Depois de terem bancado sua vontade de seguir explorando as experimentações musicais de longas suítes, e verem o sucesso ser alcançado com o álbum 2112, em 1976, destacando a Maravilhosa faixa-título, o trio canadense Rush construiu os pilares para montar a sua mansão prog durante o final da década de 70.
A turnê de divulgação de 2112 gerou o belíssimo ao vivo All the World's a Stage (1976), lançado no formato duplo e que começou uma tradição na carreira de Geddy Lee (baixo, vocais, teclados), Alex Lifeson (guitarra, vocais, teclados) e Neil Peart (bateria), o qual foi o lançamento de um álbum ao vivo após quatro álbuns de estúdio, algo que manteve-se até os anos 2000, quando uma avalanche de lançamentos ao vivo foi feita pelo grupo.
Alex Lifeson, Neil Peart e Geddy Lee |
Mas a carreira precisava continuar, e com a fama alavancada, o jovem trio (Neil Peart, o mais velho deles, tinha apenas vinte e quatro anos) voltou para os estúdios no início de 1977, concentradíssimos em manter o alto nível de 2112. No dia primeiro de setembro, o grupo lançou A Farewell to Kings, que apesar de não ter repetido o mesmo sucesso comercial que seu antecessor, é tido pelos fãs como o primeiro álbum realmente progressivo do Rush.
Um dos méritos de A Farewell to Kings foi o de ter sido o primeiro álbum do trio a alcançar ouro no mercado americano, feito esse consumado dois meses depois de seu lançamento (2112 alcançou platina, porém em novembro de 1977, após A Farewell to Kings chegar na mesma marca), mas musicalmente, o álbum traz ainda muito mais méritos, a começar pela linda faixa-título, com Alex Lifeson exibindo-se graciosamente no violão clássico, apresentando uma nova faceta para os fãs da banda. Os teclados também surgem pela primeira vez nessa canção, porém de forma muito tímida.
O primeiro álbum de uma nova fase do Rush, voltada exclusivamente para o progressivo |
Para comprovar mais ainda a confiança nas suítes, o grupo apresenta duas em A Farewell to Kings. A primeira concluindo o Lado A, batizada de "Xanadu", com pouco mais de onze minutos de duração e que é mais uma das diversas Maravilhas Prog que os canadenses fizeram em sua carreira, e que será certamente tratada por aqui no futuro. A segunda surge depois de três canções mais acessíveis, "Closer to the Heart", "Cinderella Man" e "Madrigal", que abrem o lado B preparando o ouvinte para uma incrível experiência sonora chamada "Cygnus X-1 Book One: The Voyage".
Essa Maravilhosa faixa, com dez minutos de duração, conforme dito em seu título, é apenas a primeira parte de uma viajante história que foi completada no lançamento seguinte do grupo, Hemispheres, de 1978, trazendo a nossa Maravilha de hoje, o "segundo livro" de Cygnus X-1, batizado "Cygnus X-1 Book Two: Hemispheres". Porém, elucidar o contexto lírico da Maravilha de hoje sem enfatizar a importância de sua parte antecessora seria como contar a história da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial sem citar a importância dos nazistas para a mesma.
Desta forma, vou resumir "The Voyage" não por conta de sua parte instrumental, mas com o conteúdo informativo que a mente genial de Neil Peart desenvolveu para criar uma história incrível, que traça as constantes brigas entre a razão e a emoção durante seu Segundo Livro, mas que no Primeiro Livro contém a origem da história, quando somos apresentados ao protagonista da mesma, viajando pelo espaço próximo ao buraco negro que dá nome a canção, localizado na constelação de Cygnus. Vale ressaltar que "Cygnus X-1 Book One: The Voyage" instrumentalmente também é Maravilhosa, mas seus detalhes, assim como "Xanadu", ficarão para o futuro.
