domingo, 13 de dezembro de 2015

ABBA - Parte II




A segunda parte da matéria sobre o grupo sueco ABBA traz seus quatro último lançamentos oficiais de estúdio, além de um lançamento especial para o mercado latino. Brigas, separações, vendas de discos extrapolando as marcas de milhões e uma guinada disco marcaram esse período, o qual é o que contém álbuns muito discrepantes em suas concepções gerais, mas em compensação, é o que produziu individualmente as melhores canções da banda, e mais uma fileira de clássicos.

ABBA: The Album, detentor de clássicos


O quinto álbum foi batizado ABBA: The Album, lançado em 1977 e que contou com a presença de dois guitarristas solo, em uma banda de apoio formada por Lasse Wellander (guitarra), Janne Schaffer (guitarra), Rutger Gunnarsson (baixo), Ola Brunkert (bateria), Lars O. Carlsson (flauta, saxofone), Malando Gassama (percussão) e Roger Palm (bateria). Benny mergulho no uso de sintetizadores, e o resultado é bastante discrepante. Há duas preciosidades musicais que assim como a beleza de Agnetha, não há como não resistir. 

Compacto de "The Eagle"
A primeira delas é a faixa que abre o disco, "Eagle", com sua influência andina misturada com linhas disco, um refrão grudentíssimo e um ótimo duelo de guitarra com teclados. A outra é justamente a faixa que encerra The Album, "I'm A Marionette", terceira parte da suíte (sim, o ABBA gravou uma suíte) de pouco mais de onze minutos, chamada "The Girl with the Golden Hair" , constituída por ela, a eterna jazz-ballad "Thank You For The Music" e a linda "I Wonder (Departure)", com um show vocal de Agnetha. 

"I'm a Marionette" destaca-se perto das demais por conta da sua pancadaria generalizada. Não existe nenhuma música do ABBA que comparece-se em termos de agressividade com essa faixa. Basta ouvir o longo solo de guitarra que existe nela. É para o xiita colocar as caixas de som no volume máximo e apavorar-se com que Agnetha e Frida fazem com os vocais, ajoelhar-se com o ritmo avassalador de piano, baixo e bateria, emocionar-se com as passagens de cordas e ficar se chicoteando por ter que afirmar que "Put@ que pariu, eu estou gostando de uma música do ABBA!". Canção fantástica, que só não é a melhor da banda por que em 1980 eles fizeram uma das melhores canções de todos os tempos. 

Agnetha e Frida, vestidas à caráter no musical "The Girl with Golden Hair"


Outra faixa que gosto muito desse LP é "Hole in Your Soul", que me lembra bastante os melhores momentos do Styx no final da década de 70, e com uma guitarra mágica, que bate nos ouvidos com muita força. Apesar dessas belíssimas obras, ABBA: The Album contém material de menor poder auditivo, ficando responsável por esse declínio a balada "One Man, One Woman". "Move On" também apresenta influências andinas, principalmente pelas presença marcante das flautas. 

Compacto de "Take a Chance On Me"
O grande sucesso do álbum ficou para "Take a Chance on Me", embalada faixa com influências disco que posteriormente também fez sucesso na versão que o grupo de synthpop Erasure registrou no belíssimo EP ABBA-Esque (1992), o qual contém ainda versões para "Lay All Your Love On Me", "S. O. S." e "Voulez-Vous", fazendo com o que esta fosse a única canção do Erasure a conquistar a primeira posição em vendas no Reino Unido. A suave "The Name of the Game" também fez relativo sucesso, mas não consigo incluir ela em um hall de boas canções da banda. 

É um álbum bastante irregular, mas que vale a pena por conta de sua abertura e seu incrível encerramento. Vale lembrar para os xiitas que "I'm a Marionette" recebeu uma versão apoteótica do grupo Ghost, mostrando que o ABBA influenciou desde o synthpop até o metal pesado, e por mais que eu admire a versão nova, ela está muito aquém do que o quarteto fez em 1977. Esse disco, primeiro lugar em nove países (Bélgica, Finlândia, Holanda, México, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça) já vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo mundo, sendo um milhão e meio apenas nos Estados Unidos e mais um milhão no Reino Unido. 

