Por Mairon Machado (MM)
Convidados: Bruno Marise (BM), Diogo Bizotto (DB) e Micael Machado (Mica)
Comemorando
30 anos de um dos principais álbuns do pop rock, o War Room desse mês
apresenta as opiniões de Mairon Machado e os convidados Bruno Marise,
Diogo Bizotto e Micael Machado sobre Let's Dance.
Décimo
quinto álbum da carreira de David Bowie, o disco é marcado por diversos
clássicos, que consolidaram a carreira do artista como um ícone pop nos
anos 80, influenciando muitos grupos do estilo posteriormente.
Primeiro lugar em quase todo o mundo, Let's Dance conta com a participação de um supertime, destacando a guitarra de Stevie Ray Vaughan.
Vamos as canções
1. Modern Love
Mica:
Começo me lembra sempre a música do footlloose, muito igual! Mas é um
clássico do Bowie oitentista, que só não é pior que o noventista!
BM: Gostei da introdução na guitarra com a bateria dançante na sequência
MM:
O riff de Carlos Alomar e a batida anos 80 identificam uma das melhores
canções de Bowie pós-Berlim. Um clássico, tendo a voz esganiçada de
Bowie como no início de sua carreira. Dançante, alegre e cativante,
mostra uma nova face do britânico, totalmente diferente do álbum
anterior (Scary Monsters (and Supper Creeds) e por diversas vezes,nos
remetendo as canções anos 50, apesar da linha quadrada dos anos 80.
Mica: Clássico das festinhas de garagem nos anos 80! Anos 50? Onde? Isso é totalmente oitentista!
BM:
Canção bem datada, típica dos anos 80. Interessante como ela é dançante
mas ao mesmo tempo tem uma melodia triste. Gosto de como é tudo
orgânico. Guitarra, baixo, bateria e safoxone. Sem sintetizadores, sem
efeitos eletrônicos. Boa música.
MM: No estilo dançante da canção, com os saxofones, etc, lembra bastante os anos 50. Adoro a letra dela
DB: "Modern
Love" já começa com a cara de seu produtor e guitarrista principal, o
fodônico Nile Rodgers, do Chic, que já produziu uma cacetada de música
boa. Um dos músicos mais importantes daquilo que se convencionou chamar
disco music. Além do mais, o baterista é Tony Thompson, também do Chic.
Não está no meu Top 3 do disco, mas é ótima.
Mica: Curto esse som! Não sei muito bem o porquê, mas é muito legal!
2. China Girl
Mica:
Essa prefiro com seu autor, o fodástico Iggy Pop! Acho essa versão do
Bowie muito certinha! Curioso como a voz dele muda da primeira para a
segunda música!
BM: É o Bowie mesmo cantando? Caramba!
MM: A versão definitiva para esse clássico de Bowie com Iggy Pop. Lançada originalmente no álbum The Idiot,
aqui a guitarra de Stevie Ray Vaughan dá todo um charme com a melodia
das cordas abafadas, e Bowie com sua voz grave imitando o estilo de Pop
cantar. Incrível como ele consegue alternar sua voz entre agudos e
graves, e a partir daqui, ele praticamente adota o grave como sua voz.
Vamos admirar essa obra-prima
Mica: Bateria quadrada pacas! Baixo bem dançante! O dedo do Chic se faz presente aqui também!
MM: O que torna a canção mais do que chamativa Micael. E vale lembrar, estamos em 1983. Muito do pop que veio depois saiu daí.
Mica: Para o bem e para o mal!
MM: Esse solo de Vaughan tem todas as letras de UM SOLO DE VAUGHAN. Melodico, palhetadas, swingue, enfim, UM SOLO DE VAUGHAN
DB:
Clássico com "C" maiúsculo, e, pra mim, certamente melhor que o
registro feito por Iggy Pop. Endosso o que o Micael disse e adoro a
versatilidade vocal de Bowie, que fica explícita nessa canção. Adoro o
guitarrista Carlos Alomar, que vinha acompanhando Bowie nos discos
anteriores, mas união de Nile Rodgers com Stevie Ray Vaughan revelou-se
sensacional. Não posso deixar de destacar também o baixista Carmine
Rojas, que dá show. Olha esse solo do Vaughan, que fantástico... Simples
e delicado, da maneira que a música pede
MM: Cara, essa música além de ser muito boa tem uma sensualidade incomum nas canções de Bowie. A mulherada se ouriça toda ...
