quinta-feira, 6 de março de 2014

Maravilhas do Mundo Prog: Mike Oldfield - Tubular Bells [1973]



Imagine que você é um jovem músico de dezessete anos, com pouca experiência, e acaba sendo convidado para fazer parte da banda de um dos músicos mais importantes da Inglaterra. Esse músico descobre em você um talento incrível, e o incentiva a compôr um álbum. Com dezoito anos, você tem a obra pronta, e com dezenove, grava todos os instrumentos que participam da única canção do LP, com mais de quarenta minutos de duração. Para sua surpresa, duas semanas depois de completar vinte anos, seu álbum de estreia como músico solo chega às lojas, e rapidamente, alcança a primeira posição nas paradas americanas e no Reino Unido.

Essa é a história de Mike Oldfield e seu Tubular Bells, um dos discos mais impressionantes do rock progressivo, que completou quarenta anos no dia 25 de maio de 2013, e ainda hoje, surpreende pela capacidade criativa do jovem garoto.


Sally Oldfield, Maureen Oldfield, Mike Oldfield e Terry Oldfield

Filho de um general e de uma enfermeira, Mike nasceu na cidade de Reading, onde viveu até os treze anos, quando mudou-se para Harold Wood, onde começou a aprender a tocar instrumentos como piano e violão, e rapidamente, fez parte de um grupo instrumental fortemente influenciados pelo The Shadows, da onde surge sua paixão pela música instrumental.

Mike tinha problemas de relacionamento, e passava muitas horas de seu dia em casa, estudando música e construindo canções. Com treze anos, já havia composto diversos pequenos trechos com o violão, que viriam posteriormente se tornarem (alguns deles) épicos no rock progressivo.


Mike e Sally Oldfield


Raro disco dos irmãos Oldfield
Com quatorze anos, Oldfield e sua irmã, Sally Oldfied, criam a dupla folk The Sallyangie, uma espécie de Carpenters inglês, com a diferença de que Oldfield tocava já nessa época vários instrumentos. A dupla assinou um contrato com a gravadora Transatlantic, e em 1968, lançou um álbum, Children of the Sun, que fez relativo sucesso de vendas.

Seguiram-se apresentações em clubes locais, até que a dupla desmanchou-se. A tentativa de seguir no estilo folk ao lado do irmão, Terry Oldfied, na dupla Barefoot, não durou muito tempo, já que ambos começaram a se influenciar pelo rock, o que afetou na desenvoltura e na ampliação dos estudos musicais do jovem Mike.

Em 1970, ele é descoberto por Kevin Ayers. O baixista, guitarrista e vocalista havia sido um dos fundadores do Soft Machine, um dos principais nomes da cena psicodélica conhecida posteriormente como Cena de Canterbury, e havia saído do Soft Machine para fundar um novo grupo, The Whole World, que teve Mike no baixo, ao lado do tecladista David Bedford e do saxofonista Lol Coxhill. Esse grupo gravou dois álbuns com Ayers, Shooting at the Moon (1970) e Whatevershebringswesing (1971).

Com o fim do The Whole World, em 1971, Mike recebeu como pagamento de dívidads um gravador Bang & Olufsen, diretamente das mãos de Kevin. Através de uma engenhoca criada pelo próprio Mike, soldando fios e bloqueando um dos cabecotes gravadores da máquina com maços de cigarro, Mike descobriu uma forma caseira de gravar em multi-pista. Assim, passou a gravar suas demos, desenvolvendo sua criatividade e buscando alguém para o empresariar, mas sempre levando uma porta fechada na cara.


David Bedford e Mike Oldfield

Ayers e Bedford porém ficaram muito entusiasmados com a criatividade de Mike, incentivando-o a criar mais canções para gravar um álbum solo. De formas aleatórias, as diversas canções de Mike foram sendo mescladas em um processo vagaroso de agucidade e percepção para melhor encaixar as peças.

Ao mesmo tempo, Mike continua seu trabalho como baixista, e em setembro de 1971, foi contratado pela Arthur Louis Band para gravar mais um LP. As gravações ocorreram no The Manor Studio, de propriedade de Richard Branson, que havia acabado de criar seu selo, o Virgin Records, e tendo como engenheiros de som Tom Newman e Simon Heyworth.

