Um baú é formado basicamente de antiguidades, mas sempre tem espaço para guardar algo novo lá dentro. Neste último fim de semana agreguei mais um autógrafo para a minha pequena coleção em perseguição aos grandes astros da música, além de arquivar na memória um belo espetáculo, mas que parece que está chegando em um ponto de discussão.
Estou falando da já tradicional apresentação da Orquestra de Câmara da ULBRA no Salão de Atos da UFRGS. Organizada pela DANA Produções, a ideia inical era apresentar a orquestra interpretando grandes clássicos do rock, e assim foi a primeira versão do espetáculo, chamada de Clássicos do Rock I e apresentada pela primeira vez 29 de abril de 2006. A finalidade desta versão era conseguir alimentos (o ingresso eram 2 kg de alimento) e mostrar a união das duas maiores universidades da região metropolitana de Porto Alegre.
Este foi um dos espetáculos mais bonitos já realizados no Salão de Atos da UFRGS, tendo no repertório pérolas como "Magnum Opus" (Kansas), "Sabbath Bloody Sabbath" (Black Sabbath), "Nothing Else Matters" (Metallica), "Aqualung" (Jethro Tull) e "Kashmir" (Led Zeppelin). O principal atrativo foi uma versão a la Apocaliptica para a maioria das canções, ou seja, não existia vocal, sendo que nas faixas que contavam com alguma participação de voz elas eram feitas por profissionais, como Nei Lisboa.
O ano de 2007 acabou reapresentando o Clássicos do Rock I no mesmo local, e em 2008 surgia a segunda versão, o Clássicos do Rock II, contando nada mais nada menos com a participação de Andre Matos. Essa mesma versão foi reproduzida no último dia 28 de novembro, e eu, claro, fui conferir como estava o repertório e também a apresentação vocal de Andre Matos. Em 2008, é importante ressaltar, o ingresso já havia sido mudado, tendo um valor de 15 reais.
Em 2009 o ingresso passou para 25 reais. Não entendi o porque do aumento absurdo no preço, já que as primeiras versões eram de graça, mas posteriormente tive a explicação que era necessário pagar alguns royalties (e, claro, entendo que passagem, acomodação e estadia de Andre Matos devem estar inclusos). O alto preço acabou diminuindo a presença de público em relação às outras duas apresentações que vi, mas mesmo assim o salão estava com um bom número de pessoas (aproximadamente 1.000 fãs de rock e convidados especiais).
Acabei entrando como representante da Collector's Room, já que o nosso blog é bem divulgado aqui no sul, e, claro, o pessoal da ULBRA aceitou facilmente minha participação. O horário marcado para retirada das credenciais era 18:00, com o show programado para as 21:00. Porém as credenciais não foram entregues, mas somente um passe para ingressar no Salão de Atos, exatamente cinco minutos antes de começar o show, que veio a iniciar com meia hora de atraso.
Estou falando da já tradicional apresentação da Orquestra de Câmara da ULBRA no Salão de Atos da UFRGS. Organizada pela DANA Produções, a ideia inical era apresentar a orquestra interpretando grandes clássicos do rock, e assim foi a primeira versão do espetáculo, chamada de Clássicos do Rock I e apresentada pela primeira vez 29 de abril de 2006. A finalidade desta versão era conseguir alimentos (o ingresso eram 2 kg de alimento) e mostrar a união das duas maiores universidades da região metropolitana de Porto Alegre.
Este foi um dos espetáculos mais bonitos já realizados no Salão de Atos da UFRGS, tendo no repertório pérolas como "Magnum Opus" (Kansas), "Sabbath Bloody Sabbath" (Black Sabbath), "Nothing Else Matters" (Metallica), "Aqualung" (Jethro Tull) e "Kashmir" (Led Zeppelin). O principal atrativo foi uma versão a la Apocaliptica para a maioria das canções, ou seja, não existia vocal, sendo que nas faixas que contavam com alguma participação de voz elas eram feitas por profissionais, como Nei Lisboa.
O ano de 2007 acabou reapresentando o Clássicos do Rock I no mesmo local, e em 2008 surgia a segunda versão, o Clássicos do Rock II, contando nada mais nada menos com a participação de Andre Matos. Essa mesma versão foi reproduzida no último dia 28 de novembro, e eu, claro, fui conferir como estava o repertório e também a apresentação vocal de Andre Matos. Em 2008, é importante ressaltar, o ingresso já havia sido mudado, tendo um valor de 15 reais.
Em 2009 o ingresso passou para 25 reais. Não entendi o porque do aumento absurdo no preço, já que as primeiras versões eram de graça, mas posteriormente tive a explicação que era necessário pagar alguns royalties (e, claro, entendo que passagem, acomodação e estadia de Andre Matos devem estar inclusos). O alto preço acabou diminuindo a presença de público em relação às outras duas apresentações que vi, mas mesmo assim o salão estava com um bom número de pessoas (aproximadamente 1.000 fãs de rock e convidados especiais).
Acabei entrando como representante da Collector's Room, já que o nosso blog é bem divulgado aqui no sul, e, claro, o pessoal da ULBRA aceitou facilmente minha participação. O horário marcado para retirada das credenciais era 18:00, com o show programado para as 21:00. Porém as credenciais não foram entregues, mas somente um passe para ingressar no Salão de Atos, exatamente cinco minutos antes de começar o show, que veio a iniciar com meia hora de atraso.