Também é preciso citar aos que não sabem que um buraco negro surge na teoria da Relatividade Geral, e é uma região do espaço na qual a gravidade é tão intensa que nada consegue escapar, inclusive a luz. Dessa forma, caso exista, a visão que se terá no universo será de uma imensa bola negra, diferente da cor roxa tradicional do espaço (apesar de muitos acharem que o espaço é completamente negro, na verdade ele possui uma emissão de frequência de luz próxima ao violeta).
As origens dos buracos-negros seriam o estágio final de uma estrela - sua morte - e existem vários indícios da existência desse tipo de "túmulo estelar" já verificados por astrônomos e astrofísicos. Inclusive, uma das especialistas em buracos-negros em todo o mundo é brasileira, a gaúcha Thaisa Bergmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porém, os dados atuais ainda não permitem comprovar a existência dos mesmos.
Voltando para "Cygnus X-1 Book One: The Voyage", ela é uma canção quase que completamente instrumental, e com sua letra começando apresentando o buraco negro, localizado à seis estrelas do Cruzeiro do Norte, com a força invisível de uma estrela que nunca morre, e cita algumas das características que ressaltei sobre buraco-negros nos dois parágrafos acima.
O protagonista surge viajando pelo espaço, exibindo-se a leste de Lyra, nordeste de Pegasus, tendo como referência a luz de Deneb através da via-láctea, até mergulhar no coração da constelação de Cygnus. Reparem aqui a inteligência de Peart nas citações para diferentes constelações, as quais são comuns no Hemisfério Norte.
Quando o protagonista encontra a constelação de Cygnus, começa a sofrer as consequências da atração gravitacional do buraco negro. Raios-x e sons de sirene aparecem na Rocinante, a nave que transporta o nosso personagem, e não há o que fazer, já que a nave não consegue resistir a tal força.
Então, espiralando em queda, o protagonista sente seu corpo totalmente despedaçado, deixando notas de guitarra muito agonizantes soarem em tom decrescente, e a expectativa do que aconteceu com o protagonista.
Terá ele morrido?
Além de toda a fantástica performance instrumental dos pouco mais de dez minutos de "Cygnus X1: The Voyage", com uma tensão e agonia muito marcante, o que chama bastante a atenção é o vocal de Lee.
Mesmo comparecendo em pouco tempo, é o suficiente para ele estraçalhar, sendo que no momento em que o protagonista grita "Every nerve is torn apart", exatamente quando sente seu corpo despedaçado, o grito dado por Lee é de uma altura praticamente inalcançável por uma voz masculina, gerando um agudíssimo Bb5 (si-bemol na quinta), lembrando que por definição, a altura do som significa grave ou agudo. Quanto mais agudo o som, mais alto ele é.
O Lado A de Hemispheres, somente com a Maravilha de hoje |
Foi com ansiedade que os fãs aguardaram o desfecho da viagem da Rocinante e seu piloto, e que foi apresentada no dia 29 de outubro de 1978, quando Hemispheres chegou às lojas com nossa Maravilha de hoje. Para surpresa de todos, o que aguardava o personagem no interior do buraco negro foi uma viagem no tempo, que o levou às origens da humanidade na Terra, quando o ser humano começava a formar suas características.
Nesse tempo distante, ele vê uma batalha entre a razão e a emoção, e acaba sendo o principal personagem para resolver a mesma, usando sua experiência com o futuro, já que ele desafiou o buraco negro seguindo a confiança total na sua nave (a razão) mas também agindo por conta de sua vontade (a emoção).
Neil Peart |
"Cygnus X-1 Book Two: Hemispheres" desenvolve-se apresentando a eterna briga entre a razão e a emoção, recriadas por Peart através de analogias com a mitologia grega, envolvendo dois deuses que representam a razão (Apolo) e a emoção (Dionísio). Além da fantástica letra, é inegável as qualidades musicais criadas por Lee e Lifeson, que viviam talvez a melhor fase de suas carreiras em 1978. A história é narrada em primeira pessoa, sendo essa o viajante de "Cygnus X-1 Book One: The Voyage".