Aqui começa a surgir o temperamento de Mike. Inseguro desde sua infância, e com a rejeição de diversas gravadoras ao material do músico, predominantemente instrumental, sem bateria e anti-comercial. No período entre 1970 e 1971, o músico passava por noites de insônia, que ele mesmo considerou posteriormente como um período de colapso nervoso. Tímido e assustado, frequentemente era visto sozinho pelos corredores, como que se estivesse chorando, mas na verdade, era apenas uma questão de reserva e insegurança.


Mike, um jovem inseguro, genioso e genial

Graças a Newman, Mike foi apresentado à cerveja, e aos poucos, começou a soltar-se também na criação de sua obra. Em pouco tempo, Newman levou as demos de Mike para Branson, que gostou do que ouviu, mas como tinha pouco recurso em caixa, decidiu fazer um contrato de risco. O músico assinaria com a Virgin, tendo direito a uma semana para usar os lendários estúdios Manor (e posteriormente, quando houvesse espaço). Branson, apesar de gostar do que ouviu, considerou que a obra certamente não iria vender muito, e decidiu investir o mínimo possível.

Um dos funcionários da Virgin, Simon Draper, chamou Mike para um jantar, e lhe ofereceu a proposta da gravadora. Mike fez uma lista com todos os instrumentos de que ia precisar, incluindo entre eles um conjunto de sinos tubulares.

Nessa única semana de gravação, Mike registrou os vinte e cinco minutos e quarenta e três segundos de "Tubular Bells Part One", o Lado A de seu LP solo (e uma das melhores canções que a música já ouviu).


Simon Heyworth e Tom Newman


A audácia dos jovens produtores da Virgin foi muito grande.  Uma pessoa tocando todos os instrumentos? Apenas Paul McCartney havia feito isso, mas ele era um ex-beatle, experiente no mundo da música. Newman e Heyworth não tinham nem ideia de como gravar Mike, já que as edições digitais, comum hoje em dia, não existiam. O esquema era cortar as fitas de gravação e prensá-las ao mesmo tempo, fazendo uma verdadeira "colagem" do som.

Mike usou muitos instrumentos estranhos, mas não teve nenhuma dificuldade inicial. Porém, sua Telecaster acabou gerando alguns inconvenientes. Ligada em um amplificador caseiro, quase como um ursinho de pelúcia para Mike, o som muitas vezes não era dos melhores, e muitas vezes, demorava-se horas até conseguir achar um som decente da caixa.

Ao mesmo tempo, o trio Newman, Heyworth e Mike frequentava constantemente um pub próximo ao Manor Studios, indo gravar durante as madrugadas. Várias foram as ocasiões em que muito do material gravado durante a tarde foi apagado erroneamente na noite, e no dia seguinte, tudo tinha que ser feito novamente.

O encerramento da primeira parte das gravações ocorreu de forma inusitada. Os membros da The Bonzo Dog Doo Dah Band iriam ser os próximos a utilizar os estúdios da Virgin, e chegaram antes do tempo previsto. Mike aproveitou e convidou o vocalista do grupo, Vivian Stanshall, para fazer os vocais que apresentam os instrumentos na parte final da canção.

Vivian gravou as mesmas com o nível alcoolico extremamente alto, as 11 horas da noite de uma sexta-feira. Próximo da meia-noite, Newman começou as mixagens, que estenderam-se até as oito da manhã, e enviando para Draper, que ficou totalmente embasbacado com o resultado final, liberando verba (e tempo) para Mike completar sua obra.

Nos próximos quatro meses, o músico dedicou-se a concluir as gravações, mas havia um problema: a ausência de letras, que era uma insistência de Branson. Mike acabou cedendo, mas o fez de maneira muito rebelde. Assim, bebeu mais de meia garrafa de uísque Jameson, e ficou gritando alucinado dentro do estúdio por mais de dez minutos, que são as vozes que ouvimos no trecho central da segunda parte. Houveram outras manifestações diferentes durante a gravação, as quais entraram apenas para o folclore do registro do álbum, mas não no conteúdo final.

O título Tubular Bells foi o último passo. Mike não tinha nada em mente, enquanto Branson queria chamar o LP de Breakfast in the Bed, já que havia na sua coleção de imagens uma foto de um ovo cozido escorrendo sangue, que ele adorava, e sugeriu para ser a capa do mesmo. Foi Mike quem sugeriu Tubular Bells, o que acabou sendo aceito a muito contragosto tanto por Branson quanto pelos demais membros da Virgin.


