sábado, 10 de agosto de 2013

Melhores de Todos os Tempos: 1968

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Por Diogo Bizotto
Com Adriano KCarão, Bruno Marise, Fernando Bueno, Luiz Carlos Freitas*, Mairon Machado, Micael Machado e Ronaldo Rodrigues
A escolha dos dez melhores álbuns de 1968 revelou-se a mais disputada desde que começamos a publicar esta seção na Consultoria do Rock. Ao todo, 46 discos foram citados por oito pessoas, dificultando a formação do Top 10 final e ajudando a fazer com que o mesmo grupo que se sagrou vencedor em 1967 também fosse responsável pelo melhor registro de 1968: The Jimi Hendrix Experience. Na verdade, isso não é exatamente uma surpresa, pois, se há um artista que é praticamente uma unanimidade entre as pessoas que levam o rock junto a si, esse artista é Jimi Hendrix. Beatles, Bob Dylan, Rolling Stones e outros suscitam muitas reações de amor, mas também uma grande quantidade de ódio e indiferença. Raro é observar essa dicotomia em se tratando daquele que é tido como o mais importante guitarrista de todos os tempos. Dito isso, como sempre, lembramos que o critério para elaborar nossa listagem final, baseada nas listas individuais de cada colaborador, segue a pontuação do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Agora é com você, leitor: deixe sua opinião e registre suas preferências. Aproveite também e confira aqui nossas edições anteriores desta seção.

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The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland (81 pontos)
Adriano: Não esperava que este álbum fosse terminar em primeiro, mas, em um ano tão disputado, é até difícil avaliar quem mereceria tal posição. Posso dizer apenas que o disco é ótimo, contendo clássicos como “Burning of the Midnight Lamp” e “House Burning Down” e a melhor composição/atuação vocal de Noel Redding no Experience, “Little Miss Strange”. A guitarra de Hendrix é um espetáculo do começo ao fim, inclusive nessa composição de Redding. Destaco ainda a espacial “1983… (A Merman I Should Turn to Be)” e o início altamente grooveado de “Still Raining, Still Dreaming”. Melhor disco de Hendrix, pra mim.
Bruno: Com seus dois primeiros trabalhos, Hendrix definiu como se tocaria guitarra dali pra frente. Em seu último disco, resolveu expandir os limites de seu blues rock psicodélico, abusando de experimentações em estúdio. O resultado é uma viagem chapada total, um bom som para ouvir de madrugada. Electric Ladyland complementa bem a curta, mas essencial discografia do power trio.
Diogo: Que é um disco excelente, disso poucos duvidam, tanto que o incluí em minha lista particular. Não posso negar, porém, que também se trata de uma obra um tanto cansativa, tanto por sua extensão quanto pelas inúmeras experiências levadas a cabo pelo guitarrista, que consolidava sua capacidade como explorador dos recursos que seu equipamento e os estúdios podiam oferecer. Prefiro seus antecessores, mas não sou burro de ignorar diversas canções que transbordam qualidade, como a pesada e grooveada “Crosstown Traffic”, o blues lisérgico de “Voodoo Chile”, a interessantíssima experiência de “Burning of the Midnight Lamp”, recheada de sons excitantes, o clássico inegável “Voodoo Child (Slight Return)” e, é claro, aquele que é um dos melhores covers já executados na história, “All Along the Watchtower”. Discaço sim, mas não a ponto de merecer uma posição tão elevada.
Fernando: Gosto deste álbum, mas achei exagerada esta posição. Qualquer um dos três abaixo poderia muito bem ficar com o primeiro lugar. Entretanto, isso mostra o quanto Jimi é importante. Conseguir colocar dois discos na primeira posição em anos seguidos em um grupo tão exigente quanto o nosso é digno de nota.
Mairon: Em um ano tão recheado de opções para os melhores lançamentos, acho estranho mais uma vez ver o deus negro da guitarra na primeira posição. O disco das prostitutas nuas é interessante em alguns momentos, mas, por ser um álbum duplo, me soa cansativo. Entre os álbuns de Hendrix, é o mais fraco, sem dúvidas, e não o acho merecedor desta posição, apesar de versões definitivas para “Voodoo Child (Slight Return)” e “Crosstown Traffic”. Talvez, se fossem retiradas algumas canções, eu pensaria em colocar entre meu Top 30. Uma pena que este foi o último álbum de estúdio do negão. Imaginem o que ele poderia ter feito nos anos 70, o auge do hard rock?
Micael: Hendrix ampliou seu leque sonoro e gravou um registro impecável. O melhor cover da história (“All Along the Watchtower”), clássicos imortais como “Voodoo Child (Slight Return)” e “Crosstown Traffic”, blues lentão (“Voodoo Chile” ), viagens sonoras do porte de “1983… (A Merman I Should Turn to Be)” e “Rainy Day, Dream Away”, balada emocional (“Burning of the Midnight Lamp”) e até palhinha de Noel Redding nos vocais de “Little Miss Strange”. Primeiro lugar com justiça.
Ronaldo: Melhor trabalho do gênio Jimi Hendrix. Alguns dos melhores momentos da guitarra elétrica em toda a história do rock. Você pode conferir minhas considerações sobre este disco aqui.

