Encerrando nossa trajetória pela história do grupo britânico Led Zeppelin, hoje vamos contar o que aconteceu com os músicos pós o término do grupo em 1980, após a morte do baterista John Bonham. A partir de então, restou para os fãs a esperança de que um dia Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones pudessem voltar à ativa. Enquanto isso não ocorria, os músicos dedicaram-se para carreiras solos de diferentes proporções.
O primeiro a mergulhar nesse ramo foi Jimmy Page, que em fevereiro de 1982, gravou a trilha sonora para o filme Death Wish II, lançado pelo selo Swan Song, e que não chegou a fazer muito sucesso. Em junho do mesmo ano, e também pelo Swan Song, Plant lançou seu primeiro álbum solo, Pictures at Eleven, o qual ficou em segundo lugar nas vendas do Reino Unido (recebendo prata) e em quinto nos Estados Unidos (onde recebeu platina, assim como no Canadá. Nesse álbum, estão acompanhando Plant os músicos Robbie Blunt (guitarras), Jezz Woodroffe (teclados), Phil Collins (bateria), Cozy Powell (bateria), Paul Martinez (baixo) e Raphael Ravenscroft (saxofone).
Coda, a coletânea de sobras do Led Zeppelin |
No dia 19 de novembro de 1982, o trio remanescente, liderados por Page, lançou um novo material do Led Zeppelin. Coda contém material inédito de sessões de estúdio da banda desde a época de Led Zeppelin II até In Through the Outdoor, aproveitando canções que não estiveram presentes nos mesmos. O disco abre com a bateria que traz a guitarra fazendo o riff de "We're Gonna Groove", cover de Ben E. King, e que aqui, virou uma paulada onde Plant solta a voz, com uma levada pesadíssima de baixo, e com Bonham detonando na bateria. Os efeitos na guitarra aparecem enquanto Plant canta as duas primeiras estrofes, rasgando a voz entoando o nome da canção. O ritmo aumenta no solo de Page, sobrepondo guitarras, enquanto o baixo delira ao fundo, junto da bateria. O riff inicial é resgatado, e assim, Plant conclui a letra de uma canção curta, mas muito poderosa, que abria os shows do grupo em 1969, e acabou ficando de fora de Led Zeppelin II.
"Poor Tom" diminui o ritmo, em uma canção mais acústica, onde a percussão abre, trazendo a voz de Plant cercado pelos violões, relembrando os momentos de Led Zeppelin III, tendo sido a mesma composta em Bron-Yr-Aur, com direito a um singelo solo de harmônica. Na sequência, uma versão alternativa para "I Can't Quit You Baby", mais elétrica e rápida do que a versão que entrou no álbum de estreia do grupo, além de pequenas alterações nas linhas vocais de Plant, resultado da gravação ao vivo de onde a canção foi retirada, assim como "We're Gonna Groove" (ambas retiradas da apresentação no Royal Albert Hall em janeiro de 1970).
O lado A encerra-se com "Walter's Walk", a qual foi gravada em 1972, e acabou ficando de fora de Houses of the Holy. A guitarra surge com o riff inicial, trazendo o acompanhamento de baixo e bateria. Assim, baixo e guitarra elaboram o mesmo riff, com Plant cantando a letra cheio de gemidos. É justamente a participação de Plant que mais chama a atenção. A mixagem da bateria, além do timbre de voz do vocalista, são similares aos usados em In Through the Outdoor, e alguns acreditam q a canção ganhou os vocais antes do lançamento de Coda. A canção desenvolve-se sempre sobre o mesmo andamento, com Plant sobrepondo vozes, tendo um curto solo de Page, encerrando com mais vozes sobrepostas cantando o refrão da canção, enquanto Page e Jones puxam o riff inicial.
Capa interna de Coda |
O lado B apresenta canções que em sua maioria ficaram de fora de In Through the Outdoor, a começar por "Ozone Baby", um rock parecido com canções presentes em Houses of the Holy, onde baixo e guitarra executam o riff principal, ao lado da bateria, trazendo a voz de Plant cantando uma dançante canção, com destaque para a participação relevante de Jones. A canção modifica-se no tema central, com baixo e guitarra criando um novo riff, voltando então para o riff principal, mas em um tom abaixo, para Plant seguir a letra. O solo de Page, na linha do de "Hot Dog", e com muitos engasgos, é feito sobre esse andamento mais pesado, e então, Plant retorna ao refrão, concluindo a canção com alguns efeitos em sua voz.
