terça-feira, 29 de julho de 2014

No Direction Home [2005]


Quando falamos sobre Bob Dylan, estamos falando de uma lenda viva da música, com mais de cincoenta anos de carreira e diversas fases que marcaram e influenciaram todas as gerações a partir dos anos 60. Nomes como David Bowie, Bruce Springsteen, John Lennon, Neil Young e tantos outros, pagaram (e pagam) tributo ao norte-americano, nascido na pequena cidade de Duluth, Minnesota, e viveu boa parte de sua infância em outra cidade muito pequena daquele estado, Hibbing.

Esse período de infância, junto da ascensão da carreira de Dylan na década de 60, culminando com o trágico acidente de moto que quase acabou com a vida do mesmo em 1967, foram extremamente muito bem retratadas pelo diretor Martin Scorcese no excelente documentário No Direction Home, lançado em DVD duplo no ano de 2005.

Através de depoimentos honestos e emocionantes, com legendas em português, de nomes como o próprio Dylan, Joan Baez, Suze Rotolo (primeira namorada de Dylan), Dave Van Ronk, Pete Seeger e Liam Clancy (cantores folk que acompanharam a carreira de Dylan no seu início), Al Kooper (pianista que tocou com Dylan em 1965), Allen Ginsberg (poeta e amigo de Dylan), as cantoras folk Marris Staples e Maria Muldaur, e diversos outros nomes fortemente ligados à carreira do músico na década de 60, somos levados por este filme com quase três horas e meia de duração, através de imagens raras e muita música boa.

O pequeno Dylan

O documentário abre com Dylan acompanhado pelo The Hawks (futura The Band) interpretando "Like a Rolling Stone na noite do dia 21 de maio de 1966, na cidade de Newcastle, em um momento crucial, quando ele decidiu largar seu lado folk para seguir uma carreira elétrica, o que foi menosprezado pelos fãs antigos, mas angariou muitos outros.

Daí em diante, temos Dylan contando sobre sua infância, como ele se sentia infeliz na pequena Hibbing, o medo da guerra que seus colegas e familiares tinham, suas influências e descobertas de cantores folk, principalmente Woody Guthrie, o abandono dos estudos e sua chegada em Nova Iorque, quando finalmente encontrou-se como músico, tocando em vários clubes da Greenwich Villlage, ao lado de nomes como Odetta, Dave Van Ronk, Gene Vincent and the Blue Caps, The Weavers e Clancy Brothers. Esse trecho do filme mostra apresentações raríssimas (em preto e branco) desses e de outros nomes do folk americano, como Hank Williams, Muddy Waters,Webb Pierce, Jonny Cash e Johnnie Ray, para Dylan o "Cara" que fez ele virar cantor, e que valorizam ainda mais o que Scorcese preparou para os fãs, mas ainda vem mais.

Dylan em Nova Iorque

Não tarda para o simpático Dylan aparecer sozinho, em preto e branco, interpretando "Man of Constant Sorrow" para um especial da TV americana, em março de 1964, no programa Folk Songs and More Folk Songs, e ainda "Blowin' in the Wind", em 1963, também para uma TV americana, nessa que é considerada a primeira apresentação na TV feita por Dylan.

Entre depoimentos diversos, que falam sobre as primeiras gravações de Dylan, seu relacionamento com os amigos e sua capacidade de criar, bem como cativar os colegas e fãs, apresentações jamais vistas ou raríssimas estão presentes, com destaque para a versão de "Only a Pawn in Their Game", somente com Dylan ao violão em frente a um pequeno caminhão, cercado por diversos negros, durante um manifesto para o  Movimento dos Direitos Humanos em Greenwood, Mississipi, no ano de 1963, promovido pelo cantor Pete Seeger, e imagens de Dylan com os The Hawks na sua turnê europeia de 1965.

Dylan apresentando-se com Pete Seeger para o Movimento dos Direitos Humanos

O principal destaque dessa primeira parte do documentário (que está no DVD 1) fica por conta do coroamento de Dylan como o principal nome do folk rock americano e das canções de protesto durante o Newport Folk Festival de 1963, quando, ao lado da cantora Joan Baez, a América e o mundo tem o contato direto com uma obra atemporal na história da música. É aqui que encerra-se o primeiro DVD, com Dylan no ponto de inflexão de sua carreira, vivendo o auge de um sucesso inesperado por todos, menos por ele.

O DVD 2 volta para Newcastle, com "Just Like Tom Thumb's Blues" e muita eletricidade na carreira de Dylan. O garoto tímido que aparecia praticamente escondido atrás de seu violão e sua harmônica começa a colocar as manguinhas de fora, e recebe com dificuldades a tarefa de ser ídolo de alguém.

Perguntas estúpidas de repórteres ainda mais estúpidos são menosprezadas e rechaçadas por um Dylan agressivo, diferente do que no início de carreira, assim como um processo praticamente de reclusão começa a ser destaque na vida de Dylan. Um pouco antes, ele realiza sua maior apresentação até então, durante a Marcha de Washington, em 1963, quando temos o famoso de Marin Luther King, com a frase "I have a dream!". A interpretação de "When the Ship Comes In" é mostrada praticamente na íntegra, em outro grande momento que poucas pessoas tiveram acesso na era digital.

Joan Baez e Bob Dylan no Newport Folk Festival (1963)

Dylan tornasse figurinha carimbada entre os artistas folk, e sua apresentação na edição de 1964 é enaltecida com versões para "All I Really Want to Do" e "Mr. Tambourine Man". Com as diferentes tentativas de filmagem para o clipe de "Subterranean Homesick Blues", retiradas do filme Don't Look Back (1965), No Direction Home dá uma guinada de 180°, levando Dylan para a Europa como o maior nome da música americana até então.