Mica: O baterista ainda é o Tony Thompson? Para um cara do nível dele, decepcionante essa linha retona....
BM:
Belíssima versão da original de Iggy Pop. Cozinha firme e dançante, com
um trabalho sensacional de Ray Vaughan. O que mais impressionou foi a
mudança brusca no vocal do Bowie, que assume um tom mais grave, chegando
bem próximo de Iggy.
DB: A bateria é alternada entre Tony e Omar Hakim, Micael.
BM: Mas a linha faz parte da canção eu acho. Ela segura o ritmo bem
3. Let's Dance
Mica:
Outro clássico da carreira de Bowie, mantendo a linha dançante do disco
até aqui! Quem iria imaginar, ouvindo o Bowie do começo dos 70's, que
ele gravaria algo assim! Esse cara é um camaleão mesmo!
MM:
Mais outro clássico. Difícil achar um disco que comece tão bem quanto
Let's Dance, e essa sequência é simplesmente soberba. Tenho um bootleg
que mostra a construção do álbum, e dessa faixa como uma das principais.
A guitarra de Stevie Ray Vaughan, a intervenção dos metais, a voz grave
de Bowie e as diversas vocalizações são o que há de melhor no pop de
Bowie. Fora também que é sensual pacas!! Sua versão editada limou muito
do "tesão" da canção, que está essencialmente nas linhas da guitarra de
Stevie Ray Vaughan. Ainda bemq que o vinil nos apresenta mais uma
obra-prima na íntegra. Micael, ele para mim é um dos cinco gênios do
rock do século passado, ao lado de Zappa, Dylan, John Lennon e Brian
Jones
Mica: Realmente, todas as músicas até aqui tem um toque "sensual", em muito por causa do ritmo dançante! Opiniões, quem não as tem?
DB:
Olha isso, rapaz... Que coisa linda ver Bowie fazendo uma canção
explicitamente pop desse calibre. Levando em conta sua genialidade pouco
discutível, parece coisa feita de propósito para provocar aquele tipo
de fã idólatra, que ele tem aos montes. Essa versão presente no disco,
mais longa que a que foi editada em single, parece ter sido feita
especialmente para as pistas de dança, carregada nos metais e na
pecussão, além do andamento balançado de Carmine Rojas sobre a base
sólida de Tony Thompson.
Mica: E os toques de percussão? Casaram muito bem! Curioso que essa parece o remix, e a single seria a original!
MM:
Ta certo que eu gosto dos "hômi" para caralho, mas Stevie Ray Vaughan e
David Bowie são o centro das atenções aqui. Somente na parte percussiva
é que temos uma mudança.
Mica: Parece ser o remix, quero dizer!
MM: Micael, ela foi construída assim mesmo. Não é um remix
Mica:
Eu sei, mas, se compararmos com os remixes da época, principalmente a
parte percussiva com os ecos e tal parece um remix! Curioso vocês
destacarem tanto o trabalho de Stevie Ray Vaughan! Eu não consegui ouvir
essa maravilha toda ainda!
BM:
Um exemplo de como fazer um pop de bom gosto. Linhas de baixo
extremamente dançantes, melodias de primeira e as intervenções de Ray
Vaughan deixando tudo ainda melhor. Aqui o instrumental rouba toda a
cena ainda com toques percussivos, sintetizadores e metais.
MM: Bah, o cara ta destruindo Micael
DB:
Destaque para a produção de Nile Rodgers. Apesar de ser um disco pop,
todos os instrumentos soam bem "na cara", não apenas a voz de Bowie. A
caixa de Tony golpeia na cara e o baixo dá direto no estômago.