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The Rolling Stones – Beggars Banquet (71 pontos)
Adriano: Clássico é pouco! Em 1968, este disco perde apenas pra The Kinks Are the Village Green Preservation Society, dos Kinks, o melhor álbum da década! Como esperar menos de um disco que inicia com “Sympathy for the Devil”, um clássico único em sua forma e totalmente atemporal? Os Stones deixam a psicodelia um pouco de lado – embora ela ainda possa ser sentida levemente em “No Expectations”, faixa a ser tocada em meu funeral –, mas não adotam um estilo homogêneo, e sim uma mistura de vários elementos combinados de diversas formas em cada faixa. O disco é todo bom, mas destaco “Dear Doctor”, de música e letra fantásticas, “Jigsaw Puzzle”, cujo solo de guitarra é a melhor representação musical de um coito, e “Street Fighting Man”, trilha sonora perfeita pro momento atual do País. Paro por aqui, porque descrição nenhuma é suficientemente boa para essas maravilhas!
Bruno: Após os experimentalismos de Aftermath (1966) e Between the Buttons(1967), os Stones resolveram jogar simples, com um disco quase inteiramente acústico, mas sem perder a pegada característica da banda. “Sympathy for the Devil” é o samba (que de samba não tem nada) na visão de Mick Jagger: uma batucada que mistura ritmos africanos e latinos com blues, e a guitarra de Keith Richards rasgando a canção no meio com um solo lisérgico de arrancar lágrimas.
Diogo: Demorou para que um disco dos Rolling Stones entrasse em uma de minhas listas pessoais, mas esse momento finalmente chegou. Seu antecessor, Their Satanic Majesties Request (1967), quase conseguiu, mas foi preciso que uma verdadeira coletânea em forma de álbum de estúdio desse o ar da graça para ocupar essa posição. A banda encontrou sua identidade e transparece autoconfiança absurda ao longo dos dez clássicos que compõem Beggars Banquet, fazendo dele, não à toa, o preferido de grande parte dos fãs. Apesar de Jagger e Richards já estarem ocupando o posto de principais compositores da banda havia um bom tempo, Brian Jones ainda demonstrava posição de destaque, como foi em Their Satanic…, mas neste disco a situação se reverteu completamente para o lado da dupla, exaltando o lado mais básico e sujo de sua musicalidade. Destaques? Muitos, quase tudo, mas aponto especialmente “No Expectations”, “Jig-Saw Puzzle”, “Street Fightning Man” e “Salt of the Earth”.
Fernando: Se “Sympathy for the Devil” é uma continuação do álbum anterior e uma faixa até um pouco incomum para abrir um álbum, o restante mira na direção dos próximos três e fazem parte da época de ouro dos ingleses. A contribuição de Brian Jones estava diminuindo e isso é de se fazer pensar, já que, claramente, este é um disco em que eles se firmaram como compositores.
Mairon: Como é bom ver uma lista da década de 60 com mais um álbum dos Stones (e, principalmente, sem o famigerado grupo de Liverpool entre os dez mais). Beggars Banquet, assim como seu antecessor, é forte candidato a melhor disco do grupo, mas com uma peculiaridade interessante: grande parte dele é acústico. Tenho em mente que este álbum serviu de inspiração para que o Led Zeppelin, por exemplo, gravasseIII em 1970. Observem as sonzeiras: “Sympathy for the Devil”, “No Expectations”, “Dear Doctor” (que baita som), “Parachute Woman”, “Jig-Saw Puzzle”, “Street Fighting Man”, “Prodigal Son” (PATACAPARÉU), “Stray Cat Blues”, “Factory Girl” e “Salt of the Earth”. Dez HINOS em letras garrafais. Mick Jagger e Keith Richards afastam a psicodelia impregnada por Brian Jones e voltam para as origens, criando um disco de blues/folk magnífico. Uma despedida de Brian Jones para os mortais que é outra obra-prima de sua carreira. Ah, e a capa do banheiro (com a arte dupla interna) é a melhor da carreira do grupo, assim como a de seu antecessor.
Micael: Um disco diferente dentro da discografia dos Stones, predominantemente acústico, com boas composições como “Parachute Woman”, “Stray Cat Blues”, “Salt of the Earth” e as clássicas “Sympathy for the Devil” e “Street Fighting Man” (regravada com louvor pelos Ramones). Tornou-se um clássico na história do grupo e é digno de constar nesta lista, mas não sei se merecia uma posição tão alta.
Ronaldo: Os Rolling Stones dando um passeio, com a proposta de som na qual eles realmente eram autênticos – a tradução britânica do r’n’b americano. Disco safado, sujo, uma coleção de “joias” da banda.