Por lá, ainda com diversos depoimentos, podemos conferir trechos de "Love Minus Zero / No Limit", em uma apresentação caseira praticamente inédita, feita em Londres, em 1965, e a polêmica versão de "Maggie's Farm" no Newport Folk Festival de 1965, acompanhado por Barry Goldberg (piano) Al Kooper (órgão), Mike Bloomfield (guitarra), Jerome Arnold (baixo) e Sam Lay (bateria), alguns deles membro da Paul Butterfield Blues Band.

Esse show deu muito o que falar. A começar que nessa canção, é impressionante o grande número de vaias dos presentes por verem Dylan apresentando-se com uma guitarra elétrica. Pete Seeger, amigo fiel de Dylan, foi um dos que mais se revoltou com aquilo, e ameaçou cortar os cabos de energia elétrica do palco com um machado. Temos ainda um trecho de "Like a Rolling Stone" no mesmo festival, e depoimentos honestos de diversos envolvidos mostrando o quão "absurdo" foi a atitude de Dylan naquele dia.

Polêmica apresentação de Dylan no Newport Folk Festival (1965)

O melhor fica quando Dylan acaba abandonando o palco após "Phantom Engineer", tendo apresentado apenas três canções, e deixando o mestre de cerimônias Peter Yarrow de saias justas, com vaias e mas vaias para Dylan, que foi convencido a voltar e interpretar ao violão, sozinho, "It's All Over Now Baby Blue", recebendo daí sim uma grande ovação e aplausos, mas com uma cara de muito decepcionado. Tudo isso está presente no filme, que não para por aí.

Dylan praticamente cospe nos repórteres, insulta os fãs que pedem autógrafos e também é insultado por diversos europeus, que querem o velho Dylan folk ao invés do novo Dylan, acompanhado por Robbie Robertson (guitarras), Rick Danko (baixo), Garth Hudson (órgão) e Mickey Jones (bateria). O filme ganha tons de dramaticidade, com Dylan explicando que não queria de jeito nenhum seguir uma carreira de manifestante, que não fazia canções de protesto, e que isso era algo que ele nunca foi, e que ele pretendia ser apenas um artista de rock para mostrar sua música.

Bob Dylan na Europa (1966)

O ápice dessa "guerra" entre Dylan, fãs e imprensa acaba sendo a apresentação no Royal Albert Hall, que eu já tratei do CD aqui, quando antes de "Like a Rolling Stone", um fã chama de Dylan de "Judas!", que responde dizendo "Você é um mentiroso" e "Vamos tocar essa porra bem alto", em uma atitude inimaginável para o músico até então, soltando os acordes desse clássico, e encerrando o filme exatamente aí, anunciando que semanas depois, Dylan sofreu um trágico acidente de moto (29 de julho de 1966), que deixou ele de fora do mundo da música por mais de quatro anos (e dos palcos por quase oito anos).

O filme já é valioso pela quantidade de imagens, depoimentos e apresentações raríssimas que Scorcese trouxe aos fãs, mas o fantástico DVD duplo tem mais preciosidades. Nos famosos extras, estão apresentações completas de algumas canções (ver lista abaixo) apresentadas durante o filme, além de outras que não constam durante os duzentos e oito minutos de No Direction Home, que são "Girl of the North Country" para umespecial de TV canadense, em fevereiro de 1964, "I Can't Leave Her Behind" em Glasgow, Escócia, na data de 19 de maio de 1966, e "One Too Many Mornings" no Teatro Odeon, em Liverpool, no dia primeiro de maio de 1966.

Complementam os extras a participação especial de alguns convidados dando uma canjinha em suas casas. Aqui, estão Marris Staples, "A Hard Rain's Gonna Fall" , Liam Clancy com "Girl of the North Country, Joan Baez tocando violão e cantando "Love is Just a Four-Letter Words", e Maria Muldaur com "Lord, Protect My Child", além de uma peça promocional de "Positively 4th Street", um pequeno documentário sobre Dylan em 65.

No Direction Home é um documentário essencial para quem gosta da história da música, e principalmente, para os fãs de Dylan. Afinal, o período aqui representado é talvez o mais importante vivido pelo americano, e certamente, a alta quantidade de raridades compensa o investimento, que ultimamente não tem sido tão elevado, já que esse DVD duplo é facilmente encontrado em diversas lojas especializadas no assunto. É ir atrás e divertir-se.

Contra-capa do DVD duplo

Canções que aparecem em trechos no DVD 1

1. Like a Rolling Stone *
2. Mr. Tambourine Man
3. Leopard-Skin Pill-Box Hat
4. Desolation Raw
5. Man of Constant Sorrow *
6. Baby, Let Me Follow You Down
7. Blowin' in the Wind *
8. A Hard Rain's A-Gonna Fall
9. Ballad of a Thin Man
10. Only a Pawn in Their Game
11. With God on Our Side
12. Only a Pawn in Their Game
13. With God on Our Side
14. Takin' World War III Blues
15. Blowin' in the Wind

Canções que aparecem em trechos no DVD 2

1. "Just Like Tom Thumb's Blues"
2. "When the Ship Comes In"
3. "Chimes of Freedom"
4. "All I Really Want to Do"
5. "Mr. Tambourine Man"
6. "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)"
7. "Gates of Eden"
8. "Subterranean Homesick Blues"
9. "Love Minus Zero / No Limit"
10. "Maggie's Farm"
11. "Like a Rolling Stone"
12. "It's All Over Now Baby Blue"
13. "Tell Me Momma"
14. "Visons of Johanna"
15. "Like a Rolling Stone"