Mike Oldfield nos estúdios durante gravação de Tubular Bells

Os instrumentos que aparecem em Tubular Bells são: Grand Piano, Glockenspiel, Órgão Farfisa, Baixo, Guitarra, Speed Guitar, Órgão Taped Motor Drive Amplifier, Mandolin, Fuzz Guitars, Percussão, Violão, Flageolet, Honky Tonk, Órgão Lowrey e os Sinos Tubulares, todos por Mike. As Flautas são de Jon Field, enquanto temos cordas por Lindsay Cooper, um Coral Nasal Choir e um Coral Feminino composto por Mundy Ellis e Sally Oldfield. Isso apenas no Lado A.

No lado B, estão guitarras, órgão Farfisa, baixo, violões, Piano, Speed Guitar, Órgão Lowrey, Tímpano, Bagpipes, Glockenspiel, Órgão Hammond, Piltdown Man, Violões, Mandolin (todos por Oldfied), o Coral Feminino, o The Manor Choir (coral formado por Mike, Heyworth e Newman) e a bateria de Steve Broughton.

A suíte é dividida em dezessete partes, sendo onze para a "Part One" ("Introduction", "Fast Guitars", "Basses", "Latin", "A Minor Tune", "Blues", "Thrash", "Jazz", "Ghost Bells", "Russian" e "Finale") e seis para a "Part Two" ("Harmonics", "Peace", "Bagpipe Guitars", "Caveman", "Ambient Guitars" e "The Sailor's Hornpipe").


Momento de inspiração para um gênio

Tudo começa com as teclas do piano apresentando o arrepiante tema inicial, eternizado no filme O Exorcista e que marcou (e ainda marca) gerações de ouvintes, sendo que inclusive o grupo de Thrash Metal Possessed utilizou desse tema em uma de suas canções, "The Exorcist", do clássico álbum Seven Churches (1986). Percussão surge acompanhando as notas do tema central, assim como o violão, enquanto o baixo faz um breve dedilhado. O órgão interfere repetindo o mesmo acorde no intervalo de quatro repetições do tema central, tendo sempre o dedilhado do baixo, e sobre o tema, o piano se expõe, com um tímido solo centrado em mudanças de acordes e notas que remetem ao tema central, incansavelmente repetido ao fundo.

Uma guitarra carregada de efeitos passa a solar sobre o tema central, trazendo um conjunto de guitarras oitavadas, as quais repetem o mesmo tema e encerra "Introduction", levando-nos para a linda sessão com as guitarras solando velozes, imitando o som de um mandolin, sobre um belíssimo dedilhado do piano. O violão então ganha seu espaço, com o piano fazendo uma espécie de adaptação do tema central ao fundo, e com breves passagens de flauta doce. 


Oldfield tocando baixo em apresentação no Hyde Park,
como membro da Whole World de Kevin Ayers


É a flauta doce, junto com os sinos tubulares e um triste dedilhado de piano, que faz a ponte para "Fast Guitars", começando com uma veloz sequência de notas ao piano e marcações no órgão, para a guitarra solar ferozmente acompanhada apenas por acordes de sintetizador e notas de baixo. "Basses" então apresenta notas de baixo e guitarra sendo repetidas ao mesmo tempo, em um clima épico, para violões trazerem "Latin", um trecho no qual o órgão sola independente das notas latinas do violão, entre muitos barulhos percussivos e também dedilhados de piano.

Esse trecho encerra-se com uma série de marcações de piano e violão, trazendo novamente uma repetição do tema central de "Introduction" e um breve solo de violão elétrico. Os sinos tubulares surgem em evidência durante "A Minor Tune", mais um belo trecho com piano e violão elétrico fazendo um emocionante tema enquanto os sinos fazem uma marcação. Sintetzadores reproduzem o tema do violão, levando-nos para "Blues", no qual guitarras gêmeas brincam em um novo tema de notas, enquanto ao fundo o piano elétrico faz uma imitação do tema inicial da canção. 


Mike tocando baixo, um dos seus vários instrumentos

O órgão aparece alternando acordes enquanto as guitarras gêmeas continuam seu solo, repetindo as mesmas notas utilizadas no começo de "Blues", e lentamente, o baixo ganha destaque. Piano elétrico passa a dividir espaço com o violão, e então, acompanhada apenas por um andamento bluesístico, a guitarra faz mais um solo, deixando o piano divertir-se por alguns instantes.