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The Band – Music From Big Pink (44 pontos)
Adriano: Um bom disco, mas que passou longe de entrar no meu Top 10. Não é exatamente um som que mexe comigo, e não encontro clássicos nesse disco, com exceção da óbvia “The Weight”. Respeito sua entrada, mas deixou muita coisa espetacular de fora.
Bruno: Não ouvi.
Diogo: Music From Big Pink representa muito mais do que a absurda qualidade de suas composições e o talento gigantesco dos músicos que formavam a banda. Este álbum representa a rejeição daquilo que vinha sendo feito na segunda metade dos anos 60 em se tratando de música popular e de vanguarda, voltando os olhos para o passado e apropriando-se de tudo aquilo que já havia sido criado: blues, country, r’n’b, rock ‘n’ roll, soul… Mesmo assim, parindo algo novo, diferente, excitante e, especialmente, verdadeiro. É música imperfeita, carregada de sotaques, angústia, honestidade e humanidade, levada a cabo por cinco pessoas que constituem uma das formações mais fantásticas da história da música, cada uma com características imprescindíveis que ajudavam a tornar a The Band tão peculiar. A verdadeira obra-prima do grupo foi lançada no ano seguinte, mas músicas como “Tears of Rage”, “In a Station”, “We Can Talk”, “Chest Fever” e “I Shall Be Released” são muito mais que suficientes para colocar Music From Big Pink no rol dos melhores discos de estreia de todos os tempos. Melhor nem comentar sobre “The Weight”, pois a canção é digna de uma tese de doutorado.
Fernando: Simplesmente fantástico! Nenhuma faixa abaixo de ótima. É o típico disco que cresce em qualidade a cada audição. Suas melodias fáceis, quase pop, sugerem que esse seria um álbum mais cultuado, mas não é o que acontece. Alguns ainda consideram o disco seguinte melhor que este. Acho que minha grande afeição por ele não me deixa concordar.
Mairon: Qual banda poderia acompanhar Bob Dylan? Bom, essa banda só podia ser “A Banda”. Music From Big Pink entra fácil na lista de melhores discos de estreia de todos os tempos. O jeito simples dos canadenses, comandados pelo gênio Robbie Robertson e influenciados diretamente pelo homem que os batizou, é cativante e digno da terceira posição. Não se emocionar com faixas como “The Weight”, “I Shall Be Released” e “Tears of Rage” é sinônimo de ausência de alma. Simplesmente perfeito!
Micael: Não entendo a paixão de alguns por este disco. Ok, tem “The Weight” e “I Shall Be Released”, e a paixão dos membros do grupo por Bob Dylan já foi comprovada em listas anteriores. Mas, terceiro lugar? Me parece muito para ele… (detalhe: a tecladeira de “Chest Fever” é muito boa!).
Ronaldo: Um disco sem atrativos e nada excitante, especialmente dentro do contexto da época. Soa até bem, agradável, mas demanda paciência do ouvinte. Não há nada em Music From Big Pink que já não havia sido explorado, com mais brilhantismo e energia, por outras bandas antes ou no mesmo ano de 1968. O disco tem seus méritos, algumas boas composições – “The Weight” e “Chest Fever” são ótimas, inclusive. É carregado, porém, de várias baladas sem sal, genéricas e apáticas, e “This Wheel’s on fire” é um bom exemplo de que tipo de som não tirar de um teclado.
 

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The Small Faces – Ogden’s Nut Gone Flake (43 pontos)
Adriano: Mais um bom disco que não mexe muito comigo. Considero-o no mesmo nível do anterior, Small Faces, de 1967. Se esse não entrou na minha lista passada, mais difícil ainda é a entrada de Ogden’s Nut Gone Flake na disputadíssima lista de 1968.
Bruno: O melhor disco dos Small Faces com sobras. Aqui, Steve Mariott e companhia adicionam grandes doses de psicodelia às pauladas r’n’b que o grupo sabia fazer. Destaque para as linhas de baixo de Ronnie Lane.
Diogo: Certamente muito mais interessante que seus antecessores, Ogden’s Nut Gone Flake traz a banda dosando bem seu recente passado, mais voltado para o rock infectado de r’n’b, com bastante psicodelia e inclusive algumas incursões rumo a uma sonoridade mais pesada, como em “Afterglow (of Your Love)”, já com cara de power ballad setentista. Apesar dessa impressão positiva, fica o desejo de que as músicas tivessem sido mais estendidas e melhor desenvolvidas. Caso o nível do lado A fosse mantido, seria um sério candidato a beliscar uma posição mais elevada em minha lista particular, quem sabe uma nona ou décima colocação.
Fernando: Fiquei preocupado se esse disco entraria na lista. Gosto demais dele, mas não sabia que esse gosto era compartilhado pelos meus amigos do site. Trata-se de um daqueles casos em que eu gosto tanto de um álbum que não consigo colocar os outros da banda em um mesmo patamar. Meus comentários mais detalhados estão aqui.
Mairon: Para muitos, o melhor registro da psicodelia inglesa. É um baita disco no ponto de vista instrumental (nunca o Small Faces fez algo tão bom), mas peca em absurdos como “Afterglow (of Your Love)”. Ainda tem a belíssima capa original, que vale quase mais do que as canções em si. Uma pena que as músicas são curtas, ficando o gostinho de que poderia ter sido parido um álbum muito melhor.
Micael: Tem “Rene”, “Song of a Baker” e “Lazy Sunday” (que até o Toy Dolls já regravou), além de ser um disco muito falado e comentado, e ter toda a questão do lado conceitual, que enseja um envolvimento maior para ser totalmente compreendido. Na parte musical, porém, não me agrada muito. Passo!
Ronaldo: Parece que a banda caiu de pára-quedas na psicodelia, mas, ainda sim, se deu bem na maior parte do disco e o saldo é positivo. Algumas coisas apontam para o rock dos anos 70, mais pesado, intenso, exagerado. Era um time de feras, que embalou na barriga duas sementes muito importantes do rock na década seguinte – Humble Pie e Faces. O lado B é bem pretensioso, acerta em alguns momentos, mas carece de brilho e espontaneidade.