A suíte surge diferente de sua primeira parte, mais alegre através de uma longa introdução, batizada "Prelude", com o barulho da nave espacial e batidas marcadas, como se a nave estivesse atravessando uma série de obstáculos, entrando no primeiro riff, levado pelo baixo cavalgante de Lee, o dedilhado da guitarra, batidas fortes de Peart e breves acordes de sintetizador, que trazem o segundo riff da canção, com guitarra, baixo e bateria repetindo as mesmas batidas em um ritmo marcial, deixando espaço para marcações que acompanham o dedilhado da guitarra.
Um terceiro riff aparece com uma sequência de notas feitas exatamente iguais por baixo e guitarra, com um complicado acompanhamento da bateria, e "Prelude" vai nos apresentando os diferentes riffs que irão surgir ao longo dos dezoito minutos de nossa Maravilha. Uma série de harmônicos cria o quarto riff, junto de batidas no chimbal e a marcação de baixo e bateria. O baixo passa a imitar as notas dos harmônicos, para a guitarra então explodir com a distorção fazendo as notas do quarto riff, e começar a segunda parte da história.
Com um novo riff, Lee nos introduz a história que ocorreu há muito tempo atrás. Os deuses do Amor e da Razão lutam para ver qual deles irá governar a fé dos homens, em uma batalha que durou eras, com o povo dividido entre a Razão e o Amor nos mais diversos campos de batalha. A guitarra e o baixo dedilham acompanhando a voz de Lee, que narra a história como uma pessoa que assiste os fatos que estão acontecendo, encerrando "Prelude" com um dedilhado mais grave da guitarra e a repetição do primeiro riff da suíte.
"Apollo (Bringer of Wisdom)" é a segunda parte de "Cygnus X-1 Book Two: Hemispheres". O Deus do Sol e das Artes na mitologia grega representa o lado esquerdo do cérebro na suíte, sendo este o lado criativo do ser humano, já que diversas pesquisas mostraram que as pessoas que possuem o lado esquerdo do cérebro mais desenvolvido (ou utilizam mais o lado esquerdo) são pessoas voltadas para o pensamento, aptas a ciências como Física, Matemática, Química entre outros.
A base musical é o terceiro riff de "Prelude", e na letra, Apolo apresenta-se. A apresentação é declamada pausadamente, acompanhando a melodia do riff, e nela, Apolo diz trazer a verdade, a compreensão, sagacidade e sabedoria, todos presentes preciosos e incomparáveis. Apolo afirma também que somos capazes de construir um mundo maravilhoso. Esses presentes ajudarão o homem a encontrar comida e abrigo, a fazer o fogo para aquecê-lo durante tempestades de inverno. O homem viverá com graça e conforto em um mundo no qual ele mesmo será capaz de transformá-lo para melhor.
As marcações do início de "Cygnus X-1 Book Two: Hemispheres" nos levam para o quarto riff, e com a voz mais solta, Lee volta a representar o contador da histórico, falando que as pessoas ficaram encantadas com as palavras de Apolo, e prontamente estimularam-se a construir cidades e trocar ideias.
Mas um dia, as ruas ficaram silenciosas, e o povo não sabia o que tinha acontecido. O desejo de construir essas coisas maravilhosas não estava mais presente. A solução foi dada pelos sábios: cruzar a ponte da morte em busca de Dionísio, para tentar descobrir o que havia sido perdido.
Aqui surge o primeiro solo de Lifeson, carregado de distorção e bends, feito sobre uma levada acelerada de baixo e guitarra, e apesar de curto - menos de um minuto - é suficiente para deixar os ouvintes boquiabertos com a agilidade de seus dedos e a velocidade das escalas.
Um breve dedilhado e retornamos ao riff de "Apollo", agora em "Dionysus (Bringer of Love)", a terceira parte, que apresenta o contra-ponto da razão: a emoção, sendo Dionísio o lado direito do cérebro. Pessoas que tem o lado direito do cérebro mais desenvolvido são voltadas para o dom artístico, como atores e palhaços, e são muito mais sensíveis. Na mitologia grega, Dionísio é o Deus do vinho e da fertilidade.