Muita distorção então é ouvida durante "Thrash", apenas com a guitarra fazendo mudanças de acordes inicialmente, e depois com o violão repetindo os mesmos acordes. "Jazz" é um soberbo tema de violões acompanhado por acordes de órgão e notas do baixo, e então, os sinos tubulares surgem novamente, na fantasmagórica "Ghost Bells", deixando apenas o violão a solar livremente durante "Russian", encerrando esse trecho com uma marcação forte dos acordes de violão.

Então, chegamos a "Finale", primeiramente com a guitarra fazendo um hipnotizante tema com as notas, repetido na sequência (e ao mesmo tempo) pelo baixo. O volume alterna entre alto e baixo, mas o tema continua se repetindo por diversos segundos, trazendo longos acordes de órgão, até que a voz de Stanshall aparece chamando o Grand Piano, que entoa um bonito tema sobre o hipnotizante tema de baixo e guitarra. 

Na sequência, é a vez da Farfisa fazer o mesmo tema do Grand Piano, assim como o Glockenspiel  baixo, guitarras dobradas, guitarras distorcida, mandolin, Spanish Guitar, Violão e, encerrando a série de notas, os Sinos Tubulares, acompanhados por um majestoso coral, repetindo o tema final de forma imponente até o encerramento da primeira parte da suíte, o qual é feito apenas com o coral levando-nos para o violão, que dedilha tristemente suas últimas notas, baseadas nas notas do tema que foi repetido diversas vezes durante "Finale". É o fim do Lado A.


O lado A de Tubular Bells
O Lado B (ou "Parte Two") é bem diferente do Lado A, talvez até mais complexo e belo, começando primeiramente com um longo trecho de harmônicos de guitarra e baixo repetidos por diversas vezes, acompanhados por acordes de órgão e vozes do coral feminino. Notas do violão repetem as notas dos harmônicos, fazendo uma salada de sons em uma sobreposição de instrumentos como  o mandolin, piano, violões e órgão. Essa sequência de notas sobrepostas é muito suave, e repete-se por diversas vezes durante mais de cinco minutos, levando-nos para "Peace", belíssima sessão somente com a Farfisa solando acompanhada pelo dedilhado do violão, em mais um momento emocionante dessa segunda parte.

O mandolin então sola acompanhado pelas vozes femininas, e assim, aparecem as "Bagpipe Guitars", guitarras dobradas em terças e oitavas que fazem um solo único, utilizando-se de uma escala oriental para a mesma, e sem abusar da velocidade no seu tema. O solo é repetido por três vezes, para assustadoras percussões entrarem em "Caveman", a única parte da canção a contar com bateria, acompanhando mudanças de acordes de violão e piano, e tendo como a parte mais chamativa as estranhas vocalizações feitas por Oldfield, imitando um homem das cavernas, chegando inclusive a exalar uivos, e claro, a pegada na guitarra é muito boa.

Essa mesma guitarra, cheia de distorção, tomam conta do cerne de "Caveman" com solos de grande qualidade, repletos de feeling, trazendo novamente os estranhos vocais que nos levam para "Ambient Guitars" após uma série de gritos.


Comprometimento e inspiração marcaram as gravações de Tubular Bells


"Ambient Guitars" começa apenas com acordes de órgão, trazendo uma guitarra sem distorções para solar em escala livre, em cima dos acordes do órgão, em outro trecho belíssimo da suíte, com Mike exibindo seu virtuosismo com o instrumento por mais de cinco minutos, concluídos com longos acordes do órgão de igreja e a guitarra dedilhando como uma harpa.

Por fim, o arranjo tradicional de "The Sailor's Hornpipe" aparece nos sulcos do vinil através do mandolin e de um acompanhamento alegre, que aumenta de velocidade para cada passagem do tema, concluindo "Tubular Bells" de forma estupenda. 


O lado B de Tubular Bells, com destaque para o número de catálogo (V2001)
Tubular Bells foi o primeiro LP lançado pelo Selo Virgin, com número de catálogo V2001, embora The Flying Teapot (Gong) e a coletânea Manor Live tenham sido lançados no mesmo dia, com números de catálogo V2002 e V2003 respectivamente. A importância do álbum foi tamanha para a vida de Branson que, quando a empresa comprou seu primeiro avião, o dono batizou-o de N527VA Tubular Belle.