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The Zombies – Odessey and Oracle (41 pontos)
Adriano: Mais um clássico. Até estranho o disco não receber uma posição melhor. Os Zombies realizam aquilo que já tinham demonstrado serem bastante capacitados pra fazer. Um álbum repleto de belíssimos temas, com arranjos fenomenais, performances vocais e instrumentais impecáveis, um disco lindo e comovente! São muitas pérolas, mas destaco a trinca “This Will Be Our Year”, “Butcher’s Tale (Western Front 1914)” e “Friends of Mine”, todas composições do gênio pouco reconhecido Chris White, e a segunda sendo também lindamente cantada por ele. Essencial.
Bruno: Só o quinto lugar é uma heresia. Se na estreia já haviam feito um pop de primeira qualidade com pequenas doses da ainda embrionária psicodelia, aqui essa união se concretizaria de maneira brilhante. Odessey and Oracle é um disco pop perfeito. Diria que ele até supera Pet Sounds (Beach Boys, 1966) nesse quesito, apesar de ser uma comparação meio absurda, já que os Beach Boys são uma banda pop por excelência e os Zombies têm uma pegada mais urgente.
Diogo: Alguns julgarão absurdo o que tenho a dizer, mas, para mim, Odessey and Oracle apresenta uma mistura daquilo que de melhor vinham fazendo The Hollies, Beatles e Beach Boys, aliado ao aguçadíssimo senso melódico já explicitado no primeiro disco, Begin Here (1965). Em resumo: música pop da melhor qualidade, levada por vocais extremamente bem pensados, instrumental cheio de esmero e incursões por experiências sonoras que nunca se sobrepõem ao valor das composições em si. Cheios de equilíbrio e coesão, os 35 minutos que compõem o álbum passam voando e a vontade de ouvi-lo repetidamente é quase inevitável. Prefiro me abster de citar destaques, mas reforço quão especial é o talento de Rod Argent comandando as teclas da banda, tornando tudo muito mais belo.
Fernando: Só ouvi depois que recebi a lista final. Boa indicação, mas acho que alguns bons discos ficaram de fora e não acredito que este seja melhor que eles.
Mairon: Podem me chamar de maluco, mas considero este álbum uma cópia paraguaia de Pet Sounds. Basta ouvir as vocalizações em “Care of Cell 44″ e “A Rose for Emily” que essa sensação aparece de cara. Acho que é um disco bem trabalhado, principalmente na parte vocal e no piano de Rod Argent, e é óbvio que o mellotron dá uma cara diferente. Não é ruim, mas não consigo vê-lo em posição tão elevada para um ano tão maravilhoso como 1968. Além disso, acho-o longo demais. “Time of the Season” vale o LP, principalmente pelo solo de piano elétrico, o melhor momento da carreira do Zombies. Se tivesse sido lançado alguns anos antes, acredito que, aí sim, mereceria uma posição entre os melhores.
Micael: Odessey and Oracle gerou um clássico (“Time of the Season”), é bem arranjado e bem executado. Mas não merecia uma posição tão alta na lista, pois, com exceção da citada e, talvez, de “Hung Up on a Dream” e “Maybe After He’s Gone” (além do baixão de “I Want Her, She Wants Me”), não tem nenhuma outra canção que chame a minha atenção. Não é do meu gosto pessoal, portanto, não o indiquei.
Ronaldo: Bom disco pop barroco, com algumas modestas incursões proto-progressivas. Essas incursões são o que Odessey and Oracle tem de melhor a oferecer, é o que soa “fresco” no álbum. De resto, um tipo de construção sonora que já vinha se ouvindo havia, no mínimo, três anos. Em absoluto, é garantia de boa audição. Para o universo sonoro de 1968, parece pequeno.

