, falando "Obrigado" e "Por favor, jame um medíco rapído". Detonam "This Kids". Detalhe para o alien Raymond, que toca teclados, guitarra e também canta. O segundo contacto com Moore ocorre, com ele solando na minha cara e ainda pedindo para ajudá-lo com a alavanca, como mostra a foto abaixo. Arrepiante!!!
22:11 - deLuca puxa o riff de "Cherry". Percebesse claramente que as canções estão em um tom mais baixo do que o original, mas isto não interfere na absorção do evento. "Cherry" é cantada em uníssono pelos presentes.
22:22 - após mais alguns sons, a segunda surpresa. Os riffs pesados da introdução de "Love To Love" são entoados nas caixas de som. Mais lágrimas!!
22:24 - Moore assume o violão e temos o início da letra de "Love To Love", cantada de forma emocionante por Mogg.
22:28 - Moore começa seu maravilhoso solo. Lágrimas na minha face quase não deixam ver os mágicos dedos do guitarrista solando como se fosse o último solo de sua vida, arrancando uivos da guitarra que foram ouvidos do outro lado do planeta.
22:30 - Encerra-se "Love To Love".
22:35 - deLuca arranca a bandeira brasileira das mãos de uma seguidora e coloca a mesma aberta em frente à bateria.
22:43 - durante o solo de "Too Hot To Handle", deLuca e Moore colocam seus instrumentos nas costas e começam a tocar, conforme foto abaixo. Moore e eu fizemos o terceiro contacto da noite, onde ele sola com a boca diante de meus olhos ainda marejados.
22:46 - Menos de 10 cm me separam da guitarra de Moore, e ele está tocando o riff de "Lights Out". Aja voz e pique para acompanhar o peso de Parker e o baixo galopante de deLuca. Não é o alienígena mais querido de todos, Pete Way, mas é bem competente. Nesta canção perco a voz. A mão na imagem abaixo é a minha.
22:53 - Após mais um maravilhoso solo de Moore e de Mogg falar "lights Out São Paulo", encerra-se a abdução. Os seguidores agora já com o vírus em ebulição dentro do corpo de cada um, grita insanamente pela banda, quase que agonizando em busca de uma cura para o que estão sentindo, e que na verdade não querem parar de sentir.
23:00 - O UFO retorna ao palco para arrebatar de vez à todos. deLuca está com uma camisa personalizada do local. Raymond assume a guitarra e tocam um blues de pouco mais de dois minutos, muito bom. Detonam então "Rock Bottom", com Moore de novo em cima de mim. Aqui, meu resto de voz foi para o espaço. Os próximos 15 minutos seriam os mais rápidos da minha vida.
23:04 - Lágrimas durante a estrofe do "where do you go".
23:05 - Começa o solo de Moore. Perfeição a flor da pele. O alien humilha a guitarra, com escalas e notas rápidas de deixar babando. Mogg abandona o palco.
23:14 - Moore termina seu solo dando alavancadas na guitarra bem no meu nariz. Alguém bate na minha câmera e acabo perdendo alguns segundos da filmagem que estava fazendo do Phenomenon, mas é possível ver o alienígena em frente a camera no final do vídeo amador que disponibilizei no youtube.
23:18 - Termina "Rock Bottom"!! Eu e mais 800 pessoas no mínimo precisamos de atendimento médico, pois o coração está saindo pela boca.
23:21 - Mogg chama o doutor em "Doctor Doctor", e a cura se dá com todos cantando juntos o tema principal e através dos gritos com o nome da canção.
23:30 - Lights Out! O UFO leva a sua nave embora, deixando os presentes com um olhar de que um milagre ocorrera. Vários se abraçam, enquanto outros ficam paralizados absorvendo cada segundo daquele instante, e pensando: "You Are Here". Mais lágrimas correm de meus olhos, e percebo que outros também estão a chorar.
São Paulo, 27 de maio de 2010,
01:17 - Retorno para a casa onde consegui abrigo na capital paulista.
14:53 - Aterriso em Porto Alegre, com a sensação de ter sido curado do vírus waynianus schenkeris moggs parkius. Porém, constato que os alienígenas do UFO nos enganaram, pois acabaram colocando um vírus adicional que permite rever cada segundo do Phenomenon quando você fecha os olhos, tendo as imagens nitidamente gravadas na retina de cada um presente no Carioca Club naquela quente noite de maio.
Set list:
Let It Roll
Mother Mary
Daylight Goes To Town
Out In The Street
This Kids
Cherry
Only You Can Rock Me
Hell Driver
Love To Love
Ain't No Baby
Too Hot To Handle
Lights Out
Bis
Rock Bottom
Doctor Doctor
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