4. Without You
MM:
Balada emotiva que fecha o lado A em alto estilo. A voz de Bowie está
diferente de tudo o que ouvimos, lembrando um pouco a utilizada em "Be
My Wife", mas muito pouco. Outra letra muito boa, e acho que caiu muito
bem a inclusão de "Without You" depois de três pérolas, até para acalmar
os ânimos.
DB:
Olha a versatilidade vocal do cara: parte de um gravezão fodido nas
anteriores para um delicado falsete nessa, que não é tão boa quanto as
anteriores, mas que destaca o trabalho delicado das guitarras, tanto
base quanto solo.
MM: É interessante que o Carlos Alomar pouco aparece nesse disco.
DB: Lembrando que vocês estão citando tanto Stevie Ray Vaughan, mas não esqueçam que Nile Rodgers também toca guitarra no álbum.
Mica:
Aqui as guitarras têm mais destaque mesmo, mas essa base retona me
enerva! A voz não está "tão" diferente assim, ainda tem partes graves e
tal! Não me agradou!
MM: Sim, mas é perceptível a guitarra de Vaughan.
BM:
Que versatilidade na voz o tio Bowie tem! Depois de timbres mais
rasgados e graves, o cara encarnou um falsete. Faixa que dá uma abaixada
na poeira depois do racha assoalho da música anterior. Bela balada.
5. Ricochet
MM:
Adoro essa faixa. Patacaparéu, que som legal. O ritmo percussivo, a voz
grave de Bowie, as vozes com efeitos. Ele estava no mínimo uns 15 anos a
frente quando gravou isso. Quantas bandas dos anos 90 fizeram algo
parecido com isso? Umas 500. Nessa, a guitarra de Nile Rodgers é mais
clara
Mica: Começou até interessante. Quando estava começando a encher, teve essa mudança! Coisa de quem sabe compor!
DB:
Ricochet tem linhas vocais bem atípicas e soa toda "errada" em relação
às anteriores, fato que acaba sendo positivo, pois mostra que a
criatividade do cara continuava afiada mesmo em um disco com uma
proposta tão diferente.
Mica:
Gostei do ritmo mais percussivo, mas acho curioso a bateria ser tão
"retona" em todas as músicas, e, embora não seja repetitiva, determina
um padrão para a composição e não muda nem a pau! Realmente, ela soa
"errada", como se estivesse fora do tempo! Bem interessante! Parece as
coisas de World Music que viriam depois!
BM:
Não gostei muito da cadência de "Ricochet". Aqui temos a guitarra mais
"funkeada" de Nile Rodgers e a bateria é que dita os rumos. Interessante
as intervenções de metais.
DB:
Acredito que essa suposta retidão da bateria tenha ocorrido meio que
propositalmente, Micael, afinal, tínhamos dois caras (Rodgers e Bowie)
no controle, determinando o direcionamento do disco. Não é um disco "de
banda", manja?
MM: Esse solo do Vaughan no final é muito bom.
Mica: Sim, mas, na época, era comum a cozinha ser "reta"! O que acho um desperdício visto os músicos envolvidos!
BM: Mas no estilo proposto do disco não tem muito como fugir disso. O esquema é cozinha grooveada e dançante.
6. Criminal World
Mica: PQP, quantas vozes esse cara possui? Tá de brincadeira!
MM:
Coverzinha que o Bowie fez para homenagear a banda Metro. Nile Rodgers
soberano no riff, e aqui sim, mergulhamos nos anos 80. Até as bandas
brazucas dizeram algo nessa linha, com esses teclados e sintetizadores.
Excelente, principalmente pela levada após o primeiro minuto. Bowie
sussurrando e exalando sensualidade. Cheia de variações, é Genialidade
com G maiúsuculo!!! Stevie Ray Vaughan tocava PACAS!!!!!
Mica: Essa eu não conhecia, mas é tão boa quanto as primeiras, muito boa, mais veloz e com a guitarra mais à frente!