"Darlene" é outra que ficou de fora de In Through the Outdoor, e começa com o riff batendo na cara do ouvinte, para então, piano e baixo fazerem o tema que acompanha a levada da bateria e os acordes marcados de piano, enquanto Plant canta o nome da canção aliado a muitos gemidos. Um rockabilly sensacional, que felizmente foi resgatado em Coda para apreço dos fãs. O solo de Page mostra que o guitarrista não estava mesmo na melhor de sua forma em 1979, mas em compensação, o breve solo de piano feito por Jones já vale a canção, que ganha ritmo após a repetição do riff inicial, onde mais agitado, o acompanhamento leva Plant à conclusão da letra através de um boogie espetacular, onde Page faz seu segundo solo na canção, bem melhor que o primeiro.
O encarte de Coda |
A instrumental "Bonzo's Montreux", gravada durante a composição de Presence, é um solo de bateria com a adição de efeitos eletrônicos por Page. Bonham puxa o ritmo na caixa, bumbo e prato, fazendo diferentes variações de batidas, em um solo dinâmico e quase que falando ao ouvinte. Efeitos vão sendo adicionados na bateria, e então, depois de uma rápida virada, os eletrônicos de Page fazem o tema que acompanha as batidas de Bonham, como se cantando uma letra, e após mais uma virada percussiva, Bonham volta a ficar sozinho, agora com um solo percussivo feito sobre a levada da bateria, para então, os eletrônicos aparecerem novamente, levando ao final da canção com uma melodia eletrônica gravada em sua cabeça.
O álbum encerra-se com uma preciosidade chamada "Wearing and Tearing", e que absurdamente ficou de fora de In Through the Outdoor. É difícil de explicar por que essa canção ficou de fora do álbum. Uma resposta ao punk, "Wearing and Tearing" abre com o riff de baixo e guitarra feito por ambos os instrumentos, e com Bonham criando uma batida complicadíssima no bumbo. O riff é muito bom e contagiante, e é impossível não tocar uma air guitar nesse instante. Plant surge com seu timbre de voz característico dessa época, enquanto os instrumentos marcam o tempo. Plant grita muito nessa canção, de forma agressiva como nunca havia cantado antes, e as marcações continuam, voltando ao riff inicial, enquanto Plant faz algumas vocalizações.
A sequência é repetida por duas vezes, voltando então para o riff inicial, com um show a parte de Bonham, e mais vocalizações de Plant, que novamente acompanhado pelas marcações, encerra a letra dessa magistral canção, que conclui-se com o pesado riff de baixo e guitarra, e as vocalizações alucinadas de Plant, levando à reprodução do riff inicial.
Contra-capa de Coda |
Quando de seu lançamento em CD, Coda recebeu quatro bônus, as quais são "Baby Come on Home", "Travelling Riverside Blues", "White Summer / Black Mountain Side" e "Hey Hey What Can I do". O disco ficou em nono lugar na Austrália, sétimo lugar na Nova Zelândia, sexto lugar nos Estados Unidos (onde recebeu platina, por ter atingido a marca de um milhão de cópias), quarto lugar no Reino Unido (onde recebeu prata, pela marca de 60 mil cópias) e terceiro no Canadá.
Em 1983, Plant lançou seu segundo disco solo, The Principle of Moments, agora pelo selo Es Paranza, tendo como músicos acompanhantes Robbie Blunt (guitarras), Paul Martinez (baixo), Jezz Woodroffe (teclados), Phil Collins (bateria), Barriemore Barlow, John David (vocais), Ray Martinez (vocais) e Bob Mayo (guitarras). O álbum recebeu ouro no Reino Unido, onde ficou na sétima posição em vendas, e Platina nos Estados Unidos, onde ficou em oitavo lugar. Vale a pena destacar que na Nova Zelândia, The Principle of Moments atingiu a primeira posição em vendas. Tudo isso graças ao sucesso da clássica “Big Log”, um dos maiores sucessos de Plant desde “Stairway to Heaven. No ano seguinte, Plant fundou o projeto The Honeydrippers, tendo como participação especial diversos artistas, entre eles Page, Brian Setzer, Jeff Beck, e outros menos cotados. Esse time gravou The Honeydrippers: Volume One, do grupo The Honeydrippers, que fez um relativo sucesso, graças ao single de Sea of Love. 1983 também foi o ano do último lançamento do selo Swan Song, o qual foi o álbum Wildlife, do grupo de mesmo nome. O selo acabou devido à problemas de saúde do presidente Peter Grant, que já não podia mais manter seu status de empresário, e logicamente, ao final do Led Zeppelin.
