Por Diogo Bizotto
Com Adriano KCarão, Bruno Marise, Mairon Machado e Ronaldo Rodrigues
Publicamos ontem uma edição da coluna “War Room” celebrando 50 anos do lançamento de Please Please Me, primeiro álbum dos Beatles. Além de festejar o grupo e avaliar a música presente no disco, essa publicação teve outra intenção ainda mais importante: introduzir uma nova coluna mensal na Consultoria do Rock: “Melhores de Todos os Tempos”. A proposta? Levar a cabo o ambicioso desafio de eleger quais são os melhores álbuns lançados nas últimas décadas. Mensalmente, vários colaboradores do site elaborarão listas anuais congregando dez escolhas pessoais, que depois serão compiladas em um Top 10 definitivo. O critério para elaborar a listagem final? A pontuação do Campeonato Mundial de Fórmula 1, iniciando com 25 pontos para primeiros colocados e finalizando com 1 ponto para décimos colocados. Como marco inicial, escolhemos 1963, ano em que a maior banda de todos os tempos registrou sua estreia. A nova seção será publicada todos os meses, sempre aos sábados. Conheça abaixo o resultado de nossa primeira empreitada e não deixe de enviar seus comentários, concordando ou discordando de nossa lista. Não esqueça de citar seus favoritos!
Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady (80 pontos)
Adriano: Merecidíssimo primeiro lugar. Embora eu não conheça aprofundadamente a carreira de Charles Mingus, sei que antes desse disco ele já desenvolvia um som nessa linha, distinguindo-se de todos os artistas de jazz que já pude ouvir. No caso desse álbum, é como se fosse um disco conceitual de jazz, tanto pelos títulos das músicas, que remetem a uma espécie de balé, como pela musicalidade, em que sempre os instrumentos parecem conversar – ou discutir, mais propriamente – e boa parte das “melodias”, se quisermos chamar assim, vão surgindo por meio desse diálogo. Embora, todas as faixas tenham o selo Mingus de qualidade, destaco a terceira música, “Group Dancers”, e a inserção de um violão “andaluz” – à la Steve Howe (Yes) – nessa faixa e na posterior. O progressivo já existia nesse disco, ainda que não fosse rock.
Bruno: Mescla impressionante de jazz com música folclórica, influências de blues e batidas dançantes. Uma das melhores facetas da variadíssima carreira de Mingus.
Diogo: Esse disco me impressionou especialmente por dois motivos. Primeiro: apesar de ser um registro totalmente instrumental, evidentemente soa como um álbum conceitual, tornando fácil imaginar o desenrolar de uma história em nossas mentes, dependendo apenas da nossa capacidade imaginativa. Segundo: o diálogo entre os instrumentos é hipnótico. Definitivamente, esqueça toda aquela conversa sobre o jazz ser um gênero indicado para momentos de relaxamento, pois The Black Saint and the Sinner Lady exige máxima atenção daqueles que realmente entendem sua proposta. Trata-se de um disco tenso, e é justamente essa tensão que o torna tão especial.
Mairon: Um disco revolucionário, que merece o status de melhor de 1963. Charles Mingus demonstrando toda a sua genialidade.
Ronaldo: Um dos melhores trabalhos do mestre do contrabaixo.
Sam Cooke – Night Beat (52 pontos)
Adriano: Também merecido segundo lugar. O mais soul de todos os álbuns soul que já ouvi. Não o melhor, pois ao menos Curtis (1970) de Curtis Mayfield lhe tomaria o lugar, mas certamente o mais soul, mais profundo, mais encantadoramente melancólico. A interpretação de Sam Cooke dispensaria facilmente o acompanhamento instrumental, mas os instrumentistas também fizeram um lindo trabalho nesse disco. Obrigado à Consultoria pela oportunidade de ter acesso a esse lindíssimo disco.
Bruno: Senti raiva por não ter ido atrás da obra de Sam Cooke antes. Que voz absurda. E o cara ainda lançou dois discaços em 1963. Night Beat só venceu pelo repertório mais coeso, porque a performance é brilhante nos dois. Pouquíssimas vezes ouviremos alguém cantar com tanta alma e sensibilidade.