Björn, Agnetha, Alice Cooper, Frida e Benny, encontrando-se na Austrália

Ele foi lançado em conjunto com o filme ABBA: The Movie, que registra a grandiosa turnê feita pelo grupo na Austrália, sendo obrigatória a presença do mesmo nas prateleiras de quem é fã da banda, principalmente por que nele podemos ver  "The Girl with the Golden Hair" apresentada ao vivo e na íntegra. Nessa turnê, ocorreu um encontro inusitado entre os suecos e o americano Alice Cooper. O cantor estava excursionando pelo país com a turnê de Welcome to My Nightmare, e por acaso, hospedou-se no mesmo hotel que os suecos. Fã assumido da banda, Alice fez questão de ir conhecer o grupo, e mostrar sua satisfação.

Revista destacando o casamento de Benny e Frida
De ABBA: The Album saíram os compactos "The Name of the Game" / "I Wonder" (live)  (1977), "Take a Chance on Me" / "I'm a Marionette" (1978), "One Man, One Woman" / "Eagle" (Edited version) (1978), "Eagle" (single edit) / "Thank You for the Music" (1978), "Thank You for the Music"/"Eagle" (edited version) (1978), "Move On"/"Mamma Mia" (1978) e "Thank You for the Music"/"Our Last Summer" (1983), com "The Name of the Game" e "Take a Chance on Me" atingindo a primeira posição no Reino Unido.

O ano de 1978 foi bastante turbulento para o grupo, já que foi nele em que ocorreu o casamento oficial de Benny e Frida, bem como o início do doloroso processo de separação entre Björn e Agnetha (que acabaria influenciando bastante para o fim da banda, e a criação da canção que citei acima como uma das melhores canções da história), o qual ocorreu depois do Natal de 1978. Isso influenciou também no número de músicos contratados para acompanhar os suecos para o próximo álbum, o qual passou de vinte músicos. 

As gravações do sexto álbum da banda demoraram mais de um ano, e somente abril de 1979, Voulez-Vous chegou às lojas, tornando-se o álbum do quarteto que mais tempo demorou para ser gravado.

O álbum disco do ABBA

O principal álbum disco do ABBA é uma bela compilação de canções prontas para sacudir o esqueleto. Daqui, saíram mais dois grandes clássicos da banda, os quais curiosamente são baladas, no caso "I Have a Dream" e "Chiquitita", das quais nem preciso comentar nada, pois certamente você já deve ter ouvido em algum momento ou as versões originais ou alguma das inúmeras versões que saíram mundo a fora. 

Porém, julgo que as melhores canções ficam pelo embalão de sábado à noite em "As Good As New", "The King Has Lost His Crown", uma das canções mais perfeitas para se ouvir sozinho em um sábado à noite dirigindo o carro por uma estrada em linha reta, as orquestrações da delirante "Lovers (Live A Little Longer)", com uma guitarra pesada que contrasta perfeitamente com o ritmo swingue da canção, além da faixa-título, gravada no imortal Criteria Studios, em Miami, onde os Bee Gees gravaram seus clássicos disco entre 1975 e 1977, e uma das melhores faixas do quarteto, seja pelas belas harmonias vocais, seja pelos metais extremamente bem encaixados, seja pelas escalas orientais utilizadas pelos sintetizadores. 

Frida e Agnetha, sensualizando na era disco do ABBA

A introdução de "Does Your Mother Know" parece que nos levará para uma sequência de "You Should Be Dancing" (Bee Gees), mas surpreendentemente, transforma-se em um embalado rock anos 60. A ingenuidade dance de "Angeleyes", "Kisses of Fire" e "It It Wasn't For the Nights" complementam Voulez-Vous, cuja capa mostra alguns pontos interessantes, como sendo a primeira do grupo na qual Agnetha está afastada de Björn, Benny segurando uma espécie de sabre-de-luz (em homenagem ao clássico Star Wars) e a letra A em formato de um triângulo, que acredito eu, anos depois veio a inspirar Roger Dean para criar o logotipo da banda Asia, apesar de nunca ter visto nenhuma citação sobre isso. 