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The Moody Blues – In Search of the Lost Chord (36 pontos)
Adriano: Um ótimo disco, a meu ver superior ao anterior, embora não tão emblemático quanto. Vejo muitos álbuns melhores nesse ano, mas considero justa sua entrada, principalmente tendo em vista que Days of Future Passed não entrou no top 10 de 1967. Prefiro não dar destaques, pois o disco é bastante consistente, sem nenhuma falha.
Bruno: Não sou grande fã do Moody Blues, mas os caras manjam das melodias. O problema é que esses discos iniciais têm forte influência da música erudita, ofuscando um pouco o quão bem feitas são as harmonias da banda. Por isso prefiro Question of Balance (1970) a esses primeiros registros.
Diogo: Antes justiça insuficiente do que nenhuma justiça. É assim que me sinto ao verIn Search of the Lost Chord nesta lista, representando uma de minhas formações favoritas. Após a criminosa exclusão de Days of Future Passed do Top 10 de 1967, nada mais justo que a banda aparecesse com seu essencialmente autoral sucessor nesta edição. Como é belo constatar que, após o lançamento de uma verdadeira e raríssima obra-prima, caso de Days of Future Passed, o quinteto não esmoreceu e conseguiu atender às mais exigentes expectativas, demonstrando ser dono de grandioso talento e capaz de muito trabalho, forjando um clássico de ponta a ponta, perfeccionista, como um colar cravejado de belíssimas gemas, cada uma delas uma canção presente em In Search of the Lost Chord. Costumo ouvir este álbum de ponta a ponta, mas muitas vezes não resisto e preciso colocar “Voices in the Sky” no repeat, uma das mais belas obras idealizadas pelo genial Justin Hayward, que ainda por cima é um de meus vocalistas favoritos.
Fernando: Este é um discaço! Gosto muitos dos vocais do The Moody Blues e as composições deste álbum os favorecem. Olhe a capa e ouça o álbum. Acho que nunca tivemos tanta discrepância entre um e outro, isso sem levar em consideração o teor lírico das canções.
Mairon: O melhor disco da carreira do Moody Blues, corrigindo a grande falha que foi a ausência de Days of Future Passed em 1967. Com o pé mais forte no progressivo (que ainda estava engatinhando, diga-se de passagem), o quinteto inglês consolida o mellotron como um instrumento importante na música, e, principalmente, confirma o nascimento de um gênio: Justin Hayward. Com apenas 21 anos, ele cria uma obra-conceitual fantástica, em busca de um mantra perdido. Tal mantra é a maravilhosa “Om”, que encerra um álbum incrível, com pérolas como “Ride My See-Saw”, “Dr. Livingstone, I Presume”, as duas partes de “House of Four Doors”, “Legend of a Mind”… Para ouvir do início ao fim, inúmeras vezes.
Micael: Nunca fui muito fã de Moody Blues, e este disco, apesar dos toques orientais e das belas baladas, não foi o responsável pela minha conversão. Além disso, discos conceituais são sempre complicados, pois exigem um certo envolvimento e identificação do ouvinte com a história. Não é meu caso aqui.
Ronaldo: Os músicos do Moody Blues são verdadeiros escultores de canções. Soa límpido cada pequeno detalhe de sua rica música. Melodia e esmero nos arranjos são constantes neste álbum e em vários outros de sua carreira. Sem a presença da orquestra, onipresente no álbum anterior, a banda pisa mais firme e mostra toda sua identidade. Lições aprendidas de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band (The Beatles, 1967) e Pet Sounds, equilibrando a ousadia e as melodias cativantes que se esperam da música pop.

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The Velvet Underground – White Light/ White Heat (31 pontos)
Adriano: Inferior ao primeiro disco da banda, e não me parece que apresente nenhum avanço. É mais barulhento, tem barulheiras mais demoradas, mas não é nada que faça você babar. O álbum não é ruim, mas não é nada espetacular. Realmente, tinham que passar a bola pras bandas alemãs.
Bruno: Já ouvi e reouvi e não me pegou. Gosto mais do primeiro.
Diogo: O primeiro álbum do grupo ainda tem valor para muito além da estética, pois diversas canções são de boa qualidade e revelam que, em meio a algumas ideias um tanto desconexas, a trupe de Lou Reed parecia ter determinados objetivos em direção a produzir música que desperta meu interesse. Esse fato, porém, não repete-se emWhite Light/White Heat, que soa repetitivo em excesso e carece de foco definido. Bem, talvez a intenção fosse justamente essa.
Fernando: Nunca ouvi. Como já disse na última edição desta seção, a banda não me apetece. Se nem o maior clássico deles, o tal disco da banana, me fez gostar, não acho que esse seria o caso.
Mairon: Tirando a versão eternizada por David Bowie posteriormente para a faixa-título, repito: isso é música?
Micael: Bem abaixo do primeiro disco e muito mais anárquico, mas, ainda assim, recomendadíssimo. Quem não entender a desordem sonora de “Sister Ray” irá odiar, mas quem conseguir captar a “viagem” barulhenta e mal gravada da faixa terá doses enormes de prazer. A faixa título e “Here She Comes Now” estão entre as melhores coisas que o Velvet já gravou, e “The Gift” não é coisa de quem tem a sua sanidade mental em plena capacidade. Discaço!
Ronaldo: Enquanto o Velvet Underground gravava esse disco, a criatividade fumava um cigarro atrás do outro do lado de fora do estúdio. Não contentes com essa “ausência”, a banda chutou qualquer sombra de bom gosto com sons ainda mais rudes e toscos que em seu trabalho anterior e teve a cara de pau de gravar 17 minutos de barulho em “Sister Ray”, um verdadeiro atentado terrorista aos ouvidos.