Já em 1985, tivemos o melhor ano para os membros do grupo. John Paul Jones gravou a trilha para o filme Scream for Help, contando com a participação de Page, que resolveu sair da toca, e ainda em 1985, gravou ao lado de Roy Harper o belo Whatever Happened to Jugula, bem como montou o super-grupo The Firm, com Paul Rodgers nos vocais, Tony Franklin no baixo e Chris Slade na bateria, lançando o primeiro álbum do grupo em fevereiro de 1985, batizado de The Firm, o qual conquistou ouro nos Estados Unidos. Plant lançou seu terceiro disco solo, Shaken ‘n’ Stirred, que teve um desempenho modesto, sendo apenas ouro nos Estados Unidos. Os músicos acompanhantes são Robbie Blunt (guitarras), Toni Halliday (vocais), Richie Hayward (bateria), Paul Martinez (baixo) e Jezz Woodroffe (teclados).
Sequência de fotos referentes ao Live Aid: John Paul Jones e Robert Plan (acima); Jimmy Page e Robert Plant (centro) e os membros da apresentação (abaixo) |
Porém, em agosto daquele ano, Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones voltaram a subir em um palco. Passados quase cinco anos da morte de Bonham, o grupo fez uma emocionante apresentação no Live Aid, tendo como bateristas Phil Collins e Tony Thompson. e no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic, em 1988, com Jason Bonham, filho de John, nas baquetas. No festival, o grupo apresentou um set curto, com as seguintes canções: “Rock and Roll”, “Whole Lotta Love” e “Stairway to Heaven”.
The Firm: Tony Franklin, Paul Rodgers, Jimmy Page e Chris Slade (acima); O álbum The Firm (centro) e o álbum Mean Business (abaixo) |
Quando todo mundo já anunciava a volta do Led Zeppelin, Plant descartou a possibilidade, e alegando estar cansado, decidiu retirar-se temporariamente do mundo da música. Page tentou seguir com o The Firm, lançando Mean Business em 1986, o qual se tornou um fracasso comercial. Já John Paul Jones decidiu seguir carreira como produtor, sendo responsável pela trilha do filme Back to the Beach, lançado em 1987.
Em fevereiro de 1988, Plant lançou Now and Zen, seu trabalho mais bem sucedido até então, conquistando ouro no Reino Unido e platina tripla nos Estados Unidos, revelando mais um grande clássico de sua carreira solo, “Tall Cool One. Ao lado de Plant, músicos de maior calibre Phil Johnstone (teclados), Doug Boyle (guitarras), Phil Scragg (baixo), Chris Blackwell (bateria), David Barratt (teclados), Marie Pierre (vocais), Toni Halliday (vocais) e Kirsty MacColl (vocais), além da participação mais que especial de Jimmy Page em duas canções: "Heaven Knows" e a já citada "Tall Coll One".
Bootleg do show nos 40 anos da Atlantic Records |
Como retribuição, no mesmo ano, mas em junho, através da Geffen Records, Page lançou Outrider, um ótimo LP, que conta com participações especiais de artistas como Chris Farlowe (vocais), John Miles (vocais), Jason Bonham (bateria) e Barriemore Barlow (bateria). Mas, a participação mais especial é a de Plant, na sensacional "The Only One". Essas reuniões de Page e Plant ocorreram muito por causa da apresentação do aniversário de 40 anos da Atlantic Records. Dessa vez, acompanhados do baterista Jason Bonham (filho de John Bonham), o grupo apresentou-se diante de uma plateia alucinada, interpretando "Kashmir", "Heartbreaker", "Whole Lotta Love", "Misty Mountain Hop" e "Stairway to Heaven".
A coletânea Remasters, mais indicada para iniciação à obra do Led Zeppelin |
No ano seguinte, a própria Atlantic lançou a caixa Remasters, com 4 CDs trazendo o melhor da banda. A caixa recebeu diamante nos Estados Unidos, e é um dos artefatos mais indicados para quem quer se iniciar no mundo do grupo. Além de clássicos como “Kashmir”, “All My Love” e “Since I’ve Been Loving You”, canções até então inéditas estão também presentes, as quais são "Hey Hey What Can I do" e "White Summer / Black Mountain Side". A coletânea vendeu muito, recebendo ouro na Áustria, Noruega e Suíça, platina na Alemanha, platina dupla no Reino Unido e Estados Unidos e platina décupla na Austrália. Outra coletânea, Boxed Set, foi lançada, com 12 CDs abrangendo toda a carreira do grupo.