* as canções com esse símbolo aparecem na íntegra como bônus

sábado, 26 de julho de 2014

Melhores de Todos os Tempos: Bateristas




Por Bruno Marise
Com Bernardo Brum, Davi Pascale, Diogo Bizotto, Mairon Machado, Ronaldo Rodrigues e Ulisses Macedo
Devido à boa repercussão da nossa coluna “Melhores de Todos os Tempos”, resolvemos estendê-la para o território dos músicos, e assim, eleger os nossos bateristas, tecladistas, baixistas, guitarristas e vocalistas preferidos. Para estrear a nova seção, vamos começar pelos espancadores de pele, elegendo os 20 melhores bateras de todos os tempos.
É importante lembrar que a classificação difere do habitual sistema de pontuação da Fórmula 1, devido ao maior número de nomes da lista (20 ao invés de 10), e por isso, criamos o nosso próprio esquema. Ressaltamos também, que o critério de escolha depende muito do gosto pessoal e conhecimento de cada participante da lista. Não temos a pretensão de eleger um apanhado definitivo de músicos, mas apenas gerar uma discussão bacana, como sempre acontece. Por isso, aguardamos seus comentários!
Com vocês, os 20 melhores bateristas de todos os tempos de acordo com a Consultoria do Rock!

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1- John Bonham (Led Zeppelin) (532 pontos)
Quando se fala de bateria e rock n roll, um dos primeiros nomes que vêm à nossa mente é o do baterista do Led Zeppelin. Uma de suas marcas principais é o bumbo tercinado. Técnica difícil de dominar onde muitos tentaram copiar e ninguém conseguiu se igualar. Elemento vindo das big bands que cresceu ouvindo. (Tercina é uma subdivisão de tempo. A maioria das composições são criadas em subdivisões binarias. Podendo existir dentro de cada tempo 2 notas, 4 notas, 8 notas ou 16 notas. Na tercina, coloca-se três notas no lugar de duas). Dono de uma sonoridade explosiva, tinha um domínio de tempo absurdo (muitas vezes tocava mantendo a bateria atrás do tempo da música), além de possuir uma enorme versatilidade. Outra característica típica são suas levadas sincopadas, que ajudava a construir a sonoridade funkeada do Zeppelin, além da presença constante de ghost notes (notas de baixa intensidade durante um groove, com o objetivo de acrescentar um swing). Reproduzir o solo de bateria em “Moby Dick” é o sonho de 10 entre 10 bateristas de rock que se preze.(Davi)

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2- Neil Peart (Rush) (466 pontos)
Quando comecei a me aprofundar na música, aos 12 anos de idade, o primeiro instrumento pelo qual me apaixonei foi a bateria. E Neil Peart foi o grande responsável. Sua técnica impressionante até hoje me deixa arrepiado ao reouvir o trabalho do Rush. Peart assumiu as baquetas do grupo em 75, e com a adição de suas técnicas de jazz, mudou o direcionamento e o futuro da banda, ajudando a levá-la ao reconhecimento mundial. A combinação de virtuosismo e peso ao mesmo tempo casa perfeitamente com o som do trio canadense, unindo a musicalidade intrincada do rock progressivo e o vigor do Hard setentista. Ao longo da carreira, Peart aperfeiçoou seu estilo, acrescentando andamentos de reggae, batidas sincopadas do post-punk e até experimentou com bateria eletrônica (Há alguns anos seu kit é composto por uma bateria comum e uma eletrônica, juntas). Nos anos 90, já um músico experiente, resolveu melhorar ainda mais e pediu férias do Rush para ter aulas de bateria com o jazzista Freddie Gruber. Capaz de de causar uma destruição completa nas peles e ao mesmo tempo segurar um groove básico, Peart é um baterista completo. Seja pela intro jazzística de “One Little Victory”, a precisão e as viradas de “Tow Sawyer”, o virtuosismo de “YYZ”, a genialidade de “La Villa Strangiato”, ou o brilhantismo em composição de toda a suíte “2112”. Suas performances são tão complexas que o próprio diz se sentir satisfeito ao conseguir reproduzi-las ao vivo. Neil Peart já foi credenciado inúmeras vezes como o melhor baterista de todos os tempos, e o posto causa bastante polêmica entre os apreciadores de música. Talvez pela boa parcela de rejeição que o Rush tem entre os críticos e alguns fãs de música, principalmente os mais antigos. Talvez por na época tratar-se de uma banda de segundo escalão comparada aos gigantes do gênero. Mas independente disso, Neil merece todo o reconhecimento e seu posto como o melhor expoente do instrumento é totalmente merecido. Em nossa lista ele não chegou lá, mas foi uma derrota digna. Vida longa ao mestre. (Bruno)
Performance recomendada: “By-Tor And The Snow Dog (Rush,1981)*

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3 – Keith Moon (The Who) (398 pontos)
Poucos ou mesmo nenhum baterista de rock havia até 1965 chamado a mesma atenção que Keith Moon chamava durante os concertos de sua banda, muitas vezes pano de fundo para que as “figuras de frente” performassem, interagissem e entretessem o público. Com “Moon The Loon” a história foi radicalmente diferente. Com o perdão do clichê, Keith não era um músico ordinário – era uma força da natureza. Com um estilo (muitas vezes literalmente) destruidor, igualmente dramático e épico quanto selvagem  e furioso, Moon criou toda aquela imponência sonora do The Who, com um estilo inventivo que regularmente omitia batidas básicas, atacava agressivamente os chimbaus e se utilizava de progressão tonal, criando junto com Townshend e Entwistle uma abordagem rítmica diferente do tradicional rock inglês, muitas vezes solando junto com o baixista tendo a guitarra como base rítmica. Junto com outros contemporâneos igualmente intensos, praticamente antecipou a sonoridade de vários gêneros dominantes até hoje, como o hard rock e o heavy metal. (Bernardo)