13.+Wheels+of+Fire
Cream – Wheels of Fire (30 pontos)**
Adriano: O disco entrou por conta de sua parte inédita de estúdio, então desconsidero o segmento ao vivo. E o disco em estúdio de Wheels of Fire é ótimo, o melhor do Cream! Poderia até ter entrado no meu Top 10, pois é tão bom quanto meus nono e décimo lugares. Destaco as lindas “Passing the Time” e “As You Said”, que, pra mim, representam uma influência dos Yardbirds sobre a banda, pela semelhança no estilo.
Bruno: Não ouvi.
Diogo: A única razão que faz com que eu não considere Wheels of Fire o melhor álbum do Cream é o simples fato de que Disraeli Gears (1967) é insanamente fantástico. Um disco que abre com “White Room” e fecha com “Deserted Cities of the Heat” teria que estar recheado com muita porcaria para que perdesse a alcunha de “clássico”, mas felizmente isso não ocorre, pois Jack Bruce, Eric Clapton e Ginger Baker, por mais que não tenham tido carreiras 100% perfeitas, quando juntos são praticamente incapazes de errar. Ouça o que o trio faz em “Sitting of the Top of the World” e “Born Under a Bad Sign” e sinta o blues sendo pervertido, assim como Jack Bruce dá sequência a sua infalível parceria com o poeta Pete Brown nas delirantes “As You Said” e “Politician”. Esqueçam esse papo de rotular qualquer trio como “power trio”: depois do Cream, nenhum mais merece essa alcunha.
Fernando: Obviamente gosto muito deste disco, mas, quando apresentei minha lista, preferi deixá-lo de fora. Não sei bem o porquê. Acho que quis dar chances a outros.
Mairon: O melhor disco da carreira do Cream. Mesmo desprezando o lado ao vivo (excepcional, diga-se de passagem), nele temos sonzeiras como “White Room”, “Sitting on Top of the World” e “Politician”, isso para citar apenas três. Não entraria na minha lista final, mas é sim um grande álbum.
Micael: Este disco não está na minha lista por puro esquecimento. Tivesse eu lembrado, estaria lá em cima, disputando pau a pau o primeiro lugar com Hendrix. Mesmo ignorando o disco ao vivo (critério que adotamos em nossas listas), impossível não se render a clássicos do porte de “White Room”, “Politician” ou “Deserted Cities of the Heart”, ao talento de Clapton, Bruce e Baker nos blues “Sitting on Top of the World” e “Born Under a Bad Sign”, à psicodelia de “Those Were the Days” e “Passing the Time”, à beleza de “As You Said” ou à engraçada “Pressed Rat and Warthog”. E isso tudo sem citar que o desgraçado do disco ainda é duplo e tem na outra parte uma banda no topo da forma em registros captados sobre o palco, seu lugar natural. Muitas vezes melhor que qualquer um que está nesta lista (à exceção, talvez, deElectric Ladyland), o que torna o seu oitavo (???) lugar quase uma vergonha!
Ronaldo: Uma banda no ápice da criação e do entrosamento. Composições marcantes. Letras densas e interpretativas. Solos de guitarra que disparam o coração. Baixo e bateria pulsantes. Vocais enérgicos. Instrumentos inusitados. Blues transformado. Músicas ricas em variações. Atmosfera psicodélica. Uma produção sonora e gráfica à altura da música. Para os atentos, sempre há o que se descobrir em Wheels of Fire.

