quarta-feira, 8 de julho de 2009

Moxy



Seguindo nas bandas canadenses, essa semana irei narrar a história de um dos símbolos do hard rock deste país nos anos setenta.

Sou um grande fã do guitarrista Tommy Bolin, o qual teve sua fama em uma curta, mas importante, passagem pelo Deep Purple, e lançou dois excelentes álbuns solos, Teaser (1975) e Private Eyes (1976). Quando guri, em uma resenha na nossa querida Rock Brigade sobre a caixa The Ultimate: The Best of Tommy Bolin (1989), contando com três vinis e muitas raridades, descobri um pouco mais sobre a história desse grande guitarrista e, principalmente, que ele havia participado dos álbuns de Billy Cobham e Alphonse Mouzon e passado, entre outras, por Zephyr, James Gang e Moxy. Fora o trabalho solo e com o Purple, creio que onde Bolin realmente se encontrou foi no Moxy.


O grupo começou a ser formado em 1973, na cidade de Toronto, quando o vocalista "Buzz" Shearman decidiu reformular a grande banda Leigh Ashford, com quem gravara o raríssimo e cobiçado álbum Kinfolk (1971), chamando então Bill Wade para a bateria, Kim Fraser para o baixo e Earl Johnson para a guitarra. Em 1974 Fraser acabou sendo substituído por Terry Juric, o que acabou numa mudança não só na sonoridade do Leigh Ashford, mas também no nome, adotando então Moxy.

De cara o Moxy lançou um single, contando com "Can't You See I'm A Star", um hino do rock canadense e que levou o quarteto a assinar com a Polydor Records em dezembro de 1974, não só pela canção, mas também por causa do forte carisma de Buzz. Com o sucesso do single o Moxy começou uma longa turnê pela América do Norte, passando por cidades como Toronto, Ontario, Illinois, Detroit, Michigan, entre outras.

A banda foi para os estúdios gravar seu debut de uma forma totalmente independente, contando somente com a ajuda de Mark Smith, que já trabalhara com o Bachman-Turner Overdrive e também com o produtor Roland Paquin. Ao mesmo tempo que faziam o primeiro álbum, a banda viajava pelos Estados Unidos divulgando seus sons, aproveitando cada parada para entrar em um estúdio e registrar algo. E foi em uma dessas paradas, mais precisamente quando o Moxy passava pela Califórnia, na cidade de Van Nuys, que conheceram Tommy Bolin.

Na verdade o jovem guitarrista estava fazendo uma sessão de gravação para o álbum Teaser no mesmo estúdio do Moxy e ficou impressionado com a sonoridade da gurizada, acabando por oferecer seus trabalhos para a banda, o que foi prontamente aceito, já que Bolin, além de ser um boa pinta, também tinha um estilo que se encaixava ao que estava sendo buscado pelo grupo. Além disso, Bolin conhecia Paquin desde os tempos da James Gang, o que ajudou ainda mais na união Moxy/Bolin.

Um clima de harmonia surgiu nos estúdios, e assim diversas músicas passaram a ser refeitas para a inclusão das guitarras de Bolin. Após as diversas sessões, Bolin seguiu seus trabalhos em seu álbum de estreia, ao mesmo tempo em que recebia o convite para substituir Ritchie Blackmore no Deep Purple.

Como não tinha um vínculo oficial com o Moxy, Bolin preferiu seguir carreira ao lado do Purple, deixando para o pessoal do Moxy uma excelente contribuição no álbum de estreia do grupo, pouco depois de Buddy Caine ter assumido a segunda guitarra, já que diversos shows haviam sido marcados anunciando o Moxy como um quinteto.

Segundo Johnson, o que realmente aconteceu é que Bolin já havia dito que após o término das gravações de Teaser iria sair em turnê com o grupo, e também estava disposto a gravar mais um álbum. Porém, o surpreendente convite feito por David Coverdale pegou-o de surpresa, e, claramente, participar do Deep Purple era como marcar um gol decisivo em final de campeonato, nem Johnson perderia a oportunidade.



No final de 1975, Moxy (ou "álbum preto") foi lançado no Canadá, e em janeiro nos Estados Unidos, através da Mercury Records. Um álbum fantástico, essencial na coleção de qualquer fã de hard que se preze, e, óbvio, deve ser ouvido sem comparações com Come Taste the Band.