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4- Ian Paice (Deep Purple) (325 pontos)
Assim como Bonham, Paice tem entre seus ídolos músicos do jazz como Buddy Rich e Gene Krupa. Mas tem também gente do rock como Bobby Elliot (Hollies), Carmine Appice (Vanilla Fudge) e o subestimado, principalmente pela imprensa brasileira, Ringo Starr (Beatles). Desses artistas vieram a precisão, o swing, a criatividade. Para criar seu estilo, juntou à esses elementos velocidade e a técnica. O baterista é quem dá o tempo de uma musica. Uma nota fora de tempo pode comprometer a execução de uma musica. Portanto, não é nada fácil estar por trás de uma banda como o Deep Purple que tem como característica os longos improvisos. Algumas canções ultrapassam 20 minutos em suas apresentações. Algumas características marcantes de Paice são o domínio em cima da técnica de rufo (som reproduzido ao se alternarem toques duplos com a baqueta. Dois com a esquerda, dois com a direita) e paradiddles (dois toques simples e um toque duplo, sempre alternando as mãos). Assistir um show do Deep Purple com atenção é uma das melhores aulas que um baterista de rock poderia ter. (Davi)
Performance destacada: “The Mule” (Deep Purple, 1971)

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5- Mitch Mitchell (The Jimi Hendrix Experience) (291 pontos)
Famoso por seu trabalho com o lendário Jimi Hendrix, Mitch era mais do que um instrumentista qualquer para acompanhá-lo: era um grande parceiro, tanto no estúdio quanto no palco onde, do alto de seu kit, fazia maravilhas ao misturar seu estilo jazzístico com a energia explosiva do Rock, e assim conseguia manter-se pau a pau com os loucos malabarismos do mestre da guitarra. Um dos pioneiros do jazz-fusion, ele balanceava técnica com instinto quando tocava ao lado de Hendrix e Redding, e seu impacto ainda é sentido nos dias de hoje. (Ulisses)

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6- Ginger Baker (Cream, Ginger Baker’s Air Force, Blind Faith, Baker Gurvitz Army e vários outros(284 pontos)
Capaz de, como diria Muhammad Ali, “voar como uma borboleta e picar feito abelha”, o endiabrado ruivo ia da sofisticação minimalista à explosão sonora de um Keith Moon, e como bom filho da segunda metade do século vinte, que deixou o conservadorismo bobo pra trás e mergulhou de cabeça em todas as culturas possíveis, é versado também em ritmos regionais africanos, influência vinda de uma estadia de seis anos na Nigéria que resultou numa colaboração incrível com o gênio Fela Kuti e sua banda Afrika 70. O esporro sonoro proto-hard do Cream, combinando cozinha intensa e pesada com guitarra distorcida e melódica fez a cabeça dos anos setenta – o site Allmusic afirma com certa veemência que “virtualmente todo baterista de heavy metal acabou emulando em certo ponto algum aspecto do estilo de Baker”, estilo este baseado com construções rítmicas simultâneas, cortesia do uso pioneiro no rock do bumbo duplo e na introdução dos solos no gênero, foi a cama sonora para uma viagem sem volta, baseada em grandes riffs, refrãos explosivos e ritmos alucinógenos, música e músico igualmente voláteis e instáveis. (Bernardo)
Performance destacada: “Toad” (Cream, 1966)

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7- Carl Palmer (Emerson, Lake & Palmer, Atomic Rooster, Asia) (272 pontos)
Ele era apenas um garoto de 17 anos quando iniciou profissionalmente e seu estilo, no ápice da fama, reflete a potência, a intensidade e a passionalidade típica da adolescência. Suas batidas rápidas, frenéticas e altamente criativas contribuíram com exatidão para o soerguimento de um dinossauro sonoro que levava seu sobrenome e fez muita fama nos anos 70. Assim como o inovador tecladista Keith Emerson, Carl Palmer elevou grotescamente o nível da bateria no rock com muita personalidade, combinando lampejos de percussão erudita com o refinamento e a exploração instrumental do jazz e a força do rock. Não a toa, encabeçou ao longo do tempo as listas de melhores bateristas do mundo nos anos 70. (Ronaldo)
Performance destacada: Tank (Emerson, Lake And Palmer, 1970)

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8- Bill Ward (Black Sabbath) (253 pontos)
 Unindo as melhores características do jazz, blues e rock ‘n’ roll, Ward foi capaz de sintetizar e direcionar a energia do Sabbath em suas batidas primais e imprevisíveis, sempre mantendo-se interessante e nunca deixando a energia parar de fluir, tornando-se integral para o som do quarteto de Birmingham. Com absoluto domínio dos pratos, caixa e tom-tons, sua versatilidade mostra-se em passagens sombrias características do grupo e também nas loucas improvisações que aconteciam sempre que estava junto de seus companheiros – como podemos ver na instrumental “Rat Salad”. Se este pioneiro gravava e tocava chapado de bebidas e drogas a maior parte do tempo e mesmo assim era um monstro, imagine do que seria capaz se fosse sóbrio desde o começo?(Ulisses)