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Big Brother and the Holding Company – Cheap Thrills (29 pontos)
Adriano: Já fui bem fã de Janis Joplin, mas não é mais o caso. Acho lindíssima a versão de “Summertime”, talvez a melhor de todas, mas este disco passa longe de me impressionar.
Bruno: Apesar de admirar o timbre e a qualidade vocal de Janis Joplin, não há nada no trabalho dela que me atraia, mas considero este o seu registro definitivo, com uma banda bastante competente por trás.
Diogo: Nunca fui fã de Janis Joplin e continuo não sendo, mas isso não impediu que eu escutasse Cheap Thrills. Na verdade, comparado aos seus contemporâneos psicodélicos californianos, o Big Brother and the Holding Company até fica acima da média, especialmente por injetar doses fortes de blues e ter os pés fincados mais no chão, mas, mesmo assim, o grupo não me chama muito a atenção, apesar das versões, em especial, terem bastante valor.
Fernando: Não liguei o nome à pessoa quando vi o Big Brother nesta lista. Depois que fui ouvir a banda é que lembrei porque nunca tive interesse em ouvi-la: Janis Joplin. Pode ser picuinha, mas não gosto dela. Algumas faixas, as mais blues, são até interessante, mas no geral não gostei.
Mairon: Este é um dos melhores discos da história da Califórnia, e, certamente, o melhor álbum do Big Brother and the Holding Company. Em apenas sete canções, temos a essência do flower power lisérgico, apresentado ao mundo um ano antes no Monterey Pop Festival e assassinado um ano depois no Woodstock Festival. Difícil achar outro disco do estilo com tantos clássicos, ainda mais do porte de “Ball and Chain” (um dos melhores covers que já ouvi), “Summertime”, “Piece of My Heart” e “I Need a Man to Love”. Complementam esta obra-prima a genial “Combination of the Two”, o blues embriagante de “Turtle Blues” e a sensacional recriação para “Coo-Coo”, batizada de “Oh! Sweet Mary”. Discaço-AÇO-AÇO!!! Recomendado para todo ser vivo.
Micael: Gosto bastante do Big Brother, mas não de sua cantora. Este segundo álbum geralmente tem mais reconhecimento que o de estreia, mas, para mim, os dois estão no mesmo nível. A melhor música do grupo para mim está aqui, “Oh, Sweet Mary”, por não contar com Janis na voz principal, se bem que a interpretação da moça em “Summertime”, “Ball and Chain” e “Piece of My Heart” quase fazem a aventura de ouvi-la cantar suportável. Pena que, após sua saída, a banda tenha tido tão pouca atenção, pois esses dois registros mostram que eles mereciam muito mais do que ser apenas a “eterna primeira banda de Janis Joplin”.
Ronaldo: Eis o clássico que portou uma das maiores vozes do rock ‘n’ roll, Janis Joplin. A imagem sonora da Califórnia ensolarada e psicodélica é o que temos quando “Combination of the Two” começa a tocar. Seguem-se sons embasbacantes, com lotes de guitarras fuzz inebriantes e a voz orgasmática de Janis.

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Os Mutantes – Os Mutantes (28 pontos)
Adriano: Por pouco este disco não entrou no meu Top 10, embora a disputa com o homônimo de Gilberto Gil desse ano fosse acirrada e talvez eles perdessem pro músico baiano. É legal, de qualquer modo, ver, finalmente, um representante brasileiro na lista final. Destaco neste álbun as clássicas “Panis et Circenses”, “Baby” e, principalmente, “Bat Macumba”, além da linda “O Relógio”. Não consigo gostar de “A Minha Menina”, mas ela não compromete tanto o trabalho.
Bruno: Um dos discos mais importantes da música psicodélica mundial, sem dúvida nenhuma. O que esses caras fizeram em 1968 em terras brasileiras, em plena ditadura, é pra aplaudir de pé. Não é o meu favorito da banda, muito por não conter quase nenhuma composição própria, mas é com certeza o mais inventivo do grupo.
Diogo: Apesar de ter ouvido o disco poucas vezes, fica bastante latente que, apesar da influência da música brasileira, os Mutantes beberam nas duas vertentes psicodélicas. A mistura, que normalmente poderia cair de forma indigesta para mim, até que supera a expectativa e garante alguns momentos muito interessantes, como é o caso de “Panis et Circensis”, “O Relógio” e “Baby”. Difícil mesmo é imaginar que a Rita Lee que ouvimos em Os Mutantes é a mesma de hoje em dia.
Fernando: Outra banda que, a exemplo do Velvet Underground, nunca me agradou. Já ouvi bastante e não é que não a considere boa, mas é o tipo de banda que não tenho interesse em reouvir. Os álbuns que baixei há muito tempo estão sempre lá na minha pasta de música, mas nunca volto a ouvi-los. Sei que o povo vai descer o pau, mas é a verdade.
Mairon: Dos álbuns da Tropicália, esse foi o que mais se destacou, e com razão. Para muitos, o melhor disco de rock do Brasil (curiosamente, o primeiro disco de rock nacional a entrar na lista final de melhores de todos os tempos). É um álbum fortemente influenciado por Beatles, mas com o tempero brasileiro apimentado pelos arranjos de Rogério Duprat, e claro, o talento raro de Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sergio Dias. Não é o meu preferido do grupo, mas reconheço sua importância. A partir do nascimento dos Mutantes, o rock nacional nunca mais foi o mesmo.
Micael: Ainda não são os Mutas que se tornariam, mas já davam a cara a bater e mostravam talento. As poucas canções autorais (“O Relógio” e, principalmente, “Ave Genghis Khan”) e a versão para “Once Was a Time I Thought” (“Tempo no Tempo”) talvez sejam minhas favoritas, mas um grupo que consegue transformar Caetano Veloso e Gilberto Gil em música de qualidade merece todos os créditos. Discos melhores do grupo viriam, mas esta estreia merece todos os elogios, e, com certeza, deveria estar em um local mais alto nesta lista!
Ronaldo: O primeiro disco dos Mutantes é, hoje, um reconhecido trabalho da era psicodélica, mas só entrou na lista dos dez porque esta é uma lista feita por brasileiros. Garotada muito ousada, que estava cercada de cabeças pensantes e muito ativas (Duprat, Caetano, Gil, Tom Zé, etc). Rock psicodélico com um toque exótico, e esse elemento não se refere somente às incursões na música brasileira.