Diogo: Uma das vozes mais belas que já habitaram este planeta, Sam Cooke entrega-se completamente em Night Beat e oferece interpretações magistrais, entre as quais é difícil apontar destaques, pois o disco é totalmente nivelado por cima. Posso não ser um grande conhecedor da soul music norte-americana, mas não tenho dúvidas em apontar esse álbum como uma excelente introdução ao gênero. Finalmente pude perceber quão grande é a influência de Cooke no trabalho de um de meus vocalistas favoritos, Steve Perry (Journey).
Mairon: Outro grandioso álbum que não entrou na minha lista dos dez melhores por detalhe. O rhythm ‘n’ blues como deveria ser tocado por todos os músicos de seu estilo. Melhor álbum da carreira de Sam Cooke, sem dúvida nenhuma.
Ronaldo: Desconheço.
Roy Orbison – In Dreams (36 pontos)
Adriano: Ouvi apenas depois que saiu o Top 10 definitivo, e não deu para formar uma opinião mais condizente com a realidade do disco. Canções naquela vibe bem brega, meio country, inclusive dois temas que gosto muito: “Blue Bayou” e “All I Have to Do Is Dream”. Infelizmente, a voz de Orbison não me agrada tanto.
Bruno: Um monstro que infelizmente foi muito ofuscado em sua época, talvez pelo grande número de músicos talentosos. Roy Orbison compõe como poucos e tem uma voz inacreditável, que vai do mais grave até o falsete sem perder a classe. In Dreamsfigura entre seus melhores trabalhos, com o clima melancólico de sempre e melodias de rasgar o coração.
Diogo: Roy está, sem dúvida, entre meus dez vocalistas favoritos em todos os tempos. Sua interpretação exala uma pureza quase impossível de se encontrar em qualquer época, quase virginal. Melhor ainda é o fato do cantor também ser um compositor de personalidade, cunhando baladas que conseguem flertar com o erudito, o country e o pop ao mesmo tempo. Não pense que os destaques residem apenas nos hits “In Dreams” e “Blue Bayou”, pois músicas como “Shahdaroba”, “House Without Windows” e “Beautiful Dreamer” são de uma profundidade assustadora.
Mairon: O único defeito desse álbum é sua curta duração, com menos de 30 minutos. Mas a faixa-título já vale a aquisição. Não é dos meus preferidos.
Ronaldo: Desconheço o disco, mas o cantor em questão tem um estilo excessivamente polido.
Duke Ellington & John Coltrane - Duke Ellington & John Coltrane (35 pontos)
Adriano: Não consegui ouvir esse disco. Uma pena, pois são dois grandes nomes que me interessa conhecer bem.
Bruno: O maior compositor da história do jazz ao lado de um saxofonista brilhante. Não há mais o que falar. Momento histórico do gênero e de toda a música.
Diogo: Levando em consideração tudo o que já pude ouvir, 1963 foi um ano fantástico para o jazz. Duke Ellington & John Coltrane só não é o melhor álbum do ano em se tratando do gênero pois as qualidades de The Black Saint and the Sinner Lady são inegáveis. É belíssimo constatar que, apesar da grandeza de cada um dos protagonistas do disco, ninguém suplanta ninguém, abrindo espaço inclusive para que os outros músicos demonstrem sua capacidade. “In a Sentimental Mood” é pura perfeição musical.
Mairon: A junção de dois gigantes. Desde a faixa de abertura com “In a Sentimental Mood” até o encerramento com “The Feling of Jazz”, temos uma exposição emocionante do talento desses grandiosos, sendo o álbum uma valiosa despedida da fase vanguarda de John Coltrane, que mergulhou no free jazz meses depois.
Ronaldo: Um encontro sensacional.
Bob Dylan – The Freewheelin’ Bob Dylan (33 pontos)
Adriano: Não gosto muito desse disco, e acho que a maioria das pessoas que o endeusam tampouco gostam dele! “Blowin’ in the Wind” é legal, “Girl From the North Country” e “Masters of War” também, “Bob Dylan’s Dream” é ótima, mas isso é suficiente pra fazer de um álbum um clássico? Pode ser um disco de muita relevância, mas gostar é outra conversa, e creio que é esse o ponto. Por isso, não incluíFreewheelin’ na minha lista, embora eu adore a voz e até a gaita do Dylan. O primeiro e o terceiro disco de Dylan são melhores, pra mim.