Para variar, colocaram todo o pessoal da imprensa em um canto na parte mais alta do salão (o que seria o mezanino), onde o som não chegava bem e a visão do palco era muito ruim. Mesmo assim, o novo repertório prometia, repetindo o de 2008 mas com a adição do guitarrista Frank Solari, que, para quem não conhece, é um dos maiores guitarristas do Rio Grande do Sul e lançou trabalhos fantásticos, como, por exemplo, o excepcional álbum inicial, Frank Solari, e que substituiu o talentoso violonista Angelo Primon, que pecava bastante quando assumia a guitarra elétrica. E, além disso, tinha Andre Matos, um dos maiores vocalistas do Brasil. Então valia a pena estar ali.
O show começou bem, com os acordes da orquestra sendo regidos pelo maestro Tiago Flores e introduzindo "Cryin'" (Aerosmith), cantada por Chico Padilha, seguida por uma versão um tanto quanto decepcionante de "Pinball Wizard" (The Who), já que a vocalista Vanessa Longoni conseguiu estragar o que Roger Daltrey construiu.
A seguir o cantor Panta subiu ao palco e interpretou uma belíssima versão para "Bad" (U2), que ficou muito linda com a participação da orquestra e do público. Porém, já dava pra perceber que esse Clássicos do Rock não ia contar com o diferencial da primeira versão, que eram versões instrumentais. E assim foi, todas as canções com um intérprete, sendo a seguinte a bela "Fairy Tale" (Shamaan) contando com Andre Matos. O público veio abaixo com a presença do cantor, que mandou bem nos seus tradicionais agudos.
Na sequência, "Release, Release" (Yes) trouxe Chico Padilha novamente para o palco, e contou com um longo e belo solo do baterista Marquinhos Fê, um dos momentos mais aplaudidos pela plateia. Panta recordou Joe Cocker com uma linda versão para "With a Little Help From My Friends" (Beatles) e Vanessa conseguiu destruiu outro clássico do rock, "Love Me Two Times" (The Doors), inventando a letra ("Love me two times, boy") e com um vocal rasgado estilo Bette Midler.
Apesar do desastre protagonizado novamente por Vanessa em "Great Gig in the Sky" (Pink Foyd), Panta salvou a alma do Floyd com uma boa interpretação de "Time", seguido por Chico Padilha, que levantou a plateia com "Sabbath Bloody Sabbath" (Black Sabbath), e "Eagle Fly Free" (Helloween) com Andre nos vocais e muito peso do violoncelo. Foi bem interessante ver Andre agitando com os músicos, principalmente com Frank Solari.
A sequência de encerramento foi fantástica, começando com "Bohemian Rhapsody" (Queen), contando com todos os 'mamma mia' e 'figaro' da versão original, muito bem feitos pelo coral e por Chico Padilha; uma emocionante versão de "Stairway to Heaven" (Led Zeppelin), com um belo solo de Solari e com Panda nos vocais; e encerrando com uma mais que pesada versão de "Fear of the Dark" (Iron Maiden) com Andre nos vocais, que foram cantados em uníssono pela plateia, principalmente na tradicional sequência de solos.
O show terminou com o público aplaudindo em pé, e tendo como bis "Bohemian Rhapsody" novamente.
Após o show, finalmente a imprensa recebeu as credenciais para as entrevistas. Mas, novamente, a equipe da ULBRA falhou, nos deixando esperando quase uma hora. Só quando os músicos já estavam saindo do complexo da UFRGS foi que conseguimos acesso aos mesmos.
Andre estava extremamente feliz, bebendo chimarrão, e foi muito simpático comigo, principalmente quando viu os vinis da era Viper, que eu bolhogicamente levei para pegar autógrafos. Batemos um pequeno papo, onde ele me contou histórias das capas dos dois álbuns, perguntou para mim desde quando eu tinha aqueles vinis, já que eram versões originais, e ainda discutiu sobre o CERN e o LHC (lembrando que eu trabalho com física de partículas, diretamente ligado ao LHC), após segurar minha caneta vinda do famoso centro de pesquisas.
Andre ainda me contou que foi o maestro Tiago quem entrou em contato com ele através de uma indicação, e que prontamente aceitou participar do projeto. Inclusive já está em andamento uma ideia de gravação de um álbum solo de Andre contando com a orquestra e regência do próprio Tiago.
Claro, para nós colecionadores, em especial os fãs de Andre, fica o aviso que o show foi registrado e deve ser lançado em CD brevemente. Portanto, é mais uma raridade na coleção de vários bangers país afora (e talvez até mundo afora, tendo em vista a carreira de Andre). O CD com Clássicos do Rock I é encontrado através do site da orquestra, e vale a pena principalmente pelas versões citadas no início do texto.
E fica o recado para a Orquestra da ULBRA de que é possível melhorar, principalmente resgatando a ideia da primeira apresentação, com músicas predominantemente instrumentais, mas, claro, sem deixar de lado a participação de um artista de renome. Quem sabe possamos ver um Andreas Kisser nas guitarras ou ainda uma Rita Lee ou um Ney Matogrosso nos vocais?
Encerro com a frase mais gritada após a apresentação: "Long Live Rock'N'Roll"!!!
Set List
Cryin' - Aerosmith (Chico Padilha)
Pinball Wizard - The Who (Vanessa Longoni)
Bad - U2 (Panta)
Fairy Tale - Shamaan (Andre Matos)
Release, Release - Yes (Chico Padilha)
With a Little Help From My Friends - Beatles (Panta)
Love Me Two Times - The Doors (Vanessa Longoni)
Great Gig in the Sky / Time - Pink Floyd (Vanessa Longoni e Panta)
Sabbath Bloody Sabbath - Black Sabbath (Chico Padilha)
Eagle Fly Free - Helloween (AndréeMatos)
Stairway to Heaven - Led Zeppelin (Panta)
Bohemian Rhapsody - Queen (Chico Padilha)
Fear of the Dark - Iron Maiden (Andre Matos)
Bis
Bohemian Rhapsody - Queen (Chico Padilha)
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