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9- Bill Bruford (Yes, King Crimson, UK e Genesis) (242 pontos)
William Bruford surgiu ao mundo em 1969 como integrante do Yes, e foi com o grupo britânico que mostrou por que ele merece estar nessa lista. Afinal, ele soube unir como poucos a sua formação em música clássica e jazz com o rock. É o meu baterista favorito por conta de que foi com ele que eu entendi a bateria como um instrumento a mais para o rock, não só para conduzir e marcar a canção, mas para criar um som próprio que soa como se fosse a parte do que os demais colegas de banda está fazendo, mas incrivelmente, de uma forma como só Bruford consegue fazer, encaixava-se perfeitamente, com precisão de uma arquitetura grega. Bruford ainda fez misérias no King Crimson, talvez o grupo onde mais pôde demonstrar suas criações, e até tocando jazz junto ao Earthworks. Mesmo o duo de música clássica com o pianista Patrick Moraz mostra quão genial, perfeito e sobrenatural é a performance de Bruford. Quando da chegada da bateria eletrônica, usou com sapiência de toda a parafernália que o mundo eletrônico podia oferecer, mas sem jamais abandonar as batidas quebradas e intrincadas que marcaram toda sua carreira, e que fazem muito guri estudioso quebrar braços e cabeça por não entender como Bruford faz aquilo. Não é consagrado por solos grandiosos, mas sim por conta de sua perfeição no acompanhamento e na condução, seja no jazz, seja no rock, seja na música clássica. Infelizmente está aposentado, mas um de meus sonhos como admirador de música é ainda presenciar uma performance de Bruford ao vivo. (Mairon)
Performance destacada: “Close to The Edge” (Yes, 1972)

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10 – Dave Lombardo (Slayer, Testament, Fantômas) (228 pontos)
A Drummer World chamou muito apropriadamente Dave Lombardo de “o padrinho do bumbo duplo”. E não é à toa. Extremamente rápido, pesado e agressivo de modo natural (a ponto de impressionar o ex-companheiro de banda, Kerry King, com a tamanha resistência e preparo físico), o baterista de origem cubana é daqueles que podemos chamar de “seminais” para o desenvolvimento e popularização do metal extremo. Uma das mais importantes peças para o estilo insanamente barulhento do Slayer, também provou ao longo de sua carreira que consegue ser igualmente criativo, intenso e furioso tanto em velocidade de trem descarrilhado quanto em um groove mais cadenciado. Tocando com personalidade, Lombardo influenciou tremendamente gerações posteriores e é largamente imitado, consequência de uma concepção sonora ainda forte e original. (Bernardo)
Performance destacada: “Angel of Death” (Slayer, 1986)

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11- Cozy Powell (Rainbow, Black Sabbath, The Jeff Beck Group, Whitesnake, solo e vários outros) (186 pontos)
Para mim, falar a respeito de Cozy Powell confunde-se com falar sobre a bateria em si, pois ele foi um dos primeiros e principais responsáveis por chamar minha atenção para esse instrumento, especialmente ao lado do Black Sabbath e do Rainbow. Mais que um grande baterista, Cozy foi um verdadeiro rock star, desde seu jeito de vestir à maneira com que conduzia sua carreira. Apesar do extenso currículo, não raro o músico ocupou papel de protagonismo nos grupos por onde passou, sendo muito mais que um funcionário assalariado. Foi assim ao lado de Ritchie Blackmore no Rainbow, onde registrou três álbuns de estúdio ricos em performances excitantes, especialmente no exaltado (com méritos) Rising (1976), na qual se encontra uma das mais memoráveis introduções tocadas ao instrumento, no clássico “Stargazer”. Não foi diferente com Tony Iommi e seu Black Sabbath: apesar de sua época na banda não ser exatamente a mais bem sucedida, Cozy brilhou em canções como “Anno Mundi” (TYR, 1990), em que sua técnica com um bumbo é bem ilustrada. Sendo um dos maiores porradores de sua época, naturalmente o músico recebeu uma série de convites para espancar peles com classe, estilo e muita pegada ao lado de diversos artistas, como foi o caso de Whitesnake, Jeff Beck, Brian May, Michael Schenker, Gary Moore e vários outros, além de ter gravado um álbum ao lado de Keith Emerson e Greg Lake, ambos do Emerson Lake & Palmer, intitulado Emerson Lake & Powell (1986). É uma pena que seu gosto pela velocidade tenha sido decisivo para acabar com sua vida, dirigindo seu carro a quase 170 quilômetros por hora em uma estrada de sua Inglaterra natal. (Diogo)
Performance destacada: “Stargazer” (Rainbow, 1976)

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12- Buddy Rich (151 pontos)
Se Hendrix foi o cara que revolucionou a guitarra, Buddy Rich foi o cara que revolucionou a bateria, e por que não, a música. Dono de uma técnica incrível com o braço esquerdo, Rich foi o responsável por tornar a bateria não apenas um instrumento de condução, mas o instrumento principal de um show. Consagrou-se como instrumentista a partir da segunda metade da década de 60, com sua própria orquestra. Seu estilo foi pioneiro na criação de diversas técnicas para bateria que tornaram-se posteriormente visíveis nas apresentações e estilos de tocar de gigantes como John Bonham, Keith Moon, Carl Palmer, Bill Bruford, Neil Peart, e também mudou a forma de tocar o soul e o funk. Peart inclusive, após a morte de Rich, fez uma grande homenagem para ele no final dos anos 80, unindo diversos bateristas que foram influenciados por Rich. A velocidade de sua mão esquerda é talvez a principal marca de Buddy Rich, assim como a caixa levemente inclinada para frente e uma simpatia ímpar dentro do mundo da música, apresentando-se como um verdadeiro show-man até em programas de comédia como os Muppets e o de Jerry Lewis. Assistir aos seus insuperáveis solos é uma aula não só do instrumento, mas de sabedoria sobre música. Rich tocou até praticamente antes de morrer, em 1987, vítima de uma parada cardíaca, apresentando acompanhamentos, rufadas, viradas de prato, solos de chimbal e baquetas, até mesmo usando o próprio banco para criar sons, transformando a bateria como uma mera sequência de suas mãos. Se nove entre dez grandes bateristas tem em Buddy Rich como o maior baterista de todos os tempos, quem sou eu para dizer o contrário. (Mairon)