Bruno: Não tenho uma boa relação com Bob Dylan. O compositor está longe de fazer parte dos meus preferidos, apesar de reconhecer seu grande talento e influência. Gosto de alguns discos como Blood on the Tracks (1975) e Highway 61 Revisited(1965), mas seus primeiros trabalhos mais calcados no folk violão/gaita me soam extremamente cansativos.
Diogo: Só de ter servido como motivo para, finalmente, começar a me aprofundar na carreira de Bob Dylan, essa nova seção já está valendo a pena. The Freewheelin’ Bob Dylan faz jus às críticas positivas que costuma receber e mostra-se de uma maturidade impressionante para um artista que recém havia completado 22 anos. O disco todo é sensacional, mas “Girl From the North Country”, “Masters of War e “A Hard Rain’s A-Gonna Fall” são definitivas. É fácil entender os motivos pelos quais tantos músicos registram covers de Dylan: é difícil ouvir músicas como essas e não pensar na possibilidade de transformá-las em versões com banda completa.
Mairon: O disco no qual Bob Dylan começou a botar suas asinhas para fora. As letras valem mais que as melodias, apesar de “A Hard Rain’s a-Gonna Fall” ser uma das minhas favoritas do cantor norte-americano.
Ronaldo: Um dos pilares da revolução do rock, mesmo sem ser rock, deixando de ser música para dançar e dando inteligência a ela.
The Beatles – Please Please Me (25 pontos)
Adriano: Se tivesse de entrar um disco dos Beatles no Top 10, teria que ser esse, um disco pop no nível dos bons discos pop dessa época, como How Do You Like It(1963), do Gerry & the Pacemakers, ou Big Girls Don’t Cry and Twelve Others(1963) do Four Seasons – esse último, certamente o melhor dos três. Embora haja algumas boas composições, como “I Saw Her Standing There” e “Love Me Do”, os melhores momentos são realmente os covers, principalmente “Boys”, com linda performance de Ringo, e a conhecidíssima versão pra “Twist and Shout”. Considero “Anna (Go to Him)” uma ótima escolha pra se fazer cover, dentro do repertório de Arthur Alexander, pois casou bem com a interpretação de John.
Bruno: Uma estreia importantíssima, mas que não chega perto dos grandes discos dos Beatles. O debut mostra uma banda ainda imatura, mas com algum destaques como as harmonias vocais de John Lennon, e as melodias inspiradas de McCartney. A quantidade de versões de outros artistas não colabora, ainda mais quando as melhores faixas do disco são de composição própria. O segundo disco, do mesmo ano, With the Beatles, já mostraria uma banda bem mais competente.
Diogo: Fico em severa dúvida sobre qual dos discos lançados pela banda em 1963 é o melhor, Please Please Me ou With the Beatles. De qualquer maneira, nenhum deles mereceu fazer parte de meu Top 10, mas, caso fossem vinte os citados, possivelmente estariam na lista. Please Please Me é um bom disco, recheado de belas harmonias vocais e promissor, especialmente por mostrar o potencial dos integrantes como compositores. Minhas favoritas são “I Saw Her Standing There”, “Misery” e “Twist and Shout”.
Mairon: Disco mediano, um dos mais fracos da carreira do Fab 4. Não entra nem entre os vinte melhores de 1963. Somente Lennon se escapa.
Ronaldo: Outro pilar da revolução do rock, ainda que mantivesse muito do pano de fundo inicial, mas introjetando levemente as mudanças mais radicais que o estilo teve no campo musical.
The Ventures – Ventures in Space (22 pontos)*
Adriano: Discaço conceitual! Os Ventures unem a surf music – que os caras dominavam super bem, diga-se de passagem! – com o space age pop então em voga, criando muitas vezes um som psicodélico-espacial que muita banda faria depois de 66, como se fosse algo muito novo. O disco é todo instrumental, muito bem tocado, com lindos efeitos e atmosferas de dar inveja a muita bandinha metida a “viajante”. Destaque pra abertura com a ótima “Out of Limits” e pras lisérgicas “Fear”, “The Fourth Dimension” e “The Twilight Zone”. Quem não ouviu tá vacilando feio!