A pérola "Fantasy", com o bongo de Wade e os acordes orientais de Bolin e Johnson, abre o disco com uma pequena participação de Bolin abrindo espaço para os vocais agudos de Buzz entoarem a letra sobre uma sessão lenta. O músico Tom Stephenson (companheiro de som de Bolin) participa tocando piano na canção, o que deu um belo clima para a mesma. O ritmo lento, com piano, baixo e bateria acompanhando os vocais, traz um clima de agonia, com um refrão ainda mais triste, marcado pelas fortes palhetadas de Bolin e Johnson, encerrando de forma totalmente hard, com uma bela participação das guitarras, onde Bolin executa o solo de encerramento de uma forma inconfundível.

"Sail On Sail Away" dá sequência, agora de forma acústica, com os violões comandando o ritmo para os vocais de Buzz, trazendo então uma parte instrumental mais pesada, que lembra muito o Led Zeppelin, retomando os violões. A parte pesada volta marcando o refrão, e não tem como não lembrar dos riffs de Jimmy Page e, principalmente, das batidas de John Bonham. A partir de então a canção cai numa gandaia, com um belo solo de Johnson, enquanto o Moxy manda ver no acompanhamento. A letra segue acompanhada pelo peso das guitarras e pela levada bateria/baixo, encerrando com o refrão grudento e com mais um solo de Johnson.

A clássica "Can't You See I'm a Star", com seu riff inconfundível, vem a seguir. As passagens de wah-wah feitas por Johnson caíram como uma luva na ideia da canção, e a participação de Bolin, com palhetadas certeiras, modificou bastante essa faixa em relação a sua versão original, ganhando mais punch e peso. O solo de Johnson no wah-wah é de primeira qualidade, e o peso da cozinha, com grandes riffs, justifica o porque de esta ser considerada por muitos fãs do Moxy como a melhor canção da banda.

Por fim, "Moon Rider" encerra o lado A com mais um grande riff. O início é pegado, com a bateria intercalando entre as palhetadas de Bolin e Johnson, ganhando pique com a voz de Buzz. Bolin executa um pequeno solo, e você não para de balançar a cabeça com a levada da canção, que tem seu destaque principalmente pela enorme quantidade de riffs utilizados e pela bela participação de Bolin, utilizando o volume no refrão em uma sessão dedilhada acompanhada por cymbals e pela marcação de baixo. O refrão fica então pesado, abrindo espaço para Bolin detonar, acompanhado por uma tradicional escala de terças feitas por Johnson e Fraser. O vocal é retomado, com mais um solo de Bolin encerrando essa grande faixa.

O lado B abre com "Time to Move On", outro riffzaço, marcado também pelos vocais de Buzz. Diferente do que Bolin iria fazer no Deep Purple - algo mais funk e soul music -, aqui ele está totalmente hard, inspiradaço em bandas como Led e até mesmo o próprio Purple. "Time to Move On" poderia facilmente estar presente em Machine Head por exemplo, como pode ser comprovado no solo de Bolin, onde o riff de Johnson é similar aos feitos por Blackmore.
"Still I Wonder" tem o início cadenciado das guitarras, baixo e bateria, que trazem o vocal de Buzz rasgado e sujo como todo grande som de hard rock. As guitarras distorcidas são o principal destaque, com Bolin interferindo bends e trêmolos entre os vocais de forma que só gênios conseguem fazer. A sessão instrumental é super cadenciada, e essa sim encaixa-se no que ouvimos em Come Taste the Band, com Bolin mandando ver em um solo curto, mas genial.

A pesadíssima "Train" é um quase blues, com Buzz cantando muito sobre a levada da banda. Essa faixa conta com solos de Bolin e Johnson, com Johnson fazendo o solo de encerramento, o qual é intercalado por Buzz trazendo a letra do refrão.

Por fim, "Out of the Darkness" encerra esse álbum de forma fantástica. Mais um grande riff, acompanhado pelos cymbals, traz o ritmo hard característico de todo o álbum. A letra é acompanhada por um segundo riff. Bolin executa o solo, acompanhado por um terceiro riff criado por Johnson. Se Buzz era o centro das atenções, Johnson era realmente o cérebro da banda, algo como Ian Astbury e Billy Duffy seriam para o The Cult posteriormente. "Out of the Darkness" é um símbolo do hard rock que o Moxy viria a fazer posteriormente, com um refrão forte e mais melódico.

O disco acabou vendendo bastante, principalmente nos Estados Unidos, onde teve todas as suas oito faixas amplamente divulgadas, principalmente pela Kiss FM, do Texas, através do famoso radialista Joe Anthony, fazendo com que o Moxy ganhasse muita fama naquele estado. "Fantasy" e "Sail On Sail Away" entraram rapidamente no top#20 da Kiss FM. Com isso, o Moxy passou a tocar em grandes lugares, sempre como atração principal. "Time to Move On" e "Train" acabariam posteriormente por entrar na coletânea de Bolin citada lá no começo do texto.