Ainda em 1990, Plant lançou aquele que eu considero seu melhor disco, Manic Nirvana. Acompanhado por uma banda impecável, formada por Chris Blackwell (guitarras), Doug Boyle (guitarras), Phil Johnstone (guitarras e teclados) e Charlie Jones (baixo), sendo essa a melhor banda que acompanhou Plant, o qual arrebenta em um disco impecável, que foi prata no Reino Unido e ouro nos Estados Unidos.
O álbum Coverdale / Page (acima) e a dupla David Coverdale e Jimmy Page (abaixo) |
1993 foi mais um ano especial para os fãs do Led Zeppelin. Primeiro, saiu a coletânea Boxed Set 2, o qual parece mais ser uma coletânea de da primeira versão de Boxed Set. Os nove LPs de estúdio do grupo foram relançados em CD na caixa The Complete Recordings, sendo que Coda recebeu as canções citadas acima. Mas o que mais alegrou ao mundo foi a surpresa com o lançamento de Coverdale / Page, álbum de Jimmy Page ao lado do ex-vocalista do Deep Purple e Whitesnake David Coverdale. Um grande álbum, que misturou muito bem as características de ambos os músicos, além de contar com uma banda de apoio muito boa, formada por Denny Carmassi (bateria), Lester Mendel (teclados), Jorge Casas (baixo), Ricky Phillips (baixo) e John Harris (harmônica). No mesmo ano, Jones fez a trilha para o filme The Secret Adventures of Tom Thumb, e Plant lançou outro grande disco, Fate of Nations, contando com diversos músicos. Esse disco trouxe o vocalista e sua banda para apresentar-se pela primeira vez no Brasil, com um show inesquecível na Praça da Apoteose durante a quinta edição do Hollywood Rock Festival, o qual ocorreu em 1994.
Também em 1994, Plant e Page voltaram a se reunir, dessa vez para participar do projeto MTV Unplugged, o qual foi registrado em vídeo, CD e LP em um disco sensacional, batizado de No Quarter, que recebeu platina nos Estados Unidos, ficando em quinto lugar em vendas, e ouro no Reino Unido, onde atingiu a quarta posição. Entre clássicos do Led Zeppelin (“Thank You”, “Since I’ve Been Loving You”, “That’s the Way”, Kashmir”, entre outras), a dupla apresenta quarto canções inéditas: “Yallah”, “City Don’t Cry”, “Wonderful One” e “Wah Wah”. Na apresentação, prevalece a influência oriental, sendo que alguns músicos marroquinos estão presentes em diversas faixas, assim como a banda de apoio de Plant. Lamentável apenas a não inclusão de Jones no projeto, sendo que o baixista lançou também em 1994 o álbum The Sporting Life, ao lado de Diamanda Galás, bem como compôs a trilha do filme Rish, no mesmo ano.
Apresentação no MTV Unplugged (acima) e Page e Plant em turnê, no ano de 1996 (abaixo) |
A dupla Page e Plant partiu para uma turnê mundial juntos, vindo inclusive ao Brasil durante a sétima e última edição do Hollywood Rock Festival, em 1996. Dois anos depois, lançam Walking into Clarksdale, o qual amplia as influências orientais de No Quarter, através de canções todas inéditas, que levaram o álbum à quinta posição nos Estados Unidos (onde foi ouro) e terceiro no Reino Unido (onde foi prata). Um ano antes, saiu o cd duplo BBC Sessions, o qual contém apresentações do Led Zeppelin em especiais da rádio britânica no período de 1968 a 1971. Um belo achado para os colecionadores e principalmente, para os fãs do grupo.
BBC Sessions. Belíssimo registro do início da carreira do grupo |
Em 1999, mais uma coletânea, batizada de Early Days: Best of Led Zeppelin Volume One, o qual apresenta canções dos quatro primeiros álbuns do grupo. Jones lançou seu terceiro álbum solo, Zooma, e em 2000, Page participou da gravação do álbum Live at the Greek, ao lado do grupo Black Crowes, onde diversas canções do Led Zeppelin são interpretadas, sendo algumas poucas vezes ouvidas ao vivo. Ainda em 2000, a sequência de Early Days saiu, batizada de Latter Days: Best of Led Zeppelin Volume Two, abrangendo a carreira do grupo pós Houses of the Holy. Em 2001, o quarto álbum solo de Jones chegou às lojas, batizado de The Thunderthief. Esse foi o último disco solo do baixista até o presente momento.