MM: Por que o Tonight não é tão bom quanto esse disco?? A versão da Metro não tem graça
Mica: Não conheço a original. Aqui sim pude ouvir um pouco da genialidade do Stevie Ray Vaughan!
DB:
O vocal de Bowie nessa música me lembra seu registro em "Ashes to
Ashes", que é sensacional. O solo de Vaughan é excelente, além de sua
timbragem ser perfeita. Aliás, todos os instrumentos soam muitíssimo
bem. Não conheço a versão original da fixa.
MM: Sim Diogo, bem parecido mesmo
Mica: Lembra mesmo, Diogo!
BM:
Que groove essa cozinha manda! Patcha que parola! Os sintetizadores dão
o clima sem atrapalhar. Vaughan mandando outro solo simples e
cativante. Não conheço a versão original também.
Mica: Stevie Ray Vaughan mandando muito bem!
7. Cat People (Putting on the Fire)
Mica: Introdução que lembra muito Joy Division
MM:
PARA TUDO!!! O MUNDO ACABOU!!! Pelo menos deveria ter acabado, depois
que Bowie reconstruiu esse sonzaço que ele fez para a trilha do filme
homônimo.
BM: Até a voz de Bowie tem o mesmo timbre de Ian Curtis
MM: Uma
introdução estranha repleta de sintetizadores, e Bowie com essa voz
grave saindo de dentro de um túmulo. QUE QUE É ISSO?? Bowie extrapolou
os limites do bom senso de uma canção, e fez algo ainda melhor.
Mica: A mim lembrou o lado B do "Heroes",
ou seja, o mesmo que o Joy Division, que se baseou muito neste clássico
do Bowie! Tinha de ter mais baixo para ser Joy Division!
BM: Sim.
Mica: Ah, mudou, que pena!
DB:
Que música, meus amigos!!! Nunca vou esquecer a cena do filme
"Bastardos Inglórios" em que essa canção é utilizada. Apesar da película
se passar na década de 40, a canção soou muitíssimo bem encaixada e fez
todo o sentido do mundo.
BM: Rapaz, que sonzeira!
MM: Micael, não seria o lado B do Low???
Mica:
Isso, isso... eu não conheço muito Bowie mesmo! Voltamos ao ritmo
funkeado das anteriores, mas com mais qualidade que a 4 e a 5!
BM: Eu lembro da cena de Bastardos. Sensacional!
Mica: Eu ainda não vi esse filme, podem jogar as pedras!.
MM:
Agora, a entrada da banda muda tudo!! Sonzeira do capeta. Pena a
bateria ser tão quadradinha (Omar Hakim, você podia ter feito melhor),
mas não tem, o crescendo da canção é incontrolável, e é difícil segurar o
corpo enquanto estou ouvindo essa obra-prima. Olha a participação do
órgão!! As vozes, as guitarras, tudo soa perfeito.
DB:
Nem sei muito o que ficar destacando. Melhor música do disco, execução
perfeita dos instrumentistas, Bowie arrasando (pra variar), produção
calibradíssima... E esse Vaughan, meus amigos??? Sen-sa-cio-nal!
MM: Eu prefiro essa versão que a versão original. Quando o Peter Frampton tocou com o Bowie na turnê do Never Let Me Down, ela ficou mais pesada, mas muito boa também. No Bastardos Inglórios, lagrimas brotaram em tal cena!
Mica: Boa composição, mas prefiro a anterior (os clássicos são hours concours)!
MM: Esse final é assustadoramente arrepiante
BM:
Melhor canção do álbum. A introdução lembra bastante Joy Division,
principalmente pelos sintetizadores e as pancadas percussivas com a voz
de Bowie soando extremamente grave. Após criar toda essa atmosfera
melancólica, a banda mete o pé na porta com um funkão sensacional. Uma
obra-prima absurda.
MM: Um solinho de guitarra sintetizada para concluir tudo, e estamos quites ...
Mica: A intro gera uma expectativa, e depois muda completamente, te deixando com uma cara de "o que aconteceu aqui". Boa composição!
8. Shake It
Mica: Essa parece cópia de "Let's Dance"! A base é bem parecida! Foi proposital?