Em abril de 76 começam a gravar o segundo álbum. Moxy II mantinha a mesma sonoridade de Moxy, com riffs diretos e refrões grudentos, porém não tão pesados como seu antecessor. Produzido por Jack Douglas (que havia trabalhado com o Aerosmith), o "álbum vermelho" acabou sendo lançado mundialmente no verão de 1976, e com a intenção de fazer do Moxy uma grande banda acabaram colocando o álbum por modestos £1,50 na Inglaterra. A imprensa inglesa passou então a aclamar o Moxy como o Led Zeppelin canadense, e não era por menos.

O disco abre com "Cause There's Another", com riffs e solos de guitarras bem setentistas. Violões e guitarras acompanham os vocais, e Caine mostra que veio para assumir a posição de destaque na banda, já que compõe e sola em quase todas as músicas. O solo desta, por exemplo, é bem interessante, com muita pegada e também com a forte presença do baixo de Juric, que fica marcando o tempo ao lado da bateria para Buzz gritar a letra. Caine imita Bolin no solo final, o que levou muitos a pensarem que era Bolin na guitarra, o que não é verdade.

A suingada "Take It or Leave It" vem a seguir, com um belo embalo das guitarras e da cozinha Juric/Wade. O refrão é mais hard, mas o funkzão é que comanda toda a faixa, com destaque novamente para as bolianas intervenções de Caine.

Trovões e muito peso abrem "Through the Storm", uma das melhores faixas do Moxy, com uma bela introdução de guitarra. Os riffs do primeiro álbum estão presentes, com Buzz cantando de forma diferente, sem muitos agudos e com mais raiva. Grande música para balançar o corpo. Os duelos de guitarra encerrando a faixa, com muitos bends e arpejos, são o ponto alto da canção.

"One More Heartbreaker" é um rockzão bem setentista. Quem gosta do que a banda O Peso fez, por exemplo, irá curtir bastante esse som, onde Johnson manda ver em riffs despojados e sujos.

Por fim, a instrumental "Slippin' Out" encerra o lado A. A guitarra de Johnson vai aumentando de volume aos poucos, assim, como a bateria e o baixo, até entrar solando com a utilização de um talk box. Caine sola com a guitarra limpa, mudando o ritmo da canção, que alterna entre o talk box e a guitarra limpa até virar um blues, onde Caine manda ver. Johnson e Caine duelam suas guitarras, e fica interessante ver a utilização do talk box duelando com a guitarra limpa.
A seguir é a vez de um solo no talk box, retomando os temas iniciais. Caine sola pela segunda vez num ritmo super cadenciado, com a cozinha segurando bem. Ótima faixa!

O lado B abre com "Midnight Flight", um hardão tradicional, com direito a marcação de cowbell e, claro, um refrão grudento. As linhas instrumentais para o solo de Caine são bem elaboradas, mostrando que o Moxy aproveitara bem os tempos com Bolin.

A balada "Change in My Life" diminui o ritmo. Elaborada para as rádios americanas, essa canção contém um lindo arranjo de violões, e o dedilhado da guitarra de Johnson parece um piano. Destaque mais uma vez para a sessão instrumental.

"Tryin' Just For You" tem uma grande levada de baixo na introdução, virando um rockzão, enquanto a faixa de encerramento, "Wet Suit", com Johnson mandando ver no slide guitar, é um bluesão manhoso bem no estilo do Led Zeppelin, com participação de Buzz na harmônica e com um solo de teclado de Caine.

O Moxy partiu para uma turnê como headliner pelo Canadá, e foi a banda de abertura do Black Sabbath, voltando para os estúdios em março de 1977. No meio do ano, chegava as lojas o terceiro disco da banda, agora contando com uma linda capa feita por Heiner Geisel e chamado Ridin' High.


O lado A é bem hard, abrindo com "Nothin' Comes Easy", um grande rock'n'roll com um refrão apelativo (inclusive contando com ovação de platéia) e terminando como uma grande festa, onde o refrão é repetido diversas vezes.

"Rock Baby" mantém os grandes riffs, com destaque para o solo de Caine, enquanto "Sweet Reputation" é uma das melhores do álbum, com um baixo galopante que lembra muita a versão de "Diamonds and Rust" feita pelo Judas Priest. Acordes únicos entoados pelas guitarras de Caine e Johnson acompanham a melodia vocal dessa grande canção do Moxy. Por fim, o lado A encerra com "I'll Set You on Fire", com Caine usando o wah-wah em um sonzão cadenciado.