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13 – Billy Cobham (Mahavishnu Orchestra, George Duke Band, solo) (150 pontos)
 Em meados dos anos 60, a vestimenta do panamenho Billy Cobham eram elegantes ternos italianos. Seu estilo era pura fineza no exploratório terreno do free jazz. Na virada dos anos 70, os ternos deram lugar a jeans e camisas esportivas. Obviamente, mais adequados para suportar o suor de suas performances poderosas. Billy simplesmente fez história: participou do marco zero do jazz-fusion, o disco Bitches Brew de Miles Davis, e da banda que encarnou as primazias desse novo gênero, a Mahavishnu Orchestra. Tudo isso movido a socos e pontapés em um portentoso kit de bateria. Simplesmente furioso. (Ronaldo)

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14- Igor Cavalera (Sepultura, Cavalera Conspiracy, Nailbomb) (128 pontos)
Igor começou a batucar bem cedinho, e já com seus 13 ou 14 anos estava fazendo shows com o Sepultura por aí. Além de dominar bem toda a agressividade e técnica necessária ao thrash, esmurrando com força e precisão as peles, sua maior contribuição à cena do Metal foi seu ótimo groove e sua genialidade ao introduzir elementos tribais em seu estilo único de tocar, alçando a ele e ao Sepultura a fama mundial e inquestionável. Para mim, ele criou em “Territory” a melhor introdução de bateria que eu já ouvi. (Ulisses)
Performance destacada: “Territory” (Sepultura, 1993)

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15- Gene Hoglan (Dark Angel, Death, Devin Townsend, Testament e vários outros)(118 pontos)
O apelido “relógio atômico” não é em vão. Apesar de poder ser considerado um cara obeso desde que despontou como baterista, Gene Hoglan mantém invejável preparo físico quando o assunto é fazer com que seus braços e mãos percorram seu kit com precisão espantosa, superada apenas pela de seus pés ao acionar os pedais que espancam as peles de seus bumbos. Engana-se, porém, quem pensa que o gordinho é apenas mais um entre tantos velocistas do heavy metal. Com influências aparentemente tão díspares quanto Peter Criss (Kiss), Neil Peart, Cozy Powell e Steve Gadd (Eric Clapton, Chick Corea, Paul Simon, Steely Dan e vários outros), a última coisa que você deve esperar de Gene é monotonia. Desde o trabalho com o Dark Angel, grupo californiano de thrash metal que o lançou como um dos grandes das baquetas, o baterista já mostrava que suas linhas eram ricas em musicalidade, ao acompanhar os riffs de seus colegas guitarristas (na verdade, muitos deles criados pelo próprio) de maneira avassaladora, especialmente no último disco da banda, Time Does Not Heal(1991). Entretanto, foi ao lado do Death que o músico realmente adquiriu status de lenda do instrumento. Liderado por Chuck Schuldiner e ao lado de instrumentistas do mais alto gabarito, Gene executou trabalhos até hoje tidos como seus mais contundentes por muitos admiradores, através dos álbuns Individual Thought Patterns (1993) e Symbolic (1995). Além da habitual velocidade e da precisão medida em milissegundos, o baterista deu um jeito de temperar suas formidáveis performances distribuindo sutilezas em meio às sessões de porradaria, fazendo hábil uso dos pratos, estabelecendo um “padrão Gene Hoglan de qualidade” que vai muito além do básico, mesmo para padrões exigentes. Tendo começado seu envolvimento mais direto com a indústria musical como roadie dos colegas californianos do Slayer, inclusive trocando experiências com Dave Lombardo, hoje em dia não hesito sequer um momento em afirmar que Gene é um baterista mais completo que o amigo mais famoso, executando sua tarefa com grande versatilidade em meio a seu extenso currículo que ainda inclui importantes passagens ao lado de Devin Townsend, Strapping Young Lad, Testament, Fear Factory e da bem sucedida “banda virtual” Dethklok, além de muitos outros artistas. (Diogo)
Performance destacada: “Symbolic” (Death, 1995)

Grohla
16- Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters, Them Crooked Vultures) (117 pontos)
Os puristas podem reclamar, mas não tem jeito. Dave Grohl é um monstro da bateria. Oriundo da cena hardcore de Washington, faz parte da escola John Bonham de tocar pesado. E o cara não tem pena de descer a mão. Sua fama de batera pedreiro é tanta, que Kurt Cobain chegou a cogitar que ele fosse excluído das gravações do acústico do Nirvana, com medo de que Grohl não conseguisse executar o repertório de maneira mais contida, como o projeto pede. Resolveram o problema lhe dando um par de baquetas acústicas (vassourinhas). Além da falta de piedade em massacrar as peles, o rapaz tem uma capacidade impressionante de criar linhas percussivas cativantes. Suas composições são verdadeiros riffs de bateria. Tente imaginar “No One Knows” do Queens Of The Stone Age ou “Drain You” do Nirvana, por exemplo, sem a contribuição de Grohl. É impossível. Também já se mostrou um músico extremamente versátil. Seja na garageira barulhenta do Nirvana, no peso industrial de Nine Inch Nails e Killing Joke, no stoner do QOTSA, no hard do Them Crooked Vultures ou até mesmo no rock mais radiofônico do Foo Fighters, Dave Grohl faz miséria com as baquetas, e dá vigor e vida a qualquer composição a partir do momento em que senta por trás do kit de bateria. (Bruno)

