A
Califórnia é um dos estados mais promissores em termos de música. De
lá, saíram gigantes como Beach Boys, Frank Zappa, The Doors, Sly &
The Family Stone e Slayer, citando cinco diferentes estilos em que a
cena californiana é indiscutivelmente vital para consolidação do mesmo.
No período entre 1965 e 1968, o estado viveu um extase lisérgico, guiado
pelo LSD, pelos hippies e pelo surgimento de inúmeras bandas, que
misturavam os elementos do Paz e Amor com o ácido em sons únicos,
viajantes, que caracterizam o que hoje é conhecido como a Geração
Psicodélica da Califórnia. Depois, entre 1969 e 1972, vieram outras
bandas, com a mesma proposta (e talvez até mais viajante) mas que, com a
decadência do movimento flower-power, acabaram não fazendo tanto
sucesso, sendo relegadas (em sua maioria) à obscuridão.
O Consultoria do Rock Apresenta portanto a Psicodelia Californiana, e nesta primeira parte, traz algumas das principais bandas do estilo na sua primeira geração, através de duas canções de cada grupo, uma mais conhecida e outra nem tanto, mas representativas do estilo que marcou o final da década de 60 em todo o mundo. A segunda parte, daqui há um mês, explorará a segunda geração de psicodelia, mantendo o mesmo formato.
O Consultoria do Rock Apresenta portanto a Psicodelia Californiana, e nesta primeira parte, traz algumas das principais bandas do estilo na sua primeira geração, através de duas canções de cada grupo, uma mais conhecida e outra nem tanto, mas representativas do estilo que marcou o final da década de 60 em todo o mundo. A segunda parte, daqui há um mês, explorará a segunda geração de psicodelia, mantendo o mesmo formato.
01.
"White Rabbit" - Jefferson Airplane: o grupo que mais divulgou o som
psicodélico para o mundo abre este programa com sua mais clássica
canção. Apesar de não ser exatamente detentora do estilo que o Jefferson
Airplane fazia, "White Rabbit" é um Ácido Trifluorometanosulfonico lançada no segundo disco do grupo, Surrealistic Pillow,
o qual é um dos mais vendidos na história da música, tendo atingido a
terceira posição em vendas nas paradas americanas. Até hoje ela é
associada ao mundo flower power tanto em filmes como propagandas ou
desenhos que falam sobre o assunto, sendo o maior símbolo musical que a
Psicodelia Californiana pariu!
02.
"We Can Be Together" - Jefferson Airplane: faixa de abertura do quinto
LP do grupo, Volunteers, lançado em 1969, está é mais representativa do
que era a potência ácida vinda do Airplane. Vocalizações perfeitas,
guitarras ensandecidas e muita potência exalando de uma cozinha
fantástica no baixo e na bateria, além de uma letra-manifesto que é
válida ainda para os dias de hoje. Mais flower-power (e Ácido Fluorossulfúrico) e psicodélico impossível!
03.
"Sitting by the Window" - Moby Grape: um dos maiores clássicos
psicodélicos da Califórnia, gravado pelo grupo mais conturbado da
Califórnia. O Moby Grape teve importância para a psicodelia
principalmente pelo seu essencial álbum de estreia, lançado em 1967 e
com nada mais nada menos do que dez singles lançados no mercado.
Lembrando que as origens do grupo está justamente no Jefferson Airplane,
já que o fundador do Grape, o guitarrista Skip Spence, era baterista do
grupo que abriu esse programa. Ácido Sulfúrico para não se botar defeito.
04.
"Miller's Blues" - Moby Grape: e quem disse que na psicodelia não podia
haver blues? O Moby Grape faz estripulias mágicas com estilo nessa rara
faixa do segundo álbum do grupo, lançado em 1968. Basta as notas da
guitarra invadirem seu quarto para sermos entorpecidos por um Ácido Fluorossulfúrico em uma performance incírvel.
05.
"Born Cross Eyed" - Grateful Dead: se houve um grupo californiano que
conseguiu sobreviver pós-geração flower-power, este grupo foi o Grateful
Dead. Liderados pelo guitarrista Jerry Garcia, o grupo lançou álbuns
regularmente até os anos 90. "Born Cross-Eyed" encerra o lado A do
segundo álbum do grupo como um Ácido Hidrofluórico,
misturando metais, guitarra carregada de distorção e o órgão comendo
solto, além de vocalizações arrepiantes. O encerramento dessa curta
faixa explica sua inclusão, com barulhos indecifráveis.
06.
"Viola Lee Blues" - Grateful Dead: lançada no álbum de estreia do Dead,
em 1967, "Viola Lee Blues" mostra toda a ginga que consolidou o grupo
para a eternidade, lotando shows e sendo uma das bandas que mais vendeu
dentro dos Estados Unidos. Longas improvisações de guitarra e o órgão
sacolejante, quase como um boogie, marcam essa genial peça musical, com
lisérgicos dez minutos de duração de um Ácido Sulfúrico.
07.
"Caterpillar" - Big Brother & The Holding Company: se o mundo
conheceu Janis Joplin, a culpa foi da psicodelia californiana. Janis era
a representação feminina do movimento hippie, e ao lado da Big Brother
& The Holding Company, fez com que o estilo gravasse seu nome nos ballrooms californianos como o Winterland ou o Fillmore. "Caterpillar", um Ácido Hidrofluórico,
está no álbum de estreia do grupo, também de 1967, e mostra a
irreverência e alegria desses jovens e talentosos músicos, em um álbum
menosprezado e desconhecido da maioria dos fãs por que houve um disco no
ano seguinte que marcou para sempre a história de Janis, da psicodelia e
do mundo, Cheap Thrills.