Bruno: Achei interessante o surf music tradicional do grupo com toques progressivos (pioneiros?) e efeitos “espaciais”, mas se tratando de Ventures prefiro Surfing, do mesmo ano.
Diogo: Caso as listas particulares contemplassem não dez, mas 11 discos, certamente o The Ventures estaria na minha. O problema seria escolher entre o excelente Surfinge o genial Ventures in Space, um registro ousado para sua época, indo além do que é rotulado como surf rock e flertando com aquilo que viria a ser tido como psicodelia e space rock alguns anos depois. A quantidade de efeitos explorados pelo quarteto impressiona, assim como a influente guitarra de Nokie Edwards.
Mairon: Ouvi pouco, e do que consegui absorver, ficou um gostinho de que é algo bem primitivo, mas que pode gerar boas audições no futuro. Rock instrumental simples, mas contagiante. Bem melhor que o sexto colocado.
Ronaldo: Um trabalho muito próprio da época, música para dançar e curtir sem maiores pretensões, porém com o diferencial de um instrumental mais cuidadoso e trabalhado.
Eduardo Rovira – Tango Vanguardia (18 pontos)
Adriano: Só eu ouvi esse disco? Todo o meu respeito ao gênio Astor Piazzolla – que aniversariou no dia 11 deste mês –, mas no ano de 1963, em matéria de tango nuevo, é dominado por Eduardo Rovira com sobras! Um disco perfeito, inventivo, trazendo um tango mais voltado pro lado erudito – bem diferente, aliás, da proposta de Piazzolla. As faixas realmente soam como se fossem peças românticas, mas sem perderem nunca o “gingado” próprio do tango argentino – embora ele próprio tenha definido seu estilo como um “tango da cintura pra cima”. Demorei meses pra sacar qual era a desse disco, mas valeu a pena. Prefiro não destacar faixa nenhuma, pois são todas ótimas e posso incorrer em sérias injustiças.
Diogo: Não consegui ouvir o disco por completo. Escutei apenas algumas músicas soltas, que revelaram uma musicalidade sofisticada, um tanto diferente do tango ao qual os brasileiros estão mais normalmente expostos.
Bruno: Não ouvi.
Mairon: Não consegui achar o mesmo para ouvir, mas fiquei curioso com as desconhecidas (para mim) canções do álbum.
Ronaldo: Desconheço tanto o artista quanto o disco.
Miles Davis – Seven Steps to Heaven (17 pontos)
Adriano: Bem, esse realmente não me fisgou. Esperava mais de um disco de Miles Davis, pois antes desse álbum ele já havia gravado clássicos como “It Never Entered My Mind”. Talvez eu não tenha ouvido o suficiente, mas não foram poucas vezes. No futuro, talvez me pareça diferente, mas hoje esse álbum “nem fede nem cheira” pra mim.
Bruno: O cool jazz é minha vertente preferida do gênero. E eis aqui um grande representante. Disco belíssimo, relaxante e viajante ao mesmo tempo, pra deixar rolando de madrugada, só apreciando as melodias e o trompete de Davis, que passeia por todas as faixas em uma base sonora construída por um time de músicos de primeira.
Diogo: Miles lançou dois álbuns excelentes em 1963: Seven Steps to Heaven eQuiet Nights (com a participação de Gil Evans). Apesar do nível de qualidade ser semelhante, escolhi como meu favorito Seven Steps to Heaven, que, mesmo consistindo quase totalmente em uma compilação de standards, tem em sua original faixa-título o provável maior destaque, uma canção nervosa como a música que Miles faria pouco tempo depois, em discos que deixaram uma marca indelével não apenas no jazz, mas no rock.
Mairon: A transição do quinteto de Miles Davis para as experimentações que viraram no famoso fusion começam aqui. Um timaço jogando redondinho, em um dos melhores discos da carreira de Davis.
Ronaldo: Miles já pinçando novos territórios e dominando com desenvoltura tudo o que já existia.