How the West was Won. Belo registro ao vivo em 1972 |
Plant voltou à ativa em 2002, com o bom álbum Dreamland, tendo como músicos acompanhantes John Baggott (teclados), Porl Thompson (guitarras), Justin Adams (guitarras, gimbri, garbuka), Charlie Jones (baixo) e Clive Deamer (bateria). Em 2002, mais um caça-níqueis, agora Early Days and Latter Days, sendo esse um box set contendo as duas coletâneas citadas acima. Plant se tornou o único músico do Led a partir de então a lançar discos regularmente. No ano seguinte, em novembro, foi lançada a coletânea Sixty Six to Timbuktu, somente com canções da carreira solo de Plant.
DVD Led Zeppelin: essencial |
Ainda em 2003, o excelente DVD Led Zeppelin saciou a sede dos fãs do grupo, trazendo cinco horas de shows desde o início da carreira, em 1968, até a apresentação no festival Knebworth em 1979, com destaque para os shows no Royal Albert Hall em 1970 e no Earls Grant em 1975. Nesse mesmo ano, o excelente ao vivo How the West Was Won lançou os fãs zeppelianos para as apresentações do grupo em 1972, as quais foram realizadas respectivamente na Califórnia em Long Beach e Los Angeles. Um ótimo CD, que mostrao Led crescendo em cima do palco, com interpretações impecáveis para clássicos do grupo. O CD saiu-se muito bem nas vendas, conquistando ouro no Brasil (50 mil cópias vendidas) e Reino Unido (100 mil cópias vendidas), e platina no Canadá (100 mil cópias vendidas) e Estados Unidos (818 mil cópias vendidas).
Plant continuou sua carreira solo, lançando em 2005 Mighty Rearranger, trazendo comobanda acompanhante Justin Adams (guitarra, bendir, tehardant e lap steel guitar), John Baggott (teclados), Clive Deamer (bateria), Billy Fuller (baixo) e Sik Tyson (guitarra, lap steel guitar e baixo). No ano seguinte, saiu a caixa Nine Lives, trazendo os nove álbuns de estúdio lançados por Plant até então. Em 2006, Page participou do álbum Last Man Standing, de Jerry Lee Lewis, através de "Rock and Roll". 2007, ao lado da cantora Alison Krauss, Plant lançou Raising Sand, considerado por muitos um dos melhores discos lançados por Plant em sua carreira, e que recebeu platina nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
A reunião de 2007 |
Ainda em 2007, mais uma coletânea do Led Zeppelin foi lançada, batizada de Mothership, e que não traz nenhuma novidade em comparação à Remasters. No ano seguinte, Definitive Collection foi o último lançamento oficial ligado ao nome Led Zeppelin, trazendo doze CDs, cada um referente à um álbum do grupo, com remasterização e mixagens melhoradas. Mas o melhor momento daquele ano foi em 10 de dezembro, quando Page, Jones, Plant e Jason Bonham subiram no palco do London's 02 Arena para a primeira apresentação do grupo Led Zeppelin em quase 20 anos, emocionando à todos os presentes. Esse show ocorreu como forma de arrecadar fundos para a Ahmet Ertegun Education Fund.
No ano seguinte, Page e Jones participaram do show do grupo Foo Fighters no Wembley Stadium, o qual foi registrado no CD e DVD Live at Wembley Stadium, lançado no mesmo ano. Nele, Page e Jones interpretam "Ramble On". Isso gerou uma parceria entre Jones e Grohl, chamada Them Crooked Vultures, ao lado de Josh Homme (vocais, guitarras) e Alain Johannes (guitarras, baixo e teclados), que acabou lançando o álbum Them Crooked Vultures. em 2009. No ano seguinte, Plant resgatou sua banda original, o Band of Joy, lançando o ótimo Band of Joy, que foi seu último disco solo até o presente momento. Em 2011, Jones participou do quinto álbum do músico Seasick Steve, batizado de You Can't Teach an Old Dog New Tricks.
Alguns discos solos ligados ao Led Zeppelin |
Diversos boatos circulam na internet referentes à volta do Led Zeppelin para excursionar pelo mundo, assim como ocorreu com o Black sabbath. Mas, pelo que parece, dificilmente isso irá acontecer. Como consolo, um vasto material está à disposição dos fãs, e pode ser encontrado facilmente. Sejam os álbuns oficiais, as infinitas coletâneas ou a enorme quantidade de bootlegs espalhados pela internet, todo esse conjunto de canções e relíquias alimentam as mentes dos fãs do grupo, e claro, fica sempre a expectativa de quando um novo material irá ser lançado, resgatando as pérolas da maior banda de o rock que o mundo já viu.
Um Feliz 2012 à todos!