Listas individuais:
Adriano KCarão
11. The Kinks – The Kinks Are the Village Green Preservation Society
2. The Rolling Stones – Beggars Banquet
3. Blue Cheer – Outsideinside
4. The Zombies – Odessey and Oracle
5. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland
6. The Mothers of Invention – We’re Only in It For the Money
7. Procol Harum – Shine on Brightly
8. The Beatles – The Beatles
9. Blood, Sweat & Tears – Child Is Father to the Man
10. The United States of America – The United States of America

Bruno Marise
1364328104_van-morrison-astral-weeks1. The Zombies – Odessey and Oracle
2. The Small Faces – Ogden’s Nut Gone Flake
3. The Rolling Stones – Beggars Banquet
4. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland
5. Os Mutantes – Os Mutantes
6. Van Morrison – Astral Weeks
7. Ronnie Von – Ronnie Von
8. Steppenwolf – Steppenwolf
9. Jeff Beck – Truth
10. Roberto Carlos – O Inimitável

Diogo Bizotto
The Byrds Sweetheart of the Rodeo HIGH RESOLUTION COVER ART
1. The Byrds – Sweetheart of the Rodeo
2. The Band – Music From Big Pink
3. The Moody Blues – In Search of the Lost Chord
4. Cream – Wheels of Fire
5. Dillard & Clark  – The Fantastic Expedition of Dillard & Clark
6. The International Submarine Band – Safe at Home
7. The Rolling Stones – Beggars Banquet
8. The Zombies – Odessey and Oracle
9. Jeff Beck – Truth
10. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland

Fernando Bueno
traffictraffic196811. The Small Faces – Ogden’s Nut Gone Flake
2. The Band – Music From Big Pink
3. The Moody Blues – In Search of the Lost Chord
4. Traffic – Traffic
5. The Beatles – The Beatles
6. Jeff Beck – Truth
7. The Rolling Stones – Beggars Banquet
8. Jethro Tull – This Was
9. Deep Purple – Shades of Deep Purple
10. Blue Cheer – Vincebus Eruptum

Luiz Carlos Freitas
CS432366-01A-BIG1. The Velvet Underground – White Light/White Heat
2. The Rolling Stones – Beggars Banquet
3. Fleetwood Mac – Fleetwood Mac
4. Creedence Clearwater Revival – Creedence Clearwater Revival
5. Joni Mitchell – Song to a Seagull
6. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland
7. Os Mutantes – Os Mutantes
8. Van Morrison – Astral Weeks
9. Big Brother and the Holding Company – Cheap Thrills
10. Grateful Dead – Anthem of the Sun

61jjYpCO01LMairon Machado
1. Big Brother and the Holding Company – Cheap Thrills
2. Moby Grape – Grape Jam
3. Quicksilver Messenger Service – Quicksilver Messenger Service
4. Moby Grape – Wow
5. Vanilla Fudge – Renaissance
6. The Band – Music From Big Pink
7. The Moody Blues – In Search of the Lost Chord
8. Bloomfield/Kooper/Stills – Super Session
9. The Rolling Stones – Beggars Banquet
10. Iron Butterfly – Heavy

Micael Machado
ilps-9085-jethro-tull-this-was-front1. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland
2. Jethro Tull – This Was
3. Deep Purple – Shades of Deep Purple
4. Os Mutantes – Os Mutantes
5. Deep Purple – The Book of Talyesin
6. The Doors – Waiting For the Sun
7. The Velvet Underground – White Light/White Heat
8. Pink Floyd – A Saucerful of Secrets
9. Neil Young – Neil Young
10. Iron Butterfly – In-A-Gadda-Da-Vida

Ronaldo Rodrigues
4645591541_d89a09104b_b1. The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland
2. Cream – Wheels of Fire
3. Steppenwolf – Steppenwolf
4. The Pretty Things – S.F. Sorrow
5. Quicksilver Messenger Service – Quicksilver Messenger Service
6. Jeff Beck – Truth
7. The Rolling Stones – Beggars Banquet
8. The Electric Prunes – Mass in F Minor
9. Big Brother and the Holding Company – Cheap Thrills
10. Soft Machine – The Soft Machine
 
* O colaborador Luiz Carlos Freitas não conseguiu enviar seus comentários a respeito da lista final a tempo, mas participou de sua elaboração.
** Consideramos apenas o disco de estúdio que compõe Wheels of Fire.

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