ALPHMOUZON-Nice1
17 – Alphonse Mouzon (Weather Report, Eleventh House, Miles Davis, carreira solo)(116 pontos)
O norte-americano Alphonze Mouzon entrou para minha vida através do guitarrista Tommy Bolin. Procurando sobre a carreira de um dos meus guitarristas favoritos, deparei-me com o álbum Mind Transplants (1974), e o que ouvi ali foi de cair o queixo. Um músico formidável, com uma potência nos dois bumbos, uma velocidade impressionante nas viradas e uma técnica capaz de acompanhar estilos tão diferentes quanto o funk e o hard rock. Depois, descobri que Mouzon ainda fizera mais. No grupo The Eleventh House, fez misérias ao lado de Larry Coryell, tocando desde o free jazz que assolou a década de 60 até o reggae, enquanto no Weather Report, ainda em 1971, foi um dos pioneiros no estilo fusion no impressionante álbum de estreia desse grupo que cada vez mais torna-se, infelizmente, obscuro entre os apreciadores de música. Gigantes como Jeff Beck, Eric Clapton, Herbie Hancock, Stevie Wonder, Roberta Flack, Patrick Moraz, entre outros, tiveram o prazer de contar com a agilidade de Mouzon em seus álbuns. Até quando enveredou sua carreira solo pelo pop-meloso nos anos 80, Mouzon conseguiu fazer a proeza de não tocar nada maçante. Para mim, o mais versátil de todos os bateristas, capaz de tocar qualquer estilo com perfeição e sem perder sua marca registrada, já que os velozes pés sovando os bumbos com uma rapidez descomunal, e suas viradas nos pratos e tons são sempre reconhecidas por conta de serem únicas. (Mairon)

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18- Phil Collins (Genesis, Flaming Youth, Brand-X) (112 pontos)
Inteligência e criatividade são adjetivos-chave para definir o estilo de Phil Collins. Seu timbre e sua abordagem no instrumento são também únicas e facilmente identificáveis. Até por essas características, é natural entender porque Phil se destacou tanto como band-leader (após a saída de Peter Gabriel do Genesis) e como artista solo, pois sua capacidade perpassa o banco da bateria. Sua perspicácia para não simplesmente tocar, mas para construir um verdadeiro “arranjo” para a bateria é digna de nota e de colocá-lo no Olimpo da percussão. (Ronaldo)

Charlie-Benante
19- Charlie Benante (Anthrax, Stormtroopers Of Death) (108 pontos)
Charlie Benante é um dos mais injustiçados bateristas do metal. Com pleno domínio dos pedais duplos, tom-tons e velocidade assustadora, o nova iorquino é ao lado de Dave Lombardo um dos pioneiros em unir rapidez e técnica apurada, encaixando viradas, tercinas e ataque aos pratos em pouquíssimos espaços. Absorvendo influências tanto do hard rock e heavy metal quando do hardcore, gêneros que sempre estiveram presentes no trabalho do Anthrax (Ajudou a inventar o gênero crossover, com o SOD), Benante é um dos grandes responsáveis pela sonoridade peculiar da banda, sendo membro desde 1983. Nos primeiros discos, a velocidade na qual o italiano judiava de seu kit era tão grande, que o próprio declarou muito tempo depois que não sabe como conseguiu tocar tão rápido em Among The Living (1987). Mas o tempo não fez mal para o baterista, muito pelo contrário. Seu estilo só se aperfeiçoou e ele soube se adaptar as tendências mais modernas do heavy metal. É só ouvir discos como We’ve Come For You All (2003) e Worship Music (2011) para comprovar. (Bruno)
Performance destacada: “Schism” (Anthrax, 1988)

deencastronovodavidphillips
20 - Deen Castronovo (Journey, Bad English, Ozzy Osbourne, Tony Macalpine e vários outros) (107 pontos)
Mais conhecido por integrar o Journey desde 1998, banda na qual executa com maestria a tarefa de substituir duas lendas do instrumento – Aynsley Dunbar e Steve Smith –, Deen Castronovo tem um currículo bem mais extenso do que muitos suspeitam: suas linhas recheadas de licks espertos já deram gás à música de dezenas de artistas desde o início dos anos 1980, com destaque para o Bad English, com o qual iniciou seu trabalho ao lado de integrantes do Journey, e o álbumOzzmosis (1995), de Ozzy Osbourne. Além disso, sua impressionante precisão e sua assombrosa capacidade técnica tornaram-no um exigidíssimo músico de estúdio, especialmente através da gravadora norte-americana Shrapnel, registrando discos ao lado de guitarristas como Marty Friedman, Steve Vai, Joey Taffola e, especialmente, Tony Macalpine, com o qual gravou Maximum Security (1987), disco apontado pelo baterista brasileiro Aquiles Priester (Hangar, Noturnall, ex-Angra) como uma de suas maiores influências. Nesse álbum em especial, o norte-americano impressiona com sua agilidade, demonstrando verdadeiros testes de resistência temperados por viradas insanas e com um inteligentíssimo uso dos pratos. As maiores inspirações declaradas do músico são Steve Smith, Terry Bozzio (Frank Zappa, Missing Persons e vários outros) e Neil Peart, cuja técnica foi estudada com afinco em sua adolescência. Além das habilidades com os tambores, Castronovo também é um ótimo cantor, fato atestado nas performances ao vivo do Journey, em que, apesar de não ser o frontman da banda, assume o microfone em clássicos como “Mother, Father”, “Faithfully” e “Still They Ride”, originalmente cantadas pelo inigualável Steve Perry. (Diogo)
Performance destacada: “Hundreds of Thousands” (Tony Macalpine, 1987)