DB:
"Shake It" é boa, mas tendo sido precedida por "Cat People", fica quase
impossível chegar no mesmo nível. Tivesse acabado na anterior, Let's Dance se encerraria no Olimpo musical!
Mica: Me vem à mente tanta coisa ruim dos anos 80 neste momento!
MM:
Depois de tudo o que ouvimos, os sintetizadores tomam conta. A mais
fraca, com o mesmo ritmo de "Let's Dance". Uma experimentação vocal e
eletrônica, seguindo a linha o que fora gravado em Lodger. Uma despedida
para a fase Berlim, e um anúncio do que viria depois com Tonight e
Never Let Me down. Concordo com O Diogo, se tivesse acabado em Cat
People, seria perfeito
Mica: É Bowie influenciando tanto os bons quanto os ruins!
BM:
Última faixa bem "disco", com cozinha dançante e clima oitentista
exalando. Sintetizadores por todos os lados. Boa música mas depois do
ápice com "Cat People" fica difícil manter o nível. Mesmo assim encerra o
disco de maneira justa.
Mica: Ainda está na metade, mas meu veredito já está pronto: desnecessária!
Considerações Finais
MM: Um dos cinco discos essencias na carreira de Bowie, ao lado de Station to Station, Ziggy Stardust, Space Oddity e Low. Um gênio mostrando como se fazer música pop sem soar chato.
DB: Let's Dance
é, com méritos, o disco mais bem sucedido de toda a carreira de Bowie.
Outros podem ter sido mais influentes e infinitamente mais adorados pela
crítica, mas nenhum outro teve o objetivo tão claro de ocupar o posto
mais alto das paradas musicais pelo mundo. Não sei se o coloco entre
meus cinco preferidos do cara (provavelmente não), mas gosto demais do
álbum, e "Cat People" é um absurdo.
MM: Incrível a variação de vozes de Bowie nesse álbum, acho que é o que ele mais usou disso
Mica:
Não sou um profundo conhecedor de Bowie, mas com certeza prefeiro a
fase setentista, Ziggy principalmente. Mas é um disco digno para a
época, que com certeza influenciou muito do que veio depois. As três
primeiras faixas são clássicas e indiscutíveis, mas "Criminal World" e
"Cat People" me surpreenderam! Pena ser tão marcado como um disco dos
anos 80 (timbres, tons e ritmos), o que o torna quase datado hoje. Mas,
ainda assim,m vale a audição!
DB: Trata-se
de um disco maduro, de quem já havia adquirdo muita experiência e tem
liberdade para fazer o que bem entende de sua carreira, sem partir da
premissa de ter que agradar fãs. Sei que pode soar estranho, mas aplaudo
Bowie por ter feito um álbum explicitamente pop, levando em conta tudo
aquilo que o precedia.
Mica: Pop, mas com qualidade! Sim , isso existe!
BM: Sou
um fã incondicional do Bowie mas confesso que não conhecia nada do cara
após a trilogia Berlin. Tinha um certo preconceito com essa fase
oitentista, mas rapaz que surpresa boa. Não devia ter subestimado o
Camaleão. Em uma época em que o termo "gênio" está tão banalizado, fica
até complicado empregá-lo. Mas em se tratando de Bowie dá pra dizer sem
medo: Que gênio absurdo! O cara é um monstro em todas as fases que se
aventurou. Let's Dance é sinônimo de pop de qualidade.
Destaque para a versatilidade vocal de Bowie, e a sensacional banda. Cat
People é daquelas músicas de ficar atordoado depois que a agulha cessa,
a melhor faixa do disco. Só tenho a agradecer ao Bowie por me
proporcionar tanto prazer ao ouvir seus discos.
MM: Uma
pena que ele demoraria 15 anos para fazer algo tão bom, apesar de eu
gostar do Tin Machine. Quero agradecer imensamente a colaboração de
vocês, e até a próxima
Mica: Valeu o convite, Mairon! Até a próxima!
DB: Abraços!
BM: Valeu Mairon.
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