O Deus do Amor surge além da ponte da morte, trazendo o amor para confortar, seja na escuridão da noite ou na luz eterna do coração. Dionísio afirma que é necessário confiar em seus sentimentos, que somente o amor pode guiá-los, e assim trazer risadas, música, alegria e lágrimas, acalmando os medos primitivos. Por fim, o Deus do Amor pede ao povo para que as correntes da razão sejam jogadas fora, para livrar-se da prisão que paira sobre eles.
O quarto riff de "Prelude" retorna, e a história continua através da voz de Lee, novamente como o interlocutor da mesma, com as cidades construídas com a Razão sendo abandonadas, e as pessoas indo morar junto à natureza, nas florestas, onde passou a ecoar uma canção enquanto elas dançavam e viviam como irmãos, sabendo que o amor não poderia estar errado. Lá eles tinham comida e vinho à vontade, e dormiam abençoados sob as estrelas. O povo estava feliz, e os deuses os observavam de longe.
Mas, quando o inverno chegou, pegou-os totalmente desprevenidos. Lobos famintos, fome e frio atingiram os povos, e então seus corações entraram em desespero.
A introdução de "Prelude" é retomada, com a presença dos sintetizadores, e então surge um novo riff, feito por baixo e guitarra ao mesmo tempo. Repetida a introdução dos sintetizadores, Lifeson sola com uma dupla série de escalas que sobem e descem em tons diferentes, e mais uma vez temos os sintetizadores, abrindo a batalha entre a razão e a emoção, enaltecida na quarta parte, "Armageddon: The Battle Of Heart and Mind".
O andamento desse novo riff lembra o do segundo riff de "Prelude", e com ele ao fundo, o narrador nos conta que o universo foi dividido, com o coração e a mente entrando em colisão e deixando as pessoas desnorteadas. Os anos que passaram-se foram conturbados, com uma nuvem de medo e dúvida sobre o céu, até o mundo ser dividido em dois hemisférios ocos.
Os povos começaram a lutar entre eles, e até dentro deles mesmo, mas a maioria apenas seguia uns aos outros, perdidos e sem rumo como irmãos. Os que seguiam o Coração (Amor) estava escuro, e os da Verdade (Razão) não apareciam. Os espíritos foram divididos em hemisférios cegos.
Então, eis que surge o personagem de "Cygnus X-1 Book One: The Voyage", através do primeiro riff de "Prelude". Ele apresenta-se como alguém que nunca lutou, trazendo contos do passado para iluminar estes povos.
Ele viajou na nave Rocinante através da noite, e seu último voo foi em direção ao coração de Cygnus, quando uma força temível fez sua nave espiralar através desse espaço atemporal, levando-os para o meio do mundo antigo, um lugar imortal. Aqui que descobrimos que o narrador da história é exatamente o personagem central de "Cygnus X-1 Book One: The Voyage".
Um breve solo de sintetizador, ainda sobre o riff de "Prelude", leva ao encerramento da quarta parte, o qual resgata um pequeno trecho de "The Voyage", com um crescendo de acordes que explode em três batidas fortes, deixando a guitarra dedilhar suavemente de forma igual ao encerramento de "Book One".
"Cygnus: Bringer Of Balance", a quinta parte, é iniciada com longos acordes de sintetizador e inserções de trechos instrumentais de "The Voyage", até que sobre as camadas de teclados, surge nosso viajante, dizendo ter memória e consciência, apesar de não ter forma. Ele virou apenas um espírito sem corpo, que não morreu e nunca nasceu. O viajante passou por Olimpo, como nos velhos contos, vendo a cidade dos imortais, com o mármore branco e ouro puro.
Essa apresentação fica mais tensa nos sintetizadores, enquanto ouvimos explosões, e o viajante diz que viu os deuses em batalha, sem poder se mexer ou se esconder, e sentindo um grito silencioso surgir dentro dele.