08
"Ball and Chain" - Big Brother & The Holding Company: foi no
Festival de Monterey, em 1967, que a psicodelia californiana veio
realmente ao mundo, e também ícones como "Ball and Chain" na versão da
Big Brother. Cover para o blues alegre de Big Mama Thorton, é nela que
Janis e cia. exalam toda sua lisergia, com a guitarra de James Gurley
respigando Ácido Fluorantimônico (o mais forte dos ácidos) em seus ouvidos, nos dez minutos mais entorpecentes de sua vida, registrados no magistral Cheap Thrills,
o mais vendido disco da história da Califórnia, primeiro lugar nas
paradas americanas e com mais de 5 milhões de álbuns ao redor do mundo.
09.
"Mona" - Quicksilver Messenger Service: este é um dos grupos mais
injustiçados da história do flower power. O Quicksilver tinha nas
guitarras John Cipollina, o homem que posteriormente veio a ser chamado
de "O Responsável pelo Som da Califórnia", e nas suas canções, uma
maravilhosa mistura de blues com lisergia. "Mona" é uma de suas canções
mais conhecidas, um Ácido Hidrofluórico
tendo essa guitarra com destaque, com o wah-wah comendo solto entre uma
marcação hipnotizante de piano, baixo e bateria, algo que somente o
Quicksilver conseguia fazer. Foi lançada no essencial segundo disco do
grupo, o ao vivo Happy Trails (1969) .
10.
"The Fool" - Quicksilver Messenger Service: a estreia do Quicksilver
Messenger Service foi em 1968, com o álbum homônimo que encerra com essa
enlouquecedora faixa, que mistura guitarra, viola e percussão em uma
performance rara. Depois de seus mais de doze chapantes minutos de
duração, carregados pela lisergia da guitarra de Cippolina, você
certamente irá ver sapos pulando pelo seu quarto enquanto elefantes cor
de rosa sobrevoam sua cama. Ácido Fluoroantimônico, e dos bons!
11. "When the Music's Over" - The Doors: para muitos, essa é a banda que realmente representa a Psicodelia Californiana. Isso claro, graças as letras de Jim Morrison, e ao órgão de Ray Manzarek. Porém, o The Doors estava longe de ser uma banda que realmente levasse a psicodelia a sério. Na verdade, o grupo fez raras incursões nesse mundo, e uma delas foi "When the Music's Over", que encerra o segundo disco do grupo (o ótimo Strange Days, de 1968) e que conta com todas as características do "Som da Califórnia", com a guitarra de Robbie Krieger cheia de distorção e viajantes onze minutos de duração. Mais Ácido Fluoroantimônico nas nossas cacholas.
12. "The End" - The Doors: esse programa encerra-se com um Ácido Trifluorometanosulfonico que viciou (e ainda vicia) muita gente com o passar dos anos. Assim como "White Rabbit", "The End" aparece em quase tudo que faz citação ao movimento flower power e a lisergia. Canção que encerra o álbum de estreia do grupo, de 1967, ela tem em sua introdução o mais importante riff que a lisérgica cena da Califórnia criou, e uma das letras mais bonitas (e bizarras) que Jim Morrison escreveu. Um atestado que, apesar de ser um porra-louca, quando queria Jim podia ser gênio.
11. "When the Music's Over" - The Doors: para muitos, essa é a banda que realmente representa a Psicodelia Californiana. Isso claro, graças as letras de Jim Morrison, e ao órgão de Ray Manzarek. Porém, o The Doors estava longe de ser uma banda que realmente levasse a psicodelia a sério. Na verdade, o grupo fez raras incursões nesse mundo, e uma delas foi "When the Music's Over", que encerra o segundo disco do grupo (o ótimo Strange Days, de 1968) e que conta com todas as características do "Som da Califórnia", com a guitarra de Robbie Krieger cheia de distorção e viajantes onze minutos de duração. Mais Ácido Fluoroantimônico nas nossas cacholas.
12. "The End" - The Doors: esse programa encerra-se com um Ácido Trifluorometanosulfonico que viciou (e ainda vicia) muita gente com o passar dos anos. Assim como "White Rabbit", "The End" aparece em quase tudo que faz citação ao movimento flower power e a lisergia. Canção que encerra o álbum de estreia do grupo, de 1967, ela tem em sua introdução o mais importante riff que a lisérgica cena da Califórnia criou, e uma das letras mais bonitas (e bizarras) que Jim Morrison escreveu. Um atestado que, apesar de ser um porra-louca, quando queria Jim podia ser gênio.
No
próximo Consultoria Apresenta, destacaremos os geniais Captain
Beefheart, Country Joe, Carlos Santana e Frank Zappa, interpretando
psicodélicas canções com suas respectivas bandas (Captain Beefheart
Band, Country Joe & The Fish, Santana e a Mothers of Invention),
além de apresentar os obscuros, mas também geniais, The Loading Zone,
Iron Butterfly e It's a Beautiful Day.
Tutorial:
Classificação dos ácidos conforme seu poder de corrosão:
1 - Fluoroantimônico
2 - Trifluorometanosulfonico
3 - Fluorossulfúrico
4 - Sulfúrico
5 - Hidrofluórico
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