Últimos momentos de Björn e Agnetha como casal, ainda em 1977

Só no Brasil, Voulez-Vous vendeu mais de um milhão e meio de cópias, e no resto do mundo também foi um gigante de vendas, atingindo o primeiro lugar em doze países (Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, Finlândia, Japão, México, Noruega, Reino Unido, Suécia, Suíça e Zimbábue), além de ficar no Top 5 em mais seis países (Austrália, Áustria, Nova Zelândia, Holanda, Espanha e Canadá), além de que os singles de "I Have a Dream" e "Chiquitita" também venderam horrores, ultrapassando cada um a marca de 500 mil cópias só aqui no Brasil. Mesmo assim, esse por incrível que pareça não é o álbum mais vendido da banda dentre os lançamentos oficiais, fato esse que coube ao seu sucessor.
7" de "Chiquitita"

Aliás, os singles desse álbum foram: "Chiquitita" / "Lovelight" (1979); "Does Your Mother Know" / "Kisses of Fire" (1979); "Voulez-Vous" (single edit) / "Angel Eyes" (1979); "Angeleyes" / "Voulez-Vous" (single edit) (1979); "As Good as New" / "I Have a Dream" (French version) (1979); "Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)" / "The King Has Lost His Crown" (1979); "I Have a Dream" / "Take a Chance on Me" (live)

7" de "Summer Night City"
Antes de passarmos para o sucessor de Voulez-Vous, é importante trazer alguns lançamentos intermediários. Primeiro,  a "Summer Night City" / "Medley", com a primeira sendo uma pancada disco maravilhosa, posteriormente registrada pelo Therion - uma das mais emblemáticas bandas de metal sinfônico - e a segunda sendo um combinado de canções populares americanas, sendo que ambas ficaram de fora de Voulez-Vous


Coletânea que vendeu muito no final da década de 70

Depois, a coletânea Greatest Hits Vol. 2, lançada em 1979 e contendo além de "Summer Night City" a inédita "Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)", que também tornou-se um clássico da banda com sua esplêndida levada dançante, que inclusive foi utilizada por Madonna como o riff de "Hung Up" no álbum Confessions on a Dance Floor (2005), além de ter recebido versões de Yngwie Malmsteen e The Sisters of Mercy. O sucesso dessa canção fez com o que o álbum obviamente também vendesse  muito, trazendo como marca importante o fato de ser o primeiro disco de uma banda não-nipônica a vender mais de 900 mil cópias no Japão.


Coletânea com regravações em espanhol


Outro disco importante lançado nessa entre-safra foi Gracias Por La Música, uma coletânea de canções do grupo, porém cantadas em espanhol, em uma forma de homenagear os países latinos onde o grupo fazia extremo sucesso, como Argentina, México, Chile e Perú. São elas "Gracias Por La Música" ("Thank You for the Music"), "Reina Danzante" ("Dancing Queen"), "Al Andar" ("Move On"), "¡Dame! ¡Dame! ¡Dame!" ("Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)"), "Fernando", "Estoy Soñando" ("I Have A Dream"), "Mamma Mia", "Hasta Mañana", "Conociéndome, Conociéndote" ("Knowing Me, Knowing You") e "Chiquitita". Apesar de ser uma língua complicada para os suecos, eles saíram-se muito bem nas falas, e em nenhum momento fica a sensação de que não é uma banda cuja língua original seja o espanhol quem está cantando. 

ABBA nos anos 80, com novo visual e novos relacionamentos

É um álbum para colecionadores, mas que necessitava sua citação aqui, já que também foi responsável por alavancar ainda mais os altos números de vendas da banda, os quais superaram a marca de cento e cinquenta milhões de cópias vendidas em todo mundo ao final dos anos 70. Vale lembrar que ainda em 1979, o grupo fez uma extensa excursão pelos Estados Unidos, apresentando para públicos colossais em estádios de todo o país. Porém, a separação de Björn e Agnetha infelizmente já indicava o final da banda, que também começou a aparecer com um visual um pouco mais maduro em relação as extravagantes roupas do início da carreira.