Os teclados dão lugar a uma melodia seguida por guitarra e vocais, falando que a aparição do espírito cessou o caos. Um longo silêncio surgiu em um clima de paz, com os guerreiros caindo em lágrimas, tornando-se místicos.
O riff final de "Prelude" acompanha o encerramento de "Cygnus: Bringer of Balance", com Apolo assustado, Dionísio parecendo louco. Mas ao ouvir a história do espírito que viajou no tempo, maravilhados, ficaram tristes por suas atitudes. Olhando para o Olimpo, eles viram um mundo de medo e dúvidas, com a superfície separada em dois hemisférios. Os deuses sentaram-se em silêncio, e falaram para o espírito: "Nós o chamaremos Cygnus, o Deus do Equilíbrio você deverá ser", e uniram-se para trazer a paz ao mundo.
A introdução da suíte é repetida, para uma série de acordes dedilhados acompanhar os últimos momentos da quinta parte, destacando as escalas de baixo, para sintetizadores encerrarem a coroação do espírito do equilíbrio, concluindo com quatro marcações fortes de guitarra, baixo e bateria.
"Cygnus X-1 Book Two: Hemispheres" encerra-se com "The Sphere: A Kind Of Dream", levada apenas pelo violão acompanhando a linda mensagem deixada no final da canção, que diz que podemos caminhar nossas estradas juntos, se os objetivos são os mesmos, e podemos correr sozinhos e livres, se objetivamos alvos diferentes.
O importante é deixar a verdade do amor acender, e o amor da Verdade brilhar forte. Afinal, a sensibilidade, de braços com o sentido e a liberdade, tornam o coração e a mente unidos, em uma única e perfeita esfera, e nossa Maravilha conclui-se com um longo acorde de sintetizador.
Uma história viajante, que fez do trio ainda mais reconhecido, aumentando sua importância para o hall do rock progressivo e ultrapassando nomes de "dinossauros" como Pink Floyd, Emerson Lake & Palmer e Yes.
Alex Lifeson |
A exploração do tema foi levada inclusive para a polêmica capa de Hemispheres. Ao apresentar um homem nu de costas, as pessoas inicialmente ficaram chocadas com tal visão. Porém, ao perceber os detalhes da capa, somos hipnotizados pela simplicidade e genialidade, mostrando os dois hemisférios do cérebro tanto na frente quanto na contra-capa. A diferença é que na frente, temos de um dos hemisférios (o hemisfério esquerdo) um homem bem-vestido, representando a razão, e o tal homem nu no hemisfério direito, representando o Amor. Na contra-capa, os dois Hemisférios estão unidos sem os homens, mostrando a união para a perfeição. Detalhes que tornam a obra ainda mais genial.
A capa de Hemispheres. No lado esquerdo, a contra-capa, com os cérebros unidos. No lado direito, a capa, com a Razão no Hemisfério esquerdo e o Amor no Hemisfério direito |
Depois de Hemispheres, o Rush continuou sua carreira, e desfrutou de ser a principal banda do rock progressivo mundial no final da década de 70, início da década de 80, com os aclamados álbuns Permanent Waves (1980) e Moving Pictures (1981), cada um deles detentor de pelo menos duas Maravilhas prog em cada álbum ("Natural Science" e "Jacob's Ladder" no primeiro, "YYZ" e "The Camera Eye" no segundo), até o lançamento do segundo ao vivo, Exit ... Stage Left (1981).
Durante a década de 80, o grupo mergulhou em uma fase diferente, levada pelos sintetizadores e com álbuns que somente hoje conseguem receber seu valor, mas que foram muito contestados principalmente pelos fãs da fase progressiva.
Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart |
A partir dos anos 90, o Rush consolidou-se com um som moderno, tendo suas incursões progressivas mas sem poder ser definido como tal, fazendo um rock direto, agradável e com ótimas passagens pelas diferentes fases da vida desse que sem sombra de dúvidas é o maior grupo de rock canadense, e que ainda nos brinda com shows, álbuns e Maravilhas com certa frequência.