The Beach Boys – Surfer Girl (17 pontos)
Adriano: Curto os Beach Boys desde o primeiro disco, de 1962, mas é uma coisa mais sentimental. “Drag City”, da dupla Jan & Dean, merecia figurar nesse Top 10, e não algum desses discos dos Beach Boys. Há, sim, boas músicas, como a faixa-título, “Catch a Wave”, “South Bay Surfer”, “Little Deuce Coupe” e “Our Car Club”, mas o disco não é nada memorável. Bem, mas em décimo passa.
Bruno: Os primeiros discos dos Beach Boys são bastante inconsistentes, apesar de uma pérola lá e cá. Do ano de 1963, prefiro Surfin’ Usa e o considero mais coeso queSurfer Girl.
Diogo: Ouvi os três discos que os Beach Boys lançaram em 1963 e, honestamente, nenhum deles me chamou muito a atenção. Certamente trazem algumas boas composições, mas nada que me faça escutar os álbuns com frequência. É possível queSurfer Girl até seja o mais coeso entre os três, mas é fato inegável que a banda evoluiria muito mais em questão de pouco tempo.
Mairon: Beach Boys é sempre Beach Boys, e Surfer Girl, com clássicos do porte de “In My Room”, “Little Deuce Coupe” ou a faixa-título, deve estar sempre entre os dez melhores de 1963.
Ronaldo: Assim como o Surfaris, foram injetando alguns temperinhos especiais naquela música adolescente, ainda que muito adolescente, mas divertida e boa pra curtir sem maiores pretensões.
Listas individuais:
1. Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady
2. Eduardo Rovira – Tango Vanguardia
3. Sam Cooke – Night Beat
4. Sun Ra – When Sun Comes Out
5. The Ventures – Ventures in Space
6. The Four Seasons – Big Girls Don’t Cry and Twelve Others
7. Jorge Ben – Samba Esquema Novo
8. Prince Buster – I Feel the Spirit
9. Rufus Thomas – Walking the Dog
10 Astor Piazzolla – Tango Contemporáneo
1. Sam Cooke – Night Beat
2. Roy Orbison – In Dreams
3. The Beatles – With the Beatles
4. Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady
5. John Coltrane Quartet – Ballads
6. Miles Davis – Seven Steps to Heaven
7. Ray Charles – Ingredients in a Recipe of Soul
8. The Ventures – Surfing!
9. The Surfaris – The Surfaris Play
10. Johnny Cash – Blood, Sweat and Tears
1. Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady
2. Roy Orbison - In Dreams
3. Bob Dylan – The Freewheelin’ Bob Dylan
4. Sam Cooke – Night Beat
5. Duke Ellington & John Coltrane - Duke Ellington & John Coltrane
6. Miles Davis - Seven Steps to Heaven
7. John Coltrane Quartet - Ballads
8. Duke Ellington – Money Jungle
9. Miles Davis – Quiet Nights
10. John Coltrane & Johnny Hartmann - John Coltrane & Johnny Hartmann
1. Duke Ellington & John Coltrane - Duke Ellington & John Coltrane
2. Charles Mingus – The Black Saint and the Sinner Lady
3. Tamba Trio – Avanço
4. Ike & Tina Turner – It’s Gonna Work Out Fine
5. Duke Ellington & Coleman Hawkins - Duke Ellington Meets Coleman Hawkins
6. Wes Montgomery – Portrait of Wes
7. Dizzy Gillespie – Something Old, Something New
8. Art Blakey – Ugetsu
9. The Beach Boys – Surfer Girl
10. Miles Davis - Seven Steps to Heaven
1. The Beatles – Please Please Me
2. Bob Dylan - The Freewheelin’ Bob Dylan
3. The Beach Boys - Surfer Girl
4. The Ventures - Ventures in Space
5. John Lee Hooker – Don’t Turn Me From Your Door
6. The Surfaris - The Surfaris Play
7. Lightning Hopkins – Goin’ Away
8. Dick Dale – The King of Surf Guitar
9. Link Wray – Jack the Ripper
10. Bo Diddley – Bo Diddley & Company
* Devido à inconsistência das fontes, que ora apontam Ventures in Space como tendo sido lançado em 1963, ora em 1964, resolvemos incluí-lo nesta edição da coluna e excluir da próxima, que será publicada no dia 20 de abril e abordará os álbuns editados em 1964.
Nenhum comentário:
Postar um comentário