*A faixa é do disco Fly By Night de 1975, mas a performance em questão é de 1981.
drums-171464684Listas individuais
Bernardo
  1. Keith Moon
  2. Ginger Baker
  3. Tony Allen
  4. John Bonham
  5. Neil Peart
  6. Mitch Mitchell
  7. Bill Ward
  8. Dave Lombardo
  9. Topper Headon
  10. Phil Collins
  11. Cozy Powell
  12. Ian Paice
  13. Roger Taylor
  14. Charlie Benante
  15. Marky Ramone
  16. Igor Cavalera
  17. Terry Bozzio
  18. Matt Cameron
  19. Chad Smith
  20. Stewart Copeland
  21. João Barone
  22. Mike Bordin
  23. Paul Bostaph
  24. Dave Grohl
  25. Eric Carr
  26. Carmine Appice
  27. Carl Palmer
  28. Richard “Pistol” Allen
  29. Nick Mason
  30. Scott Travis
HR022Bruno
  1. Neil Peart
  2. John Bonham
  3. Mitch Mitchell
  4. Bill Ward
  5. Dave Grohl
  6. Charlie Benante
  7. Earl Hudson
  8. Chuck Biscuits
  9. Bill Stevenson
  10. Igor Cavalera
  11. Dave Lombardo
  12. Keith Moon
  13. Boka
  14. Brian Downey
  15. Stephen Morris
  16. Joey Jordison
  17. Atom Willard
  18. Marky Ramone
  19. Gene Hoglan
  20. Brann Dailor
  21. Danny Carey
  22. RJ Herrera
  23. Ginger Baker
  24. Charlie Watts
  25. Phil Dubois-Coyne
  26. George Hurley
  27. Ian Paice
  28. Danny Walker
  29. Cozy Powell
  30. Joey Castillo
whitesnake-332x360Davi
  1. John Bonham
  2. Keith Moon
  3. Neil Peart
  4. Ian Paice
  5. Tommy Aldridge
  6. Eric Carr
  7. Randy Castillo
  8. Roger Taylor
  9. Buddy Miles
  10. John Densmore
  11. Mike Portnoy
  12. Deen Castronovo
  13. Mitch Mitchell
  14. Carmine Appice
  15. Stewart Copeland
  16. Simon Kirke
  17. Eric Singer
  18. Nicko McBrain
  19. Pat Torpey
  20. Bill Ward
  21. Alex Van Halen
  22. Lars Ulrich
  23. Nick Menza
  24. Vinnie Paul
  25. Ringo Starr
  26. Charlie Watts
  27. Mike Terrana
  28. Matt Sorum
  29. Mike Bordin
  30. Tommy Lee
1170_artistDiogo
  1. Bill Bruford
  2. Gene Hoglan
  3. Cozy Powell
  4. Carl Palmer
  5. Deen Castronovo
  6. Sean Reinert
  7. Neil Peart
  8. Alex Van Halen
  9. Jeff Porcaro
  10.  Dave Lombardo
  11.  John Bonham
  12.  Keith Moon
  13.  Ginger Baker
  14.  Ian Paice
  15.  Tommy Aldridge
  16.  Steve Smith
  17.  Rod Morgenstein
  18.  Paul Bostaph
  19.  Aynsley Dunbar
  20.  Simon Philips
  21.  Uli Kusch
  22.  Mikkey Dee
  23.  Richard Christy
  24.  Carmine Appice
  25.  Tommy Lee
  26.  Stewart Copeland
  27.  Vinnie Paul
  28.  Charlie Benante
  29.  Pat Torpey
  30.  Phil Ehart
maxroachMairon
  1. Bill Bruford
  2. Carl Palmer
  3. Billy Cobham
  4. Alphonse Mouzon
  5. Buddy Rich
  6. Max Roach
  7. Ian Paice
  8. Dave Lombardo
  9. John Bonham
  10. Phil Ehart
  11. Terry Bozzio
  12. John Panozzo
  13. Gil Moore
  14. Neil Peart
  15. Aynsley Dunbar
  16. Gene Krupa
  17. Elvin Jones
  18. Cozy Powell
  19. Jorginho Gomes
  20. Keith Moon
  21. Ginger Baker
  22. Phil Collins
  23. Guy Evans
  24. Barriemore Barlow
  25. Vinnie Colaiuta
  26. Lee Kerslake
  27. Alex Van Halen
  28. Chad Wackerman
  29. Pedrinho Batera
  30. Chester Thompson
jonhiseman2Ronaldo
  1. Carl Palmer
  2. John Bonham
  3. Ian Paice
  4. Billy Cobham
  5. Mitch Mitchell
  6. Ginger Baker
  7. Jon Hiseman
  8. Bobby Caldwell
  9. Tony Williams
  10. Alphonse Mouzon
  11. Phil Collins
  12. Bill Bruford
  13. Furio Chirico
  14. Keith Moon
  15. Robert Wyatt
  16. Carmine Appice
  17. Jack DeJohnette
  18. Michael Shrieve
  19. Neil Peart
  20. Pip Pyle
  21. Cozy Powell
  22. Bill Ward
  23. Michael Giles
  24. Milton Banana
  25. Buddy Rich
  26. Art Blakey
  27. John Marshall
  28. Aynsley Dunbar
  29. Lenny White
  30. Terry Bozzio
1959-050-74207BD1Ulisses
  1. Neil Peart
  2. John Bonham
  3. Bill Ward
  4. Buddy Rich
  5. Gene Krupa
  6. Keith Moon
  7. Mike Portnoy
  8. Ginger Baker
  9. Igor Cavalera
  10. Mitch Mitchell
  11. Nick Menza
  12. Bobby Jarzombek
  13. Jimmy DeGrasso
  14. Dave Lombardo
  15. Scott Travis
  16. Dave Grohl
  17. Vinny Appice
  18. Stewart Copeland
  19. Ian Paice
  20. Mike Mangini
  21. Danny Carey
  22. Mel Taylor
  23. Aquiles Priester
  24. Max Weinberg
  25. Charlie Watts
  26. Nick Mason
  27. Ricardo Confessori
  28. John Dolmayan
  29. Ivan Busic
  30. Arejay Hale
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