A faixa título abre o lado B com o slide de Johnson, enquanto um boogie de ótima qualidade comanda outra grande canção, com um belíssimo trabalho de Juric e Wade, além, claro, dos solos de Johnson no slide, duelando com Caine no talk box.

"Young Legs" é uma canção que poderia ser facilmente encontrada nos álbuns de Uli Jon Roth, já que os riffs, acordes e a levada são típicas do grande guitarrista do Scorpions. A linda balada "Another Time Another Place" mostra que o Moxy buscava novos caminhos. A guitarra dedilhada de Johnson é intercalada por acordes feitos por Caine. Violões e órgão, tocado por Scott Cushnie, acompanham a banda e os vocais dramáticos de Buzz, com um grande final onde Caine e Johnson duelam sobre a repetição do refrão.

"Are You Ready" volta aos hards do Moxy, com bastante slide e muitas guitarras. Por fim, "Reprise (Nothin' Comes Easy)" retoma o refrão da faixa de abertura encerrando o álbum, agora com a banda sendo acompanhada pelo piano de Cushnie.

Em 27 de julho o Moxy apresentava-se pela primeira vez nos Estados Unidos como headliner, no Armadillo World Headquarters de Austin. Em seguida foi atração no Municipal Auditorium de San Antonio, e no dia 29 no Ritz Music Hall, também no Texas, onde a banda de abertura foi nada mais nada menos que o AC/DC (pra se ter um pouco a idéia do sucesso que o Moxy fez neste estado), andando então como headliner ao lado de bandas como Rainbow, Ramones e Styx.

Porém, as longas e extensivas turnês, bem como os anos de estrada (vários membros estavam na ativa desde os anos sessenta) acabaram prejudicando a banda, começando com problemas nas cordas vocais de Buzz, o que acabou com Brian Maximan sendo chamado para fazer as vozes mais altas no final da turnê.

Em novembro de 1977 Buzz decidiu sair do Moxy alegando conflitos de personalidade e diferenças musicais, mas principalmente para cuidar da saúde e de seus problemas com álcool. Acabou fundando posteriormente sua própria banda, a Buzz Saw, ao lado de Bob Bulger (guitarra) e Frank Russe (bateria). Junto com Buzz, Wade pediu as contas, sendo substituído por Danny Bilan, enquanto que o vocalista Michael Rynoski assume os vocais para fazer sua estreia no álbum Under the Lights (1978) e comandar uma mudança na sonoridade da banda, inclusive participando da composição de todas as músicas do álbum.


O disco abre com "High School Queen" e as slides de Johnson. Um hard brilhante, que nos apresenta um vocalista com voz mais grave do que seu antecessor, mas que se encaixou bem na nova ideia de som, agora com o acompanhamento das backing singers Tracy Richardson, Sharon Lee Williams e Colina Phillips.

A faixa-título dá sequência com um som bem oitentista (novidade para a época), assim como "Maybe I'm a Dreamer", cheia de violões e pianos, esses últimos à cargo de Cushnie. O refrão desta é um tanto quanto repetitivo, mas a mesma possui uma linda sessão instrumental onde Johnson, responsável por todos os solos do LP, relembra os tempos de Tommy Bolin.

"Sing to Me" encerra o lado A novamente com violões e teclados bem oitentistas. Quem conhece bem a banda Triumph poderá confundir essa com a clássica "Magic Power", do álbum Allied Forces (1981).

"Sailor's Delight" invade o lado B com muito rock'n'roll. Talvez a melhor faixa do álbum, onde Johnson abusa de guitarras dobradas e com uma levada excepcional. "Thinking About You" traz batidas fortes de bateria acompanhadas pelos teclados e por guitarras bem oitentistas, que executam o riff principal. A percurssão de Jack Richardson colabora para manter o clima de festa, em uma faixa pouco inspirada.

A linda "Easy Comes Easy Go" lembra "Simple Man" do Lynyrd Skynyrd, com os violões dedilhados e uma bela melodia da guitarra. Um refrão forte e os backing vocals nos remetem aos anos do southern rock.

Por fim, "Livin' & Learnin'" encerra o álbum com muito peso. Uma faixa parecida com o que o Moxy havia feito no início de sua carreira, contando com passagens de guitarra e viradas de bateria similares ao que o Aerosmith vinha fazendo nos álbuns Toys in the Attic e Rocks.