O álbum com a melhor canção do ABBA

De qualquer forma, é  difícil acreditar que enquanto o grupo se afundava na separação de Björn e Agnetha, o público não parava de aumentar. Acompanhados por Janne Schaffer (guitarra), Rutger Gunnarsson (baixo, guitarra), Mike Watson (baixo), Lasse Wellander (guitarra), Ola Brunkert (bateria), Lars Carlsson (trompas), Janne Kling (flauta, saxofone), Per Lindvall (bateria), Åke Sundqvist (percussão), Kajtek Wojciechowski (saxofone), dessa feita, Super Trouper superou todas as expectativas. Antes mesmo de seu lançamento já havia vendido mais de dois milhões de cópias em todo mundo, culpa da melhor canção da banda, e quiçá da história da música, a lindíssima "The Winner Takes It All". 

O compacto de "The Winner Takes It All"
Lançada como compacto em julho de 1980, a bolachinha estourou no mundo inteiro, ficando em primeiro lugar na Bélgica, Reino Unido, Irlanda, Holanda e África do Sul, além de permanecer mais de 26 semanas entre os Top 100 do Reino Unido, e fazer parte da trilha sonora da novela Coração Alado aqui no Brasil, onde também vendeu muito. Ela é uma faixa comovente, sofrida, onde Agnetha assume o vocal principal enquanto Benny a acompanha no piano, deixando Björn e Frida fazerem vocalizações pontuais, tratando exatamente sobre a separação de Björn e Agnetha. O detalhe é que quem compôs essa Maravilha do Mundo Pop foi Björn, em uma noite fria e totalmente embriagado por uma garrada de uísque. Depois de recuperar sua sanidade, ele levou a letra para Agnetha e desafiou-a a cantar a mesma. A linda sueca encarou o desafio de frente, e fez uma interpretação inesquecível e inigualável. Acredito eu que ali foi a gota d'água para que o grupo se dissolvesse de vez, mas pelo menos a história ficou com um registro de uma música impecável. 

Ah sim, Super Trouper ainda conta com as baladas "Happy New Year" e "Super Trouper", e o ritmo disco de "On And On And On", outros grandes sucesso do ABBA, as influências andinas de "The Piper", as dançantes "Elaine", "Me and I" e "Lay All Your Love On Me" e as suaves "The Way Old Friend So", "Andante, Andante" e "Our Last Summer", todas ótimas músicas, mas incomparáveis com a potência de "The Winner Takes it All". 

Compacto de "Happy New Year"
Vale lembrar que "Lay All Your Love On Me" foi regravada pelo grupo de Metal Melódico Helloween no álbum Metal Jukebox, mostrando mais um nicho musical que teve influência dos suecos. Top 10 em 10 países (Alemania, Bélgica, Finlândia, Holanda, México, Noruega, Reino Unido, Suécia, Suíça e Zimbábue), e Top 10 em mais dez países, é o álbum de estúdio mais vendido na carreira do grupo, com mais de vinte e um milhão de cópias vendidas ao redor do mundo, sendo que destas, cinco milhões distribuídos entre Argentina, Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos, com pouco mais de um milhão de cópias por país.

Além do compacto de "The Winner Takes it All", com "Elaine" no lado B, Super Trouper também trouxe as bolachinha "On and On and On" / "The Piper", "Super Trouper" / "The Piper", "Happy New Year" / "Andante, Andante" e "Lay All Your Love On Me" / "On and On and On". 


O derradeiro disco do quarteto

Apesar de ser difícil definir qual é o melhor álbum dos suecos, o mais fraco certamente é The Visitors,´seu último lançamento. Influenciados por eletrônicos, tendo como banda de apoio Lasse Wellander (violão, guitarras, mandolin), Rutger Gunnarsson (baixo, mandolin), Ola Brunkert (bateria), Janne Kling (flauta e clarinete), Per Lindvall (bateria) e Åke Sundqvist (percussão), e com a relação cada vez mais desgastada entre Björn e Agnetha, e pior, agora com a separação de Benny e Frida, o grupo acabou lançando um álbum pouco inspirado, e uma mudança sonora que não agradou. 