Na longa carreira de Mike, este é sem dúvidas o álbum que mais o representa, tanto que por diversas vezes trechos de Tubular Bells aparecem em outros álbuns do músico. Outro fato que aumentou ainda mais a exposição (e o sucesso) de Tubular Bells foi a inclusão do tema de abertura na trilha do filme O Exorcista, lançado no mesmo ano. Existem dezenas de filmes e programas de TV que adotaram a introdução de "Tubular Bells" em suas trilhas, muitos dos quais apoiando-se na ideia de O Exorcista.

Mike Oldfield, durante gravações de Tubular Bells (agora com o violão)

Por fim, a capa de Tubular Bells foi criada pelo artista plástico Trevor Key, que posteriormente criou diversas outras capas de álbuns de Mike. O sino triangular do álbum surge da ideia de um sino tubular sendo destruído, o que ocorreu quando Mike, sem querer, danificou um dos sinos utilizados para a gravação. Hoje, o sino triangular é associado a imagem de Mike como um logo, assim como o Traffic e o Blue Öyster Cult também possuem seus logos particulares.

Ouvir Tubular Bells é uma experiência que qualquer apaixonado por rock progressivo deve ter. Mike segue sua carreira até os dias de hoje, e inclusive, lançou duas sequências para Tubular Bells, Tubular Bells II (1992) e Tubular Bells III (1998), além de The Milenium Bell (1999) e de ter regravado o disco na comemoração dos trinta anos do mesmo, registrado em Tubular Bells 2003 (2003).


Oldfield, recebendo disco de ouro por Tubular Bells


Claramente, o músico vive à sombra de sua obra-prima, que continua vendendo rios de cópias ano a ano, conquistando novos e velhos fãs através de seus diversos relançamentos, regravações e também nos shows que o músico apresenta pela Europa e Estados Unidos. 

Mas um ano depois, outra Maravilhosa peça - hoje praticamente esquecida nos anais da música - foi concebida pela mente genial de Oldfield, como veremos daqui há quinze dias aqui, no Maravilhas do Mundo Prog.


E sobre Tubular Bells, encerro dizendo que é simplesmente um álbum de altíssimo valor cultural!



Contra-capa de Tubular Bells

Track list

1. Tubular Bells Part One
2. Tubular Bells Part Two

4 comentários:

  1. Pela sua musicalidade, não acho que Tubular Bells possui algo relacionado ao rock progressivo, ou seja, para mim o disco é inclassificável (pode ser folk, progressivo, sinfônico, new age, o que for). A obra de Mike Oldfield no geral, não é aconselhada aos ouvidos menos preparados, mas para os que apreciam este tipo de música, este disco é um deleite. Inclusive quando esta matéria foi resenhada no site da Consultoria do Rock em 2014 (retirada pela maldita Uol) em meus comentários, comparei Tubular Bells com Thick as a Brick (clássico de 1972 do Jethro Tull) por possuírem o mesmo formato de uma música só ocupando os dois lados do LP simples, apesar da obra de Ian Anderson e seus comparsas não ter influenciado diretamente o primeiro trabalho do hoje Sr. Oldfield, que também foi o primeiro disco a ser lançado pela hoje mundialmente famosa gravadora Virgin.

    PRÓS: Só o lado A vale o disco todo com certeza, desde o famoso tema inicial (eternizado no filme do Exorcista) até o chamado "finale" com o mestre de cerimônias Vivian Stanshall apresentando cada instrumento sobre um belo e imponente tema.
    CONTRAS: O lado B não me impressionou tanto quanto o lado A por ser bem diferente do outro, tirando aquela brincadeira sobre o tema "Sailor's Hornpipe" (eternizado em desenhos como Popeye e Pica-Pau) que encerra o disco todo com chave de ouro. No entanto, o que eu menos gostei desta parte foi a seção "Caveman". O que é isso? Onde Mike estava com a cabeça neste momento?
    NOTA GERAL DE TUBULAR BELLS: o disco merece, por seu legado importante e sua musicalidade soberba, de zero a dez, uma nota nove de minha parte, mas perde só um ponto por "Caveman" inserida no lado B. Recomendo também a versão orquestrada do álbum, intitulada "The Orchestral Tubular Bells" (1974), com a Royal Philharmonic Orchestra (sob a regência de David Bedford), na minha opinião, tão boa quanto a original de Oldfield e sua infinidade de instrumentos.

    OBS: Como o Mike era uma gracinha na primeira foto (no colo da mãe), ao lado de seus dois irmãos Sally e Terry...

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