Apesar de ser um disco bem abaixo do que o Moxy fez em seus três primeiros álbuns, Under the Lights acabou virando um disco pioneiro para a geração de adolescentes americanos do final dos anos 70, influenciando diretamente no surgimento de bandas como Cinderella, Firehouse, Poison, Bon Jovi e até mesmo na evolução de seu primo, o Triumph, dando origem ao chamado hard farofa, já que abusava do uso de teclados e letras melosas.

A banda partiu para uma longa turnê ao lado de Aerosmith, Ted Nugent, Triumph e Johnny Winter, mas a ausência de Buzz afetou, e muito, a popularidade do grupo, que entrou em rápida decadência, que se agravou ainda mais com a saída de Earl Johnson, o qual foi substituído por Woody West.Buzz voltou a participar do Moxy em 79, ao lado de Caine, Juric e Bilan, além do guitarrista Doug MacAskill (ex-The Stampeders).

Com a morte de Bon Scott (AC/DC), Buzz acabou sendo cogitado para vocalista da banda australiana, mas os problemas nas cordas vocais se agravaram, e assim Brian Johnson acabou assumindo e continuando a grande carreira dos irmãos Young. O Moxy continuou excursionando, enquanto seus membros participavam de diferentes álbuns, como o The Lee Aaron Project (1982) de Lee Aaron, com a participação de Buzz, Johnson e Wade.


No dia 16 de junho de 1983 Buzz envolveu-se em um grave acidente de moto, que acabou vitimando esse grande vocalista. Os membros originais da Moxy reuniram-se para realizar um concerto com o objetivo de angariar fundos para a família de Buzz, que havia deixado uma esposa e um filho, além também de uma coletânea chamada A Tribute to Buzz Shearman, que trazia três canções que não haviam sido lançadas anteriormente: "Highway", "Eyeballs" e "Trouble", todas com Buzz nos vocais.


Caine, Bilan, Juric e Brian Maxin (que havia participado como backing vocal nos dois primeiros álbuns do Moxy) fundaram a banda Voodoo, enquanto Johnson continuou sua carreira como músico de estúdio. Em 1993 foi lançada a coletânea Best Of: Self Destruction, onde a banda solo de Caine participa com uma canção chamada "Feed the Fire" e com a primeira versão trazendo uma rara interpretação para "Take It Or Leave It".


Em 1999, Johnson, Wade e Caine reuniam-se para produzir o quinto álbum da banda, Moxy V (ou disco cinza), que foi lançado em 2000 contando com Maxim, Jim Samson (baixo) e trazendo novamente a sonoridade dos primeiros álbuns. Wade acabou adquirindo uma grave doença após o lançamento deste, sendo substituído por Kim Hunt. Wade acabou falecendo de câncer no dia 27 de julho de 2001, mesmo ano do lançamento na Europa de uma segunda versão de Moxy V, contando com as músicas de estúdio e mais três gravadas ao vivo, além de uma nova capa.


O Moxy passou a excursionar ao lado de nomes como Budgie, Michael Schenker Group e Saxon, entre outros, tocando inclusive na Europa. Lançam em 2002 o álbum Raw, gravado ao vivo no Sweden Rock Festival e no El Mocambo, ambos em 2001,

Maxim foi substituído por Alex Machin, fazendo shows e aparecendo em programas de TV, sendo substituído em 2008 por Russ Graham. Também em 2008 Caine decidiu sair do Moxy para se dedicar a família, e hoje o Moxy sobrevive como um quarteto, contando com Earl Johnson, Jim Samson, Kim Hunt e Russ Graham.

Em 08 de março de 2009 uma faixa inédita com Buzz nos vocais, chamada "You Can't Stop the Music in Me", foi tocada nas rádios canadenses no dia do aniversário de Buzz, faixa essa que havia sido gravada em 1981 e que foi lançada em uma edição limitada, bem como um DVD e um livro narrando a história dessa que é uma das principais bandas do rock canadense.

2 comentários:

  1. O primeiro disco do Moxy foi uma das grandes descobertas que fiz em 2009, praticamente sem querer. Ouvi "Moon Rider" e fui fisgado de primeira. Não vejo por que não rotulá-la como um dos grandes clássicos do rock pesado setentista. O único elemento que falta nessa canção é grande popularidade, pois o resto... A partir dessa música conheci o excelente primeiro disco da banda e o resto de sua discografia. Em meio a muitas bandas superestimadas apenas por serem classificadas como "hardão setentista", o Moxy faz jus aos elogios e se destaca. Baita banda!

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  2. Com certeza Diogo. e o primeiro disco como Tommy Bolin é muito bom! Eu coloco facil entre os melhores do hard 70. Os riffs desse disco são algo.

    Um abraço

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