As separações dos casais são exploradas na capa do álbum, onde cada integrante está bem afastado um do outro, e nas canções "One of Us", balada tímida mas bonitinha, e na eletrônica "When All Is Said is Done". Há alguns momentos interessantes em "Head Over Heels" e na bela interpretação de Agnetha em "I Let the Music Speak", mas outros muito decepcionantes, como "Soldiers", a interpretação de Björn em "Two for the Price of One", além de "Like An Angel Passing Through My Room" e "Slipping Through My Fingers", que pouco acrescentam no conexto final do álbum. 

Benny, Frida, Agnetha e Björn, uma das últimas aparições como quarteto


Ficou para a história por ter sido o primeiro álbum a ser lançado no formato CD, e um dos primeiros a ser todo mixado no formato digital, mas aconselho apenas para colecionadores, apesar de também ter vendido muito, conquistando primeira posição em  nove países (Alemanha, Bélgica, México, Holanda, Noruega, Reino Unido, Suécia, Suíça e Zimbábue), e até hoje chegando na marca de cinco milhões de álbuns em todo o planeta. 


Compacto promocional para a Coca-Cola
Daqui saíram os compactos "One of Us" / "Should I Laugh or Cry", "Slipping Through My Fingers", compacto promocional lançada para a Coca-Cola, e sem Lado B, "When All Is Said And Done" / "Should I Laugh or Cry", "The Day Before You Came" / "Cassandra", "Under Attack" / "You Owe Me One", "Head Over Heels" / "The Visitors" e "The Visitors" / "Head Over Heels". O grupo então decidiu fazer uma pausa, onde Björn e Benny produziram e gravaram o musical Chess. Quando foi para voltar, nenhum deles estava mais apto a seguir com a banda, e então, o anúncio oficial do fim do ABBA foi feito.


O álbum mais vendido do ABBA


Vários relançamentos surgiram desde então, assim como inúmeras coletâneas em homenagem ao grupo, com destaque total para Gold: Greatest Hits, lançada em setembro de 1992 e que ultrapassou a marca de trinta milhões de cópias vendidas em todo o mundo, colocando novamente o ABBA nas paradas. Originalmente, ele veio acompanhado de um VHS com os clipes das dezenove faixas da coletânea, que foi substituído em relançamentos posteriores por um DVD. Essa coletânea é tão importante que em 2014, recebeu um relançamento no formato triplo. Também destaca-se pós-fim da banda os dois álbuns ao vivo, ABBA Live (1986), trazendo gravações ao vivo da banda entre 1977 e 1981, e Live at Wembley Arena (2014), trazendo a apresentação na íntegra que o grupo fez na famosa casa de shows londrina, em novembro de 1979.

Para quem quer conhecer a banda e tem um dinheiro extra, ou para quem é fã é quer ter um material de qualiadde sem ser os discos aqui citados, indico os belos boxes Thank You for the Music (1994), o qual possui quatro mídias sendo uma delas apenas com material raro e inédito, e The Complete Studio Recordings (2005), o qual apresenta os oito LPs na íntegra, divididos em oito mídias recheadas de bônus tracks, um CD somente com raridades e ainda dois DVDs, com o primeiro trazendo os video-clipes que o grupo gravou e o segundo com o documentário que aparece na coletânea ABBA Gold: Greatest Hits, e também a apresentação final do grupo, ocorrida em 1981 no programa Dick Cavett Meets ABBA. Destaco também o belíssimo blog ABBA BRAZIL, o qual está em atividade desde 2008, e é uma das melhores referências em português para se conhecer a história da banda.

Uma das maiores bandas de toda a história

Infelizmente, o ABBA nunca mais voltará. Apesar de dizerem-se amigos, não há resquícios de empolgação para voltarem a gravar juntos (tanto que no ano 2000, o quarteto recusou uma oferta de um bilhão de dólares para voltarem a tocar juntos). De qualquer forma, ficou um legado de uma banda que além de ter lançado músicas eternamente clássicas e ótimas, abriu as portas da Escandinávaia para o Pop Rock, e certamente, se hoje você conhece nomes como Roxette, A-ha, Björk, entre outros, saiba que eles todos vieram nas asas do sucesso da maior banda Pop de todos os tempos.


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